Bem-vindos!

Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

sexta-feira, 26 de maio de 2017

A mão que balança o berço / The hand that rocks the cradle (1992)



Aí está mais um clássico absoluto que anda meio abandonado mas que é muito querido pelos fãs do gênero pelo seu enredo claro e objetivo, nada enrolado e bem desenvolvido que nos brindou no início dos anos 90 com um thriller que virou um verdadeiro cult.

O filme desponta como um suspense de vingança muito bem bolado, com uma antagonista que roubou a cena com uma das vilãs mais memoráveis de todos os tempos, com uma interpretação primorosa e bem dirigida. Mas, vamos lá...

Tudo corria na mais perfeita ordem na vida da família Bartel, formada por Claire um mulher que ama plantas, está grávida e tem asma, Michael que é engenheiro geneticista e sua filha a fofa e sempre prestativa Emma que se apega facilmente a todos que a rodeiam. 

Claire está próxima do final da gestação, sobre os cuidados do renomado ginecologista doutor Victor Mott que aparenta ser um grande profissional. Porém, durante um dos exames de rotina, o ginecologista acaba tocando os órgãos genitais de Claire que abalada o denuncia por assédio sexual.

Vendo a atitude corajosa de Claire, outras mulheres que também são pacientes do dr Mott reforçam a denúncia, acusando o médico formalmente, deixando-o na mira da implacável justiça e da mídia que logo espalha a notícia.

Acuado e se negando a ir preso, o dr. Mott acaba se suicidando com um tiro. Sua esposa, que também está grávida, acaba descobrindo no dia da leitura do testamento que os imóveis do marido foram todos bloqueados pela justiça o que significa que ela está na mais absoluta ruína.

O duro golpe a faz passar mal e ter um desmaio a obrigando a entrar em trabalho de parto onde a criança infelizmente nasce sem vida.

Claire por outro lado, dá a luz a um menino saudável chamado Joe e respira temporariamente a paz.

A senhora. Mott, tendo Claire como pivô de sua ruína pessoal apesar dela ter denunciado formalmente o falecido ginecologista, resolve se vingar, adotando o nome de Peyton Flanders. Agora como Peyton e sabendo que sua inimiga declarada deu a luz a um bebê e que ela precisa da ajuda de uma babá, acaba se aproximando da família Bartel, ganhando a confiança de todos e o cobiçado emprego.

Mas é claro que as coisas não serão tão fáceis para Peyton que encontra em Solomon, um enviado de uma instituição beneficente que ajuda pessoas especiais a sobreviverem a partir de biscates e Marlene Craven, corretora de imóveis e amiga dos Bartel inimigos em potencial, já que eles são os únicos que não a vêem com bons olhos.

Peyton porém, é astuta e consegue tirar Solomon de seu caminho armando uma arapuca em sua caixa de ferramentas escondendo uma calcinha de Emma com quem ele tanto se dá bem. Claire encontra a peça íntima da menina e entendendo tudo errado obriga Michael a levar o deficiente mental de volta para a instituição.

Depois de tudo isso, Peyton que se interessa por Michael coloca uma falsa evidência de traição na roupa do patrão que é encontrada por Claire que acredita estar sendo traída por Marlene e acaba fazendo o maior papelão sem saber que ela tinha convidados escondidos na sala para uma festa de aniversário surpresa.

Marlene por sua vez, acaba recebendo os documentos dos imóveis do doutor Mott que ainda não foram vendidos e em uma das fotos da mansão acaba encontrando um móbile sonoro igual ao que Peyton deu de presente para Claire e logo depois uma foto da mesmíssima no dia do sepultamento do marido abusador.

Disposta a esclarecer as coisas com a amiga, Marlene vai até a casa  dos Bartel onde encontra Peyton sozinha e a desmascara exigindo falar com Claire. Peyton diz que a patroa está na estufa, porém tudo não passa de uma armadilha, já que na noite anterior, a babá armou a trava do teto deixando-o aberto e atado a maçaneta da porta para Claire. 

Quando Marlene chega ao local e abre a porta, a trava faz com que as aberturas do teto se fechem com muita força causando uma chuva de cacos de vidro que matam a corretora na hora.

Claire quando chega em casa depois de passar a tarde fora trabalhando na estufa onde é voluntária, acaba encontrando Marlene morta e tem um ataque de asma. Como Peyton esvaziou todas as suas bombinhas premeditadamente, Claire desmaia pálida e é levada para o hospital.

Enquanto Claire está internada, Peyton tenta seduzir Michael que não cede, porém ela acredita que seu intento é questão de tempo.

Pouco tempo depois, Claire recebe alta e volta para casa percebendo que Peyton está ganhando terreno.

Claire encontra umas anotações estranhas nas roupas de Peyton e ao investigar as coisas de Marlene, acaba encontrando os documentos do doutor Mott na imobiliária.

Conseguindo acesso ao imóvel do médico abusador, Claire acaba descobrindo que é Peyton de verdade e ao voltar para casa a soca e a desmascara na frente de Michael que ordena a falsa babá que vá embora.

