Bem-vindos!

Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Mansão Macabra / Burnt Offerings (1976)


Filmes de terror sobrenatural sempre tem que ter uma mansão como marca registrada, muito mistério e assombrações inexplicáveis em seu enredo, é quase uma obrigação.

Essa onda começou desde os primórdios do cinema e meio que se consolidou entre os anos 60 e 70 com seus enredos simples, efeitos práticos e maquiagens bons para a época, mistérios de dar nó na cabeça e muitos gritos de donzelas indefesas.

Eu não sou o maior fã do subgênero, mas eu tenho que destacar essa pérola razoavelmente esquecida de 1976 que me conquistou pela trama direta ao assunto, um plot twist avassalador apesar de chupinhado de Psicose e um desenvolvimento que lembra bastante o que viria a ser anos depois O iluminado.

A trama gira em torno do escritor Ben Rolf, sua mulher Marian e o filho David que resolvem se mudar seguindo o anúncio de uma mansão antiga pertencente a família Allardyce, no qual a matriarca e mãe dos locatários ainda vive lá reclusa no quarto do último andar.

Como parte do contrato os Rolf deverão cuidar da senhora Allardyce, devido a sua idade avançada, já que seus filhos não moram por perto e não podem dispor de tanto tempo para cuidar da idosa por um valor mensal simbólico desde que respeitem sua extrema privacidade.

Tempos depois do negócio ser fechado, a família fixa moradia no local trazendo consigo, Elizabeth, a tia de idade de Ben.

Depois de dar uma geral na piscina da casa, Ben e David resolvem nadar para passar o tempo. Depois de mergulhar até o fundo, Ben acaba encontrando um par de óculos com uma das lentes trincada.

Logo depois, os dois começam a fazer uma brincadeira que consiste em Ben lançar David de suas costas até a água, divertindo o garoto a princípio. A brincadeira no entanto acaba saindo de controle quando Ben se empolga e acaba agarrando David tentando afogá-lo. Assustado, o garoto recolhe seu  visor de mergulho, acerta a cara do pai e sai correndo para dentro de casa.

Depois do acontecido, Ben tem um pesadelo com uma memória do passado: o sepultamento de sua mãe quando ele ainda era muito jovem e a estranha presença de um chofer de óculos escuros com um sorriso ameaçador que o intimida.

Dias depois, ainda atordoado pelo acontecido, Ben consegue o perdão do filho e tudo fica em paz até a noite, quando Marian e Ben resolvem nadar na piscina e misteriosamente acabam ficando empolgados iniciando uma transa, porém, Marian vê a luz do quarto da senhora Allardyce aceso e tenta impedir Ben de continuar a força, já que ele queria de toda forma consumar o coito.

Ainda naquela noite mal dormida, Ben resolve dar uma olhada em David que dormia profundamente. Ben chama pelo filho que não responde, bate na porta e vê que ela está trancada sem motivos, tentando arrombá-la. Ao entrar finalmente, Ben encontra David desmaiado sem respiração.

Desesperados, Ben e Marian levam o menino para fora de uma janela para ele pegar ar puro, reagindo assim.

Marian e Elizabeth comentam o acontecido, e a tia de Ben se diz confusa com o fato da porta estar trancada uma vez que ela esteve lá para cobrir o sobrinho neto já que estava frio. Marian então cogita a possibilidade da velha ter trancado a porta, as janelas e ainda de ter desregulado o aquecedor a gás, o que ocasionou a asfixia do garoto.

Elizabeth nega as acusações e começa a evitar Marian e a senhora Allardyce, depois que sua cuidadora (no caso Marian) não deixou conhece-la outro dia pessoalmente devido a sua política de privacidade, sendo evasiva a todos os argumentos da idosa.

Pouco tempo depois, Elizabeth começa a passar muito mal em seu leito, sendo amparada por Ben e os dois são misteriosamente agraciados com a presença sobrenatural do chofer do carro funerário da mãe de Ben que os ataca.

O susto foi suficiente para Elizabeth ter um enfarto e morrer. Marian por sua vez, parece indiferente a dor de Ben que cogita a possibilidade de ir embora da mansão o quanto antes, porém sua mulher se nega terminantemente, por conta do contrato e do compromisso com a senhora Allardyce.

Ben vê debaixo de uma chuvarada, a mansão se destelhando sozinha e regenerando seu forro instantaneamente sem qualquer explicação plausível.

Farto, Ben pega David ainda de pijama e coloca contra a vontade no carro deixando Marian para trás. Várias árvores caem se colocando no caminho até que Ben bate a cabeça no painel e fica em choque, sendo levado de volta a mansão por Marian que chama um médico. O doutor o seda para que Ben se acalme, porém ele entra num estado catatônico, sendo cuidado pelo filho e a mulher.

Certo dia, David resolve nadar e Marian deixa Ben numa cadeira de rodas a borda da piscina enquanto vai buscar um roupão para o filho se secar.

David por sua vez resolve mostrar ao pai que ele já consegue mergulhar até o fundo, porém a água fica revolta e o menino não consegue sair de lá se desesperando.

