sábado, 6 de dezembro de 2025

O Maníaco / Maniac (1980)

 

Os primórdios do cinema de slasher esconde um bocado de clássicos esquecidos com o tempo e revisitando a galeria eu redescobri um filme do início da década de 1980, época de ouro do subgênero, uma obra deveras polêmica por conta de sua violência exagerada proveniente de seus ótimos efeitos práticos.

O maníaco é uma obra bem simples porém direta que nos leva ao ponto de vista de um maníaco que persegue jovens indefesas que em algumas ocasiões estão perto de fazer o coito para mata-las, porém diferente do clichê de sempre o protagonista arranca o escalpo das vítimas e as prega na cabeças de manequins que ele tem espalhado pelo seu quarto.

Nada mais do que isso. Depois de estabelecida a trama, o que se segue é matança seguindo o modus operandi do maníaco que dá título ao filme e sua escolha à dedo das vítimas que na grande maioria se quer tem nomes creditados no final tamanha a sua irrelevância.

Tudo começa na orla de uma praia à noite com um jovem casal aproveitando o momento para um romance sem se darem conta de que alguém os vigia das sombras.

O jovem namorado se distancia para pegar alguns gravetos para uma fogueira e nisso, o stalker misterioso degola a namorada incauta com uma navalha à sangue frio.

Quando retorna, o namorado é esganado com um fio e então o assassino se revela e na manhã seguinte ele acorda aos gritos como se tivesse saído de um pesadelo.

O maníaco em questão se chama Frank Zito e é um homem aparentando ter por volta de uns quarenta anos, vive em apartamento decadente cujo quarto é rodeado de manequins femininos, velas negras acesas e um altar com a foto de uma mulher que provavelmente era a mãe do sujeito.

Além disso, um dos manequins se encontra na cama de Frank com a cabeça ensanguentada.

Depois de se trocar, Frank sai pelas ruas noturnas de Nova York onde um par de prostitutas aguardam seus clientes enquanto discutem sobre suas dificuldades financeiras.

O cliente de uma delas acaba sendo justamente Frank que a leva até um motel de quinta categoria sem interagir muito e ao chegar no quarto onde ficarão por poucas horas, o maníaco pede para a vagabunda fazer poses sensuais de modelo para excitá-lo.

O casal inicia as preliminares, mas Frank broxa antes de começar e tenta uma nova abordagem até por fim consumar o ato até que Frank surta bem no auge e enforca a prostituta até a morte.

Depois do ato, Frank tem ânsia e uma crise de choro. Quando se acalma, começa a arrancar o escalpo da vítima completamente.

Um tempo depois, Frank volta para casa com um novo manequim num saco preto e começa a ter um ataque de esquizofrenia.

Frank veste a manequim e coloca sobre ela escalpo da prostituta ainda com sangue fresco como se fosse uma peruca.

Depois, o maníaco vê pelo jornal uma manchete sobre os corpos de um casal de jovens encontrados na praia pela polícia recentemente.

Na sequencia, Frank esconde algumas ferramentas dentro de um estojo de violino e sai novamente de casa.

Em poucos minutos, Frank chega até uma esquina junto à uma boate onde se esconde para stalkear um casal de amantes que deixam o estabelecimento para ficar mais a vontade na praia. Frank os segue sem chamar a atenção.

Chegando à praia, os amantes começam a se amassar no banco de trás do carro sem se dar conta que Frank os vigia pela janela do carona. A mulher acaba notando e desesperada pede ao amante para eles irem embora.

Frank surge na janela frontal armado com um rifle e com um disparo explode a cabeça do amante em pedaços fazendo a namorada gritar e tentar se esconder. No entanto, Frank a cerca e a executa.

No dia seguinte, o crime é descoberto pelo noticiário e Frank ouve tudo calmamente tendo outro momento esquizofrênico com uma das manequins.

Longe de lá, numa manhã agradável no parque, duas mães conversam enquanto os filhos de ambas andam de bicicleta ao mesmo tempo que Frank faz uma caminhada.

Caçando sua próxima vítima, Frank encontra uma bolsa pertencente a uma tal de Anna D'Antoni e depois vai até a vitrine de uma loja de roupas femininas onde vislumbra uma manequim.

Horas depois, conhecemos uma dupla de amigas que trabalham como enfermeiras e elas se despedem após o expediente. Uma delas segue seu caminho solitário e a pé até chegar na estação de metrô sem se dar conta que Frank a segue.

