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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Frankenstein (2025)

 

Recentemente ficou estabelecido que o universo dos monstros da Universal sofreria um reboot próximo dos cem anos das primeiras produções, reapresentando figuras icônicas extraídas de clássicos da literatura agora para a nova geração de cinéfilos adeptos ao terror.

No início do ano a primeira tentativa foi com o clássico O Lobisomem que acabou resultando num total desastre de crítica e antes de se completar um ano, a próxima adaptação caiu nas mãos do grande Guillermo Del Toro que escolheu a obra máxima de Mary Shelley que já recebeu diversas versões ao longo dos anos, mas nada que supere o clássico de 1931 que trouxe à tona o personagem mais emblemático da carreira de Boris Karloff.

Esta nova versão engloba de forma mais explorada possível a obra literária original ainda trazendo boa parte do capítulo da noiva de Frankenstein para compor melhor a saga do monstro que tem um desenvolvimento pouquíssimo visto em outras obras como por exemplo: Frankenstein de Mary Shelley de 1994 com Robert de Niro no papel central.

O filme desta vez é dividido em dois atos além do prefácio que inicia tudo e assim podemos ver os dois lados da história: a do criador e a da criatura, trazendo cenários ricos, interpretações espetaculares e uma boa dose de terror e drama nas quase duas horas e meia que se seguirão, então lá vamos nós...

Tudo começa em 1857 no longínquo extremo norte, onde o navio do capitão Anderson se encontra encalhado no meio do gelo atrasando sua viagem com destino ao porto de São Petersburgo e para isso, os tripulantes lutam para conseguir tirar o bloqueio da embarcação.

Uma explosão não muito longe dali é vista pelo capitão que se dirige ao local com sua tripulação para averiguar e acabam encontrando um homem ferido e com uma perna quebrada.

Repentinamente, ouve-se um rugido estranho que faz geral se armar enquanto parte da tripulação remove o ferido ao sinal da aproximação de uma criatura misteriosa e selvagem que se faz presente e inicia um ciclo de ataques mortais.

A criatura fala e exige que deem o homem ferido para ele o chamando de Victor e logo ele é baleado diversas vezes até cair do navio se recompondo rapidamente.

Com a escada do navio removida, a criatura tenta tombar a embarcação mas ao faze-lo, uma camada fina de neve cede e o monstro é tragado pelas águas congelantes.

Victor, o homem ferido volta a si e diz que o monstro vai voltar para pega-lo e pede para jogarem-no no gelo quando isso acontecer revelando ser o criador de seu perseguidor.

Iniciando o primeiro ato, Victor que pertence a família nobre dos Frankenstein patriarcado pelo renomado cirurgião e barão Leopold seu pai e sua mãe que também veio de família rica conta sua história desde consegue se lembrar.

Os pais de Victor tinham uma relação deveras conturbada por divergências matrimoniais e pela ascendência que o filho herdou da mãe que não era adequado para a realeza.

Desde muito cedo, Victor estudou medicina pela batuta do pai que não poupava as matérias mais complexas relacionadas ao corpo humano e suas incontáveis funções.

Um certo dia, a mãe de Victor passou muito mal por conta de sua segunda gravidez e acabou falecendo depois de dar à luz à William num gélido inverno sendo sepultada com todas as honrarias.

Victor então, se jogou numa profunda menstruação e como se não bastasse ainda foi escanteado pelo novo irmão que passara a receber toda a atenção do pai e criados mas apesar disso os dois tiveram uma criação tranquila apesar do filho mais velho do barão Leopold ter se tornado um jovem amargo.

Quando Victor já estava entrando na vida adulta, ele teve um certo dia um sonho revelador que o fez nutrir um desejo ardente de controlar a vida e a morte sobre os seres humanos, porém pela falta de incentivo e de conhecimento, ele só teve um revés atrás do outro durante suas experiências.

Já um homem formado, Victor acabou perdendo o pai e acabou trilhando caminho separado de seu irmão que viajou para fora do pais para terminar de se formar até poder formar sua própria família.

Desde então, Victor se dedicou à anatomia humana com o intuito de gerar vida do zero utilizando cadáveres e quando parecia estar finalmente pronto para triunfar, o jovem cientista acabou se tornando motivo de chacota de uma junta médica que assistia a uma demonstração de revitalizar um corpo pela metade. A junta acabou negando patrocínio para o experimento de Victor o considerando profano e charlatão por tentar brincar de ser Deus.

Na saída da assembleia, Victor recebe uma carta de seu irmão William que anuncia estar voltando para casa para se casar com a jovem Elizabeth Lavenza que é sobrinha de um empolgado cirurgião militar chamado Henrich Harlander.

Henrich se mostra empolgado com os experimentos de Victor e revela estar disposto a custear uma nova tentativa de criar vida unindo o intelecto do jovem e seu conhecimento em sistema circulatório e fluxo de energia.

Poucos dias depois, chegam finalmente William e sua noiva Elizabeth por quem Victor se encanta imediatamente.

Os irmãos Frankenstein e Elizabeth compartilham um lanche da tarde com uma boa conversa que só faz com que Victor se sinta mais próximo da futura cunhada que tem ideias parecidas.

De volta ao presente, a tripulação do capitão Anderson se põe vigilante enquanto a criatura de Frankenstein vigia a embarcação ao longe.

Voltando à história de Victor, Henrich o leva até um lúgubre castelo no alto de uma colina junto ao mar onde pretende que o rapaz realize a experiência de sua vida já que o local tem muito espaço e a altura ideal para captar raios que serão necessários para revitalizar o corpo que eles usarão como objeto de estudo.

Na volta para o palácio, Victor encontra Elizabeth na catedral procurando o padre local para se confessar e se enfia no mesmo confessionário para ouvir as intimidades da moça, porém ela reconhece a voz do futuro cunhado e o desmascara.

De volta ao palácio, Victor descobre o interesse de Elizabeth na entomologia e a convida para dançar no sarau que está ocorrendo no salão de festa.

Um tempo depois, Victor recebe boa parte do equipamento de captação de raios e divide seus dias entre montar todo o aparato no castelo e caçar insetos com Elizabeth.

Henrich anuncia que os preparativos para a realização da experiência terão que ser apressados por há uma guerra se aproximando da qual ele precisará dar assistência.

Durante um banho, Victor tem uma epifania que o faz descobrir a possível chave para ativar o sistema linfático de um corpo sem vida que era até então um grande impedimento para que ele obtivesse sucesso.

Com o passar do tempo, Victor consegue pedaços de outros corpos roubados do cemitério e faz o maior quebra-cabeças com o corpo que ele vai usar no experimento trocando membros e órgãos podres por outros frescos e compatíveis.

Victor anexa ainda um exoesqueleto metálico com um compartimento que serve de reservatório de bateria para o sistema linfático e o que será ativado quando receber um raio.

Com tudo pronto, o corpo é colocado em uma plataforma e içado até a claraboia.

Henrich acaba revelando ter contraído sífilis em suas noitadas e que está em estágio terminal e que seu objetivo com o sucesso do experimento é que ele seja revivido seguindo o mesmo procedimento.

No meio de uma tempestade propicia para o experimento, Victor acaba tendo uma discussão com Henrich se negando a usa-lo como cobaia, os dois acabam brigando e o velho cai da fossa da claraboia para a morte.

A máquina de revitalização se ativa antes da hora e Vcitor a desliga mas já é tarde pois um raio conseguiu chegar até o compartimento da bateria suprindo o suficiente para fazer o cadáver reagir por um breve instante.

Victor descansa depois desse balde de água gelada, mas a criação revive completamente e anda pelo castelo contemplando seu primeiro pôr do sol sendo descoberto por seu criador.

Feliz, Victor leva sua criação até o subterrâneo do castelo deixando-o no esgoto.

O Victor do presente conta ao capitão Anderson sobre seu progresso com sua criatura que demonstrou um poder regenerativo muito rápido além do crescimento de cabelo, porém por outro lado não houve progresso intelectual algum.

A criatura é mantida acorrentada e em um certo momento, William e Elizabeth visitam o castelo e a jovem acaba encontrando o experimento vivo do cunhado.

Acreditando que a criatura é um homem ferido, Elizabeth questiona Victor que explica o que na verdade aquela coisa representa.

William e Elizabeth passam a noite no castelo e depois da hora de dormir, a jovem sai de seus aposentos para fazer companhia e tenta ensinar a criatura a falar.

Depois de fazer o caminho de volta, Elizabeth encontra Victor e o confronta sobre o destrato dele para com sua criação que para ela é um ser humano com sentimentos e carências reprimidas pelos instintos.

Victor vai até o esgoto e tanta fazer a criatura responder aos seus comandos mas ela só consegue repetir o nome de seu criador. Depois disso, Victor pede ao irmão que leve Elizabeth embora para Viena e enxarca todo o laboratório com querosene.

No meio do caminho de volta, Elizabeth tem um mau pressagio e pede ao noivo para seguir sozinho enquanto ela voltará para o castelo.

No castelo, Victor vai até o esgoto e tenta fazer a criatura falar uma única palavra que não seja o seu nome antes de desistir dele completamente, mas sua cria diz apenas Elizabeth. Farto, Victor ateia fogo no castelo e num breve ataque de remorso, ele tenta voltar, mas uma explosão o joga para longe ferindo sua perna.

No presente, a criatura invade o camarote do capitão Anderson sendo rendido pela tripulação, mas o jovem pede que eles abaixem as armas e deixem a criatura contar sua versão da história para que ambos sejam julgados igualmente no final.

A partir dai começa o segundo ato sendo narrado pela criatura e ela conta que durante o incêndio do castelo depois de muito esforço ela conseguiu romper as correntes que a prendiam e conseguiu fugir ileso de outra explosão através de um duto do esgoto que dá no mar e lá ele ficou submerso até chegar na costa.

Depois de regenerar seus ferimentos e voltar a si, a criatura caminhou pela floresta até encontrar os restos de um cadáver devorado de onde ele conseguiu um casaco. Por seguinte, ele se alimentou de frutos e bondosamente os compartilhou com um cervo até aparecerem dois caçadores.

Conseguindo se safar dos tiros, a criatura vagou até chegar à uma humilde fazenda onde ela ficou escondida dentro do moinho para descansar e depois disso, a criatura explorou o interior da cabana do dono da fazenda que é um dos caçadores que é casado com uma camponesa e tem uma filha pequena e doce chamada Anna-Maria e também o patriarca da família, um bondoso senhorzinho cego que é todo ternura com a neta à quem ensina palavras novas através de placas ilustradas.

Comovida com o amor do velho para com o resto da família, a criatura desperta o sentimento de altruísmo e passa a fazer pequenas biscates às escondidas como por exemplo trazer pilhas enormes de gravetos para a lareira para agradar a família.

Em gratidão, a família que acredita estar sendo agraciada pelo espírito da floresta oferece roupas e comidas à entidade as deixando na porta do moinho, o que promove mais pequenos gestos de ajuda da criatura.

Um certo dia, uma alcateia de lobos ataca as ovelhas que a família cria e o pai da família os abate e resolve vender o que deu para salvar para mercadores do outro lado da aldeia o que significa viajar no meio do inverno rigoroso com a família, porém o velho resolve ficar sozinho garantindo que se cuidará.

Com a partida da família, a criatura resolve se revelar para o velho que pensa que o recém chegado é um viajante de outra região que está cansado e com fome pedindo para ele se servir com pão e vinho.

Ao tatear o corpo gelado e marcado pelas cicatrizes do suposto viajante, o velho cego deduz que aquele é o benfeitor de sua família e o convida para ficar compartilhando a história da humanidade que ele tem impresso em livros desde a criação de Adão e Eva até as figuras lendárias da idade média.

Com o tempo, a criatura aprendeu a ler e a falar perfeitamente bem expandindo seus conhecimentos e aguçando sua sede pelo aprendizado.

Sabendo por alto do vazio interior que a criatura sente, o velho a aconselha a procurar pelo paradeiro de Victor e é justamente o que ela faz vagando no meio da neve até os escombros do castelo onde encontra parte de seu projeto e um envelope com o endereço de seu criador.

Ao voltar para a fazenda, a criatura encontra os lobos atacando o velho e depois de matar o líder da alcateia com suas próprias mãos e fazer os demais lobos correrem, a criatura revela ao moribundo amigo que ele se tornou uma aberração e o senhor em suas últimas palavras o chama de amigo.

Nisso, chegam três camponeses armados que pensam que a criatura assassinou o velho e ao ser atacada, a criatura rompe a mandíbula de seu agressor e vai embora da cabana sendo baleado na sequencia. Com o anoitecer, a criatura se regenera e acorda e volta seu caminho para o palácio de Victor.

Enquanto isso, o nobre é acordado na manhã seguinte por William que anuncia que após o casamento irá vender a propriedade que herdou dos pais.

Horas depois, a festa do casamento de William e Elizabeth acontece e Victor visita a noiva para desejar-lhe felicidades, mas a jovem o enxota de seus aposentos com um tapa.

Ao sair do quarto da futura cunhada, Victor encontra-se cara a cara com a criatura que lhe pede que faça outra criatura para que sirva de esposa pois ele se sente só. Victor se nega dizendo que nunca mais brincará com a vida e é atacado ao mesmo tempo que Elizabeth aparece.

William aparece logo depois e grita para a mulher se afastar atirando, porém ela se lança na frente da criatura sendo alvejada. Nisso, a criatura ataca William que voa longe enquanto Victor grita que a criatura matou Elizabeth.

A criatura toma a jovem em seus braços e a leva do palácio frente aos convidados chegando em pouco tempo depois à colina onde Elizabeth agoniza e morre.

Victor chega logo depois de deixar seu irmão morto no palácio, armado e é confrontado pela criatura que diz que passará a ser o mestre de seu criador a partir de agora partindo logo depois.

Em fúria Victor corre atrás seguindo as pegadas da criatura na neve iniciando uma caçada sem fim ao redor do mundo.

Investindo tudo o que tem, Victor passa a peregrinar por todos os lados caçando a criatura e compra muitas armas, munições e suprimentos armando acampamento no meio do nada. A criatura acaba o encontrando dentro da barraca sendo baleada mas agride de volta.

A criatura acende uma banana de dinamite e ordena à Victor que corra explodindo logo depois, mas mantendo-se de pé valendo-se de seu poder de regeneração que está aperfeiçoado.

De volta ao presente, Victor fragilizado segura a mão da criatura e pede perdão pela negligencia e sua falta de paciência para com a criação que só precisava de tempo e afeto, como se fosse um bebê que estava começando a viver a vida sem saber ou entender absolutamente nada. Como último pedido, Victor diz para a criação que ela deve seguir vivendo.

Com sua vida se acabando, Victor pede à sua criatura que diga seu nome, sua primeira palavra desde que renasceu por uma última vez e ela assim o faz completando que o perdoa e o chama de pai desejando que ele descanse.

O capitão Anderson pede aos seus homens que abaixem suas armas e deixem a criatura ir.

A criatura em gratidão empurra o navio que se desencalha e volta ao mar de volta para sua casa.

Ao pôr do sol, a criatura vaga em busca de uma nova razão para viver...

O filme conseguiu depois de muitas outras fracas adaptações atingir o primor em todos os aspectos. A história apesar de muito longa é frenética, agradável de se acompanhar e apesar de ser um clássico do terror tem muita emoção, tem a questão do conflito existencial e a busca pelo propósito do antagonista que é maravilhosa.

A atuação de Jacob Elordi como a criatura é perfeita apesar da caracterização não ser o que o público esperava, mas aí a culpa é parte da nostalgia que o clássico da Universal de 1931 proporcionou e de como o monstro de Frankenstein de Boris Karloff conseguiu estipular o estereótipo definitivo da criatura morta-viva.

Ainda temos a atuação sempre irretocável de Mia Goth de Piscina infinita, o remake de 2018 de Suspiria e a trilogia X de Ti West, no papel de Elizabeth, trazendo uma leveza e delicadeza que suas personagens mais icônicas nem de longe possuem, mostrando assim que ela consegue se adaptar a qualquer tipo de ambiente.

Alias falando em ambientação e figurino, tudo está muito bem feito mais detalhadamente possível trazendo uma imersão bacana e a narrativa conseguiu trazer uma criatura de Frankenstein cheia de camadas e mais carismática do que nunca fazendo com que o espectador consiga se comover com a mesma e traçar aquele famoso paralelo: quem de verdade é o monstro e quem é a criatura nesta história.

Agora é aguardar pelas próximas adaptações do monsterverso da Universal e esperar que sigam o capricho que Del Toro alcançou com o seu Frankenstein.   

Trailer:


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