Marian olha horrorizada de longe e tenta gritar pelo filho, enquanto Ben tenta vencer sua paralisia para salvar o menino. De dentro, Marian, depois de trancada misteriosamente, quebra uma das janelas com a base de um abajur e pula na piscina já calma, tirando David de lá, enquanto Ben, agora livre de seu estado vegetativo se lamenta por não ter conseguido salvar o filho.

Depois do trauma, Marian aceita ir embora da mansão de uma vez, mas antes sobe até o quarto da senhora Allardyce se despedir. Com a demora da mulher, Ben buzina do carro e nem assim obtém sucesso, resolvendo subir ele mesmo para trazer a mulher de volta. Ao chegar lá, encontra a misteriosa senhora sentada de costas em sua velha cadeira, imóvel e calada. Furioso com o silêncio de sua benfeitora, Ben vira a cadeira de frente para ele e se depara com Marian de peruca grisalha e travestida como a senhora Allardyce concluindo assim que ela assumiu o tempo todo a personalidade da velha e que por isso ninguém além dela se aproximava dos aposentos da idosa e que ela foi responsável pelos atentados contra a família.

Horrorizado com a descoberta, Ben começa a gritar e a senhora Allardyce/Marian se levanta da cadeira enfurecida empurrando-o em direção a janela. Descontrolado, Ben cai do alto de cara no para-brisa do carro já sem vida. Em pânico, David grita pela mãe correndo para todo canto, até que a mansão começa a ruir e os escombros caem sobre ele, matando-o numa cena antológica.

O filme termina com uma cena focando numa estante cheia de fotografias antigas em molduras finas de época, enquanto os filhos da senhora Allardyce dizem que a mansão se regenerou como sempre foi e que sua mãe (possuindo definitivamente Marian) estava com eles mais uma vez. Ao fim da cena, a câmera foca nos retratos de Ben, David e Elizabeth, as vítimas recentes dos irmãos Allardyce que oferecem almas em troca da vivência da alma de sua mãe ainda que se hospedando no corpo de outra pessoa.

A mansão macabra inicialmente é um filme lento e enrolado, tomando forma no final da primeira metade e ficando cada vez mais viciante até o fim, prendendo o espectador até o clímax, afim de descobrir e entender o que de fato estava acontecendo no local. 

Apesar do enredo envolvente, algumas pontas ficaram soltas (pelo menos para mim) como por exemplo a identidade do misterioso chofer fantasma que aterroriza os sonhos de Ben, sua conexão com a família Allardyce e por que ele intimidava tanto o jovem Ben ou se tudo isso era só um medo bobo de infância personificado pelo poder de manipulação da mansão.

Trailer:

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A ira de um anjo / Child of rage (1992)


A ira de um anjo poderia ter sido apenas mais um filme de suspense dramático da leva de 1992, mas um fato perturbador o torna ímpar: a obra é baseada em uma triste história real de uma menina que foi negligenciada pela família biológica praticamente desde que nasceu tendo uma infância problemática.

A história veio a tona após a repercussão de um documentário de meados dos anos 1980 onde um psicólogo infantil entrevista uma menina cujo histórico envolve negligência, agressões e abuso sexual, o que levou a criança a desenvolver uma espécie de dissociação do que é certo e errado além da total falta de empatia pelo próximo.

Como o caso era fresco na época, a adaptação em forma de filme que saiu direto para a tevê acabou sofrendo um ou outro ajuste, como por exemplo nos nomes que foram trocados muito possivelmente para evitar um aprofundamento midiático, sendo que a criança em questão, ainda estava em tratamento de ressocialização, então o certo era mante-la incógnita.

A pequena que na vida real se chamava Beth Thomas, aqui se transformou em Catherine, de sete anos e seu irmão menor Jhon, se tornou Erick. Ambos nasceram em condições precárias e ao serem entregues ao juizado de menores, logo são encaminhados a adoção, passando por alguns lares temporários até chegarem as mãos de Jill e seu marido que é pastor local. Os dois não podiam ter filhos biológicos e por isso resolveram adotá-los.

De primeira vista, Cat se mostra uma menina doce e encantadora, porém com o tempo se mostra uma menina de personalidade explosiva e descontrolada, se pondo a agredir e a quebrar tudo que encontra pela frente.

Depois de ser apresentada junto a Erick aos seus novos familiares, Cat se insinua de forma erótica para o seu avô afim de conseguir um passeio de pescaria com o idoso antes do irmão, a quem foi oferecido, chocando o idoso com a atitude obscena da menina que o toca nas regiões íntimas além da linguagem vulgar nada convencional para uma menina da idade dela.

Não bastasse isso, ela ainda agride o cachorro de estimação furando-o com um alfinete de costura, porém ela distorce o fato acusando o animal de te-la mordida no lábio. Quando indagado sobre como e porque aconteceu, a menina tem outro surto e começa a quebrar a porcelana da mãe e a arrancar as cortinas da sala.

Jill e o marido divergem sobre o comportamento da menina ponderando a possibilidade dela ter algum tipo de distúrbio emocional, forçando-os a procurar a assistente social que lhes cedeu a guarda das crianças afim de descobrir algo que explique os ataques histéricos da filha.