Ao detectar o stalker, a enfermeira tenta adentrar em um doa metrôs mas o veículo parte sem abrir as portas.

Frank então, surge pela escadaria fazendo a enfermeira correr desesperada até o banheiro onde se esconde. Depois de esperar por um instante, a enfermeira sai do esconderijo para lavar seu rosto aliviada, mas ao se levantar é surpreendida por Frank que crava uma adaga em seu peito a matando.

Poucas horas depois já em casa, Frank pega o escalpo da nova vítima e a prega na cabeça de uma manequim.

Em outro momento, Frank vai até o estúdio fotográfico onde trabalha a tal Anna D'Antoni para pegar uma foto sua que ela havia tirado no parque pela manhã e os dois acabam conversando sobre formas de preservar uma pessoa para sempre.

Frank convida Anna para jantar fora e o maníaco fala brevemente sobre sua finada mãe.

Instantes depois, Anna cobre o ensaio fotográfico de algumas modelos chamadas Rita e Terri na presença de Frank que presenteia a nova amiga com uma pelúcia.

Depois do ensaio, Rita vai para sua casa onde toma banho até que a campainha toca e é Frank que devolve á ela uma corrente de ouro que anteriormente ele havia surrupiado só para ter um pretexto para se aproximar da jovem.

Com a saída de Frank, Rita volta para o banho relaxando na banheira sem suspeitar que Frank está na casa. Quando sai do banho, Rita é atacada por Frank que a nocauteia e depois a amarra e a amordaça na cama.

Frank alucina falando com a jovem como se fosse a sua mãe a quem ele questiona seu abandono para ficar com outros homens. Repentinamente, Frank perfura o peito da modelo com um canivete e depois de mata-la a escalpela presenteando outra manequim.

Depois, Frank carrega um revólver com diversas balas e testa sua mira enquanto uma caixinha toca música relaxante.

Dias depois, logo pela manhã, Frank liga para Anna a convidando para comer fora e a busca logo depois.

No caminho para um encontro, Frank convida Anna para acompanha-lo até o cemitério para visitar o túmulo de sua mãe que se chamava Carmen e ao chegar na lápide da velha, o maníaco tem uma crise de choro enquanto ataca a amiga e grita "a Rita sabia" fazendo a fotógrafa realizar que a morte da amiga teve a assinatura de Frank.

Inicia-se uma perseguição no meio da noite e Anna se esconde mas ataca Frank ferindo seu braço profundamente.

Frank tem um ataque de esquizofrenia mencionando uma punição que sua mãe aplicou à ele quando era criança o trancando dentro do armário apesar de suas súplicas.

O maníaco se debruça sobre o túmulo da mãe que se ergue como uma morta viva a agarrando pelo pescoço, mas tudo se revela uma alucinação.

Frank volta para casa aos prantos onde vislumbra suas manequins o observando como se elas o julgassem e acaba ouvindo uma risada feminina. As manequins se convertem cada uma na fantasma da vítima cujo escalpo fora pregado em cima da cabeça. As mesmas atacam Frank com suas armas e arrancam-lhes seu braço e sua cabeça por fim.

Na manhã seguinte, a polícia se dirige até o apartamento de Frank e a dupla de policiais encontram o maníaco morto na cama com um ferimento de punhal na barriga. Sem ter mais o que fazer, os policiais abandonam o recinto e nisso, a câmera foca lentamente em Frank que abre os olhos e sobem os créditos.

O maníaco foi filme deveras transgressor para a época em que foi produzida com seus míseros meio milhão de dólares de orçamento e muito disso se deve pelo capricho nos efeitos práticos e na maquiagem que leva a assinatura de Tom Savini, o mestre dos efeitos especiais de obras como Sexta-feira 13 (o original de 1980), Confissões de um necrófilo, Zombie de 1978, o remake noventista o clássico A noite dos mortos-vivos e muito mais.

Aliás, Savini também participou do filme brevemente no papel do amante da boate, aquele que tem sua cabeça explodida com um tiro, uma das cenas mais icônicas da obra.

Outro grande motivo para o filme ter se tornado objeto de cult com o tempo foi sua violência crua e deveras sanguinolenta para a época e a atuação ímpar de Joe Spinell no papel de Frank. Aliás, Spinell foi quem escreveu o roteiro do filme e não poderia ter escolhido ninguém melhor para o papel do protagonista, ele simplesmente manda muito bem com seus trejeitos e seus ataques.

