A filha de Sarah / Sarah's Child (1994)

 

A necessidade de se constituir uma família perfeita pode levar casais a uma série de conflitos muitas vezes irreversíveis. A coisa fica ainda mais complicada quando se quer aumentar a família trazendo filhos ao mundo porém não podendo ter os seus próprios. A obsessão por manter valores morais e ser aceito na sociedade pode custar caro aos que não podem a ela se adaptar.

É justamente esse o plano de fundo no longa metragem produzido diretamente para o home vídeo, A filha de Sarah de 1994, um filme com um teor de suspense sutíl e enredo lento, mas que te prende a cada minuto devido ao grande mistério envolvendo uma criança misteriosa que surgiu do nada com o intuito de suprir a falta de um filho biológico.

O filme começa durante um flashback onde Sarah Lamair ainda criança acompanha o sepultamento melancólico de sua mãe. O filme corta para o presente onde Sarah e seu marido Michael estão em um penhasco curtindo a vista. Depois de simular um suícidio, Sarah conversa sobre o futuro do casal. Eles resolveram se mudar da agitação da cidade grande para a tranquilidade de uma pacata comunidade em Eternia Falls, onde Michael que trabalha como corretor de seguros de automóveis seguirá atuando em uma sucursal.

Recém instalados, o casal discute sobre a decoração do quarto do bebê que eles pretendem ter até a chegada da dona do imóvel, a agradável senhora Franklin com quem Sarah se dá super bem logo de início.

Na hora de dormir, Michael discute com Sarah sobre sua recusa em se consultar com um ginecologista e ela alega ter receio de possuir alguma condição que a impossibilite de engravidar, como o casal vem tentando há aproximadamente um ano sem frutos.

Convencida, Sarah vai na manhã seguinte com Michael ver o doutor Meeks, ginecologista que o corretor conheceu recentemente e este oferece a ela algumas opções de tratamentos de fertilização.

Mais tarde, enquanto Sarah fazia compras numa lojinha de esquina com uma amiga, ela nota uma linda menininha aparentando ter entre 5 e 6 anos do lado de fora acenando da porta para ela e depois a criança se vai.

Na mesma tarde, Michael recebe uma ligação do ginecologista dizendo que o resultado dos exames de Sarah já estão prontos. O casal vai até o profissional que revela que Sarah tem uma espécie de disfunção que causa infertilidade nos óvulos.

Abalada, Sarah tem outro flashback de sua infância com sua mãe que era fanaticamente religiosa, onde ela diz a filha sobre seu desejo de ser mãe ter sido atendido por Deus e sua visão do papel da mulher como reprodutora, o que a torna uma mulher completa. Sarah creseu com esse mesmo desejo e com os mesmos principios morais, por isso quer tanto um filho.

Para alegrar Sarah, Michael dá a ela um cachorro que devolve o sorrizo ao seu rosto.

Fazendo jardinagem, Sarah puxa conversa com a senhora Franklin que pergunta a ela se pretende ter filhos, porém Sarah omite sua condição deixando subtendido que sim.

Michael encontra no armário um vestido de menina e Sarah se justifica dizendo que tinha um igual quando era criança e que comprou pela nostalgia.

Ainda no mesmo dia, Michael encontra Sarah abraçada a uma menina calada e inexpressiva que atende pelo nome de Melissa. Michael faz algumas perguntas básicas, mas a menina permanece imóvel e em silêncio apenas mantendo contato vizual sem expressão alguma no rosto (seria ela tímida?).

Mais tarde, de volta do trabalho, Michael depois de um papo rápido com a senhora Franklin descobre que Sarah omitiu sua infertilidade e ainda deixou aparentar que o casal pretende engravidar em breve. Os dois discutem e Sarah grita que quer muito ter filhos. Michael a aconselha a procurar terapia, porém ela rebate dizendo que precisa de tempo para digerir tudo que vem acontecendo.

Sarah tem outro flashback onde a mãe diz que uma mulher que não pode gerar filhos é uma mulher ruim e inútil e isso tem a torturado desde então.

Michael conversa com um terapeuta, o doutor Perry a respeito de uma ilustração feita a tinta que Sarah lhe deu quando se casaram e o profissional ao analizar diz ao paciente que aquilo representa a frustração e o desejo obsessivo de Sarah com a gestação e todo aquele papo do papel da mulher no mundo: procriar. Dr. Perry pede a Michael tempo e paciência para que Sarah possa se aceitar como ela é.

Paralelo a isso, Sarah continua próxima a Melissa brincando com ela de casinha e levando-a ao parque.

Michael conta ao doutor Perry a respeito de um acontecido recente, aquela cena inicial do filme onde ela simulou que ia se jogar do penhasco. O terapeuta diz a Michael que sua mulher poder ter uma tendência auto destrutiva e que ele precisa ter cuidado.

De volta a casa, Michael encontra um cavalinho de balanço e Sarah justifica dizendo que o comprou para Melissa.

De visita a casa de Sarah, a senhora Franklin encontra o cachorrinho da inquilina morto na banheira e próximo a ele estava Melissa que dá no pé. Rapidamente a boa velhinha interroga Sarah que diz que não sabe nada sobre Melissa além do nome. Michael desconfia da conduta da menina e Sarah diz que a pequena só precisa de amor e atenção que ela está disposta a dar. Michael diz que a senhora Franklin vai investigar Melissa e que ele esperará para saber que aquele anjinho é na verdade.