A mulher então revela que Cat e o irmão foram encontrados em sua residência original em condições higiênicas e alimentícias completamente precária ignorados pela mãe e maltratados pelo pai. Não bastasse isso ainda revela que Cat fora violentada em berço, porém ela tem pequenos flashs de memória em forma de pesadelos (coisa que só Cat sabe, porém não consegue distinguir o fato como verídico).
Na escola, Cat tem outro incidente depois de ser excluída em uma brincadeira. 

Depois de ter um desentendimento com um coleguinha e de ter água de um copo jogado em seu rosto, ela faz o mesmo e recolhe um caco do copo que caiu no chão e rasga o rosto do menino.

A situação ainda se agrava quando hematomas e uma mordida forte no braço de Erick são encontrados e por medo ele não diz nada, porém Cat acusa a professora de Erick de te-lo agredido, porém Jill não acredita.

Outro dia, Cat ainda empurra o irmão da escadaria do porão e começa a agredi-lo batendo sua cabeça no chão até sangrar e a coisa só não se agravou por que seus pais ouviram os gritos de socorro de Erick.
Jill e a assistente social resolvem procurar a tia materna de Cat e Erick pra descobrir mais sobre o passado da menina e descobre mais sobre os abusos sofridos pelas crianças pelo fato do pai ser alcoólatra e super agressivo.

Jill e o marido recebem a ajuda de uma psicóloga infantil que resolve aplicar uma terapia anti-raiva pra que Cat ponha suas frustrações para fora e que cedo ou tarde ela comece a desenvolver empatia, compaixão e carinho ao próximo do qual a menina é desprovida por conta do trauma.

Certa noite, depois de presenciar um alvoroço por conta de um incêndio na casa de um vizinho pela janela, Cat se diz com medo e pede para dormir na cama dos pais. Porém o que eles não sabem é que ela tem uma faca escondida no forro de um ursinho de pelúcia.

Por um triz a menina não esfaqueia o pai e frustrada tem outro ataque de histeria praguejando contra o casal.

Por segurança, Jill e o marido colocam trancas nas portas dos quartos pra manter Cat reclusa e Erick e mesmo eles, seguros de outro atentado.

As sessões de terapia continuam na tentativa de recuperar Cat de seu trauma de poder dar um pouco de paz a sua família.

Na vida real, Beth Thomas pelo que se sabe, conseguiu se reabilitar depois de anos de terapia, passando a levar uma vida normal e além disso passou a trabalhar como enfermeira para ajudar outras crianças que assim como ela passaram pelos mesmos abusos.

Beth também tornou-se palestrante, tendo viajado pelo mundo para contar detalhadamente sua história, sua luta e triunfo sobre os abusos sofridos nas mãos do pai alcoólatra que além de torná-la uma pessoa desprovida de sentimentos ainda destruiu a flor de sua pureza quando ela ainda estava nas fraldas.

Já sobre seu irmão, John não se tem notícias 100% confiáveis, então eu prefiro não compartilhar.


Não possuí trailer por se tratar de um filme produzido diretamente para a tevê.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Presentes / Offerings (1989)




Aí está um slasher competente e deveras esquecido nos dias de hoje apesar dos defeitos como: sua precariedade orçamentária e de ser uma produção genérica que apenas surfou na onda do subgênero que estava fazendo sucesso entre os adolescentes.

Trazendo um enredo manjado, porém envolvente e cheio de identidade própria, a obra de 1989 chega a ser bem interessante como passatempo e percebe-se pela montagem que este filme bebeu muito da fonte dos principais slasher para moldar suas características, mas me ganhou pela premissa e pela atmosfera de mistério e incerteza que ronda o segundo arco que é o da pós passagem de tempo.

Ainda sim, o filme consegue ser diferente e atrativo com um enredo que conta tudo mastigadinho como surgiu o antagonista e suas motivações sempre bem detalhado já no primeiro ato, coisa que muito raramente se via neste nicho e quando tinha era em alguma sequencia tardia o que para mim conta muito para uma construção de narrativa coesa.

Presentes conta a história de infância sofrida do menino John Radley, que foi abandonado muito cedo pelo pai e acabou sendo criado pela mãe megera que o negligencia sem filtros. Não bastasse isso, ainda sofre bullying nas mãos de colegas de escola e vizinhos, conquistando a empatia apenas de sua vizinha, a pequena Gretchen, com quem sempre brinca.

Como desgraça pouca é bobagem, John ficou com uma sequela pelo trauma do abandono: ele não fala uma palavra desde então e ainda por cima tem a estranha mania de torturar e matar animais pequenos.

Certo dia, durante uma jogatina de damas com Gretchen, John é perseguido por seus haters até um parque campal onde as provocações continuam frente a um poço artesiano seco. Os garotos então, desafiam John a andar sobre as beiradas do poço. Intimidado ele cede e acaba caindo de um altura considerável. Assustados, todos menos Gretchen fogem e fingem que não sabem de nada.

Dez anos depois, John agora adulto, internado numa clínica psiquiátrica passa por um tratamento de sedação. Por todo esse tempo ele se manteve catatônico e horrivelmente deformado pelas feridas que a queda proporcionou.

O médico responsável, deixa uma enfermeira tomando conta de John para cuidar de outro paciente. O médico acaba demorando muito e o efeito do sedativo passa fazendo John despertar furioso, fazendo da enfermeira sua primeira vítima fatal antes de escapulir do estabelecimento.

Gretchen agora uma mulher, se despede dos pais que resolveram viajar por duas semanas, assim como os de sua melhor amiga Kacy.

Aproveitando que a casa é toda dela, convida Kacy e seus respectivos namorados para passar a noite com elas vendo um filme de terror e comendo pizzas.

Mais cedo, um dos vizinhos de Gretchen e coincidentemente um dos garotos que provocaram o acidente de John na infância, resolve botar o lixo para fora, porém o saco se rasga, fazendo-o ir até o porão procurar um rastelo e outro saco plástico. Lá, na penumbra, Jhon, escondido acerta o rapaz e o amarra numa plataforma. Ao acordar ele é amordaçado e assassinado friamente.

Naquela mesma tarde, antes da noitada, Gretchen chega do colégio e é recebida pelo seu cão de estimação Bud, que sem ela perceber foge com um pedaço de dedo humano decepado. Gretchen porém, encontra um pequeno rastro de sangue e acredita que Bud matou (mais uma vez) algum animalzinho pequeno.

Durante a noitada, depois de um certo atraso, as pizzas chegam com um gosto diferente do usual.
Gretchen, mais tarde encontra o dedo decepado e desconfia que o recheio da pizza seja proveniente de carne humana, contactando no ato o roliço xerife Chism, que dadas as circunstâncias afirma que Gretchen e a amiga podem estar sendo vítimas de algum trote, porém manterá as duas sobre vigia enquanto investiga mais a fundo.

John por sua vez continua fazendo mais vítimas pela vizinhança, os mesmos jovens que quando crianças abusaram de sua fragilidade.

Ao abrir o jornal matutino para ler as manchetes, Gretchen encontra embrulhado, um pedaço de nariz decepado nadando em sangue. Chocada, ela telefona para o xerife que ordena que ela e a amiga permaneçam em casa a sete chaves numa tentativa de não preocupá-las, pois no fundo ele sabe que o responsável pela chacina é John Radley a resolve fechar o cerco sobre ele, mandando o investigador fazer uma ronda no cemitério local, junto de seu desajeitado assistente que encontram o túmulo da mãe de John destruído e a sepultura profanada recentemente.

O investigador, tem um encontro cara a cara com John e numa tentativa de ganha-lo através do apelo emocional acaba sendo brutalmente assassinado.

John continua perambulando pela cidade noite a fora, enquanto os pais de Gretchen tentam dar um telefonema direto do aeroporto, porém a filha desliga na cara deles, e liga diretamente para a telefonista aflita, pois sentiu alguém se aproximando. Infelizmente as linhas estão todas ocupadas e quando uma fica vaga, o telefone é cortado por fora.

Gretchen resolve fugir de casa após encontra Kacy morta. Ao invadir a casa de uma vizinha para pedir ajuda, a proprietária do local também é encontrada degolada para o desespero da garota. Ela então corre para a rua com uma arma que encontrou e se encontra finalmente com John, alvejando-o. Porém, as sequelas deixadas pelo acidente o fizeram imune a dor.

John se levanta e continua perseguindo-a, até que Gretchen encontra o xerife Chism, que armado com um rifle atira várias outras vezes conseguindo que finalmente John tombe proferindo a primeira palavra desde o trauma: amor. Gretchen então respira aliviada sobre o amparo do xerife, pois sabe que John agora descansa em paz finalmente.

Presentes é um filme cheio de clichês (e de surpresas) pois tem uma notória semelhança narrativa a primeira versão de Halloween, tanto pelo formato que trouxe um antagonista que persegue a mocinha de forma furtiva, tanto pelo fato que o assassino segue buscando sua vingança de forma pitoresca e ainda por cima enviando secretamente oferendas (como no título original) de amor para a crush de infância. 

A trilha sonora de Russell D. Allen conta com ótimos temas instrumentais de gelar a espinha e o tema principal sobre tudo, lembra muito o tema principal do primeiro Halloween, além de que o próprio antagonista tem uma aparência similar a de Michael Myers por seu semblante pálido e inexpressivo que diferente do serial killer de Haddonfield não usa máscara, além de sua resistência que o tornou quase indestrutível como é visto no embate final onde ele sobrevive a vários disparos de revólver. 

Não tinha como esperar que a face deformada de John tivesse um capricho na área de maquiagem e isso é bastante visível quando o antagonista se mostra frente a câmera pela primeira vez ostentando uma camada exagerada de pele falsa por cima da verdadeira para simular a deformidade e mais visível ainda é que dá para ver a profundidade da maquiagem por cima do rosto, o que fica claro que aquilo é um pedaço de máscara. Mas não devemos esquecer que os recursos para esta produção B eram escassos e mesmo não tendo acesso a um valor exato de orçamento fica muito na cara que Presentes saiu a um preço de uma coxinha e uma Coca cola.

