A aldeia dos amaldiçoados é um filme de terror e ficção científica do início da década de 1960 que me chamou muita atenção pela forma pela qual eu conheci a obra.
Eu não tinha um conhecimento 100% claro de nenhuma das duas versões, e foi graças a uma paródia um tanto quanto inusitada dos Simpsons em um episódio que eu cansei de ver na minha adolescência que foi onde tudo começou. Mas eu não tinha conhecimento que aquilo se tratava de uma paródia, eu apenas chutei que a premissa era muito criativa e que os clichês vistos na breve paródia intitulada "O sanguinolento", advindo de uma propaganda anunciando a estréia de um novo filme de terror nos cinemas de Springfield, não poderiam ter vindo do nada e com o advento da internet eu resolvi me jogar nas pesquisas e descobri que não só uma obra, mas um remake já existiam há muito tempo e então lá me coloquei eu a pesquisar mais ainda para descobrir aonde eu poderia ver o filme em questão.
A experiência foi grata e tal como eu imaginava. O original foi mais direto, mais curto e mais puxado para o terror paranormal e na narrativa enquanto o remake puxou mais para o lado da ficção científica. Mas bora lá dissertar que é o que interessa.
A história que se passa anos depois de um fenômeno sobrenatural muito estranho que deixou a população da cidade rural de Midwich desacordada por várias horas chamando a atenção das forças armadas. Quando voltam a si, estranhamente as mulheres do local ficam todas grávidas ao mesmo tempo e dão a luz todas juntas.
As crianças, nascem e crescem com personalidades completamente fria, indiferentes a qualquer sentimento humano; com uma inteligência fora do comum, sem contar que todos tem cabelos prateados, um olhar penetrante e desde o berço desenvolveram poderes telepáticos, causando muita confusão e medo a pequena Midwich com o uso deles.
O professor Gordon Zellaby, instrutor das crianças e pai de David, uma delas, parece ser o único capaz de impedir a onda de assassinatos e acidentes que as crianças andam causando sem parar, já que ele demonstra uma grande resistência mental as torturas psicológicas das crianças.
Isto é o trunfo para o grande desfecho, depois que as crianças deixam claras suas intenções de fugirem de Midwich para poder procriar depois de descobrirem que as forças armadas pretendem exterminá-las.
Gordon resolve levar uma bomba relógio escondida em uma bolsa até a sala de aula onde tenta ganhar tempo concentrando-se numa imagem mental de uma parede de pedra enquanto as crianças usam seu poder mental ao máximo para descobrir o que ele esconde uma vez que suspeitam de seu nervosismo.
Bem em cima da hora as crianças descobrem a bomba, porém ela detona mandando todos pelos ares, incluindo Gordon que se sacrifica para salvar a comunidade.
A refilmagem produzida em 1995, dirigido nada menos que por John Carpenter conta com um elenco de peso com Kirstie Alley interpretando a doutora Susan Verner, uma personagem que não existe na versão original e serve como uma vilã, e Christopher Reeve (o eterno Superman) em seu último papel antes do acidente que interrompeu sua carreira.
Nesta versão, Reeve foi quem deu vida ao doutor Alan Chaffee (papel correspondente ao professor Zellaby) pai da menina Mara, líder da trupe ao invés de David que nesta versão é filho de Frank e Jill MacGowan, além do que o garoto tem um desenvolvimento bem diferente nesta versão.
Aqui, as crianças nasceram para formar pares definidos para a procriação porém a menina que deveria ser o par de David foi raptada ainda recém nascida pela doutora Verner para que fosse feita uma dissecação já que ela tinha muito interesse em estudar a estrutura das crianças telepáticas. Por conta deste laço rompido, David ainda possuía bons sentimentos o que fez com que sua mãe no final, o separasse do grupo antes do clímax com a bomba que permanece.
O remake não foi muito bem recebido mas também não é tão ruim e até preenche bem o tempo que a versão de 1960 não preencheu visto que esta só tinha 77 minutos e nenhuma subtrama.
Sobre a versão de 1960 ainda tem algo curioso que me escapou das primeiras que eu vi. O interprete de David, o até então jovem Martin Stephens co-protagonizou no ano seguinte o clássico do terror gótico Os inocentes onde interpretou Miles, um garoto muito estranho que esconde um grande segredo envolvendo fantasmas de uma mansão antiga. Tem resenha deste filme aqui e eu super recomendo.
No mais, a versão de 1960 ainda conta com uma sequencia chamada A estirpe dos malditos que tentou em vão repetir o sucesso de sua antecessora, porém a produção se agarrou no mesmo formato sem agregar nada de novo.
Trailer (Versão de 1960):
Trailer (Versão de 1995):
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