Claire implora que Michael chame a polícia e ele acata, mas antes resolve levar a família para se esconderem temporariamente num hotel.

Ao ouvir o rádio de Peyton ligada no porão, que é onde ela dormia, Michael vai checar e é acertado pela babá fazendo-o cair das escadas.

Ouvindo o barulho, Claire ordena Emma que se tranque no quarto com Joe e não abra enquanto ela vai até o porão onde encontra o marido e a babá com quem tem um confronto.

Peyton depois de se desvencilhar de Claire, vai até o quarto e tenta persuadir Emma, mas a menina que já sacou que a babá é uma víbora é mais rápida e a faz cair numa armadilha trancando-a em outro cômodo enquanto ela foge com Joe até o sótão.

A prisão da babá não dura muito, já que Peyton consegue arrebentar a porta  e chega rapidamente no sótão onde encontra as crianças e Solomon, que sempre preocupado com a família Bartel, seguiu os passos da babá e agora para salvar os amigos.

Claire sobe até o sótão e tem outra luta com Peyton que pensa ter levado a melhor, porém Claire finge um ataque de asma e quando a babá ia tomar Joe a força, Claire a empurra da janela fazendo a cair para a morte.

Com tudo finalmente em paz, Claire pede a Solomon que leve Joe consigo enquanto ela vai buscar ajuda para Michael que está ferido.

Sem dúvida um grande clássico dos anos 90 que ganhou vários prêmios cinematográficos, incluindo a atriz Rebecca De Mornay (Peyton) a imortalidade da personagem mais cativante de sua carreira. Além disso ainda tivemos os talentos de Ernie Hudson (Solomon), o Winston da clássica série de filmes dos Caça-fantasmas, Julianne Moore (Marlene) que tem em seu currículo obras como Jurassic Park, o remake de Psicose, Hannibal, Carrie a estranha de 2013 entre outros e Madeline Zima que um ano mais tarde viria a fazer parte do sitcom The Nanny além de ter feito participações em séries como Law & Order, Gilmore Girls, Grey's Anatomy, entre outros.

O filme é bem simples, não tem mais do que uma morte, afinal é mais um thriller focado no suspense, mas mesmo assim tem um roteiro muito bem construído e um final satisfatório.

Não querendo ser agorento, mas eu super apoio um remake, afinal o filme não é nada complicado, basta um bom elenco, um bom desenvolvimento, uma direção bacana e uma antagonista sobretudo carismática e experiente.


Trailer:

quinta-feira, 18 de maio de 2017

O anjo Malvado / The good Son (1993)



Aí está um suspense que trouxe tudo o que havia de bom no início dos anos 1990: um roteiro amarrador e meticulosamente bem construído, um elenco de primeira com os rostos mais conhecidos da época e uma ambientação de encher os olhos.

A trama pode parecer lenta no início mas se desenrola de forma bastante psicológica, cheia de jogadas e perseguições mentais dignas de um vilão hábil e completamente controlador.

O vilão em questão é uma criança de aproximadamente dez anos que esconde um segredo obscuro e um caráter psicopata genial que vem a tona a partir do momento em que seu primo afastado viaja vários quilômetros até sua cidade para poder se hospedar por algum tempo em sua casa depois que a mãe do mesmo faleceu por conta de uma doença.

O que parecia ser o início de uma grande amizade, se torna um jogo de gato e rato a partir do momento que o recém chegado ganha todas as atenções e todo o carinho da família.

A coisa toda começa com o menino Mark Evans disputando uma partida de futebol, até que seu pai, Jack vai até o campo buscá-lo para ver sua mãe no hospital, mãe esta que está internada e vivendo seus últimos momentos. 

Depois de um último encontro entre mãe e filho, a mulher que já estava em estágio terminal de uma doença falece e é sepultada ao ar livre em um deserto envolto a uma grande comoção de amigos e parentes.

Jack, agora viúvo e pai solo, tem a difícil escolha de fazer uma viagem a negócios de duas semanas ao Japão para garantir um futuro estável á Mark e o custo é deixar o filho esse tempo todo com seu irmão Wallace e sua família há uma dezena de estados longe de casa.

Depois de uma longa viagem de carro, Mark e Jack chegam a cidade nevada de Wallace onde ele vive com sua mulher Susan e seus filhos Henry e Connie que são super receptivos. Prova disso é que Henry dá uma máscara artesanal feita por ele mesmo igual a que ele tem ao primo e na mesma noite, troca com Mark pontapés na canela durante o jantar para selar a nova amizade (já que a família estava afastada há praticamente uma década e os meninos não se conheciam).

Na manhã seguinte á partida de Jack, Mark é convidado por Henry para conhecer sua casa na árvore e ao subir pelas escadas apodrecidas, quase cai de uma altura considerável se não fosse o atento primo segurá-lo, porém antes de puxá-lo, Henry pergunta ao primo se ele saberia voar caso ele o soltasse.

Mais tarde, os dois vão até um velho armazém onde depredam várias vidraças até serem flagrados pelo segurança que os fazem correr de lá. No meio da corrida, eles são pegos por um cachorro que os persegue até ficar impossibilitado de prosseguir.

Logo depois, os dois correm até um poço perto de um cemitério onde Henry tem uma caixa com cigarros escondidos do qual fuma um deles, enquanto Mark vê Susan parada olhando o mar do topo de uma colina adjacente a casa dos Evans e Henry diz ao primo que ela vai sempre ao local pensar em um tal Richard.

No dia seguinte, Henry convida o primo para conhecer sua cabana secreta onde mostra a ele uma parafernália que ele construiu que é semelhante a uma besta, mas que no lugar de uma flecha dispara parafusos a longa distância.

Henry dá uma amostra do funcionamento de sua arma secreta mirando um gato, porém por consideração a Mark, o garoto dá apenas um susto no animal.

Mark, mesmo a contragosto, passa por sessões de terapia com uma pediatra infantil local, a doutora Alice Davenport que tenta a todo custo fazer o jovem órfão de mãe a falar o que está guardado em seu coração.

Henry começa a perceber uma certa aproximação da família ao recém chegado e as coisas começam a ficar pesadas, quando o primo de Mark o leva novamente até sua casa na árvore para mostrar sua maior criação: um boneco em tamanho adulto feito com trapos a quem ele apelidou de Senhor Estrada.

Convencendo o primo de que eles farão algo muito legal, Henry carrega o boneco junto á Mark até o alto de um viaduto, de onde o Senhor Estrada é jogado, causando dez capotamentos simultâneos na pista escorregadia por conta do mal tempo proporcionado pelo rigoroso inverno.

Os dois rapidamente fogem sem ser vistos e o caso ganha o noticiário local sem que é claro, tenham descoberto a identidade dos responsáveis.

Mark ainda tem dúvidas sobre a índole do primo chegando a perguntar á doutora Davenport se ela credita que uma criança pode ser má, e pensando que o menino está falando de si mesmo ela rechaça esta alegação, afinal, ela é uma mulher da ciência.

A certeza de quem Henry é de verdade, vem depois que a dupla de primos vão brincar outra vez com o dispara parafuso no qual o cachorro que os perseguiu anteriormente é vitimado fatalmente.

Henry usa psicologia para manipular Mark dizendo que ninguém vai acreditar nas palavras de um garoto perturbado pelo luto, capaz de mentir e cometer atos impensáveis. Ele vai ainda mais além quando dá a entender que Connie poderia se machucar, depois que ele se dá conta que a irmãzinha está completamente encantada com a atenção e o carinho do primo, tirando de Henry seu posto de irmão.

Certa noite, Wallace e Susan saem para jantar fora e confiam a casa e Connie aos cuidados dos meninos e esta é a deixa para Henry jogar um jogo de gato e rato manipulando o primo convencendo-o de que a caçula dos Evans pode se machucar em seu próprio jogo de esconde-esconde.

Entendendo a letra, Mark corre pela casa tentando procurar Connie enquanto Henry desliga o disjuntor e sabendo onde a pequena está, chega até ela primeiro. Quando Mark finalmente chega ao esconderijo da prima, a encontra rindo muito com Henry em cima dela fazendo-lhe cócegas.

Mark põe a prima para dormir depois de contar uma história e ao conseguir é agraciado com a aparição de Henry que mais uma vez o faz acreditar que ele poderia machucar a irmã enquanto ela dorme e que a única forma de impedi-lo seria se o primo montasse guarda a noite toda no quarto da princesinha adormecida sem pregar os olhos.

O garoto acaba sedendo e quando acorda, não encontra a menina na cama e quando desce acaba descobrindo que Henry levou Connie para patinar no lago.

Mais uma vez, desperto para a nova tramoia de Henry, Mark corre e praticamente se estatela no gelo enquanto o primo roda a irmã pelo braço próximo a faixa de interdição. Depois de dar um impulso, Henry joga a menina até a área de gelo fino onde ela acaba caindo em uma cratera.

Henry, se fazendo de herói simula que vai tentar puxar a irmã pela mão, mas nem chega a tocá-la e a correnteza leva a menina até que os seguranças da pista do lago arrebentam a camada de gelo fino com machados e logo conseguem trazer Connie para a superfície desmaiada.

Connie é levada rapidamente para o hospital e felizmente se estabiliza.

Mark tenta convencer Susan que Henry tentou matar a própria irmã e leva uma bofetada da tia que alega não acreditar que seu filho é um psicopata.

A essa altura, Mark já descobriu que o tal Richard mencionado lá atrás, era o irmão caçula de Henry e Connie que morreu ainda bebê afogado num suposto acidente na banheira enquanto Susan atendia ao telefone. Morte esta da qual ela ainda não se recuperou, se culpa e se nega a desfigurar o quarto de seu bebê enquanto ela não estiver pronta.

Naquela mesma noite, Mark pega Henry assaltando a geladeira a noite e o garoto mais uma vez o manipula para faze-lo acreditar que toda a comida está envenenada para o claro propósito de matar os pais já que Mark os tomou dele.

Enlouquecido, Mark soca todos os comestíveis no triturador de lixo e Wallace o flagra acreditando que o garoto enlouqueceu com suas acusações incabíveis.

No dia seguinte, Mark e Henry tem uma nova divergência, uma vez que o psicopata mirim deixa a entender que ele quer matar Susan já que ele a desconsidera como mãe, já que o primo a tomou dele. Mark o ameaça com uma tesoura e sem medo Henry o convence a cravar até o fundo e quando Wallace os flagra, logo dá um basta trancando o menino na biblioteca e ameaça chamar a doutora Davenport.

Pouco tempo depois, Susan adentra a cabana secreta de Henry e encontra o patinho de borracha que era de Richard e que se perdeu desde o acidente. O filho mau a flagra e dá um ataque de ciúme alegando que o patinho era dele antes de ser do irmão.

Henry usa a cabeça mais uma vez e convence a mãe a dar uma volta com ele para conversar e os dois vão para perto da colina, sendo flagrados por Mark que tenta a todo custo sair de  sua prisão.

Susan é direta e interroga Henry que demonstra o maior sangue frio e admite ironicamente ter matado o bebê Richard afogado enquanto a mãe estava ocupada por puro ciúme. 

Convencida, Susan implora ao filho que se deixe ser psicologicamente ajudado e ele se nega, correndo até o pico da colina. Paralelo a isso, Mark arrebenta uma das janelas e ao tentar fugir, é pego no ato por Wallace que já está de companhia da terapeuta cética, porém o menino é mais rápido e consegue fugir.

Susan procura por Henry na encosta da colina e o garoto aparece atrás dela dizendo que ela é louca se pensa que ele iria pular para a morte. Na sequencia, o garoto a empurra e a mãe cai até ser aparada por um galho que impede seu final triste.

Henry pega uma pedra para tentar terminar o trabalho, mas Mark aparece bem na hora e entra em luta corporal contra o primo ao mesmo tempo que Susan escala uma coluna fina de pedra até alcançar o topo.

Assim que chega até os meninos, Susan evita o pior segurando cada um em uma mão na borda da colina. Enquanto Mark suplica por socorro, Henry atua tentando manipular a mãe para que ela o salve e deixe o outro morrer e neste momento, Susan faz a mais difícil escolha de sua vida: ela deixa seu filho biológico cair para a morte sendo tragado pelo mar para salvar o sobrinho.

Mark e Susan se abraçam em prantos e o filme termina com o garoto no deserto filosofando sobre a escolha de sua tia e se ela voltaria a faze-la da mesma forma caso houvesse uma segunda chance.

O anjo malvado é um grande clássico que eu via muito nos tempos do Corujão quando era criança e que sempre me surpreendeu com sua ótima ambientação / fotografia, sua trilha sonora espetacularmente adocicada além das brilhantes atuações dos até então astros mirins Elijah Wood e o queridinho dos anos 1990 Macaulay Culkin, que atuou inclusive ao lado de sua irmã na vida real, Quinn Culkin, coincidentemente no papel de sua irmã caçula na ficção, a Connie. 

Aliás, Quinn não foi a única dos Culkin a deixar sua marca neste filme. Rory Culkin, o terceiro dos irmãos apareceu na trama no formato de uma fotografia em uma cena breve e ele era justamente o bebê Richard, uma sacada mestra dos produtores.

O enredo é bastante psicológico e conta com um dos melhores antagonistas infantis dos anos 90, vivido pelo fenômeno Macaulay Culkin na época áurea de sua carreira. O personagem conseguiu ser tudo o que há de melhor dentro de seu nicho: hipócrita, mentiroso, manipulador, bem dotado psicologicamente falando e sem medo de ser feliz.

A combinação de Macaulay com Elijah Wood (muitos anos antes do ator eternizar o Hobbit Frodo na trilogia O senhor dos anéis), trouxe a trama um protagonista muito bem estruturado confrontando perfeitamente bem com a sua contraparte que é total oposto do garoto, um garoto frágil porém decidido a proteger a todos que ama. A química entre os dois foi a cereja do bolo.

O que certamente ficou na mente de quem assistiu o longa desde o seu lançamento sem sobra de dúvidas foi a cena clímax que trouxe toda a tensão e um clima totalmente imprevisível e criativo, eu realmente tenho este desenlace como um dos melhores de todos os filmes de suspense / thriller que já foram roteirizados até hoje.


Trailer:

sexta-feira, 12 de maio de 2017

O Iluminado / The Shining (1980)


Uma das mais emblemáticas adaptações de uma obra de Stephen King para as telonas sem dúvida nenhuma é O Iluminado de 1980, produzido, dirigido e roteirizado por Stanley Kubrick.

Um prato cheio de talentos, suspense, uma ótima direção e um enredo envolto a mistério, paranoia e assombrações dentro de um hotel nos confins dos Judas que transforma a vida de um casal de caseiros recém chegados e seu filho pequeno num verdadeiro inferno por conta do isolamento.

Além de tudo isso, ainda temos uma breve subtrama envolvendo a paranormalidade do pequeno protagonista que por ser muito novo e não ter despertado completamente seu dom tem que lidar com as armadilhas psicológicas que o hotel lhe impõe e lutar para sair com vida (e com um pouco de sanidade) daquele inóspito lugar.

Tudo começa quando Jack Torrance comparece a uma entrevista de emprego na agência de Stuart Ullman que o recebe depois de um tempo de espera. A vaga em questão é a de zelador no distante hotel Overlook durante uma temporada de cinco meses entre o outono e o inverno no alto das montanhas e neste período como a demanda pelo local é baixa basicamente toda a equipe de trabalhadores entrará em recesso deixando apenas Jack e sua mulher Wendy aos cuidados do hotel.

Ullman alerta Jack e sua família sobre os riscos do isolamento e ainda menciona um crime ocorrido há vários anos no Overlook onde Grady, um antigo zelador não suportou o período de confinamento no hotel e acabou enlouquecendo matando sua mulher e suas filhas pequenas para por fim tirar sua própria vida.

Enquanto isso somos apresentados a Wendy e o filho pequeno do casal Danny que tem um amigo imaginário chamado Tonny que se manifesta em seu dedo indicador como é o caso da cena de introdução dos personagens onde o amiguinho de Danny diz a mãe do menino que não tem vontade de ir para o hotel.

Nisso, temos do nada uma visão de um corredor coberto por uma enxurrada de sangue.

Depois disso, temos uma breve passagem de tempo e a família Torrance finalmente pegando estrada rumo ao Overlook e depois de horas os três finalmente chegam bem no final do expediente.

Ullman encontra Jack e Wendy e apresenta a eles as dependências do hotel enquanto Danny atira dardos na cozinha até dar de cara com duas meninas pequenas, gêmeas de vestido azul  e olhares profundos que se vão sem proferir uma única palavra.

Depois de passar algumas instruções, Ullman deixa Dick Halloran, cozinheiro do Overlook apresentar a cozinha e a dispensa ao casal e este chama Danny de Doc (Velhinho) que é um apelido carinhoso que os pais deram á ele por conta dele gostar muito do Pernalonga (aliás, a dublagem do filme não traduziu o bordão ''velhinho'' e tão pouco o nome Pernalonga, mantendo o original Doc e Bugs Bunny, não sei por que, já no livro traduzido para o português esta adaptação foi sim traduzida). Wendy estranha o ocorrido já que em momento algum ela ou mesmo Jack chamaram Danny pelo apelido na presença de Halloran.

A sós, Halloran além de dar um pouco de sorvete a Danny ele explica como sabe sobre o apelido do menino, o que acontece é que ele assim como Danny é um iluminado. Os iluminados são seres que possui algum tipo de dom divino como telepatia, telecinese, pirocinese, etc. (Dentre as obras de Stephen King há vários iluminados como Carrie White de Carrie, a estranha e Charlie McGee de Chamas da vingança que nasceram com dons variados, mas isto é assunto para outra oportunidade).

Voltando ao filme, Halloran faz um breve interrogatório sobre os poderes de Danny para poder ter um panorama sobre as capacidades do menino e descobre sobre o amigo imaginário dele, como ele atua e que ele serve como uma espécie de vos da consciência dizendo á Danny o que ele deve ou não fazer.

Halloran menciona ao garoto que o hotel tem um passado nebuloso e Danny fala sobre um quarto cujo número é 237 do qual ele está proibido de pisar os pés (no livro o número do quarto é 217, o por que da mudança de números, não me perguntem).

Na manhã seguinte, Wendy acorda Jack para iniciar o trabalho mas este prefere se aquecer escrevendo uma peça que ele está criando paralelamente e que ele deixou de lado há algum tempo por conta de um bloqueio criativo.

Mais tarde, Wendy e Danny se divertem em um labirinto no jardim enquanto Jack se distrai jogando uma bolinha de squash contra a parede até vislumbrar uma maquete do mesmo labirinto.

Os dias vão passando...

É uma terça-feira e enquanto Wendy prepara uma refeição, Danny passeia pelos corredores do hotel em seu velocípede (o que certamente serviu de inspiração para a abertura do desenho O fantástico mundo de Bobby, onde o pequeno protagonista perambula pela sua imaginação a bordo de seu velocípede) até ficar cara a cara com a porta do quarto 237.

Ao descer para tentar abrir a porta do quarto, Danny recua depois de ter uma breve alucinação com as gêmeas de vestido azul do outro dia e eu digo alucinação por que elas definitivamente não estão lá.

Paralelo a isso, Jack tenta escrever em sua máquina até ser interrompido por Wendy que é tratada de forma grosseira pelo marido.

Os dias se seguem até a chegada de uma tempestade de neve que muta as linhas telefônicas obrigando Wendy a buscar comunicação via rádio com a guarda costeira que confirma a queda na linha por conta do mau tempo e ainda dizem que o evento é normal nesta época do ano e por isso o recomendável é deixar o rádio ligado o tempo todo.

Enquanto isso, Danny dá outra voltinha pelos corredores com seu velocípede até ficar cara a cara com a aparição das gêmeas mais uma vez e agora elas convidam o menino para brincar com elas para sempre (e sempre e sempre). A imagem de ambas paradas no corredor de mãos dadas oscila continuamente com uma alucinação das duas mortas espalhadas pelo chão envolto em muito sangue.

Danny entra em choque e cobre os olhos de medo numa cena icônica.

Em outro momento, Danny vai até o quarto dos pais para pegar um carrinho e encontra Jack com um aspecto doentio e cansado, e o menino pergunta se o pai está de fato doente e este responde só estar cansado enquanto afaga o filho em seus braços.

Danny pergunta ao pai se ele gosta do Overlook e Jack responde que sim e que adoraria ficar lá para sempre (e sempre e sempre)...

O menino ainda pergunta se o pai machucaria Wendy e ele responde com uma negativa e ainda diz de forma apática amar o filho.

Outro dia, brincando pelos corredores, Danny sente uma presença e pensando ser sua mãe a procura até encontrar a porta do quarto 237 aberta.

Wendy, que está na lavanderia ouve os gritos de Jack que está adormecido sobre sua mesa junto a máquina de escrever e este acorda ao ser encontrado por sua mulher.

Assustado, Jack diz ter tido um pesadelo onde ele matava e esquartejava Wendy e Danny. O menino por sua vez aparece na porta caminhando lentamente como se estivesse lobotomizado, chupando o dedo e nisso, Wendy percebe marcas de agressão no pescoço do filho acusando Jack de tê-lo batido.

Abatido, Jack vai até o bar do salão de festas onde alucina com o bartender de nome Lloyd ( e eu digo isto por que o local está deserto) pedindo algo para beber e enquanto isso, o zelador desabafa sobre o ocorrido e nisso descobrimos que há aproximadamente três anos, Jack teve problemas com álcool e em um destes episódios ele agrediu o bebê Danny.

Nisso, Wendy aparece e diz que uma velha louca do quarto 237 enforcou Danny, porém Jack não acredita.

Em outra cidade longe dali, Halloran estabelece uma conexão mental com Danny que estranhamente está tendo uma espécie de convulsão.

De volta ao Overlook, Jack resolve tirar a história da tal velha a limpo indo direto ao quarto 237 onde encontra uma bela jovem tomando banho de banheira.

A jovem se levanta e caminha toda molhada e sem roupa alguma até Jack beijando-o, até que ao olhar pelo reflexo da janela, o zelador enxerga vários pontos de necrose pelo corpo da moça que agora se tornou uma velha e esta cai na gargalhada.

Halloran tenta se comunicar com o Overlook, porém as linhas telefônicas continuam mudas.

De volta aos eu quarto, Jack nega a Wendy a existência de uma velha no 237 acalmando a mulher em prantos e esta ainda quer saber quem machucou Danny e nisso, Jack tenta convencê-la de que o filho agrediu a si mesmo.

Em paralelo, Danny alucina com a porta do quarto 237 onde a palavra REDRUN está escrita á sangue e em seguida, vem aquela alucinação do corredor com a enxurrada de sangue do início do filme.

Wendy pensa na possibilidade de tirar Danny do hotel e ir para longe, mas Jack surta e se nega a ir embora antes de terminar de cumprir com o contrato e antes de terminar de escrever sua peça.

Halloran contacta a guarda florestal pedindo a eles para estabelecer contato com o Overlook.

Jack volta ao salão de festas e alucina que o local está cheio e que está havendo uma festa tediosa por lá. Depois, ele vai até Lloyd pedindo uma bebida e este diz que o dinheiro do zelador não serve naquele lugar pois seu consumo naquela noite é livre.

Na sequencia, o garçom esbarra sem querer manchando a jaqueta de Jack pedindo ao zelador que o acompanhe até o banheiro para limpa-la. Chegando ao banheiro, o garçom se apresenta como Delbert Grady e Jack diz ter ouvindo este sobrenome e acredita que o homem seja o tal Grady, o antigo zelador do Overlook que assassinou a família e depois se suicidou.

Delbert nega, dizendo a Jack que ele é o único zelador que o Overlook já teve e nisso, muda de assunto dizendo que Danny está tentando trazer alguém de fora para o hotel através de seu dom: Halloran.

O garçom sugere a Jack dar a Wendy e a Danny um corretivo igual ele fez com a mulher quando esta tentou por fogo no Overlook.

Paralelo a isso, Wendy ouve Danny dizer Redrum sem parar e quando tenta tirá-lo do transe em que ele se encontra, descobre Tonny tomando conta do corpo do menino e este diz que Danny se foi.

A guarda florestal tenta comunicar-se com o Overlook, porém Jack sabota o rádio comunicador tirando suas baterias e as escondendo.

Descobrindo por intermédio das autoridades que a conexão com o hotel foi cortada, Halloran pressente o pior e toma o primeiro voo logo de manhã de volta para o hotel.

Horas depois de aterrissar, Halloran consegue um carro alugado e se embrenha na estrada coberta pela neve enquanto Wendy tenta fazer Danny reagir cercando-o de mimos.

Wendy deixa o filho sozinho vendo televisão e se arma com um taco de beisebol pondo-se a procurar Jack por todos os lados.

Ao chegar na sala onde Jack costuma escrever, Wendy encontra a máquina completamente abarrotada de páginas datilografadas com mensagens auto depreciativas sobre Jack até que o próprio aparece a surpreendendo.

Enquanto Jack discute com Wendy feito um psicopata, Danny ouve a conversa do pai mentalmente de forma distorcida devido o seu estado psicológico.

Jack surta e intimida Wendy que tenta afastá-lo com o taco e por fim ela o acerta na cabeça levando-o a nocaute depois dele rolar as escadas.

Wendy arrasta Jack ainda atordoado pela cozinha e o prende na dispensa. Totalmente acordado, Jack tenta convencer a mulher a abrir a porta alegando que agora vai ficar tudo bem, porém ela se arma com uma faca e diz que vai levar Wendy para um hospital e que volta com um médico o quanto antes.

Jack gargalha e diz que a mulher não irá a lugar algum e que breve ela entenderá o por que.

Ao chegar na garagem Wendy percebe que o veículo de andar na neve foi sabotado.

Um tempo depois, Jack ouve a vós de Delbert que joga na cara de seu cliente que ele não conseguiu dar um jeito em sua família e o zelador responde que ele ainda pode fazê-lo apesar do garçom fantasma duvidar de sua palavra.

Jack dá sua palavra de honra que ele vai sumir com Wendy e Danny e nisso a porta da dispensa se abre.

Com um veículo de andar na neve, Halloran se dirige até o Overlook no breu da noite.

Enquanto isso, Danny pega a faca de Wendy que dorme e repete "RATAM" (Redrum) repetidamente e na sequencia pega o batom da mãe escrevendo Redrum na porta do quarto acordando Wendy que vê no reflexo do espelho a palavra Murder (matar) escrito na porta).

Danny tenta esfaquear a mãe, porém ela consegue detê-lo e tirá-lo do transe. Sem perda de tempo, ela leva o menino até o banheiro e o faz sair pela janela tentando ir logo atrás porém não conseguindo e enquanto isso, Jack procura ambos feito louco.

Wendy ordena a Danny que fuja enquanto Jack arromba a porta com um machado. Ao conseguir abrir um buraco na porta, Jack surpreende a esposa colocando sua cara no rombo e mandando sua icônica frase "Here's Johnny!" (que na dublagem ficou "Olha eu aqui!"). Apavorada, Wendy esfaqueia a mão de Jack.

Halloran finalmente chega ao Overlook sendo ouvido pelo casal.

Paralelamente, Danny se esconde num dos armários da cozinha enquanto Jack procura por ele se arrastando feito louco.

Halloran adentra ao hotel e grita pelos Torrance sendo ouvido por Jack que subia um jogo de escadas. De surpresa, Halloran é atingido mortalmente por um golpe de machado e isso é sentido por Danny através de telepatia fazendo o menino gritar.

Do outro lado, Wendy procura por Danny e acaba dando de cara com o fantasma de um hóspede e um sujeito fantasiado (não sei se de porco ou de urso) fazendo sexo oral e a observando-a na sequencia (se alguém entendeu esta cena me expliquem por que até hoje eu não entendi patavinas 👀).

Jack persegue Danny no labirinto do jardim enquanto Wendy encontra o corpo de Halloran e o fantasma ensanguentado de Delbert Grady. Na sequencia, Wendy encontra vários esqueletos empoeirados no bar do salão de festas.

Danny por sua vez, esconde suas pegadas na neve para confundir o pai que segue o procurando aos gritos.

Wendy enquanto isso, alucina com a enxurrada de sangue num dos corredores.

Danny consegue encontrar a saída do labirinto enquanto Jack se perde.

Wendy finalmente sai do hotel e encontra Danny na saída do labirinto abraçando-o. Logo depois, mãe e filho vão embora do Overlook no veículo de andar na neve de Halloran enquanto Jack amanhece congelado e abandonado.

A última cena é um vislumbre no salão de festas onde vemos um mural repleto de fotos e numa delas datada de 1921 vemos vários hóspedes do Overlook numa alegre festa e entre eles... Jack?

Assim se encerrou de forma enigmática esta obra prima absoluta que por algum motivo desagradou Stephen King que só veio autorizar uma nova adaptação de sua obra literária em 1997 no formato de uma micro série de quatro episódios, que apesar de adaptar o livro com mais fidelidade não alcançou nem de longe as graças do público.

Não é a toa, o elenco não tem um pingo de carisma, o ator escolhido para ser o novo Jack Torrance não tem um pingo dos trejeitos de Jack Nicholson, o antagonista original, nem seu olhar de psicopata, sua atuação primorosa e seu dom de convencimento.

Falando no livro, eu não tenho como traçar um contraponto entre a obra escrita e a filmada pois eu ainda não terminei de ler a obra original, mas assim que terminar eu dou meu veredicto.

Com ou sem a aprovação de King, a versão de 1980 se tornou um cult absoluto e incontestável que serviu de referência para várias outras obras seja do mesmo gênero ou não.

A frase memorável de Jack Torrance na cena em que ele abre um rombo na porta pelo que se sabe foi um improviso de Nicholson e a frase pegou tanto que foi replicada em séries, desenhos animados e paródias garantindo que a cena seja sempre lembrada.

Além desta, várias outras cenas se tornaram um clássico, como a das gêmeas Grady, a velha da banheira e a enxurrada do sangue sendo as mais lembradas.

A direção tanto geral como a de câmeras são ótimas, a fotografia é perfeita e emersiva e a atuação de Jack Nicholson é a cereja do bolo coroada pela dublagem cirúrgica de Marcio Simões que acertou em cheio cada trejeito, cada surto e cada ataque de deboche do personagem, super recomendo a quem não conhece ou nunca viu a obra dublada que o faça, vai super valer a pena.



Trailer:

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Psicose / Psycho (1960 - 1998)




O pai do suspense Alfred Ritchcock caprichou naquela que seria e ainda é, depois de mais de 50 anos uma de suas obras mais absolutas.

A história envolta a mistérios, reviravoltas e cenas antológicas cativou o público e ainda cativa as novas gerações com a simplicidade do enredo, a qualidade técnica e sonora, as cenas épicas que são um cartão de visitas do filme, que mesmo você não tendo o assistido completamente, pelo menos a cena do assassinato na banheira faz você reconhecer na hora esta obra.

A história resumidamente começa com um crime quase perfeito envolvendo Marion Crane, funcionária de uma imobiliária, que para saldar as dívidas do amante. Ela desvia uma grana alta do local onde trabalha do qual ela estava incumbida de depositar mas não o faz.

Fugindo pela estrada a noite toda, ela acaba parando no decadente motel Bates depois de ser abordada por um policial e lá resolve passar a noite para descansar. Lá ela é recepcionada pelo introvertido Norman, dono do Motel que resolve convidá-la sem sucesso para comer.

Na mesma noite, durante o banho, Marion é brutalmente assassinada a facadas, numa das cenas mais épicas da história do cinema, regado a uma trilha musical arrepiante que marcou uma geração.

Um tempo após o desaparecimento de Marion, sua irmã, Lila, o namorado Sam e o detetive Arbogast resolvem investigar a partir do último lugar onde supostamente Marion foi vista da última vez: as imediações da estrada que leva ao Motel Bates. Porém ao chegarem lá, as mortes continuam e as suspeitas recaem a ciumenta mãe de Norman, mas ao ser questionada a possibilidade a Arbogast, este revela que a senhora Bates morrera há dez anos. Então fica um grande mistério a ser investigado: quem é o verdadeiro assassino de Marion Crane?
 
No final, temos muitas surpresas, entre elas a descoberta de que Marion foi assassinada por Norman que dez anos atrás assassinou sua mãe problemática e o segundo marido dela. Norman, que já não andava psicologicamente bem pela morte do pai, ainda teve que lhe dar com a mãe autoritária e um padrasto que ele não gostava.

O transtorno fez Norman roubar o corpo da mãe antes do enterro e mantê-la conservada durante todos esses anos. Norman tinha um laço tão próximo e tão tóxico com a mãe que ela acabou tomando seu psicológico fazendo-o assumir sua personalidade enquanto aos poucos a de Norman foi desaparecendo.

A morte de Marion foi pela rejeição ao próprio Norman e por que ''sua mãe'' não via com bons olhos nenhuma mulher com quem Norman mantivesse contato.

É um clássico absoluto sem sombra de dúvidas. Uma das maiores e mais expressivas obras de Ritchcock que soube conduzir o longa com maestria com uma ótima direção de câmeras, uma trilha sonora impecável e atuações dignas sobretudo a do saudoso Anthony Perkins que deu vida ao melhor Norman Bates de todos, com seus trejeitos, seu olhar sádico e sua facilidade para enganar o público.

A versão de 1998 por outro lado recebeu uma grande rejeição por parte dos críticos e dos fãs da obra sessentista que se decepcionaram com o enredo sem inovações, totalmente uma cópia detalhada da versão original só que piorada.

Nada deu certo no remake, os jogos de câmeras não ajudavam, as atuações eram duvidosas, a cena clássica da banheira não pegou e o Norman Bates de Vince Vaughn não tinha um pingo de carisma se comparado ao de Perkins.

Para quem quiser algo próximo ao clássico e que explore ainda mais o passado de Norman e sua mãe, existe uma série spin off chamada Bates Motel que teve um bocado de relevância e conseguiu reascender a chama do interesse do público

Trailer (Versão de 1960):


Trailer (Versão de 1998):