Outro fato que torna o filme mais barato que uma rapidinha na rua Augusta é que Christopher Reynolds ficou responsável por basicamente tudo na produção: ele escreveu, dirigiu, produziu e ainda por cima editou a porra toda muito provavelmente sobre efeito de algum entorpecente muito forte, por que o cara foi simplesmente brabo.

Além de que os efeitos práticos do filme são bem a quem do esperado até mesmo para a época em que foi rodado, como por exemplo as partes decepadas de corpos que vira e mexe aparecem pela casa de Gretchen como aquele horrível nariz que notoriamente é um pedaço de látex mal recortado com cara de que foi feito às pressas.

As cenas de morte por outro lado, até que foram bem montadas e convencem exibindo uma violência gráfica satisfatória apesar de boa parte das cenas em questão acontecerem fora do nosso campo de visão o que se sugere que a produção estaria se atentando as regulamentações de censuras impostas pelos órgãos da época.

A trama por sua vez, é lenta em alguns momentos e a cinematografia de Reb Braddock é um tanto quanto escura na reta final, o que incomoda um pouco apesar da ideia de imersividade que o momento tenta fazer passar, mas isso não é nada que venha a prejudicar a experiência de quem assiste. 

Presentes é um slasher oitentista que fez bem seu papel e merece ser bem assistido apesar de não ter entrado para o hall dos memoráveis e hoje ele é só esquecido e raro, o que é uma pena. Só vale mesmo pelo entretenimento, não estou dizendo que a obra é uma bosta, ao contrário, trama é agradável e sim consegue segurar a atenção até o final.

Trailer:

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Criaturas / A hora das criaturas / Critters (1986)


A segunda metade dos anos oitenta acabou trazendo uma nova forma de se fazer rir em um filme de terror com a criação dos Gremlins, um grupo de criaturas escamosas geradas a partir de uma outra criatura de aparência fofa quando esta se molha e é alimentada a noite. 

É claro que o sucesso dos monstrinhos de Steven Spielberg aguçou a ganância de Liam Buck e Stephen Herek para trazer o quanto antes outro grupo de monstrinhos peludos para rivalizar com os Gremlins e assim garantir sua fatia do bolo.

Assim, em 1986 estreou A hora das criaturas (ou somente Criaturas) um filme mesclando comédia com terror e uma boa pitada de ficção científica dando aquela chupinhada bonita (para não dizer inspiração) na obra mais influente do gênero, Star Wars trazendo o elemento dos alienígenas super avançados tecnologicamente falando, naves espaciais cheias de luzes e botões coloridos e armas que disparam laser para todos os lados.

Ainda usaram o elemento da comunidade rural como alvo da invasão referenciando grandes clássicos do terror sci fi dos anos 1950 - 1960, palco de pérolas como a versão pioneira de O enigma do outro mundo, O ataque das aranhas gigantes, A bolha, entre outros.

Tudo começa no espaço quando pequenas criaturas alienígenas peludas, cheios de dentes afiados e olhos enormes e avermelhados com um apetite voraz conhecidas como Critters fogem de uma prisão intergaláctica situada num asteroide durante sua transferência.

Uma dupla de caçadores de recompensas é notificada sobre a fuga dos Critters. Rumo ao nosso planeta, a dupla estuda nossos costumes, tecnologia e procuram por duas pessoas das quais eles possam copiar seu rosto e assim se misturar com os terráqueos enquanto investigam o paradeiro dos monstrinhos.

Enquanto isso, num pequeno município rural do Kansas, a família Brown composta por Jay, sua mulher Helen e seus filhos, a adolescente April e o mais novo e problemático Brad, vivem uma vida comum em meio as travessuras do caçula sempre na companhia de seu amigo Charlie MacFadden, mecânico local e ex-jogador de beisebol aposentado precocemente devido ao seu problema com o álcool.

A dupla de caçadores capta através de sinal via satélite imagens de teve da Terra e um deles resolve assumir o rosto de um cantor de rock a la Bon Jovi, enquanto o outro permanece sem face por não ter se decidido em quem se disfarçar.

A noite, Brad revoltado pelo castigo que ele ganhou por assumir uma travessura no lugar de Charlie, resolve pular a janela para caminhar pelo mato e acaba avistando um OVNI aterrissar na fazenda e quando ia investigar, dá de cara com seu pai que ia fazer o mesmo ao sentir um tremor de terra. Os dois encontram uma das vacas de sua fazenda morta incinerada e resolvem buscar uma arma para investigar mais a fundo o que está acontecendo.

Charlie, que também viu a espaçonave enquanto bicava uma garrafa de bebida corre até a delegacia, enquanto os Critters fazem um  banquete com um policial que passara por lá naquele instante.

Chegando na delegacia, Charlie pede desesperado que a recepcionista Sally contate o xerife e o exército para fazer frente a invasão alienígena, porém a servidora pública que já conhece bem a reputação de louco e bêbado de Charlie e acaba deduzindo que ele está alucinando por conta do álcool.

Neste mesmo instante, a dupla de caçadores causam o maior tumulto na igreja e no salão de boliche enquanto procuram os Critters. Um dos caçadores, aquele que estava sem uma face humana definida, copia as feições de Charlie que estava por lá bebendo como de costume depois de assumir a face de outras duas pessoas, entre elas o padre local.