Enquanto isso em sua casa, a senhora Franklin sente a presença de alguém vindo do porão e vai averiguar.

Não muito depois, Michael resolve levar o jornal para sua senhoria e como ela não responde ele toma a liberdade de entrar até que ele a encontra morta no porão, possivelmente por ter rolado as escadas.

Michael conta o ocorrido a Sarah e diz que há possibilidades de ter sido um acidente já que havia bolinhas de gude espalhadas no chão do porão quando ele chegou.

O detetive Burbige interroga Michael sobre a morte da senhora Franklin alegando que não há nada conclusivo ainda sobre o que houve de fato naquele porão.

A noite, Sarah ouve passos vindo da escadaria mas constata que não há inguém lá. Michael acorda logo em seguida e vai até ela e os dois tem uma acalourada discução. Michael diz a Sarah para eles adotarem uma criança mas aos prantos ela diz que quer filhos biológicos. Em surto, Michael a agride.

Pouco depois, Michael encontra Melissa e diz para a menina se afastar de Sarah e de sua casa.

No hospital, Michael e o doutor Perry discutem sobre o desejo doentio de Sarah em gerar uma vida e a relação dela com a menina Melissa e o profissional sem ser muito objetivo fala sobre criação de pessoas imaginárias quando alguém como Sarah sente uma forte carência e um desejo obsessivo essa pessoa consegue transformar esse sentimento em uma pessoa que ela idealiza ao seu querer. É aí que deve estar a resposta.

Acordada, Sarah diz querer ir para casa para cuidar de Melissa, mas Michael diz que ela terá que ficar internada por alguns dias.

Logo depois, o doutor Perry pede a Michael que vá falar com algum familiar de Sarah em busca de alguma resposta e ele se lembra de seu sogro.

Acatando ao pedido do terapeuta, Michael procura o pai de Sarah que diz que sua finada mulher era infértil e desejava muito ter filhos, porém por outro lado, ele alega que sua filha não era adotada, que ela era dele por que assim a mãe desejou. Michael fica confuso sem conseguir distinguir o real do imaginário.

Depois de receber uma ligação do pai, Sarah procura pelo doutor Perry, mas descobre que ele já não está mais pois viajou para fora segundo uma enfermeira.

Sarah tem uma crise de choro e a enfermeira tenta lhe aplicar um sedativo mas é ela que acaba sedada. Sarah rapidamente troca de roupas e foge do hospital.

Chegando em casa com Melissa, Sarah confronta Michael dizendo que ele magoou a menina. Michael por sua vez, depois de meditar chega a conclusão de que Melissa é uma criança imaginária criada pelo subconsciente de Sarah para suprir a falta de um filho e joga isso na cara dela. Antes que pudesse atender o telefone que toca em seguida, Michael é golpeado.

O doutor Perry toma conhecimento da fuga de Sarah e aciona a policia avisando que ela é perigosa.

Enquanto isso, Sarah arrasta Michael até o penhasco do início do filme levando Melissa junto.

O doutor Perry se lembra sobre o penhasco e se dirige para lá.

No momento crucial, Michael diz a Sarah que nunca a amou, e completa dizendo que seu sogro na verdade também é um fruto da imaginação dele e de Sarah, pois o pai dela tirou a própria vida anos atrás arrependido de ter trazido a filha ao mundo. A verdade é que da mesma forma de que Melissa nasceu do desejo de Sarah, Sarah também é fruto da imaginação daquela que se dizia sua mãe e esse fruto foi alimentado pelo pai e depois por ele. Sarah não existe!

Atordoada, Sarah se joga no abismo desaparecendo. Doutor Perry chega na hora e Melissa também desaparece e desta vez para sempre restando apenas sua boneca.

Michael deixa as lembranças de Sarah para trás e parte estrada a fora em busca de um novo recomeço.

O enredo simples, lento e com pouca violêcia é compensado com uma reviravolta que inicialmente parece tola se visto superficialmente, mas se enxergado por um ponto de vista clínico se torna um plot estupendo e imprevisível.

As atuações são medianas e a violência como eu já disse é reduzida e implicita, porém a atmosfera de mistério envolta da personagem mirim em suas curtas porém memoráveis aparições dão um toque especial ao enredo.

Não é aquele filmaço de marcar época, visto que se tratando de um conteúdo produzido para o home video é óbvio que o orçamento do filme foi o de uma coxinha e uma tubaina, visto que o elenco mal chega a meia dúzia e um ou outro personagem só aparece em uma cena para nunca mais. Mas ainda sim é uma boa recomendação para uma noite fria e despretenciosa.

Por se tratar de um filme feito exclusivamente para o mercado de home vídeo, o longa não possui um trailer.

Poltergeist III - O Capítulo Final / Poltegeist III - Cresce o pavor / Poltergeist III (1988)

 

O desfecho de uma franquia de sucesso sempre é a parte mais difícil de uma produção. Principalmente quando esta se encerra por conta de uma desgraça de proporções enormes. No caso de Poltergeist as desgraças foram algo comum e que por conta disso a franquia acabou se tornando maldita. O prego na tampa do caixão veio com a terceira parte ainda antes dela ser lançada.

Mas primeiramente vamos ao filme em si.

A trama segue alguns anos depois dos últimos acontecimentos do filme anterior. Carol Anne foi mandada por seus pais para Chicago para viver com seus tios Bruce e Paty Gardner (que é a segunda mulher de Bruce) e sua prima por parte do tio Donna que é adolescente.

A mudança ocorreu na verdade para que Carol Anne pudesse frequentar uma escola especial para crianças com problemas emocionais afim de ajudá-la a superar seus traumas com o paranormal.

Lá, além de aprender, Carol Anne também passa por sessões psiquiátricas e os fantasmas que a perseguiam em Cuesta Verde a segue passam a se manifestar agora em Chicago no hotel de classe alta onde ela vive com os tios, através de rachaduras nas paredes que são espelhadas.

Em uma das sessões psiquiátricas sob o comando do doutor Seaton, Carol Anne é hipnotizada e conta a ele tudo sobre os eventos paranormais que a afligiram desde pequena. Esta experiência afeta Tangina mesmo a quilômetros de distância deixando-a de alerta sobre um possível retorno de Kane e seus espíritos fiéis.

Nesta mesma noite, Paty e Bruce vão a uma festa perto do hotel e deixam Donna que pretendia a ir a uma outra festa com seu namorado Scott, cuidando de Carol Anne.

A menina que continua sendo uma criança esperta resolve aliviar para a prima e resolve ficar sozinha em casa em segredo para que Donna possa ir namorar.

Sozinha, Carol Anne é agraciada com a aparição do espírito de Kane que a tortura psicologicamente.

A caminho de Chicago, Tantina telefona para Seaton acusando-o de ter libertado Kane do subconsciente de Carol Anne através de sua mais recente sessão de hipnose.

Graças a uma intervenção telepática de Tangina, Carol Anne consegue se safar de Kane por um momento enquanto tenta digerir o que aconteceu ali.

Kane no entanto continua perseguindo a menina pedindo a ela para guiar a ele e seus seguidores até a luz.

Paralelo a isso, Donna e Scott dão uma fugida da festa para conseguir petiscos enquanto seus amigos invadem o salão da piscina.

Passando pelo estacionamento, Donna e Scott veem Carol Anne ser puxada por uma misteriosa poça de água sob um feixe de luz. Indo ao auxílio da menina, o casal acaba sendo abduzido junto com Carol Anne.

Não demora muito e a portaria notifica Bruce sobre a festinha de Donna e Scott e este surge de dentro de outra poça, desta vez de gelo dentro da piscina aos olhos do tio de Carol Anne.

Seaton e Paty aparecem cientes do ocorrido, porém o terapeuta de Carol Anne é cético sobre o mais recente evento e simplesmente cruza os braços.

Bruce e Paty são atingidos por uma ilusão de Kane, porém Tangina aparece na hora e os salva.

A médium deixa geral a par de tudo e ordena a Seaton que hipnotize Scott para que ele possa dizer o que aconteceu em sua ausência.

Logo depois de uma rápida sessão, todos se dirigem a poça que tragou Carol Anne e ouvem a menina gritar por socorro. Seaton duvida da palavra de Tangina que torna a responsabilizá-lo por tudo.

Kane usa outra ilusão para enganar Bruce e os outros e toca em Tangina que se torna um cadáver apodrecido e de dentro dela inacreditavelmente sai Donna em estado de choque.

Bruce e Paty tem um conflito de crenças e se dividem. Por falta de opções, Paty volta para perto do marido que seguia o reflexo de Carol Anne nas paredes espelhadas.

Seaton resolve seguir o casal, mas Donna o agarra e o arremessa pelo fosso do elevador matando-o na hora. Donna reencontra Scott que rasga um pedaço de sua pele revelando um pedaço de carne morta. Os dois na verdade são reflexos que tomaram forma depois da abdução. Juntos os dois caminham por dentro dos espelhos para o além.

Em outro canto, Paty e Bruce são salvos pelo espírito de Tangina de serem tragados por uma fenda. Logo depois, a médium dá a eles um amuleto de proteção pertencente antes ao índio Taylor.

Depois de passar o maior perrengue, tudo parece ter voltado ao normal, porém Kane ainda está ativo e agora se apoderou do controle do elevador onde o casal está.

Com esforço, os dois conseguem sair de lá e encontram o corpo de Seaton incrivelmente decomposto.

Bruce resolve encarar o mal frente a frente como Tangina pediu e junto de Paty, toma o elevador de serviço por onde será mais fácil chegar até Carol Anne. Lá, eles encontram a menina ainda entre o nosso plano e o outro e ela pede que os tios a deixem, em especial Paty que Carol Anne acredita não sentir nada por ela por não ser tia diretamente dela. Paty no entanto diz a menina que a ama como a uma filha e neste instante, Kane leva a menina.

Sozinha, Paty confronta Kane diretamente com o auxílio do amuleto.

O espírito de Tangina reaparece e diz a Kane que ela pode guiar a ele e seus seguidores para o outro lado, já que ela também é um ser de luz, mas em troca ela pede a liberdade de Carol Anne e de Bruce que está sob seu poder.

Com o trato feito, Tangina se despede e cruza o portal de mãos dadas com Kane e na sequência surgem Carol Anne desmaiada e a verdadeira Donna vivas e salvas. 

Bruce também reaparece e a família finalmente dão um abraço emocionado. Agora os espíritos podem descansar para sempre no outro lado.

Esta sequencia foi razoável. Teve um enredo até que digerível, os efeitos práticos deram uma melhorada e a atmosfera de horror e suspense está super presente no filme todo conseguindo superar a produção anterior que não fedia e nem cheirava, mas que não foi tão ruim (Dilmei agora). Os efeitos especiais foram bem favoráveis e proporcionaram cenas memoráveis como a do retorno do espírito de Tangina de dentro de uma corrente d'água para salvar os tios de Carol Anne das garras de Kane (apesar da atriz Zelda Rubinstein aparentar não ter gostado muito da produção).

A jovem Heather O'Hourke, que deu vida a Carol Anne se despediu do mundo artístico e da vida neste filme onde é possível perceber seu estado deplorável com notórios inchaços pelo corpo por conta de um diagnóstico equivocado de uma doença estomacal que ela não possuía e que mesmo assim era tratada. A doença piorou e só foi descoberta depois durante a autópsia que ela tinha na verdade um bloqueio também no intestino de fácil operação.

Heather faleceu pouco tempo antes do filme estrear ainda em sua pré produção e por isso os créditos finais têm um singela dedicação a sua memória como homenagem.

A essa altura já haviam falecido de formas trágicas outros membros das produções anteriores como Julian Beck que deu vida ao reverendo Kane. Este foi então substituído na sequencia por Nathan Davis que só aparecia de longe para não notarem a diferença brusca entre um e outro. Por aqui, meio que essa troca passou desapercebida já que mantiveram o mesmo dublador nas duas produções.

Há boatos de que uma quarta parte para o longa já estava proposta, mas com respeito a memória de Heather O'Hourke a franquia foi paralisada até 2015 quando foi produzido o reboot do primeiro Poltergeist numa tentativa de revitalizar a franquia e talvez começar uma nova linha temporal mas que nós já sabemos que o longa metragem em questão foi um fracasso colossal.

Trailer:

O Navio Assassino / Death Ship (1980)

 

Assombrações são quase sempre garantia de arrepios e de reviravoltas mirabolantes. O navio assassino não é aquele clássico consolidado mas conseguiu o seu lugar entre um grupo de fãs que abraçaram o enredo simples e amarrador, um elenco mediano porém carismático e a emersão que as dependencias do navio título que proporcionam cenas inesquecíveis.

Mas vamos ao que interessa. Tudo começa durante uma festa à fantasia a bordo de um cruzeiro que marcava a viagem de despedida do Capitão Ashland e a passagem do bastão para o jovem e futuro capitão Trevor Marshall que estava a bordo com sua esposa Margaret e seus filhos Ben e Robin.

Além deles estavam o jovem e apaixonado casal Nick e Lori e também a agradável senhora Sylvia Morgan dos quais mais tarde a gente fala.

A paz da tripulação chega ao fim quando um objeto não identificado colide com o navio fazendo dois rombos obrigando geral a abandonar a embarcação e pularem direto para os botes salva vidas.

O grupo que estava com a família Marshall é separado dos demais ficando a deriva e sem destino até encontrarem o Capitão com vida e logo depois de passarem por uma densa neblina se deparam com um estranho navio militar antigo parado no meio do oceano.

Por maioria de votos, todos entram na embarcação que aparenta estar abandonada. O capitão e dois ajudantes quase se afogam com o vazamento de um líquido escuro.

Um dos náufragos que trabalhava no navio é misteriosamente laçado e erguido pela perna com a corda do mastro. Ele é jogado na água e quase se afoga. Logo em seguida ele é erguido e arremessado para longe do navio em diração a água.

Do outro lado, outro ajudante do capitão explora o navio sozinho até ser acertado por um gancho atado a uma corda e cai desacordado no compartimento de cargas vazio.

O ajudante que ainda resta tenta encontrar uma forma de se comunicar com a guarda costeira depois de constatar que o navio está definitivamente abandonado.

Confuso, o capitão acorda depois de sofrer uma alucinação.

Do nada, o projetor da sala de cinema começa a funcionar sozinho, mas quando a tripulação se aproxima ele pára na hora.

Sem nada melhor para fazer, geral concorda em ver um filme. Ben convida a senhora Morgan, que estava a bordo para ver o filme com os outros e ela não consegue recusar. Logo depois do final do filme, a boa senhora começa a se sentir sufocada e sua pele estranhamente começa a apodrecer.

Desesperada, ela corre até o capitão que estava sendo cuidado por ela anteriormente e sofrendo uma outra alucinação ele a mata esganada.

Sem o menor remorso e sem tempo a perder, o capitão ordena a todos que a senhora Morgan seja velada de forma cristã e que seja lançada ao mar.

Ela é então embalada em um tapete e depois do cortejo o mar a leva para seu descanso eterno.

Marshall percebe que o único bote que eles tinham foi solto e por isso eles estão presos no navio. O capitão assume aquela embarcação como sua e faz graves acusações contra Marshall.

Mais tarde, todos resolvem descansar e o capitão que dormia sofre outra alucinação sangrenta com um jovem capitão que pelo menos prá mim não fica 100% explícito se é ele mesmo ou outra pessoa em outra vida.

Ben acorda no meio da noite preciando ir ao banheiro e pede a irmã que o acompanhe já que ele não sabe onde o cômodo fica.

Do outro lado, Lori resolve tomar uma ducha depois de uma boa transada com Nick.

Inesperadamente, o box tranca Lori que recebe um banho de sangue.

Robin, que havia se separado de Ben no meio do breu acaba encontrando a sala de comando e inesperadamente o rádio se liga sozinho e pode-se ouvir vozes de homens em alemão e por seguinte um hino também em alemão que se supõe ser o hino nacional ou na pior das hipóteses um hino de saudação ao nazismo.

O capitão que já havia encontrado Ben, encontra Robin e leva os dois até o pai.

Depois de vagar naquele labirinto procurando por ajuda, Nick encontra Marshall que o acompanha até sua cabine, mas ao chegar lá, Lori não mais estava e o chuveiro vertia água normal sem nenhum vestígio do sangue que antes lá estava.

Marshall e Nick acabam encontrando o capitão com o corpo sem vida de Lori nos braços. O capitão a lança ao mar e a dupla o persegue até chegar a uma cabine toda pintada de vermelho cheio de objetos nazistas e claro, uma bandeira com a suástica e várias imagens de Hitler. Aquele é um antigo navio do exército nazista na segunda guerra mundial perdido no mar desde então.

Explorando mais o local, eles encontram um recipiente cheio de dentes e não muito longe um depósito secreto cheio de corpos apodrecidos que se supõe ser de prisioneiros.

Logo em seguida começa a rodar um filme de um desfile do exército nazista em alto e bom som através de um projetor. Mesmo tentando rasgar a tela onde o filme passava, outra brotava no lugar e depois outra e outra.

Ambos surtam e se separam. Nick, completamente fora de sí acaba se jogando no depósito de carga de peixes que lugar de pescados tinha mais e mais cadáveres apodrecidos.

O capitão que lá estava aproveita a deixa e o afoga com a rede de pesca fechando o compartimento em seguida.

Marshall do outro lado, alucina com a vós do capitão dizendo que o navio precisa do sangue de sua família. Com uma faca, Marshall ataca o capitão e corre até sua família ordenando uma fuga.

Ao entrar no freezer, Marshall encontra vários cadáveres de soldados da força aéra e tira deles seus salva vidas e um bote inflável mas ao chegar no convés com sua família, Marshall se depara com o capitão ainda vivo que começa a atirar.

Marshall embosca o capitão enquanto Margaret coloca as crianças no bote em alto mar, porém o capitão se livra de Marshall e agarra sua mulher arrastando-a para dentro da sala de comando onde aciona as sirenes recolhe a âncora.

Sem perder tempo, Marshall volta para dentro da embarcação e consegue tirar Margaret de lá pulando com ela na água em seguida onde seus filhos os esperavam no bote.

Enquanto isso, o capitão surta e atira no painél de navegação e como punição o pistom do motor o espreme até a morte.

Finalmente todos juntos no bote, a família Marshall é avistada e resgatada por um helicóptero da guarda costeira enquanto o navio assombrado vaga pelo oceano a espera de suas próximas vítimas.

Um enredo bem amarrado e frenético somado a uma ótima máquiagem e efeitos práticos. Momentos claustrofóbicos e enlouquecedores é tudo o que dá para se encontrar nesse longa esquecido pelo tempo e injustamente desvalorizado. Vale a pena ver e rever, pois o filme não envelheceu nem um pouco na minha humilde opinião.

Trailer:

A árvore da maldição / The Guardian (1990)

 

O sobrenatural sempre foi palco para grandes produções envolvendo o terror e outras não tão grandes, porém memoráveis e que mereciam mais reconhecimento pelo seu esforço em levar as telinhas e telonas um enredo assombroso e criativo com poucos porém ótimos recursos de efeitos práticos, uma ambientação emersiva e muito eficaz, atuações primorosas e tudo mais.

Uma destas é a árvore da maldição de 1990, um filme bem tímido com um elenco bem pequeno que passou despercebido e fez um sucesso moderado, conquistando lá seu nicho.

Tudo começa quando um casal pais de dois filhos pequenos, um deles uma bebê de meses, deixam suas crias aos cuidados da babá recém contratada para poderem aproveitar a noitada (que maravilha).

A mãe no entanto, acaba esquecendo as chaves e quando volta para buscar, resolve dar mais um beijo na bebê até perceber que ela não estava no berço.

Na calada da noite, uma figura feminina envolta a uma capa preta que se supõe ser a babá, carrega a bebê do casal até o coração da floresta onde oferece a pequena para uma estranha árvore numa espécie de ritual. A árvore tinha o rosto de um bebê chorando entalhado (ou será que ele foi absorvido e assimilado pela mesma em outro rirual?).

Três anos se passam e somos apresentados ao casal Phill e Kate que acabaram de se tornar pais do pequeno Jake e já pensam em dar a ele um irmãozinho no futuro.

Como ambos trabalham, Kate já planeja conseguir uma babá para quando terminar seu auxílio maternidade pondo um anúncio numa agência.

Depois de muitas entrevistas, acabam contratando a bela e jovem Camilla que rapidamente se conecta a Jake e vice e versa.

Certa noite, sem o menor sono, Phill resolve dar uma olhada no bebê e o encontra tomando banho com Camilla (juntos) na banheira, deixando o marido de Kate desconsertado com tanta falta de pudor.

Logo depois, ele resolve fazer um pouco de home office mas acaba dormindo sobre sua prancheta de plantas. Phill acaba sonhando com uma criatura de feições caninas amedrontadora e uma estranha árovre que sangrava.

No dia seguinte, Camilla resolve levar Jake para passear perto da floresta e é intimidada por um trio de vagabundos de gangue fugindo mata a dentro com o pequeno.

Os três correm atrás e a perdem de vista dando de cara com uma enorme árvore. Um deles avista Camilla, a fere e tenta violentá-la até ser atacado e morto pelas raízes da estranha árvore e logo depois a vida dos outros dois é ceifada também.

Chegando em casa, Camilla tenta esconder a cicatriz enorme em seu abdomem e Phill quase vê o estrago todo, mas é convencido pela babá de que ela só tem uma ferida superficial e que ela vai ver seu médico.

Depois de um dia cheio com os amigos é hora de dormir. Phill acaba sonhando que está fazendo amor com aquela que ele acredita ser Kate, mas quando o rosto se ilumina se revela Camilla que está excitada em seu cólo. Assustado, Phill se acorda.

Neste mesmo momento, Camilla está colocando Jake para dormir e acaba balbuciando que em breve seu sangue será purificado (lá vem).

Na noite seguinte, Camilla recebe o resto do dia de folga e vai para sabe-se onde sob uma leve ventania que profetiza que algo de ruim está por vir.

Pouco depois, chega Ned Runcie, amigo de Phill e Kate que está interessado em Camilla e pensava em ter algum tipo de programa com ela, porém acaba descobrindo que a moça já não estava em casa frustrando seus planos.

No caminho de volta para casa, Runcie acaba avistando Camilla correndo até a floresta e a segue até encontrá-la núa sobre a estranha árvore como se os dois estivessem se fundindo num só ser.

Runcie é flagraddo por um coiote que o persegue até sua casa onde o encurrala. Lá, o amigo de Phill deixa uma mensagem na secretária eletronica dizendo aos amigos para não deixarem Camilla voltar para casa por conta do que acabara de ver na floresta. 

Armando-se para procurar o coiote, Runcie acaba sendo encontrado por Camilla ainda núa que diz que ele não devia ter ido procurá-la e ele corre se esconder ameaçando matá-la.

O coiote reaparece com seu bando e Runcie tem sua vida arrancada brutalmente pelos caninos que arrastam seu corpo ensanguentado para fora de casa.

Em casa, Phill começa a ouvir suas mensagens na secretária e descobre um recado de uma tal de Molly Sheridan que diz que precisa falar com ele sobre sua babá que para ela se apresentou com outro nome que pode ser tão falso quanto o atual.

Logo depois, ele começa a ouvir a mensagem de Runcie, mas antes que conseguisse terminar, Camilla aparece e arranja uma distração conseguindo um momentâneo instante de impunidade.

Na manhã seguinte, Phill vai até a casa da tal Molly Sheridan que nada mais é que a mãe da bebê abduzida no início do filme. Ela diz a Phill que Camilla se apresentou a ela com o nome de Diane Garden e que ela está envolvida no desaparecimento de sua bebê, deixando claro que o pequeno Jake é o próximo.

Phill não acredita na história de Molly por que a descrição da tal de Diana não bate com a de Camilla, mas o filho mais velho da mulher menciona uma cicatriz que a babá de Jake tem no abdomem. Phill logo se lembra de ter visto Camilla colocando curativos em um ferimento no dia do ataque dos vagabundos.

Rapidamente, Phill volta a casa e depois de não encontrar a babá, resolve ouvir o resto da mensagem de Runcie. Sem perder tempo, ele vai até a casa do amigo onde só encontra o telefone fora do gancho e sinais de luta corporal e destruição, temendo o pior.

De volta a sua casa, Phill confronta Camilla na frente de Kate expondo a mensagem de Runcie, menciona Molly Sheridan e ainda diz que a agência de babás nunca ouviu falar de nenhuma Camilla ou Diane, mas a babá desconversa e ainda se vitimiza. Farto, Phill a demite e ordena que vá embora de casa.

Esbravejante e se sentindo ofendida ela se vai e subsequente a isso, o bebê Jake passa mal e é encontrado desacordado por Kate.

Rapidamente, o casal leva Jake ao médico e o mesmo diz suspeitar de meningite ou coisa pior.

Sem o menor escrupulo, Camilla vai até o hospital e diz não poder ir embora sem Jake, tirando-o da encubadora e dizendo que ele terá a vida eterna. Phill a impede e leva seu filho e Kate para casa sem ordens médicas, mas chegando lá são cercados por coiotes.

Kate dá cobertura para Phill e pede a ele que leve Jake para a floresta, pois é a ele que os coiotes querem. Logo depois disso, ela consegue chegar ao carro, mas os caninos já estão ao seu encalso.

Depois do susto, ela consegue arrancar e segue até a floresta sem perder tempo. Chegando lá, ela joga o veículo sobre Camilla que levitava atrás de Phill.

Kate e Phill se reencontram e finallmente conhecem a grande árvore que tinha não só uma, mas várias faces de bebês absorvidas. Esta é a vida eterna que Camilla quer dar a jake em troca de sua juventude para seguir sua missão de alimentar a árvore, pois as duas são o mesmo ser e se uma morrer a outra morre.

Na manhã seguinte, Phill e Kate que haviam denunciado o caso a um detetive, ouve do mesmo que Camilla não foi encontrada e não engole a história da árvore pedindo que o casal volte para casa e descansem. Phill porém, resolve acabar com tudo com suas próprias mãos levando uma moto serra até a grande árvore.

Kate, que vigiava Jake, recebe a aparição de Camilla que diz querer o menino.

Paralelamente, Phill tem uma luta corporal contra as raízes da árvore que são serradas fazendo a mesma sangrar e Camilla é afetada igualmente tendo uma das pernas decepadas. Logo depois, Phill destrói o coração da árvore e a babá do mal explode. 

Phill volta para casa e abraça Kate e Jake. Eles estão a salvos.

Um filme bem simples, com uma cronologia bem fluída e rápida. Esses elementos conseguiram fazer de A árvore da maldição um filme gostoso de se assistir, com um conteúdo violento bem controlado, porém compensado com efeitos práticos decentes.

Não duvido nada que A mão que balança o berço tennha se inspirado neste longa ainda que sutilmente, pois ambos tem um mesmo elemento plot: a babá de um bebê recém nascido e os pais do mesmo que lutam contra o tempo para desmascarar a estranha que tem um plano escondido. Não tem como não associar uma coisa com a outra e talvez a grande fama do segundo longa meio que tenha tirado o brilho do primeiro por ter um enredo mais elaborado e menos fantasioso. Eu mesmo gosto dos dois igualmente.

Para fechar eu gostaria de ressaltar uma última observação, um easter egg muito bacana que acontece lá no início do filme, onde o casal Sheridan ostenta uma tiragem do livro It a Coisa de Stephen King que também tem como plot um vilão sobrenatural. Uma ótima sacada.

Trailer:

Comunhão / Alice, querida Alice / Alice, Sweet Alice (1976)

 

Os anos 70 estão repletos de pérolas esquecidas que merecem ser revisitadas nos dias de hoje devido ao seus conteúdos mais crus e menos escrupulosos que hoje sem dúvidas se quer sairiam do papel, pela certeza do cancelamento.

Uma dessas obras é Comunhão, ou Alice querida Alice como também é conhecida, famosa por ser um longa antí-religioso e descarado disfasçado de slasher com uma pitada de mistério dos bons. Uma trama um tanto quanto arrastada (porém linear) e as vezes confusa mas que cumpre bem seu papel de assustar e surpriender o telespectador com seu enredo claro e direto e seu desfecho insperado.

Tudo começa quando Catherine Spages mãe divorciada de Karen e Alice leva as meninas à igreja do padre Tom, para a caçula Karen poder receber uma lembrancinha antecipada pela sua primeira comunhão que está por vir.

De volta a casa, Catherine trata de apasiguar mais uma das muitas brigas de suas filhas. Desta vez, Alice tomou da irmã a boneca que ela ganhara do pai e Karen teme aos prantos que a irmã quebre seu brinquedo.

Depois disso, Karen encontra Alice brincando num quarto abandonado de um dos apartamentos onde elas vivem e a mais velha tranca  a caçula num armário velho ameaçando-a se ela a dedurar para a mãe. Logo em seguida Alice a solta de lá e arranja outra briga com a irmã e a mãe ao ficar amassando o véu da primeira comunhão de Karen.

Alice resolve esfriar a cabeça dando uma volta, mas antes arranja briga com Alphonso, o senhorio obeso e sujo do condominio que cria vários gatos num ambiente insalubre e é notoriamente um tarado por crianças.

Chega o tão esperado dia da primeira comunhão, e antes que pudesse se unir as outras crianças no altar com o padre Tom, Karen é atacada na sacristia por alguém misterioso de baixa estátura, fransino, usando uma capa de chuva amarela e de máscara.

Desmaiada, Karen é arrastada até um baú e lá é despejada com uma vela acesa.

Logo depois, chega Alice subindo ao altar para receber a hóstia, até que uma freira sente cheiro de algo pegando fogo. Rapidamente todos seguem a fumaça que leva ao baú onde está o corpo queimado de Karen.

Enquanto todos se chocam com a morte prematura e violenta de Karen, Alice via tudo de longe segurando uma capa de chuva amarela entre os braços.

No dia seguinte, durante o cortejo, Alice é ríspida com Dom, seu pai que veio de longe se despedir de sua caçula.

Annie DeLorenzo, irmã de Catherine juntamente com seu marido Jim e sua filha, a fofinha Angela, resolve ficar por uns tempos com a família para apoiar as meninas neste momento difícil.

Catherine pede que Alice e Angela levem um bolo para Alphonso que mais uma vez implica com a agora filha única de sua inquilina.

Dom vai até uma agência falar com o detetive Spina que está tomando conta do caso da morte de Karen e se recusa totalmente a deixar Alice dar seu depoimento, uma vez que ela pode saber de algo ou ter visto algo já que ela foi a última a chegar ao altar. 

Logo depois, Dom tenta falar com o padre Tom ao telefone, mas a senhora Tredoni, encarregada da casa paroquial e praticamente babá do Monsenhor, um sacerdote de idade que já está caduco, não repassa a ligação. Isso porém é descoberto pelo padre que lhe dá uma bronca e recebe diretamente a ligação do amigo.

Prá variar, Alice arranja outra briga, desta vez com sua tia Annie que insiste que a menina volte a estudar para não ficar vadiando mas a menina não quer e é grossa com a tia.

Praticamente passando o pano, Catherine ordena a filha que leve o pagamento do aluguel para Alphonso e chegando lá, o gorducho diz a Alice que sabe o que ela fez no dia da comunhão e que sabe o que ela esconde no porão.

Fula, Alice mata um dos gatos e foge de lá correndo.

Enquanto Dom e o padre Tom conversam sobre a conduta de Alice, a menina pega sua capa de chuva e uma máscara semelhante a do assassino da comunhão e começa a observar uma barata que ela mantém numa lata.

No mesmo instante, Annie é esfaqueada nas pernas pelo assassino da comunhão quando descia as escadas. O mascarado foge e Annie se arrasta até a saída do apartamento dando de cara com Catherine debaixo de um baita toró amparando-a. Logo depois, chega Dom que a coloca em seu carro e a leva para o hospital.

Depois disso, ele volta ao apartamento para ficar com Alice e a encontra escondida assustada e chorando.

Catherine está completamente confusa com o ocorrido e junto do padre Tom, tenta tirar alguma informação de Annie que mesmo em estado de choque culpa Alice pelo atentado.

Formalmente denunciada, Alice é submetida ao teste do polígrafo e quando perguntado sobre o ocorrido ela joga a culpa em Karen. Um dos investigadores diz ao colega que Alice tem o temperamento de uma vadia e que ela o observa como se quisesse uma transada. A menina aproveita um discuido dos profissionais que a interrogavam e derruba o polígrafo quebrando o aparelho.

Dom e Catherine vão até a clínica psiquiátrica onde Alice teve que ser internada aos cuidados da doutora Whitman que se nega a dar alta a menina, pois ela alega que Alice vive num ambiente familiar tóxico que está prejudicando seu crescimento e ainda diz que a menina começou a menstruar apesar da pouca idade e faz isso regularmente.

A sós com a mãe, Alice volta a culpar Karen por tudo e a despreza.

Em casa, Catherine recebe uma ligação misteriosa de alguém que não responde e desliga. A ligação retorna e quando Dom atende, o anônimo desliga novamente.

A aproximação faz Dom e Catherine terem uma breve reconciliação, até o pai de Alice receber um telefonema de sua atual mulher Judy que diz estar com saudade dele.

De volta ao hotel onde está hospedado, Dom recebe um telefonema de Angela, filha de Annie que está muito assustada e os dois marcam um encontro.

Perto de uma cachoeira, Dom espera por Angela e dá de cara com o assassino da comunhão que ele pensa ser Angela. Gritando por ela, Dom a segue até chegar num depósito onde é atacado.

Amarrado e arrastado até o andar superior do depósito, Dom acaba acordando e tenta uma luta corporal com o mascarado que se revela ser... a senhora Tridone, a afável faz tudo da casa paroquial que o mata.

Depois de jogar o corpo de Dom pelo último andar, Tridone foge até a igreja e se esconde no confessionário onde insiste ao padre que precisa desabafar deixando-o perplexo.

Mais tarde, Catherine vai até a casa paroquial falar com a senhora Tridone que disfarça seu abalo convidando a amiga para um café.

Durante uma conversa, a senhora Tridone diz a Catherine ter tido uma filha da idade de Karen que morreu no dia de sua primeira comunhão. O papo é interrompido quando Catherine é notificada sobre o ocorrido com Dom.

Catherine vai até a clínica, mas não conta nada a Alice sobre a morte do pai e justamente foi isso que ocasionou sua inocência e o fim de sua internação.

Não muito mais tarde, a senhora Tridone sai da casa paroquial na ponta dos pés com sua capa de chuva amarela.

No apartamento, Alphonso que dormia, recebe a visita da assassina mascarada que lhe deixa de presente um frasco recheado de baratas.

Do outro lado, Catherine dá de cara com Alice que diz ter ido ver o senhorio.

Alphonso acorda e desmascara a senhora Tridone que o esfaqueia até a morte.

Chega o domingo, dia da missa e o padre Tom conversa com o inspetor sobre a senhora Tridone e suas suspeitas. Logo depois, o sacerdote convida a assassina a acompanhar a polícia que lá estava e ela o esfaqueia no pescoço perante a todos.

Alice deixa a aglomeração que se formou e caminha para fora da igreja com um olhar frio, vago e segurando a faca do crime enquanto o circo pega fogo atrás dela.

Alice, querida Alice é um clássico notório, apesar de entregar a surpresa antes da hora depois de muito ter confundido a mente do telespectador.

Este filme meio que foi o início para a carreira de Brooke Shields, a eterna estrela de A lagoa azul em sua breve atuação como a menina Karen, irmã da protagonista, o que ela fez muitissimo bem apesar do pouco tempo de tela.

No mais, o filme entrega uma atmosfera de mistério muito boa, digno dos romances policiais dos anos 30 com muita violênca gráfica apelando generosamente para o sangue, tudo na medida certinha, algo bem inesperado para uma obra de terror setentista visto que os filmes anteriores do gênero sempre se viram na necessidade de suavizar o gore para não receber muita censura ou o banimento.

O final é arrebatador, mas ao mesmo tempo seco, sem brilho, apesar da cena final ser antologica com o caminhar de Alice. No fim, Alice não era uma assassina, mas sim apenas uma menina ciumenta e anti social que se ferrou durante um bom tempo por ter sido vítima de uma série de coinscidencias (ou será que não?). 

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