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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

sábado, 8 de novembro de 2025

The Ring Virus (1999)

 

Nas andanças das internet da vida eis que eu encontro apesar de já ter ouvido falar, a existência de uma versão sul coreana do filme Ringu, mas popular por essas bandas como O Chamado e só agora eu resolvi dar uma chance e mergulhar nesta nova experiência.

A trama central do filme é a mesma das outras versões: a fita amaldiçoada que mata a pessoa que assiste ao conteúdo em sete dias e que abriga a história trágica de uma menina com poderes psíquicos que acabou se tornando uma entidade fantasma que aterroriza saindo de dentro da televisão.

Nesta adaptação do clássico de Hideo Nakata contudo, a exploração é mais tensa e o passado da garota do poço é muito mais macabro e esconde episódios de abusos de todos os tipos e todo puro suco do terror asiático. Então se você quer uma nova panorâmica acerca de Ringu ou ainda de O Chamado, esta versão esquecida no churrasco é a pedida.

Tudo começa numa noite solitária depois que uma jovem chamada Sang-Mi assista à um filme misterioso e o telefone toca no mesmo instante, mas é seu namorado querendo marcar um encontro, até que se ouve um chiado vindo de longe...

Depois da intro, somos apresentados à duas universitárias discutindo sobre um trabalho escolar.

A cena corta e conhecemos Sun-Ju e sua filha pequena Bo-Ram que recebem a notícia do falecimento de uma prima, ninguém menos que Sang-Mi.

Convidadas para o sepultamento íntimo na casa da tia, Sun-Ju e Bo-Ram passam um tempo com a familiar até que a menina sobe sozinha até o quarto de Sang-Mi.

Com o sepultamento encerrado, Sun-Ju volta ao trabalho de repórter e procura contato de algum amigo de Sang-Mi que possa ajudá-la com um cartão de associado de um clube em um resort no nome da falecida que a deixou encucada.

Através de uma ligação para um amigo, Sun-Ju descobre que Kyung-Ah, uma amiga de Sang-Mi e seus respectivos namorados dividiram um quarto no tal resort que fica fora da cidade nas férias e que geral também morreu de forma misteriosa há algum tempo atrás.

Sun-Ju procura pelo detetive Kim para que ele ajude com as investigações e leva uma fita VHS contendo uma gravação caseira de uma reportagem sobre a morte de Sang-Mi.

Logo depois, Sun-Ju conhece uma colega de Sang-Mi no colégio para confirmar a viagem ao resort e que todos os envolvidos estacam de fato juntos.

Na sequencia, Sun-Ju visita um hospital atrás de um médico chamado Choi Yeol que esteve envolvido na autópsia de Sang-Mi e seus amigos e este alega que todos tiveram uma morte sobrenatural já que clinicamente foi declarado causas naturais.

O médico é evasivo pedindo à repórter para parar de investigar e deixar os mortos em paz além de fazer um alerta para ela ter cuidado.

Na volta para a sua agência, Sun-Ju encontra o Bip que pertencia à Kyung-Ah com uma mensagem sobre algo que ela e os amigos viram e que não deveriam tê-lo feito.

Depois, a repórter revela um rolo de filme com fotos das férias dos jovens falecidos e estranhamente em todas as fotos os rostos dos quatro estão distorcido.

Com o anoitecer, Sun-Ju vai até o resort e investiga a cabana onde Sang-Mi e os amigos se hospedaram. Lá, ela encontra algumas anotações sobre algo que não deveria ter sido visto coincidindo com a mensagem do Bip de Kyung-Ah.

Sun-Juh descobre que os jovens alugaram um filme na noite em que chegaram seguindo as anotações e ao colocar o VHS no vídeo cassete, o filme se revela um amontoado de imagens abstratas que se tornam imagens de pessoas falando sobre o nascimento de um bebê.

Ao final da fita é exibido um disclamer avisando que quem vir a fita até o final irá morrer em uma semana e seguem até o final algumas outras imagens desconexas.

Depois de terminar de ver o filme, Sun-Ju passa mal e ao vomitar ela recebe uma ligação misteriosa seguido de um ringtone sinistro.