Charlie corre em direção a dupla numa tentativa de avisar que ele sim viu os Critters mas é ignorado.

De volta a fazenda, enquanto April e o namorado Steve fazem sexo as escondidas no celeiro, os Critters que estavam no local atacam o rapaz e o matam enquanto April grita desesperadamente.

Jay e Brad percorrem o porão tentando restabelecer a energia elétrica, que assim como o telefone, fora cortado pelos Critters e na busca, Jay acaba sendo atacado e envenenado pelas criaturas ficando semi imobilizado. Brad então resolve montar em sua bicicleta buscar ajuda, enquanto sua mãe cuida de Jay e April, ainda abalada com tudo que aconteceu.

No caminho, Brad cruza justamente com a dupla de caçadores de recompensa e acaba desconfiando que eles não são do nosso mundo mas mesmo assim pede ajuda a eles. Brad então faz um trato de ajudá-los a chegar até os Critters em troca da dupla ajudá-lo a salvar sua família.

Chegando a fazenda, o trio descobre que April foi raptada pelos Critters e todos se mobilizam para fora da fazenda a procura dela.

Charlie também chega no local se prontificando a ajudar seu amigo e familiares. Depois de conseguir resgatar Abril e afugentar os Critters para longe com a ajuda dos caçadores, Charlie resolve usar sua velha garrafa, ainda com uísque e um pedaço de trapo como coquetel molotov, lançando o explosivo improvisado direto na espaçonave que veio levar os Critters de lá. Durante a fuga, a nave lança um raio laser na casa dos Brown que vira escombros.

O explosivo de Charlie aciona o pavio de uma bombinha que Brad anteriormente havia deixado cair na nave e esta explode evitando a fuga dos Critters.

No fim de toda confusão, gratos pela ajuda de Brad, a dupla de caçadores dá ao menino um dispositivo com o qual ele pode chamá-los se precisar de ajuda futuramente.

O dispositivo por sua vez começa a apitar sozinho e quando Brad apertar o botão central, este faz com que os escombros da fazenda se juntem até que a casa se conserta instantaneamente para a alegria dos Brown. Porém, nos fundos da fazenda, repousam uma porção de ovos de Critters.

A hora das criaturas é um filme bem produzido para a época, com ótimos efeitos visuais, maquiagem e a ótima confecção dos Critters, que saíram com uma aparência não só assustadora, mas também um bocado realista ajudado pela sua ótima movimentação e efeitos mecatrônicos.

O único defeito do filme é que ele está levemente datado, mas não é nada que atrapalhe a experiência, muito pelo contrário, este é título extremamente necessário que apesar de não ser criativo diverte bem já que o filme apesar de ter antagonistas esteticamente assustadores eles fazem mais é gerar risos do que sustos visto sua inspiração mais do que óbvia aos Gremlins.

No aspecto artístico não tivemos muitas caras conhecidas, tirando o jovem Billy Zane no papel de Steve o namorado de April. E apesar de não ter feito nada muito relevante nos anos seguintes, Don Keith Opper, o intérprete de Charlie (que também fez parte da roteirização do longa metragem) permaneceu nas sequencias clássicas ficando de fora apenas de Criaturas ao ataque, o quinto e mais recente capítulo da franquia Critters.



Trailer:

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Halloween 2 - O pesadelo continua / Halloween II (1981)


Apesar dos três anos na geladeira, era mais do que certo que a sequencia de Halloween de 1978 ia chegar e a crescente demanda no mercado dos filmes de terror slasher que a essa altura já havia virado a nova moda nos drive-in entre os jovens com a explosão de Sexta-feira 13 e o próprio Halloween que ainda estava fresca na memória só fez acelerar as coisas.

E foi aí que depois de terem acertado o contrato com o que restou vivo do elenco do filme anterior (como Jame Lee Curtis e Donald Pleasence) é que chegou a tão aguardada sequencia de um dos slasher mais influentes da cultura pop prometendo manter o sucesso de 1978 já que tanto John Carpenter quanto a saudosa Debra Hill se mantiveram no roteiro e produção do longa, porém agora com Rick Rosenthal na direção.

Agora a coisa toda ia se desenrolar num hospital onde Laurie seria levada para tratar suas feridas enquanto o doutor Sam Loomis investiga o paradeiro de Michael Myers que escapou com vida de sua investida que deveria ser fatal.

O filme começa recapitulando o ato final do filme anterior: Após as investidas do mascarado Michael Myers, Laurie ordena á Tommy Doyle e Lindsey Wallace, as crianças de quem ela cuidava que fujam para longe e tragam ajuda enquanto ela fica e serve de isca para atrair seu stalker.

Do lado de fora, o doutor Loomis acompanhado do xerife Brackett vê as crianças correndo apavoradas e ao abordá-las descobre que seu paciente está por perto como ele suspeitava.

Chegando ao local indicado pelas crianças, Loomis encontra, ampara Laurie e na sequencia desfere seis tiros em Michael tão logo este aparece e ele cai da janela em direção a área externa da casa. A medida desesperada acaba não dando efeito, pois Michael desaparece do local ileso e continua perambulando em sua perseguição a Laurie que promete não acabar tão cedo.

A partir daí, segue a introdução da sequencia e o filme começa de fato. Aliás, salta-se a vista que todo a recapitulação foi refeita já que os atores mirins são outros, o que é obvio já que se passaram três anos da produção do filme anterior e seus respectivos interpretes já estavam grandes para reprisarem os papéis.

Mas voltando, Laurie é levada pelos socorristas para o hospital local ficando aos cuidados do jovem paramédico Jimmy que é um conhecido dela e um interesse amoroso, enquanto o doutor Loomis acompanha as autoridades para continuar as buscas por Michael que está muito bem escondido andando livremente afinal ainda é a noite do dia das bruxas e para os populares ele é só mais um jovem usando uma fantasia.

Chegando ao hospital, Laurie é sedada apesar de se negar a dormir por medo de seu stalker, enquanto que paralelamente, Loomis e o xerife divergem sobre sobre como proceder no meio do caminho.

A dupla acaba encontrando um jovem usando a mesma máscara de Michael e dão ordem de parada para ele, mas uma viatura o fecha e o atropela explodindo. O suspeito acaba sendo carbonizado não tendo chance alguma de escapar.

Um dos homens do xerife reporta sobre os três jovens assassinados a poucas horas sendo que uma delas era Annie Brackett, a filha do xerife e rapidamente Loomis e Bracket rumam para a casa do xerife onde encontram a imprensa local cobrindo a retirada do corpo da jovem.

Brackett culpa Loomis pela morte de Annie e outro xerife entra no caso o substituindo.

Enquanto isso, sem despertar suspeitas, Michael chega ao Hospital Memorial onde Laurie está depois de ter ouvindo mais cedo pela própria mídia sua localização.

Michael consegue entrar no hospital facilmente uma vez que o vigia, o senhor Garrett ignora as câmeras de segurança para ficar lendo uma revistinha.

Ainda no hospital somos apresentados ao socorrista Budd, a enfermeira Karen e a chefe de enfermagem a senhora Alves que estão de plantão.

Do outro lado, no andar térreo, o senhor Garrett faz uma ronda pela área externa deixando um de seus comunicadores aos cuidados da enfermeira Janet por falta de pessoal para ajudá-lo na segurança.

Rodando o depósito de lixo, Garrett acaba se assustando com um gato que o faz cair, mas rapidamente ele se recompõe e parte para um galpão onde encontra sinais de arrombamento. O vigia roliço pede ajuda á Janet, mas sua falta de experiência no manuseio da aparelhagem não a permite escutar com total clareza a mensagem do parceiro.

Isso acaba custando ao vigia uma morte rápida com uma martelada na cabeça desferida por Michael na penumbra.

Enquanto isso no necrotério, Loomis e o xerife participam do reconhecimento do corpo carbonizado do jovem mascarado e o terapeuta acredita friamente que aquele não é Michael e que ele só está perdendo tempo naquele lugar.

Momentos depois, Loomis e o xerife chegam à casa dos Myers que está sendo vandalizada pelos jovens e o terapeuta revela ao novo parceiro sobre o assassinato de Judith Myers pelas mãos de seu próprio irmão caçula no Halloween de quinze anos atrás.

Dois jovens aparecem na mesma hora e notificam o desaparecimento de um amigo que segundo eles estava disfarçado igualmente ao Michael dando fortes indícios de que se trata do jovem carbonizado. Em seguida, a polícia recebe um chamado de arrombamento na escola primária.

No hospital, Karen cai numa pegadinha de Budd que é seu namorado.

Paralelo a isso, Laurie tem um sonho com sua mãe adotiva e depois com uma outra mulher visitando um rapaz num hospital psiquiátrico.

De volta a Budd, ele consegue marcar um encontro com Karen na sala de hidroterapia onde o casal inicia um coito na banheira de hidroterapia sem se darem conta que Michael está escondido lá mesmo e este aumenta o termostatos.

Sentindo o aumento de temperatura, Karen pede a Budd para ver o que está acontecendo com a válvula uma vez que ela desconfia que algo não está certo.

Budd concorda e vai até a válvula iniciando o conserto, mas Michael o despacha silenciosamente. Após isso, o stalker se embrenha no vapor denso e pega Karen de surpresa a afogando e queimando seu rosto até mata-la.

Loomis e a polícia investigam a escola e encontram a frase "Sam Hain" escrito na lousa e o terapeuta explica que aquilo se refere a uma festividade celta antiga.

No hospital Jimmy faz uma ronda durante o plantão e encontra Laurie sem sentidos. Correndo buscar ajuda do doutor Mixter, o diretor do local, Janet o encontra morto com uma agulha de seringa direto em sua córnea.

Michael aparece por trás e seguindo o mesmo modus operandi do doutor Mixter, ele mata Janet.

Jimmy procura pela senhora Alves no vestiário deixando a enfermeira Jill cuidando de Laurie, porém esta acaba recebendo um chamado em outro quarto. Esta é a deixa para Michael invadir o quarto de Laurie com um bisturi, mas a babá já havia dado um jeito de escapar.

Cambaleando, Laurie encontra um telefone, mas ao tentar usa-lo para pedir socorro ela percebe a aproximação de Michael e fica imóvel no mesmo lugar.

Jimmy encontra Jill e alerta que todos sumiram e dá instruções a parceira para chamar a polícia caso dê muita merda. Depois disso, o jovem perambula pelo hospital no meio do breu e acaba encontrando o corpo da senhora Alves com um tubo de soro diretamente em sua veia o que causou uma drenagem total de sangue formando uma grande poça que paz Jimmy escorregar e cair desmaiado.

Jill tenta fugir de carro, mas ele não dá a partida e então ela sai dos veículo e percebe que todos os outros estão com os pneus furados.

Laurie se arrasta pelo corredor até que Jill a encontra, mas esta é pega por trás por Michael que acerta suas costas com um bisturi e a ergue matando-a. Na sequencia, Michael persegue Laurie que se esconde na sala de máquinas onde encontra o senhor Garrett morto.

Laurie escala os canos e foge por uma janela que dá em um depósito adjacente. Lá, ela tenta pegar o elevador que demora a chegar e depois de descer até o andar térreo chega ao estacionamento onde se esconde dentro de um carro.

Paralelamente, Loomis fala ao xerife sobre o festival celta de Sam Hain que consistia em enterrar pessoas perversas ainda vivas numa tentativa de traze-las em seguida de volta dos mortos.

A chefe da enfermagem do hospital psiquiátrico de onde Michael saiu, Marion Chambers, aparece e revela á Loomis ter descoberto após uma investigação minuciosa que Laurie é a irmã caçula de Michael o que explica o sonho da jovem que era na verdade uma memória reprimida.

Loomis volta seu caminho diretamente para o Hospital Memorial, onde neste instante, Laurie encontra Jimmy no mesmo veículo onde ela se escondia e este tenta dar a partida, porém descobre-se que ele está sobre efeito de um sedativo e ele apaga na mesma hora.

Na mesma hora, Loomis chega e não consegue ouvir os gritos de socorro de Laurie que além de distante ainda está muito fraca.

Loomis, Marion e o assistente do xerife entram no hospital e neste instante, Laurie se levanta e vai até a porta bater com toda força pedindo socorro a medida que Michael se aproxima.

Felizmente desta vez, Loomis ouve as batidas e os gritos e abduz Laurie para dentro do hospital e também Michael que leva vários tiros fazendo-o cair.

Sem perda de tempo, Loomis ordena á Marion que vá até seu carro buscar ajuda.

Michael acorda rapidamente e degola o assistente do xerife iniciando uma perseguição.

Marion chama por reforços policiais no rádio comunicador enquanto Loomis protege Laurie e dá a ela um de seus revólveres.

Michael os alcança e desfere um golpe de bisturi na barriga de Loomis apagando-o. Laurie ordena a Michael que pare e atira em seus olhos cegando-o. Enquanto o assassino esfaqueia o ar, Loomis que despertou aciona a válvula do balão de gás anestésico, mas o assassino não cai.

Loomis ordena que Laurie fuja e quando a jovem pica a mula, o doutor acende um palito de fósforo mandando tudo para os ares. Michael no entanto sobrevive e caminha em chamas, porém sem forças ele desaba e não mais levanta.

As autoridades chegam no mesmo instante e levam Laurie são e salva enquanto Michael vira churrasco.

Halloween 2 segue sobre a batuta de John Carpenter, seguindo a trilha sonora que te deixa arrepiado. A sequência conseguiu ser tão boa quanto a primeira parte tanto no retorno financeiro, quanto no enredo, mantendo os eternos intérpretes de Laurie e do doutor Loomis que viriam a reprisar seus papeis nas próximas sequências.

A crítica no entanto não foi muito favorável, tornando a sequencia um filme morno e este originalmente deveria ser o capítulo final na história de Michael Myers e o início de um novo formato para a franquia que agora seria uma série antológica, ou seja, cada filme teria uma história paralela compartilhando o mesmo universo porém a ideia foi descartada com Halloween III - A noite das bruxas já no ano seguinte o que levou os fãs do assassino ao ataque da produtora tornando este capítulo o mais massacrado.

Michael viria então a retornar no quarto filme da franquia apenas em 1984 numa tentativa de tirar o gosto amargo na memória do público e de dar um descanso a imagem do protagonista.

Como já dito Halloween 2 foi morno, se tornando um capítulo esquecível, tanto que nas duas linhas temporais a seguir o longa foi ignorado apesar de ter apresentados ótimas e criativas cenas de mortes além de é claro, aumentar o número de vítimas deixado no filme anterior, afinal é isso que o público queria ver desde o início.

Na minha mais humilde opinião eu achei desnecessário a volta de Nancy Kyes no papel de Annie Brackett sendo que esta só aparece morta sendo retirada da cena do crime. Há quem tenha achado inteligente, mas eu achei um desperdício de cachê... a menos que ela tenha recebido um troco de pinga pelo curto tempo de tela.

Ainda na munha opinião pessoal, esta sequencia é bem ok e digerível se comparado a outras que vieram após o quarto longa se tornando uma ladeira rumo ao abismo, o que explica o por que do reset sofrido com a chegada de Halloween H20, mas este é um assunto para o futuro...



Trailer: