Bem-vindos!

Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

domingo, 29 de janeiro de 2017

A noite dos mortos-vivos / Night of the Living Dead (1968-1990)


A maior obra de George Romero sem sombra de dúvidas. Um cult claustrofóbico muito bem produzido, dirigido e montado que conseguiu se tornar um marco para a época que foi filmado.

Numa época em que um bom filme de terror andava meio escasso, afinal ainda não haviam surgido as grandes franquias Hollywoodianas e nós só tínhamos produções isoladas com apenas uma única parte e nada mais. 

A história começa quando os irmãos Bárbara e Johnnie vão visitar o túmulo da mãe numa cidade afastada em seu aniversário de morte. Depois de prestar as homenagens á falecida, Bárbara é atacada por um homem cambaleante, aparentemente desorientado e irracionalmente agressivo.

Johnnie então a protege do estranho que o ataca ferozmente, mas no embate, Johnnie acaba morrendo e Bárbara atordoada corre para o carro mas a falta da chave a faz acionar destravar o ponto morto fazendo o veículo bater. 

Bárbara então corre até chegar numa velha casa de campo, onde depois de sofrer outro ataque é salva por Ben, um homem negro, armado que diz também ter sido atacado por essas pessoas aparentemente mortas em vida sem explicação. Ben logo trata de interroga-la na tentativa de conseguir um veículo para escapar de lá, mas o carro de Johnnie quebrou na fuga de Bárbara como já foi mencionado anteriormente.

Lá na casa, pouco mais tarde, eles encontram a família Cooper, formado por Harry, Hellen e a filha Sarah, misteriosamente doente repousando no porão. Ainda são apresentados ao sobrinho do dono da casa Tom e sua noiva Judy Rose, cientes dos ataques e dispostos a oferecer amparo aos novos amigos.

Ben então ordena a todos que lacrem as janelas com tudo o que puderem, pois os mortos vivos não tem força o suficiente para entrar na casa na ignorância. Todos menos Cooper se propõem a colaborar, e o safado ainda proíbe Hellen de dar qualquer tipo de auxílio a Ben ou quem quer que seja, dizendo aos demais que o porão é o local mais seguro da casa e que ele sua família ficarão lá esperando que alguém de fora venha resgatá-los.

Tom logo se lembra que que seu finado tio deixou uma bomba de gasolina perto do seleiro, porém o painel está lacrado e ele desconhece o paradeiro da chave, pondo toda a casa para procurar enquanto lutam para manter os constantes ataques dos mortos vivos sob controle.

Em outro cômodo, Ben encontra uma velha tevê e ao ligá-la, ouve a mídia local reportar hipóteses absurdas sobre os ataques e ainda manda instruções para se protegerem dos mortos vivos.

Prontos para percorrerem um curto trajeto com a única caminhonete em funcionamento, Tom, Ben e Judy Rose, depois de encontrarem uma possível chave, rumam até o local, mas o líder da turma acaba ficando para trás e quando Tom e Judy chegam até o painel da bomba de gasolina, percebem que a chave que eles haviam encontrado era a errada. Desesperado, Tom acaba atirando na bomba na tentativa de arrombá-la mas acaba provocando um incêndio que cumina na morte do casal com a explosão do carro.

Furioso, Ben volta para dentro depois de um bate boca com Cooper que tranca as portas com Bárbara lá dentro ainda em choque.

Enquanto isso, Hellen, de volta ao porão se depara com a pequena Sarah desperta e de pé, porém, ela já havia se tornado uma dos mortos vivos, atacando a mãe que não consegue reagir.

De volta ao hall da casa, Ben e Cooper se atracam até que Sarah chega ao local disposta a fazer novas vítimas. Ben pede a Cooper que dispare, porém, obviamente ele se nega e atira em Ben, que devolve os disparos, logo depois de mandar a pequena Sarah para a vala.

Cooper foge se esconder, enquanto Ben, ferido pede a Bárbara que vá buscar ajuda, porém pode ser tarde demais, afinal os mortos vivos conseguiram arrombar a porta principal e aos montes invadem o local causando a maior confusão além de levarem Bárbara.

Na manhã seguinte, um grupo de populares armados chegam a fazenda e encontram apenas Ben que estava escondido e matam ele sem nem perguntar nada juntando-o aos demais morto vivos em uma fogueira.

Esse é o final do original no entanto. No remake, depois do embate entre Ben e Cooper, Ben se esconde no porão depois da morte do irritante pai de Sarah e fica por lá até o amanhecer sem saber que há rastro de mortos vivos por lá.