Por conta de seu conteúdo gráfico intenso a obra sofreu altas retaliações na mão da censura, ficou por um bom tempo esquecido mas depois voltou com tudo e hoje com a chegada da era dos torrentes é fácil encontrar o filme completo e até mesmo com a dublagem clássica da época que a obra passou por aqui na tevê aberta, acreditem se quiser.

O filme se sobressai com sua simplicidade, a trama é bem rasa e vai direto ao assunto quando o assunto é matança sem limite. Aliás, diferente dos slasher clássicos que permeavam a década de 1980, O maníaco diferencia pelo fato de que desde sempre a gente sabe quem é o serial killer e não tem grandes reviravoltas ou uma subtrama muito elaborada. A gente sabe o básico do passado e do presente do personagem que brevemente menciona que ganha a vida como pintor de quadros e basta. O resto é carnificina desmedida e muito grito de mulheres incautas.

Só a título de curiosidade, em 2012 o filme recebeu um remake com Elijah Wood no elenco, mas este acabou indo parar no limbo do esquecimento e não seria mencionado aqui se eu não tivesse feito uma boa pesquisa ]á respeito do filme.

No mais, é isso tudo que eu mencionei; o filme é direto, tem ótimos efeitos, uma trilha sonora sóbria e amedrontadora, um protagonista muito bom que infelizmente foi ofuscado com o tempo por outros personagens de grande porte como Jason Voorhees e Michael Meyers.



 Trailer:


 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Chernobyl - Sinta a Radiação / Chernobyl Diaries (2012)

 

Tirado das catacumbas do caótico ano de 2012, um raro e esquecido filme no churrasco me chamou a atenção há alguns anos quando eu o conheci e depois de muito adiar eu finalmente trago uma resenha mais completa possível de uma raspa de tacho do subgênero found footage, apesar deste ter mais elementos e terror de sobrevivência e um pingo de terror de zumbi.

O filme em questão nos leva até as entranhas da cidade fantasma (ou não tão fantasma assim) de Pripyat na Ucrânia onde em 1986 aconteceu o lendário incidente com o reator nuclear da usina de Chernobyl e que aqui, nos dias atuais se torna palco de uma excursão irresponsável de um grupo de jovens de férias.

Ao adentrar aos restos mortais da cidade abandonada, o grupo que até então só queria uma aventura inesquecível antes de partir para a próxima parada, a experiência da exploração se torna uma questão de sobrevivência quando uma série de infortúnios começam a acontecer, como o desaparecimento do guia turístico, os cabos do motor da Van que os personagens fretam são encontrados mastigados depois de uma rápida volta e como se não bastasse, ataques misteriosos deixando feridos e desaparecidos conforme a trama se alonga. 

Tudo começa com dois jovens casais formados pelos irmãos Paul e Chris e suas respectivas namoradas Amanda e Natalie no aeroporto prontos para embarcarem numa viagem ao redor do mundo durante as férias.

A parada mais recente é Kiev, capital da Ucrânia onde o grupo resolve ficar e aproveitar a noite para dar uma volta pela cidade antes de seguir para Moscou na Rússia em breve.

Na manhã seguinte, o grupo toma café e Paul menciona a cidade abandonada de Pripyat de onde décadas atrás o reator nuclear de Chernobyl saiu de controle causando o maior acidente com radiação da história e o rapaz resolve que quer fazer um passeio turístico radical próximo ao reator com a ajuda de um conhecido que é guia chamado Uri.

Com o apoio da maioria, Paul se dirige com os outros até a agência de Uri e lá o grupo conhece o casal Michael e Zoe que se juntará à eles na excursão que começa rapidamente através de uma Van.

Chegando ao controle da fronteira que é protegido por dois soldados, o grupo encontra sua primeira barreira com a proibição do segmento da excursão por conta de uma manutenção que será realizada justamente naquele dia.

Nada disposto a devolver a grana paga antecipadamente pela viagem, Uri sugere pegar um caminho alternativo que não é vigiado, mas por conta disso a excursão terá que ser rápida e cuidadosa pois se der merda eles não vão ter ninguém em um raio de dois quilômetros aproximadamente para pedir ajuda.

Depois de seguir estrada, Uri para junto à um lago contaminado pela radiação onde depois de dar um susto no grupo para descontrair, ele mostra um peixe deformado pela contaminação.

De volta à Van, o grupo finalmente chega na entrada de Pripyat e vislumbram aquilo que um dia foi uma cidade cheia de habitantes felizes e prósperos. O grupo para junto à um parque de diversões onde Uri usa um contador Geiger para medir os índices de radiação do local que são muito altos, o que significa que geral deve manter distância.

O grupo adentra logo em seguida em uma base militar soviética abandonada saindo pelos fundos e seguindo até um condomínio onde na entrada, geral é pego de surpresa pelos restos mortais de um cachorro.

No alto de um dos apartamentos, Uri mostra onde fica o que restou do reator de Chernobyl e alerta que para se poder
caminhar lá é necessário o uso de um traje anti radiação, pois chegar perto da usina sem preparo é o mesmo que pedir para morrer.

Uri pressente que há algo de errado e os jovens ouvem rapidamente um ruído estranho vindo de longe.

Passando pelos corredores que dividem os apartamentos, geral leva o maior susto quando veem um urso pardo passar correndo mas felizmente ninguém se fere eles voltam para o lado de fora.

O grupo volta para a Van para encerrar a excursão, porém ao dar partida o veículo não funciona e se descobre que a fiação do motor foram mastigadas.

Uri tenta pedir ajuda pelo rádio mas não consegue retorno durante o resto do dia até que escurece e fica muito frio.

Geral se divide entre ficar na Van e passar a noite e caminhar vários quilômetros até o controle da fronteira no meio do frio, da escuridão e com um urso a solta para pedir ajuda. A discussão acaba cessando quando se ouve um suposto choro de bebê ao longe.

Uri se arma e sai da Van para ver o que está acontecendo do lado de fora sendo seguido logo depois por Chris que joga no irmão a culpa pela presepada em que o grupo se encontra.

Depois de um instante de silêncio, ouvem-se tiros e os que ficaram na Van entram em pânico. Chris volta correndo com um ferimento na perna e gritando de pânico para entrar no veículo e quando consegue ele revela que Uri foi pego.

Repentinamente, uma matilha de cães furiosos atacam a Van fazendo geral se desesperar e depois vão embora.

A bateria do veículo começa a enfraquecer e o grupo resolve desligar tudo sendo iluminados apenas pela lanterna de um celular.

O grupo toma conta do ferimento de Chris até o amanhecer e Paul encontra no meio das coisas de Uri um walk tal que ele usa para tentar se comunicar com Uri mas não obtém respostas.

Paul, Michael e Amanda deixam a Van para procurar Uri e teorizam se o que atacou Chris foi o urso ou os cachorros.

No meio do caminho, o trio encontra o walk talk de Uri jogado junto à escadaria de uma boate e eles adentram ao local para seguir procurando.

Chegando o fundo do local, o trio encontra o corpo destroçado de Uri e no mesmo instante ouve-se um ruído vindo da entrada.

Geral acaba se separando para se esconder e Amanda tenta se arrastar por um balcão até visualizar um par de pernas o que a faz correr e se encontrar com os rapazes num local seguro.

Chegando à saída dos fundos, Michael tenta arrebentar uma porta de vidro blindada e depois de muito esforço consegue arromba-la e todos voltam para a Van em questão de minutos.

Paul resolve que o grupo precisa voltar para a fronteira andando, mas Chris descarta seguir com os amigos, pois ele teria que ser carregado e isso faria com que geral se cansasse mais rápido. Natalie então, resolve ficar com o namorado enquanto Zoe segue com o namorado dela e os outros.

Depois de um tempo andando, os casais chegam em um pátio repleto de veículos abandonados e aproveitam para procurar por algum que esteja pegando e alguma arma.

Nas ruínas de um ônibus, Paul e Amanda encontram armas quebradas e uma lanterna funcionando.

Michael por sua vez, encontra alguns cabos compatíveis com os da fiação do motor da Van. Os cachorros furiosos voltam a perseguir o grupo que corre até chegarem à uma ponte que corta o lago.

Zoe e Michael acabam caindo na água e algo fere a perna do rapaz mas ele consegue seguir fuga com os demais até o cair da noite.

No caminho de volta, Michael conta sobre uma lenda que diz que Pripyat não está totalmente abandonada.

O grupo finalmente chega onde a Van deveria estar e a encontram logo mais a frente capotada e vazia.

Amanda encontra a câmera de Chris com um vídeo do rapaz pedindo Natalie em casamento, plano este que ele ia seguir quando o grupo chegasse à Moscou, mas sabendo que seu fim se aproxima ele acabou abreviando o pedido. Logo, algo aparece ao fundo no meio do breu e ataca o casal que se desespera e então o vídeo acaba.

Desconsolado, o grupo corre pelo breu até chegarem à um dos apartamentos próximos. Dentro da construção, eles ouvem um barulho forte bem próximo dando início a uma correria até o bosque que dá caminho até onde a Van entrou quando eles chegaram.

Paul acaba se divergindo dos demais querendo voltar para procurar por Chris mas Amanda o convence a seguir o mapa deixado por Uri para encontrarem a fronteira e pedir ajuda.

Repentinamente, o grupo encontra uma menininha parada de costas e na outra extremidade Natalie que está vida, porém ela é abduzida ao mesmo tempo que a criança some.

Geral segue os gritos de Natalie até o reator de Chernobyl e encontram um corpo sem vida içado. Ao longe, o grupo vê algumas pessoas chegando e se aproximando deles dando início a uma fuga.

Chegando até um abrigo o grupo começa a entrar até a porta começar a se fechar e Michael acaba ficando de fora e é abduzido antes de conseguir alcançar Zoe.

Agora reduzido à três, Amanda e os rapazes correm até chegarem à um túnel cheio de equipamentos e aparelhos de hospital. Mais à frente, geral chega a uma câmara onde Paul encontra o anel de noivado de Natalie e são postos para correr por um bando de pessoas deformadas e Zoe acaba sendo pega.

Paul e Amanda seguem sozinhos até um centro de operações militares e seguem até uma área cujo contador Geiger aponta um grau altíssimo de radiação, o que faz o casal ser exposto e começar a sentir coceira pelo rosto devido a uma queimadura.

Dando meia volta, o casal encontra Zoe morta e uma saída, porém são cercados pelos deformados dando início a uma luta corpo a corpo.

Ao conseguirem sair do complexo, o casal acaba sendo rendido por soldados ucranianos que não entendem o pedido de socorro de Paul que é executado com um tiro enquanto Amanda apaga depois de levar um golpe.

Quando volta a si num quarto de hospital, Amanda consegue contato com um médico que fala o seu idioma e aproveita para avisar que seus amigos foram mortos dando rápidos detalhes sobre os deformados. O médico em questão diz que os deformados são pacientes que fugiram do hospital.

Os médicos a conduzem à uma câmara de isolamento para que ela inicie a quarentena, porém a jovem sente que há alguém lá junto com ela e são os deformados que a agarram a fazendo gritar.

No final alternativo, depois de ser resgatada pelos médicos, Amanda acorda em um leito de hospital completamente careca pela radiação e entra em pânico devido a dor...

Apesar da receita astronômica de mais de trinta e sete milhões de dólares adquirida de uma injeção de um único milhão de dólares de orçamento, o filme que foi rodado na Hungria e na Servia virou alvo de severas críticas que apontam a ideia da trama como desumana, insensível e sensacionalista além de deveras desrespeitosa com as vítimas do desastre real.

Com isso, o filme acabou caindo no esquecimento apesar de ter tido sua época áurea quando era material de locação ou quando era encontrado nas barraquinhas de feira. Hoje, o filme é cultuado por quem curte um terror de sobrevivência com um certo viés de filme de zumbis, apesar de que os "monstros" do longa metragem não serem propriamente zumbis.

O clima tenso de isolamento, o frio, a noite e o perigo da contaminação valorizam muito a experiência do filme o transformando numa trama imprevisível e assustadora.

Apesar do filme não apresentar uma violência gráfica grandiosa, uma vez que mal se tem sangue, dá para se tirar algum proveito com os momentos de tensão que são simplesmente frenéticos, o que faz com que a história esteja sempre caminhando fluída e rápida, sem arrastar o enredo.

A sacada final dos médicos serem os verdadeiros vilões do filme é uma boa e ajuda a dividir o espectador entre a proposta dos mesmos estarem isolando os turistas irresponsáveis expostos à radiação e que sabem demais e dos mesmos apenas estarem mantendo Pripyat segura para que ninguém de fora entre e que quem consegue entrar nunca saia, já que não tem como deixar os intrusos irem embora contaminados, seria o início de uma pandemia nuclear.

No mais, o filme é interessante e atmosférico, dá uma boa primeira experiência e na minha humilde opinião, se o orçamento fosse um pouco maior para que se pudesse investir em efeitos práticos, a violência gráfica poderia ter sido mais explícita, teríamos uma dose bacana de gore, apesar do filme bater mais com o terror de sobrevivência junto com pitada generosa de found footage, que cá entre nós já estava saturando na época.

 

Trailer: