Depois do grande sucesso de 1931, a Universal não perdeu tempo e em cerca de quatro anos preparou com todo o esmero do mundo uma sequencia para o romance de Mary Shelley.
A trama segue de onde o primeiro filme parou e narra as peripécias do monstro de Frankenstein que segue vivo e em busca de vingança a principio, e posteriormente busca por redenção ao conhecer a amizade e por fim ele se rende a um improvável romance contando com a ajuda de um cientista tão louco quanto Henry Frankenstein e seu próprio criador...
Tudo começa em uma noite chuvosa onde o jovem lorde Byron debate sobre a história do monstro de Frankenstein com nada menos que Mary Shelley, a autora da obra e o irmão dela Percy.
Temos então um breve vislumbre do filme de 1931 recapitulando os pontos mais importantes até onde a obra terminou.
Mary então segue contando a história que ainda não foi concluída e nos leva até o incêndio no moinho onde o monstro teria perecido.
Os populares vão embora com o fim do fogaréu menos Hanz, pai da pequena Maria, a menina que o monstro matou afogada inconscientemente que deseja ver os restos mortais do assassino para saciar sua vingança. O homem se aproxima dos escombros e acaba caindo no rio encontrando monstro vivo.
O monstro mata Hanz e sua mulher e afugenta a velha Minnie, criada da família Frankenstein que consegue fugir com vida.
Paralelamente, os aldeões levam o corpo de Henry Frankenstein até sua noiva Elizabeth e neste momento, Minnie chega à casa grande tentando alertar que o monstro está vivo mas é desacreditada.
Diante do lamurio de Elizabeth, Henry desperta mostrando-se vivo e este se lamenta por ter brincado de ser Deus.
Horas depois, já no horário de pessoas descentes estarem dormindo, chega a mansão dos Frankenstein o misterioso doutor Pretorius oferecendo ao jovem barão uma sociedade acerca de sua capacidade científica de criar vida.
Curioso, Henry aceita ir até o castelo de Pretorius e este mostra seu maior experimento: frascos de vidros contendo pequenas formas de vida humanoides cada qual representando uma pessoinha: um rei safado, uma rainha tímida, um padre sonolento, um mágico, uma bailarina dedicada e uma bela mini sereia que são parcialmente conscientes.
Enquanto isso na floresta, o monstro bebe da água do rio para recuperar-se do cansaço e encontra uma pastora e sua cabra que ao ver a figura assustadora, acaba caindo na água. Os gritos da jovem chamam a atenção dos caçadores que espantam o monstro com disparos à esmo.
A aldeia toma ciência de que o monstro está vivo e vaga pela floresta iniciando assim um grupo de buscas. Em questão de instantes, os populares alcançam o monstro e o imobilizam amarrando-o em uma estaca de madeira sobre o olhar empolgado de Minnie.
O monstro é levado para a aldeia e preso num calabouço acorrentado em uma cadeira. No entanto, o monstro rompe as correntes e foge atacando um policial.
Com o cair da noite, o monstro chega à floresta onde ataca uma família de ciganos que estava acampada e na sequencia, é hipnotizado pela doce melodia de um violino que vem de um casebre próximo.
Seguindo a canção, o monstro chega até a humilde morada que pertence a um solitário violinista cego que o acolhe sem exitar pressentindo pelos gemidos da criatura que ela precisa de ajuda. O violinista oferece ao monstro sua amizade dizendo ter rezado á Deus pela vinda de um amigo para tira-lo da solidão e isso comove a criatura que verte em lágrimas pela primeira vez.
Na manhã seguinte, o violinista oferece tabaco e bebida ao monstro que gosta dos novos hábitos e de quebra ainda aprende a falar algumas palavras.
Dois caçadores perdidos aparecem no casebre pedindo orientação ao violinista e reconhecem o monstro o atacando. Na confusão, a casa acaba pegando fogo e enquanto os caçadores levam o violinista pra longe, o monstro foge para o cemitério se escondendo debaixo de uma tumba, na entrada de uma cripta.
No fundo da cripta, o monstro encontra o corpo preservado de uma bela jovem com quem se encanta.
Neste momento, chegam Pretorius e dois capangas que levam consigo o corpo da morta. O monstro segue Pretorius até seu castelo e se encontra com ele que lhe oferece fumo e bebida.
Logo depois, Pretorius volta a procurar por Henry dizendo ter conseguido um corpo para o experimento e leva o monstro consigo. Com a negativa do jovem barão sobre sua colaboração, o monstro rapta Elizabeth e a leva para uma cela no castelo de Pretorius.
Sem saída, Henry vai até o castelo do cientista louco e ao analisar o coração da jovem diz que ele precisa ser trocado por um fresco tendo como preferência alguém que tenha tido morte súbita, coisa que o capacho ganancioso consegue facilmente usando suas influências e algumas moedas.
O monstro faz Henry trabalhar sem trégua no processo de revitalização do corpo da jovem morta e Pretorius o dopa para que ele não atrapalhe.
Depois de comprovar que Elizabeth está viva, Henry segue com o experimento e com a aproximação de uma tempestade, os cientistas e os capangas preparam para elevar o corpo até o terraço para receber uma descarga elétrica, coisa que acontece facilmente.
O corpo é recolhido e volta para o andar inferior e Pretorius remove as bandagens do rosto da jovem revivida. Ela é vestida dignamente para receber seu noivo, o monstro agora acordado e empolgado. A noiva caminha confusa e cambaleando até o monstro, mas ao ver seu rosto solta um grito de pavor e rejeita seu pretendente.
O monstro se enfurece e ameaça puxar a alavanca da auto destruição do laboratório, mas antes dá a liberdade à Henry para que fuja com Elizabeth, mas diz á Pretorius que os dois pertencem à morte iniciando uma implosão.
Henry resgata Elizabeth a tempo e os dois fogem vendo o castelo se tornar escombros...
Um verdadeiro clássico tão bom quanto a primeira parte.
Boris Karloff volta a encarnar o monstro de pele esverdeada e mal encarado, agora demonstrando um lado mais humano buscando redenção contra a humanidade que o rejeitara.
A atmosfera sombria continua sublime e apesar de repetir o que a gente já viu no longa de 1931, o filme consegue trazer coisas novas e agora foca mais no monstro mostrando toda sua desventura enquanto descobre sua grande motivação: conseguir uma esposa.
Apesar de que a personagem título só aparece em poucos minutos no final da obra, foi o suficiente para se tornar uma figura emblemática sendo referenciada em diversas obras, tendo como marca registrada sua cabeleira espetada com mechas brancas além da pele empalidecida e a feição cadavérica.
Em 1939 foi produzida uma terceira parte da obra intitulado O filho de Frankenstein trazendo Karloff mais uma vez interpretando o papel de sua vida.
Elsa Lanchester que deu vida á Mary Shelley na introdução também imortalizou a noiva de Frankenstein em seus últimos minutos de tela; apenas uma curiosidade foda para finalizar.
Trailer:
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