Bárbara é resgatada por um grupo de caipiras local que se juntaram para caçar os mortos vivos com o aval do governo e das forças armadas e ao derrubar a porta do porão, são pegos de surpresa por Ben que foi transfigurado em um dos mortos vivos.

Rapidamente, o amigo de Bárbara é abatido com um tiro na cabeça. Afetada, Bárbara se afasta e leva um susto com Cooper que estava escondido em outro cômodo e este está hipocritamente feliz em vê-la porém leva um head shot da moça que diz aos caipiras que tem mais um para a fogueira.

A cena final é a varanda da casa de campo cheia de caipiras e agentes do governo fazendo fogueiras e rinhas de mortos vivos que ainda não tinham sido abatidos. A câmera dá um close em Bárbara e ouve-se o som do click de uma câmera fotográfica e logo depois, a tela fica em um tom de sépia envelhecido dando vários clicks em imagens dos mortos vivos na fogueira e outros sendo exibidos como troféu ao som de um instrumental de heavy metal simplesmente maravilhoso típico da época.

A noite dos mortos vivos popularizou um nicho antes limitados a filmes tranqueiras e sem relevância e trouxe consigo uma enxurrada de outros filmes com a temática.

O filme ainda recebeu uma série de continuações oficiais e outra continuação espiritual A volta dos mortos vivos, que se tornou uma série própria e ainda se tornou um cult estabelecendo muitos conceitos que viriam a ser seguidos futuramente como a explicação definitiva que os zumbis tem fome de cérebro e não de carne. 

Além de tudo, o clássico de 1968 recebeu um ótimo remake em 1990 e um vergonhoso reboot em 2006, fugindo completamente do roteiro original que não vale nem a pena ser mencionado.

O filme original foi produzido pela lenda George Romero, considerado o pai do gênero de filmes de mortos vivos. O filme se tornou um cult, apesar de ser um filme independente, por se tratar de um tema inovador e cheio de tabus para a época, como o fato de Ben, ser um personagem negro liderando um grupo de brancos, algo incomum na época, fora efeitos de sangue e desmembramentos bem feitos para a época, além de se ter uma atmosfera emersivamente bem sombria, a quase ausência de trilha sonora e filmagem propositalmente em preto e branco que casou muito bem com o filme, deixando-o assustador e claustrofóbico, o melhor do gênero sem dúvidas.

Além de tudo isso, ainda tempos um confronto de personalidades entre ambas as Bárbaras (a de 1968 e a de 1990), que são total contraparte uma da outra: enquanto a original era um protótipo de mocinha assustada que passa o filme quase todo lobotomizada, chorando e vendo seus amigos sendo mortos, a Bárbara de 1990 já é mais ativa, corajosa e decidida, dividindo o protagonismo igualmente com Ben o que proporcionou finais diferentes para cada geração.

A Bárbara do remake ao contrário da original, desde o inicio briga contra os mortos-vivos e até encara se armar com tudo o que tiver pelo caminho e ainda é mais participativa no momento do isolamento da casa e ainda divide com Ben, o ódio mortal por Cooper, coisa que a original nem de longe tinha.

Quem também se sobrepôs, foi o personagem Harry Cooper, que na versão de 1990, conseguiu ser infinitamente mais odiável que o original, devido a brilhante atuação do saudoso ator Tom Towles que convenceu com sua performance.

Aliás, destaque para o personagem Ben da versão de 1990 que foi vivido pela lenda Tony Todd de O mistério de Candyman, Terror no pântano e Premonição que também mandou muito bem na atuação.

Trailer (Versão de 1968)


Trailer (Versão de 1990)

sábado, 21 de janeiro de 2017

Halloween - A noite do Terror / Halloween (1978)



Halloween é uma inigualável franquia de terror slasher que trouxe um dos maiores representantes do subgênero: Michael Myers, que neste pioneiro era chamado apenas de The Shape (a forma, ou a entidade) já que sua motivação para perseguir Laurie Strode e iniciar um dos embates mais lendários da história ainda não havia sido explorada já que não tivemos conhecimento de quem a mocinha era na verdade e qual era a sua ligação com o psicopata.

De início, o longa de 1978 foca apenas em um típico slasher onde o antagonista é um serial killer de babás na noite de Halloween, porém a introdução meio que se perde neste conceito servindo apenas para apresentar brevemente o eterno stalker mascarado de Haddonfield.

Eu vou usar como base desta resenha a versão estendida do longa metragem que trás aproximadamente dez minutos excluídos da versão final para valorizar totalmente a experiência e deixarei de fora o reboot de Rob Zombie, pois este tem um prólogo bastante interessante e meio que já deixa as coisas evidentes, fora que monta toda uma narrativa inédita para justificar a motivação para Michael Myers se tornar um assassino frio e silencioso; então deixa para uma próxima.

Tudo começa na noite de halloween de 1963, no condado de Haddonfield, Illinois na casa dos Myers, onde Judith a filha mais velha do casal que só aparece mais para frente está sozinha com seu namorado se preparando para uma inesquecível noite de muita cerveja e coito.

Assim que o casal sobe as escadas para ir até o quarto, temos um vislumbre de uma visão em primeira pessoa: alguém de baixa estatura que está dentro da casa de maneira estratégica observando tudo que ocorre. Ao ver que o namorado de Judith desceu as escadas por um instante, a pessoa caminha devagar até a cozinha onde pega uma faca, veste uma máscara limitando nosso ponto de vista e por fim sobe as escadas chegando ao quarto.

Lá, esta pessoa é reconhecida por Judith como Michael que sem perda de tempo a esfaqueia diversas vezes até que a adolescente desfalece. Michael volta a descer as escadas e ao cruzar a porta da frente da casa finalmente vemos o rosto do assassino que é apenas um menino de seis anos, com uma fantasia de palhaço que é nada menos que o irmão caçula de Judith e este é flagrado por seus pais que chegam no mesmíssimo instante chocados por encontrarem o menino com uma faca na mão, seu rosto estampado com o semblante de desorientação e o olhar vago e entristecido.

Depois da introdução, somos levados ao hospital psiquiátrico local, onde o diretor e seu assistente se reúnem com o até então psiquiatra de Michael, o doutor Samuel Loomis que é reportado que o menino se encontra em estado catatônico desde o momento que a equipe médica o encontrou e que devido sua pouca idade e aparente inofensividade, sua decisão quanto ao destino do jovem assassino é transferi-lo para o sanatório de segurança máxima de Smith Grove onde será assistido por uma junta médica mais gabaritada.

Ao sair da reunião, Loomis vai até o quarto do menino Michael para vê-lo pela última vez encontrando-o tal como o diretor do sanatório reportou: imóvel, calado e sem noção de espaço ou de tempo.

Passam-se quinze anos, mais precisamente estamos no ano de 1978 e o doutor Loomis na companhia da enfermeira Marion Chambers se dirige ao sanatório de Smith Grove debaixo de um toró e sem se dar conta ao chegar ao seu destino, uma movimentação estranha acontece do outro lado das grades do local.

Assim que Loomis desce do carro para conseguir acesso ao sanatório, Marion é atacada por alguém ainda dentro do carro e nós só vemos as mãos do agressor. A enfermeira é jogada para fora do veículo e seu agressor foge pilotando ele sem ser visto.

Na manhã seguinte, em Haddonfield, a adolescente Laurie Strode deixa sua casa para mais um dia de aula confirmando com seu pai o compromisso de tomar conta do menino Tommy Doyle á noite durante os festejos de halloween. Menino este que por acaso, Laurie encontra no caminho fazendo uma breve parada na casa abandonada dos Myers que Tommy alega ser assombrada e que sem que ambos se deem conta, alguém os observa do lado de dentro.

Depois que a dupla volta a tomar caminhos separados, a pessoa misteriosa stalkeia Laurie do lado de fora da residência.

Enquanto isso em Smith Grove, Loomis toma conhecimento de que Michael Myers fugiu do sanatório na noite anterior e ainda libertou outros pacientes (aqui entre nós, já sabemos que a pessoa que roubou o carro do hospital onde Loomis trabalha foi Michael e que ele é o stalker de Laurie, mas vamos fingir que não sabemos só para simplificar as coisas uma vez que para quem não conhece o filme, nada fica claro até a sequencia).

Mais tarde, durante uma aula, Laurie se desconcentra totalmente de uma explicação do professor ao olhar pela janela e dar de cara com uma figura alta e mascarada a observando no final da esquina. O professor interrompe a observação de Laurie chamando sua atenção e quando ela volta a focar em seu stalker, ele simplesmente evaporou.

Ressalvando mais uma vez: já sabemos que o stalker mascarado é Michael, mas vamos fingir surpresa sobre sua motivação para ter escolhido logo Laurie como seu alvo.

Depois de observar uma criança sofrendo bullying junto ao colégio, Michael adentra o carro que ele havia roubado e vai embora (onde ele aprendeu a dirigir tão bem e como ele conseguiu chegar tão certeiramente até sua cidade natal sem precisar pedir informações - até por que ele não fala-, eu não sei e por favor, não me perguntem).

Longe dali, onde Judas perdeu as botas, o doutor Loomis para na beira de uma estrada próximo a uma oficina mecânica e lá, o terapeuta encontra seu antigo carro junto a um cartão de uma companhia privada e sem ele se dar conta, muito próximo de lá há um corpo de um homem abandonado.

Na saída da escola, Laurie encontra suas amigas Annie Brackett e Lynda Van der Klok pondo seus planos para a noite de halloween em dia quando um carro de um conhecido das meninas passa por ela sem cumprimentar de volta, o que causa a estranheza de Laurie que desconfia que há outra pessoa no volante e não quem as garotas esperavam.

Depois, Laurie pressente estar sendo observada por alguém próximo aos arbustos, porém quando Lynda averígua, não encontra nenhum sinal de vida.

Na sequencia, Laurie cruza brevemente com o xerife Leigh Brackett, pai de Annie e finalmente volta para sua casa onde mais uma vez, percebe estar sendo vigiada pelo stalker mascarado através da janela e depois recebe uma chamada telefônica onde ninguém responde do outro lado da linha.

Logo depois, Laurie recebe Lynda que diz que um cara a seguiu e nisso o telefone toca novamente mas desta vez é Annie na linha.

Lynda pede umas roupas emprestadas á Laurie e depois de deixar a amiga ter livre acesso ao seu guarda roupa, a filha dos Strode pega uma carona com Annie para ir á cidade.

Já em Haddonfield, Loomis chega ao cemitério onde o túmulo de Judith Myers foi profanado tendo sua lápide roubada e não pode ter sido outro o autor do crime senão Michael.

Não muito depois, Loomis cruza com o xerife Brackett exigindo falar com ele alegando ter um caso para ser resolvido.

Enquanto isso, Michael passou a noite toda seguindo as garotas até que cada uma delas volta para a sua respectiva casa, menos Laurie que se dirige a casa dos Doyle para bancar a babá para o menino Tommy pelo resto da noite de halloween que é precisamente esta.

Paralelamente, Loomis e o xerife já ciente da fuga de Michael, investigam juntamente a casa dos Myers por dentro e encontram uma das janelas abertas. Depois disso, uma peça da janela se desprende do nada e quebra o vidro assustando a dupla.

Seguindo as investigações, Loomis detalha o perfil de Michael alegando que seu paciente é o mal puro, diagnóstico este que ele deu ao stalker de Laurie desde que ele chegou as suas mãos, quando tinha apenas seis anos.

De volta á Laurie, ela recebe um telefonema de Lynda que está tomando conta da menina Lindsey na casa dos Wallace e nisso, Tommy chama a atenção de sua babá alegando ter visto um fantasma o observando do lado de fora, mas Laurie nem dá atenção (e quem daria?).

Depois de desligar, Lynda percebe que o cachorro de Lindsey está inquieto e este para de latir apenas quando Michael que estava á espreita o mata covardemente.

Na casa dos Doyle, Laurie e Tommy assistem ao clássico cult O monstro do ártico (The Thing) de 1951 (lembrando que o remake intitulado por aqui como O enigma do outro mundo só veio a ver a luz do dia em 1982, por isso não confundam um com o outro por conta do título original) e o menino volta a tocar na história do fantasma e depois pede á baba para eles talharem uma abóbora.

De volta com Lynda, depois de sujar sua roupa sem querer, ela pega um terno largo que ela encontrou e leva sua roupa suja até a lavanderia onde acaba ficando presa por dentro. Lynda tenta chamar por Lindsey, mas a garota não escuta os gritos pois o volume da televisão está muito alto.

Por sorte, Paul o namorado de Lynda telefona e Lindsey que atendeu, consegue finalmente socorrer sua babá que entalou em uma janela numa tentativa de sair da lavanderia por conta própria.

Depois de atender o telefonema, Lynda pega Lindsey e a leva para a casa dos Doyle deixando-a com Laurie para ir poder aproveitar o halloween namorando sem perceber que Michael a seguiu.

Ao entrar no carro, Lynda é agarrada por Michael que a mata esganada.

Entediado, Tommy tenta pregar uma peça em Lindsey, mas vê pela janela Michael arrastando o corpo de Lynda e ao alertar Laurie é desacreditado novamente por ela e ainda leva uma bronca.

Perto de lá, um grupo de crianças instiga um amigo de nome Loonie Elam a entrar na casa dos Myers e depois que ele o faz, Loomis que está de butuca por perto assusta as crianças com a história de Michael Myers dispersando os pirralhos.

Do outro lado, Annie e seu namorado Bob encontram a casa vazia e aproveitam para iniciar um amasso sem perceber que Michael os vigia. Logo depois, Annie liga para Laurie perguntando por Lynda ficando a par que a amiga da onça deixou a babá com serviço dobrado para poder coitar.

Na sequencia, Annie e Bob sobem para o quarto onde coitam rapidamente e depois a garota pede umas cervejas ao namorado que desce para buscá-las. Já no piso de baixo, Bob acaba dando de cara com Michael que o suspende pelo pescoço e o prega na parede com uma faca em sua barriga matando-o.

Michael pega os óculos de Bob, coloca um lençol por cima dele e vai até o quarto se fazendo passar pela sua vítima mais recente. Depois de confundir Michael com Bob, Annie tenta telefonar para Laurie mais uma vez, porém o stalker a enforca com o fio do telefone e a babá que está do outro lado da linha, confunde os gemidos de agonia da amiga com um orgasmo e ainda tem o telefone batido em sua cara culminando com a morte de Annie.

Encucada, Laurie tenta ligar novamente, porém desta vez sem sucesso resolvendo então sair para dar uma olhada já que a casa é ali mesmo do lado, mas antes vigia as crianças para se certificar que ambos os pequenos estão sonhando com os anjinhos.

Enquanto isso, Loomis encontra um carro com a mesma insígnia do cartão que ele encontrou junto ao seu carro abandonado pré supondo que Michael está por perto.

Ao entrar na casa de Annie, Laurie pressente estar sendo vitima de uma pegadinha e pede as amigas que saiam de onde estiverem, sem receber nenhum retorno.

Subindo pelas escadas, Laurie adentra o quarto e encontra o corpo da amiga junto a lápide de Judith Myers e ao tentar sair ás pressas do local encontra os corpos de Lynda e Bob aparecendo em lugares estratégicos (um dos grandes clichês da época).

Michael surpreende Laurie na corrida fazendo a babá rolar as escadas, mas ela consegue se levantar rapidamente e tenta fugir pela cozinha depois de trancar a porta de acesso que o stalker prontamente põe a baixo forçando Laurie a quebrar o vidro da porta dos fundos que estava trancada por dentro na base do murro.

Finalmente do lado de fora, Laurie grita por ajuda, mas das duas ás uma: ou Haddonfield inteira está festejando o halloween fora de suas casas ou são todos surdos ou ainda, são adeptos do ''ema, ema ema, cada um com seus problemas''.

Sem saída, Laurie volta para a casa dos Doyle e chama por Tommy já que a anta perdeu suas chaves na fuga. Finalmente dentro da casa, a babá ordena ao menino que tranque todas as portas e janelas enquanto ela tenta usar sem sucesso o telefone.

Michael entra de surpresa e ataca Laurie que revida enfiando uma agulha de tricô em seu pescoço e se esconde em seguida.

Do lado de fora, Loomis encontra o detetive Brackett e o alerta sobre o carro usado por Michael pondo o oficial para procurar em outro quadrante enquanto ele continua investigando aquela área.

Laurie reencontra Tommy e os dois dão de cara com Michael. A babá ordena á Tommy que pegue Lindsey e se esconda com ela.

Depois, Laurie se tranca no closet, mas é encontrada por Michael que é pego de surpresa com um ataque de cabide e ainda é esfaqueado com sua própria faca.

Laurie vai até as crianças e pede que os dois vão até o vizinho e que chamem a polícia. Depois disso, Michael agarra Laurie novamente e a esgana até que Loomis que está por perto, ouve os gritos e entra na casa metendo bala em seu paciente que cai da janela do segundo piso.

Em choque, Laurie pergunta ao terapeuta se aquele é o monstro fantasma (ou bicho papão dependendo da versão) e Loomis confirma indo em seguida checar a janela, porém Michael sumiu no breu da noite provocando uma crise de choro em Laurie.

Por fim, só se ouve um barulho assustador pairando pelo bairro anunciando que a lenda de Michael Myers só está começando...

Incontestavelmente um dos maiores clássicos do slasher que na época tinha como representante apenas Leatherface de O massacre da serra elétrica tornando assim, o primeiro grande slasher a padronizar clichês como: o stalker, a final girl encontrando os corpos das vítimas que brotam de todos os lugares a assustando, o fato do assassino matar sempre aqueles que transam, etc.

Os grandes nomes da franquia são sem dúvida Jamie Lee Curtis e Donald Pleasence que reprisaram seus papéis até não poderem mais durante toda a franquia como Laurie Strode e o doutor Sam Loomis respectivamente, coisa que outras franquias raramente faziam, optando por sempre renovar o elenco na tentativa de descobrir novos talentos.

O dedo mágico de John Carpenter na direção, dividindo o roteirismo com a produtora Debra Hill e sobretudo na composição do tema musical principal deram os toques perfeitos a trama tornando a obra um show completo: a música anunciando a aproximação de Michael Myers provoca verdeiros calafrios, os enquadramentos e a direção de câmeras são pontuais e muito bem executados e o suspense durante as cenas de stalk são de matar o telespectador de medo tamanha a emersão e a capacidade de brincar com o nosso psicológico que a produção teve. 

Dificilmente outra obra do gênero vai conseguir acertar tão bem na mão em todos os aspectos como o clássico Halloween de 1978, que pegou a melhor época e a melhor equipe de produção para realizar um filme tão impecável.


Trailer:


segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Jogos Mortais / Saw (2004)



 Jogos mortais foi concebido em 2003 no formato de um curta metragem de menos de nove minutos escrito e dirigido por James Wan e acabou chamando tanto a atenção que já no ano seguinte com um orçamento milionário o curta se tornou um longa pelas mãos da Lionsgate mantendo Wan na direção.

O filme mantém a mesma essência de seu predecessor: um serial killer sádico rapta e prende pessoas escolhidas a dedo para faze-las passar por um jogo de vida ou morte onde o intuito é escapar de uma armadilha em um tempo estabelecido seguindo pistas espalhadas por todo o local que são como peças de um quebra cabeça que no final revelam a verdadeira finalidade da presença de uma determinada pessoa naquele local.

O primeiro filme da franquia conhecida pela sua violência extrema ainda pega leve moderando no gore e limitando o número de participantes do jogo a dois até por conta do orçamento, mas a partir da parte seguinte o número de presos vai aumentando e o nível de sangue, tripas e ossos arrebentando nas mais absurdas engenhocas armadilhas fica cada vez maior embrulhando o estômago de quem assiste sem falha.

O início de tudo é com o fotógrafo Adam Stanheight acordando submerso em uma banheira imunda em um banheiro completamente fechado, imundo e fedorento acorrentado pela perna.

Confuso, Adam tenta encontrar algum sinal de vida perguntando onde ele está e uma vos masculina dá resposta a cada uma de suas perguntas e perto dele se encontra um terceiro home, este morto com um rombo de tiro na cabeça, uma arma numa mãe e um gravador na outra.

O segundo homem também aprisionado se apresenta como Lawrence Gordon que assim como Adam foi misteriosamente abduzido e jogado naquela pocilga.

Lawrence, que é médico descarta que Adam tenha sido vítima de traficantes de órgãos quando este pergunta se ele tem alguma cicatriz cirúrgica em seu corpo e diz que os dois precisam unir suas forças para poder sair do cativeiro vivos.

Adam acaba encontrando um pedaço de papel em seu bolso escrito ''toque'' enquanto Lawrence encontra uma mini fita k-7 no seu além de uma chave que ele acredita ser do cadeado que prende ele e o parceiro de cativeiro, porém ele constata que não é assim quando não consegue girar a chave na fechadura. 

Vendo o gravador na mão do cadáver, Adam tenta alcançá-lo com sua blusa e um medalhão e quando consegue obtê-lo dá o play em uma fita que já está dentro do aparelho e uma vós distorcida passa uma instrução em forma de enigma do que ambos devem fazer para poder se livrarem das correntes dentro de um limite de tempo. Além disso, o anônimo garante ter em seu poder a mulher e a filha pequena de Lawrence e que para o médico voltar a vê-las em segurança ele deve matar Adam antes de obter sua liberdade.

Matando a charada, Adam descobre que a próxima pista está na privada e encontra dentro da caixa de descarga um par de serras que ambos usam para tentar estourar as correntes porém sem sucesso algum já que a serra de Adam acaba quebrando no processo.

Lawrence acredita saber quem é o raptor anônimo e o que ele quer é que ele e Adam serrem suas pernas acorrentadas. Nisso ele se lembra de um caso policial sobre um criminoso sádico misterioso que comanda uma série de jogos de torturas em galpões abandonados onde suas vítimas devem lutar para sobreviver passando por várias provas, seu apelido é Jigsaw.

Aqueles que não sobrevivem aos jogos tem um pedaço de sua pele arrancada em forma de uma peça de quebra cabeça e junto aos corpos sempre é deixado uma fita k-7 desafiando a polícia.

Depois da explicação em forma de flash back, outa cena mostra Lawrence exibindo para sua equipe médica uma chapa de tomografia pertencente a um paciente que tem um tumor terminal até que o médico é requisitado pelos detetives David Tapp e Steven Sing que apresentam a ele uma caneta que é sua propriedade e que foi encontrado em um dos esconderijos do Jigsaw.

Após uma conversa com seu advogado, Lawrence é apresentado a Amanda Young, uma ex-usuária de drogas e sobrevivente dos jogos mortais que relata como tudo aconteceu e ainda confessa ter tido que matar um homem para conseguir a chave para desativar uma armadilha facial que estava presa ao rosto dela e que se não fosse retirada a tempo iria disparar um par de dentes afiados que iriam quebrar na hora a mandíbula da garota.

Ao final do relato, Amanda diz que Jigsaw a ajudou.

De volta ao presente, Adam se desentende com Lawrence ameaçando cortá-lo com uma farpa de vidro e ao arremessá-la contra a parede descobre uma câmera escondida por onde Jigsaw vê tudo.

Em outro flash back, é mostrado a residência da família Gordon, onde Diana, a filha de Lawrence vai até sua mãe, Alison dizendo ter visto um homem escondido em seu quarto. Lawrence leva a filha de volta para a cama garantindo não ter ninguém lá.

Depois disso, Lawrence tem uma breve discussão conjugal com Alison.

De volta ao presente, Lawrence mostra ao parceiro uma foto de sua família e este encontra na carteira do médico uma foto de mãe e filha amarradas e amordaçadas junto a um bilhete que o confunde.

Seguindo o flash back, vemos a pessoa misteriosa saindo do closet de Diana e logo depois, ela e a mãe são rendidas e amarradas ao pé da cama.

Paralelo a isso, o detetive Tapp segue investigando todas as pistas possíveis sobre o Jigsaw levando os dois a investigar um armazém enorme e bagunçado onde encontram uma maquete do banheiro, um boneco de palhaço e um homem preso a uma armadilha pela boca.

Tapp resolve deixar o prisioneiro do jeito que o encontrou e arma uma arapuca pegando o suposto Jigsaw em flagrante. O sádico aciona uma broca próxima a nuca do prisioneiro e desafia os detetives a encontrarem a chave que desativa a armadilha.

A adrenalina faz Tapp ameaçar Jigsaw a entregar a chave e este ataca o detetive rasgando sua garganta dando início a uma fuga na sequencia.

Depois de tentar socorrer o parceiro, Steven persegue Jigsaw mas acaba acionando uma armadilha que faz disparar várias armas que o alvejam ao mesmo tempo levando-o á desgraça e fazendo Tapp surtar.

Voltando ao presente, Adam sugestiona a Lawrence a apagar a luz por um instante e quando o médico o faz, o fotógrafo encontra o X mencionado na gravação estampado em uma parede com uma tinta que só é visível no escuro.

Lawrence quebra a parede e pergunta a Adam como ele sabia onde estava o X, e o parceiro diz ter deduzido. De dentro da parede, sai um estojo com um celular, dois cigarros, um isqueiro e um bilhete de Jigsaw dizendo que um dos cigarros tem veneno letal.

Depois de tentar efetuar inutilmente uma chamada no celular que apenas as recebe, Lawrence narra como foi que ele veio parar no cativeiro: ele estava saindo de um estacionamento quando uma pessoa misteriosa usando máscara de porco o nocauteou com um spray.

Lawrence desconfia de Adam e este mostra a ele a foto de sua família amordaçada para tentar provar sua sinceridade.

Assim que os nervos se acalmam, Lawrence resolve dar um golpe em Jigsaw: ele convence Adam a fumar o cigarro que não tem veneno para fingir sua morte simulando um ataque fulminante. O sádico no entanto é astuto e aciona uma descarga elétrica na corrente de Adam desmascarando-o.

Na sequencia, Adam se recorda de como ele veio parar no cativeiro: ele estava no quartinho revelando algumas fotos quando se sente observado e nisso a luz é cortada. Adam então leva sua câmera pela casa escura e começa a usar o flash do aparelho para iluminar momentaneamente. Depois, ele ouve uma risadinha e encontra o boneco de palhaço de Jigsaw apelidado por ele como Billy. Para finalizar, o anônimo da máscara de porco o nocauteia seguindo o mesmo modus operandi.

De volta ao cativeiro, Lawrence recebe uma ligação de Diana que diz que o homem que estava escondido no quarto está com ela e a mãe. Depois, Alison sob a mira de uma arma diz ao marido para não acreditar nas mentiras de Adam e que ele o conhece.

Lawrence intimida Adam que revela te-lo seguido naquele dia no estacionamento que ficava num hotel barato onde o médico foi se encontrar com uma mulher chamada Carla, a quem o fotógrafo considera ser amante do médico e que foi contratado justamente para coletar provas de sua infidelidade.

Ainda no flash back, Carla recebe uma ligação de um anônimo endereçada á Lawrence e este diz ao médico que sabe o que ele está fazendo.

De volta ao presente, Lawrence exige que Adam confesse quem o contratou e primeiramente ele diz não se lembrar do rosto do cara, mas depois passa a descrição do detetive Tapp que mesmo afastado depois de surtar pela perda do parceiro, segue investigando o médico por conta própria.

Adam acaba encontrando alguma fotos aleatórias em sua bolsa e entre elas, uma com um homem olhando através de uma janela que Lawrence revela ser Zep Hindle, um de seus funcionários no hospital e é justamente ele quem mantem Alison e Diana como reféns.

O celular toca novamente e Alison que está do outro lado da linha diz a Lawrence que ele falhou. Depois, a mulher do médico consegue se soltar das cordas e desarma Zep, porém não por muito tempo pois ele consegue contra atacar.

O detetive Tapp que estava grampeando a ligação o tempo todo, se arma e parte imediatamente até a casa dos Gordon, enquanto Alison consegue se livrar de Zep acertando uma tesourada na perna do bandido.

Nisso, Tapp chega dando inicio a um tiroteio seguido de uma luta corporal que pode ser ouvido por Lawrence pelo celular fazendo-o entrar em pânico.

Zep quebra um vaso na cabeça de David que desmaia mas acorda rapidamente e retoma a perseguição.

Lawrence por sua vez, é eletrocutado até desmaiar enquanto a perseguição segue de carro.

Zep chega pouco tempo depois até o depósito onde estão presos Adam e Lawrence e tenta contato pelo celular que está fora de alcance dos reféns. Nisso, Tapp chega e reinicia o tiroteio.

Surtando, Lawrence pega a serra e amputa a própria perna enquanto Adam grita e passa mal.

Tapp consegue render Zep depois de espaná-lo, porém o bandido dispara acertando o detetive que cai inconsciente.

Na sequencia, Lawrence se arrasta até a arma que está com o cadáver e atira em Adam que morre declarando o jogo encerrado e exigindo sua liberdade.

Enquanto isso, a polícia já está na residência Gordon com Alison e Diana tentando em vão estabelecer contato com o médico.

Zep chega finalmente ao cativeiro e tenta dar um fim em Lawrence, mas Adam que foi atingido de raspão acorda e agarra algo pesado com o qual acerta a cabeça do desgraçado até matá-lo.

Lawrence por sua vez, promete a Adam que voltará com ajuda depois que salvar sua família e some se arrastando pelo chão.

Adam por sua vez, tenta encontrar as chaves da corrente no bolso de Zep mas só encontra um gravador e ao dar o play descobre que o verdadeiro Jigsaw usou Zep como peão, pois ele fazia parte de um jogo paralelo: Zep foi envenenado e Jigsaw deu a ele instruções para fazer a família de Lawrence refém em troca de salvar sua vida num tempo estipulado.

O corpo jogado no chão, na verdade é de uma pessoa que só estava se fingindo. O homem em questão se levanta, tira sua careca falsa e diz que a chave da corrente estava o tempo todo na água da privada onde Adam se negou a procurar inicialmente dando preferência a caixa da descarga.

Este homem é John Kramer, o paciente de Lawrence que tem um tumor terminal e ele é Jigsaw, a mente por trás de tudo o tempo todo. Kramer desliga a luz do cativeiro e tranca a porta enquanto Adam grita inutilmente por socorro...

A reviravolta explosiva regada a uma música angustiante e tema principal do filme se tornou uma marca registrada da franquia sendo sempre um dos momentos mais aguardado de cada capítulo.

A primeira parte de jogos mortais deu tão certo que a sequencia não demorou e graças a receita milionária tivemos uma parte dois digna de sua antecessora com ainda mais vítimas, mais armadilhas e muito mais violência e segredos vindo á tona.

A franquia elevou e projetou o nome de James Wan que jamais parou colecionando vários filmes de terror em seu currículo como o universo de Invocação do mal, Sobrenatural, Maligno, M3gan, Gritos Mortais, etc.

Quem também se destacou muito por praticamente toda a franquia foi Tobin Bell que deu vida ao sádico Jigsaw de forma brilhante e inigualável sendo o personagem mais presente na franquia. Pena é que ele não emplacou mais nada relevante depois de Jogos mortais, porém no passado ele se destacou no thriller Serial Killer - Desejo Assassino de 1995 dando claros indícios de que nasceu para o terror.



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