Sun-Ju pega a estrada de volta completamente atordoada e para em uma cabine fotográfica onde tira algumas fotos suas e assim como as fotos de Sang-Mi e seus amigos, seu rosto está desfigurado em todas as fotos.

Na manhã seguinte, Sun-Ju acorda já em casa com a fita misteriosa em mãos. Um tempo depois, ela leva a fita até Choi que apesar de se mostrar interessado não confia na teoria de que o filme gravado é amaldiçoado.

Sun-Ju deixa uma cópia da fita feita por ela para Choi ver e ao examinar o conteúdo, ele chega à conclusão que a fita que Sang-Mi viu era uma outra cópia da original e que ela ou algum dos amigos gravou um programa no meio do filme numa tentativa de anular a suposta maldição já sabendo de sua existência, porém teria sido inútil.

Choi pede o VHS para produzir algumas cópias para análise enquanto Sun-Ju leva a fita principal para Kim analisar, mas o detetive se quer vê o conteúdo.

Depois, Sun-Ju passa um tempo analisando alguns cortes de jornal velhos em busca de pistas e permanece horas reunindo indícios. O pouco que a repórter consegue é um histórico de locação da cabana do resort onde Sang-Mi e os outros ficaram e descobre que anteriormente, um casal com um filho pequeno se hospedaram lá e a criança alugou a fita amaldiçoada e que foi ele quem gravou parcialmente à um programa de tevê, sendo que a mídia foi a mesma repassada para os jovens junto com a maldição.

Choi analisa a fita frame por frame pegando fragmentos de imagem de uma pessoa misteriosa e Sun-Ju que está presente se propõe a voltar para o resort para conseguir mais informação.

Mais tarde, Sun-Ju toma banho até que ela ouve a televisão ligada e ao verificar descobre que Bo-Ram viu o filme amaldiçoado até o final e a menina alega que Sang-Mi pediu que ela visse o filme.

O telefone toca em seguida e Sun-Ju atende. Sem perda de tempo, ela vai até o apartamento de Choi para contar que a filha viu ao filme e o médico mostra o resultado da investigação frame a frame da fita revelando algo que passou despercebido anteriormente: a imagem de um poço no meio de um descampado aberto.

Choi alega que aquelas imagens são projeções da mente de uma mulher.

Na manhã seguinte, a dupla vai até o porão do hospital para investigar antigas radiografias de uma tal de Park Eun-Suh que estranhamente estão marcados com um ideograma.

Sun-Ju leva Bo-Ram para passar um tempo com os avós maternos e a mãe da repórter sente que há algo de errado acontecendo mas não obtém respostas.

Depois disso, Sun-Ju e Choi pegam um navio para uma ilha onde mora a tal Park Eun-Suh para tentar obter respostas.

Através de um taxista, a dupla descobre que Park Eun-Sun e sua mãe Park Jung-Sook eram portadoras de poderes mentais como por exemplo a premonição. Ainda descobrem que a mãe da garota se matou e que depois disso, Eun-Suh perdeu seus poderes e foi morar com um tio até desaparecer pouco depois que ela terminou o ensino médio.

Ao chegar em um penhasco, Sun-Ju tem uma visão com uma jovem de cabelo Chanel no mesmo local no passado.

Chegando em uma fazenda, Sun-Ju e Choi procuram por informações do paradeiro de Eun-Suh com um senhorzinho, dono de uma hospedaria e este se zanga ao ouvir o nome da desaparecida.

Na manhã seguinte, Choi tem uma visão com Eun-Suh muito pequena caminhando por uma floresta e a segue.

Enquanto isso, a nora do dono da hospedaria entrega para Sun-Ju uma última correspondência endereçada à Eun-Suh que ela nunca chegou a receber.

Sun-Ju liga para Kim dizendo ter descoberto que Jung-Sook, a mãe de Eun-Suh conheceu um homem chamado Chang-Joon, um professor de psiquiatria quando tinha vinte e um anos e os dois tiveram um caso, porém o homem já era casado. Então, o caso de Jung-Sook acabou sendo descoberto pela mídia local e por isso ela se matou e a carreira acadêmica de Chang-Joon acabou sendo arruinada.

A repórter ainda menciona um terremoto que Eun-Suh previu que ocorreria na ilha quando tinha onze anos e o desastre varreu todo o vilarejo. Coincidentemente, uma das imagens da fita amaldiçoada era a desta visão.

Kim se dispõe a procurar pistas sobre o paradeiro de Eun-Suh na cidade seguindo um rumor de que em sua fase de decadência na juventude ela acabou virando cantora amadora em um clube.

Chegando ao local, Kim descobre através do gerente que Eun-Suh adotou o nome artístico de Sunny e anos depois de seu fracasso ela virou jogadora de golfe.

Na manhã seguinte, Choi procura Sun-Ju para dizer que descobriu que em um certo momento da vida, Eun-Suh usou seus poderes para transmitir imagens de sua mente para um velho aparelho de televisão desligado e que foi através deste que começaram a gravar as fitas e passar a corrente para frente.

Uma cena em flashback mostra que depois de passar as imagens para a tevê, a bela Eun-Sun foi tomar banho e estava hospedada justamente naquele que hoje é o resort. Um homem que tem um desejo carnal por ela a espia pelo buraco da fechadura do banheiro, porém Eun-Suh o detectou com seus poderes e os usou para mata-lo silenciosamente.

Isso só confirma que os rumores de que seus poderes haviam sumido é pura lorota e que muito pelo contrário eles haviam aumentado descontroladamente.

Com uma tempestade chegando, Sun-Ju e Choi vão até a casa abandonada de Eun-Suh. Enquanto Choi encontra um frasco com três dados, Sun-Ju encontra uma caixinha de música e fotos da família Park.

Sun-Ju tem uma visão com uma sessão de adivinhação de número de dados de Jung-Sook que terminou em um fiasco com o público abandonado o espetáculo decepcionado.

Nisso, Sun-Ju recebe uma ligação de Kim que diz que não há mais nada que se possa fazer pois Eun-Suh simplesmente sumiu do mapa sem deixar vestígios.

Um momento de tensão toma conta de Sun-Ju e Choi que se estranham e o médico se lembra de uma paciente que tinha a idade de Bo-Ram que ele perdeu há dois anos do qual ele se culpa.

Com o cair da noite e um toró, Sun-Ju encontra o dono da hospedaria e pede que ele conte o que sabe sobre a maldição para que ela possa se alvar e à filha.

O velho leva a repórter e Choi de barco até um homem chamado Kyung-Pil, que é meio irmão não sanguíneo de Eun-Suh e filho do professor Chang-Joon chegando na manhã seguinte na moradia isolada do mesmo que é um artista plástico.

Depois de perguntar ao tal Kyung-Pil sobre o paradeiro de Eun-Suh, Sun-Ju e Choi fazem o caminho de volta com a informação de que o pintor esteve internado em um sanatório anos atrás e que a meia irmã sempre ia visita-lo e que ela cuidava dele.

Kyung-Pil no entanto tomado pelo seu instinto, nutriu uma ligação especial com Eun-Suh e começou a ter relações com ela que inicialmente eram consentidas.

Sun-Ju e Choi voltam ao resort e encontram o poço escondido sobre uma estrutura de madeira. Enquanto Choi inicia o arrombamento da estrutura, ouvimos Kyung-Pil narrar tiveram uma relação conturbada e que em um certo dia quando eles estavam tendo relações, ele simplesmente a esganou e a atirou dentro do poço mesmo acreditando que ela ainda estava vivo e que depois disso, ele foi embora para longe.

Com o poço revelado, Choi tira a tampa e desce até o fundo iniciando um processo de retirada de água para encontrar o corpo de Eun-Suh, porém o trabalho é desgastante para ele e Sun-Ju.

A repórter resolve revezar e desce até o poço encontrando em pouco tempo o cadáver preservado de Eun-Suh que depois se converte em um esqueleto.

Encontrado o corpo, segundo a teoria de Sun-Ju, a maldição estaria anulada pois Eun-Suh receberia um sepultamento digno e assim sua alma poderia descansar.

A dupla chama a polícia para fazer a remoção dos restos mortais de Eun-Suh e fica claro que a jovem só queria ficar em paz, que seus poderes parassem de ser explorados e que ela pudesse ser vista e tratada como uma pessoa normal, sendo amada, se casando e tendo filhos. Porém com os abusos de Kyung-Pil que seguramente não compartilhava dos mesmos sonhos, Eun-Suh amaldiçoou a televisão para que todos fossem infelizes como ela e que carregassem uma maldição como os poderes que ela carrega. 

Sun-Ju viaja de volta para casa e se despede de Choi com uma cervejinha.

Na manhã seguinte, tudo fica calmo, mas Choi ente que ainda tem algo faltando enquanto medita em sua casa. Ele dá uma olhada no VHS da fita amaldiçoada e antes que ele pudesse ligar para Sun-Ju, a televisão liga sozinha e sintoniza na imagem do poço e de dentro dele surge o fantasma de Eun-Suh que se materializa ao sair da tela para o mundo dos vivos. Eun-Suh olha diretamente para Choi com seus olhos completamente brancos e sua pele verde cadáver e tudo se apaga.

Poucas horas depois, Sun-Ju vai até o apartamento de Choi e descobre através de sua namorada Ji-Ieon que o médico teve uma parada cardíaca repentina.

Ao entrar dentro da residência para procurar a fita, Jun-Su encontra um bilhete amassado com anotações por cima de cálculos numéricos e se pergunta o que ela fez de diferente que só Choi morreu e não ela. Ao se dar conta de que o médico viu uma cópia da fita que ela viu, a repórter mata a charada: a verdadeira forma de se quebrar a maldição é gravar uma cópia da fita amaldiçoada e fazer outra pessoa ver e foi o que ela fez ao repassar a mídia copiada em outra fita, ela anulou a sua maldição mas Choi acabou sendo condenado.

Sem perda de tempo, Sun-Ju desinstala seu vídeo cassete, consegue uma fita virgem e a leva junto da fita amaldiçoada na esperança de que ainda haja tempo para que Bo-Ram faça uma cópia do filme maldito e repasse a mesma para outra pessoa aleatória para assim quebrar a sua própria maldição.

Sun-Ju monta em seu carro e dirige até a casa de sua mãe depois de fazer uma ligação e enquanto isso, uma nuvem escura se espalha pelo céu conforme o veículo da jovem avance...

O filme não difere muito do original e do remake Hollywoodiano, aliás é tão bom quanto qualquer versão e só perde pela notória falta de orçamento, tornando a versão mais pobre das três já produzidas.

Infelizmente no quesito gráfico, o terror de The Ring Vírus é muito fraco, tendo as cenas mais memoráveis das outras versões completamente suavizadas, ou seja este é basicamente um O Chamado apto para a família já que não assusta e não é violento tanto quanto se espera.

Mas ainda sim, a figura de Park Eun-Suh é tão emblemática quanto suas irmãs Samara e Sadako tendo a cena de apresentação saindo de dentro da televisão igualmente memorável.

A trama até que é bem fluída e apesar de ser o mesmo que as outras versões quase que totalmente ainda surpreende, mas o passado diferenciado de Eun-Suh com muito mais profundidade e ainda com a existência de um meio irmão maluco e tarado me quebraram. Não tinha muita necessidade de transformar a Sadako numa CLT decadente e caridosa, mas era sim necessário dar uma modificada na trama para não ficar totalmente igual às versões mais famosas.

Para quem assistir ao filme antes das versões mais famosas pode até ser que o fator ineditismo ajude muito na experiência já que o filme é sim bom, o problema é ser pobre, leve e ter um desdobramento mal executado. O lado bom é que toda a explicação acerca da concepção da maldição é plausível e a motivação de Eun-Suh é viável enquanto Samara e Sadako apenas eram exploradas e odiadas e foda-se.

No mais, vale conhecer esta versão como curiosidade para poder traçar um paralelo entre as outras versões sem cair muito na mesmice. 
 

Trailer: 


 

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