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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

O Telefone Preto / The Black Phone (2021)

 


Este ano eu resolvi pegar pesado e tirar algumas pendências das costas e por isso, desta vez eu trago mais um filme ainda fresco na memória dos fãs de terror e que já tem sequência garantida para este ano de 2025.

De autoria de Joe Hill, filho de Stephen King e dirigido por Scott Derrickson de O exorcismo de Emily Rose, A entidade 1 e 2, e livrai-nos do mal, o filme teve um orçamento singelo de dezoito milhões e arrecadou mais de 160 milhões e teve inspiração do caso real de John Wayne Gacy, um dos maiores serial killers dos Estados Unidos que assassinou e estuprou dezenas de jovens e ocultou seus cadáveres entre os anos 1960 e o final dos anos 1970.

Justamente por isso, o filme se passa exatamente em 1978  no norte de Denver e narra as desventuras de um sequestrador de crianças que as tortura e mata se escondendo atrás de máscaras.

E por algum motivo mal contado, a vítima mais recente se torna o brinquedinho do antagonista que o tortura psicologicamente no decorrer da trama o trancando num cubículo com um telefone preto que dá nome ao longa metragem, porém que não funciona, mas estranhamente, o protagonista, um menino de treze anos consegue ouvir as vozes das outras vítimas mortes que lhe passam dicas de como fugir do cativeiro.

Tudo começa como já mencionado em 1978 numa comunidade simples do norte de Denver durante uma partida regional do time de beisebol do ensino fundamental onde conhecemos Finney Shaw que é arremessador e está a um passo de definir a partida sendo intimidado pelo capitão do time rival, Bruce Yamada e a sua falta de auto confiança o faz arremessar a bola diretamente no taco do rival que fica com a glória da vitória, mas reconhece que o garoto tem um braço forte como um canhão.

Depois da partida, Bruce toma sua bicicleta em direção a sua casa para comemorar o dia exaustivo, porém no meio do caminho é fechado por uma misteriosa Van preta nunca mais sendo visto.

Passada a intro, conhecemos o senhor Shaw, o pai problemático de Finney e sua irmã Gwen.

Durante a ida para a escola, Finney e Gwen presenciam uma briga entre os garotos mais problemáticos: Robin e Mosse que se odeiam mortalmente.

Depois da aula, Finney se esconde no banheiro numa tentativa vã de se esconder de um trio de valentões que sempre batem nele, mas desta vez diferente das outras ele dá a sorte de ser defendido por Robin que se torna seu protetor e inicia um papo com ele mencionando ter visto o Massacre da serra elétrica.

Pouco mais tarde, Gwen é chamada na direção pelo diretor para prestar explicações aos detetives Wright e Miller acerca de um sonho que ela diz ter tido com o sequestrador de Bruce desconfiados que ela sabe de algo.

No meio da noite, Finney vê um filme de terror de Joan Crawford pela tevê ao mesmo tempo que se sente vigiado.

Na manhã seguinte, Finney acorda com os gritos de Gwen que está sendo espancada à cintadas pelo pai por conta de que a polícia o procurou em seu trabalho para falar do sonho da menina e a relação com o desaparecimento de Bruce. No meio da discussão, Shaw deixa claro que a mãe da menina que é falecida, também tinha esses sonhos que eram na verdade visões.

Em paralelo, Robin caminha despreocupado pela rua até dar de cara com um estranho mascarado e de cartola.

Horas depois, Shaw recebe uma ligação perguntando sobre Robin e indaga ao filho se ele conhece o garoto e desde então fica oficialmente decretado o desaparecimento de Robin.

Abalado acreditando que Robin está morto e pede à Gwen que sonhe com o sequestrador novamente e para isso, ela reza à Deus para que consiga faze-lo.

Na manhã seguinte, os detetives Wright e Miller procuram Shaw perguntando sobre Gwen.

No caminho da escola, Finney é espancado pelo trio de valentões que se aproveitam por que o garoto não tem mais seu guarda-costas e Gwen entra no meio sendo surrada brutalmente sem dó.

Mais tarde, durante a aula de ciências, o professor ordena que os alunos formem duplas para a dissecação de sapos e Finney dá a sorte grande ficando com sua crush Donna que é admiradora da relação fraternal que o garoto tem com Gwen, coisa que ela não tem com o irmão.

No caminho de volta para casa, Gwen se despede de Finney dizendo que vai dormir na casa de uma amiga e na sequencia, o garoto topa com um mágico que se faz de atrapalhado, tudo como pretexto para atrair Finney para uma armadilha dopando-o para dentro de sua Van preta apesar da resistência.

O sequestrador coloca um máscara diferente da anterior e este diz à Finney ainda meio grogue que não irá mata-lo como promessa e o deixa preso em um cativeiro escuro e apertado com um colchão e um telefone preto que não funciona indo buscar refrigerante.

Neste instante, Gwen recebe um telefonema do pai perguntando sobre Finney e ela diz te-lo deixado no caminho para casa mas pressente que o pior aconteceu.

De volta com Finney, ele tenta barganhar sua liberdade em troca dele não mencionar nada sobre o sequestrador e o acusa de ter matado Bruce e Robin, coisa que o mascarado nega transtornado.

Depois de ser abandonado mais uma vez, Finney ouve o telefone preto tocar mas ao atender ninguém responde.

Na manhã seguinte, Finney acorda com o sequestrador o observando e este lhe nega comida dizendo ter descido apenas para ver seu prisioneiro.

Mais tarde, o telefone toca novamente e Finney atende ouvindo resmungos batendo o parelho que toca novamente e desta vez é um garoto que diz não se lembrar do próprio nome, porém rasga elogios ao prisoneiro sobre seu braço de arremesso deixando claro que ele é Bruce!

Bruce diz que Finney é o único além do sequestrador que pode ouvir o telefone tocar e dá ao garoto a ideia de cavar um túnel.

Uma cena em flashback mostra Bruce sendo sequestrado revelando ser um sonho de Gwen que se põe a pedalar pela vizinhança no meio da madrugada.

Finney começa o processo de cavar o túnel enquanto o tempo passa ao mesmo tempo que a escola do garoto recebe uma palestra da polícia sobre segurança sob os olhar apreensivo de Gwen.

Um pouco mais tarde, Finney recebe comida e percebe que o sequestrador deixou a porta destrancada. Neste mesmo instante, o telefone toca e é outro garoto que é identificado como Billy e que também não se lembra de seu nome e este diz para Finney não subir as escadas pois é uma armadilha.

Ele completa dizendo que o sequestrador o irá espancar até a morte se Finney não ouvir sua advertência, porém ele sobe mesmo assim e chega até a cozinha onde o sequestrador dorme sentado com uma cinta na mão fazendo o garoto recuar.

Mais tarde, outro garoto identificado como entregador de jornal liga no telefone preto e instrui Finney a fugir rompendo a grade que tem na janela traseira do cativeiro que definitivamente é um porão.

Enquanto isso, Gwen é mandada para a enfermaria devido a sua exaustão e lá ela tira um cochilo sonhando com o sequestro de Billy conseguindo ver o rosto do sequestrador.

No cativeiro, Finney tenta usar um cabo que Billy deixou escondido para puxar a grade da janela e ao puxar a trava, faz com que a grade caia em cima de sua cabeça.

Gwen tenta fazer o pai falar sobre seus sonhos e ele menciona que sua falecida mulher tinha o dom da visão e foi obrigada a usa-los à exaustão até que ela se suicidou. Tocado pelo apelo de Gwen, Shaw resolve sair com a filha para procurar alguma pista de Finney.

Os detetives Wright e Miller investigam um popular chamado Max que é usuário de cocaína e o instruem a avisa-los se ele descobrir algo que os leve até o sequestrador da cidade.

Horas depois, Finney tenta barganhar novamente por sua liberdade pedindo que ele seja vendado e deixado em qualquer lugar da rua, ele garante sigilo sobre o sequestrador e mente seu nome para ele, porém o crápula tem o jornal com a página dos sequestrados descobrindo a real identidade de Finney e zerando a possibilidade que havia dele confiar no garoto e deixa-lo ir.

Depois de ser abandonado novamente, Finney volta a cavar o túnel até se cansar e do nada, vê o fantasma retorcido de um dos garotos que aponta para o  telefone. Finney atende e é um tal de Griffin que diz que o sequestrador está brincando de "menino levado" o tempo todo e que o jogo consiste em brincar com o psicológico do prisioneiro até por fim o espancar até mata-lo e que segundo o fantasma, o tempo está se esgotando.

Griffin o orienta a memorizar o segredo do cadeado da porta de acesso a área externa da casa cuja combinação está escrita na parede, porém não 100% completa, já que o fantasma alega não se lembrar totalmente os últimos dígitos e que Finney terá que memorizar todas as alternâncias entre os últimos números até conseguir a combinação certa.

Finney tenta passar pelo sequestrador que dorme e ao conseguir destravar o cadeado, foge despertando seu algos. O sequestrador rapidamente o alcança com sua Van e o ameaça se ele não parar de resistir nocauteando-o instantaneamente.

Na manhã seguinte, Gwen tem uma crise de fé discutindo com Deus se perguntandos e suas visões são reais mesmo.

Em paralelo, Finney recebe uma ligação de um adolescente chamado Vance Hooper, seu maior bully que diz que aquele é o dia dele pagar por tudo.

Conhecemos então o passado de Vance que era um garoto bara pesada de longos cachos loiros, o maior brigão da vizinhança que espanca um garoto por um motivo besta no arcade o enchendo de furos com uma faca, o que o faz ser levado pela polícia.

Toda essa cena é parte do sonho de Gwen que se projeta dentro da viatura onde Vance está e ela vê o valentão indicar o local onde Finney será morto.

De volta ao cativeiro, Vance instrui Finney a fugir atraves de um congelador enorme do lado de fora da parede do banheiro. Finney então, usa a tampa da caixa da descarga para abrir um rombo na parede podre. Depois, ele usa um pino de junção da válvula da descarga para desrosquear a traseira do congelador, porém ao conseguir, Finney percebe que a porta está travada  por fora o que o faz chorar sem esperanças.

O telefone toca novamente e é Robin que diz que está com ele do início ao fim e o incentiva a deixar de ser fraco e o encoraja a matar o sequestrador com o telefone. O fantasma dá a ideia de encher o telefone com terra para fazer peso e usa-lo primeiramente para treinar quando for o momento de golpear o crápula. Robin diz que esta será a última ligação e que depois, Finney está por conta própria.

Enquanto isso, Gwen segue no meio de um toró tentando recuperar sua fé em Deus até que ela esbarra nos fantasmas dos garotos sequestrados que somem assim que ela cai da bicicleta.

Ao olhar para uma casa ao lado, ela se lembra do sonho com Vance ao qual ele apontou o local da morte de Finney e liga para o detetive Wright que mobiliza seus homens.

Em paralelo, Max, o cheirador de farinha, depois de se divertir com sua coca nota que há alfinetes espalhados em um mapa da rua e ao se aproximar da porta do porão, logo ele recua.

As luzes do cativeiro se acendem e Finney se arma com o telefone e é Max que o tempo todo vivia sob o mesmo teto onde o garoto estava sendo mantido prisioneiro. Antes que ele pudesse ajudar Finney a sair, o sequestrador aparece e o executa com um golpe de machado na cabela revelando ser irmão do drogado.

No mesmo instante, Gwen encontra os detetives em frente a casa de seu sonho dando início a uma invasão.

O sequestrador diz que matará Finney lentamente e solta seu cachorro, porém é acertado na cabeça com o telefone dando início a uma perseguição enquanto descobrimos que a polícia invadiu a casa errada.

Finney atrai o sequestrador até o buraco do túnel que ele cavou e o faz cair ficando com meio corpo entalado dando brecha para o garoto surrar o algos com gosto. Depois, Finney o enforca com o cabo do telefone e nisso, o aparelho toca e as crianças mortas avisam ao sequestrador que é o fim dele que morre na hora.

A polícia descobre um porão na cara onde ficam as covas dos garotos desaparecidos ao mesmo tempo que Finney encontra por fim a liberdade saindo pela porta da frente. Gwen que esperava do outro lado da calçada corre ao ver o irmão e o abraça bem forte. Os dois são levados pela polícia que invade a casa certa.

Shaw chega logo em seguida abraçando Finney aos prantos e pede desculpas.

A polícia fornece uma entrevista para o noticiário local e explica que o sequestrador usava duas casas: uma como cativeiro e outra como desova dos corpos e que por isso eles se confundiram.

Dias depois, Finney volta para a escola sendo recebido como um herói...

O filme conseguiu ser claustrofóbico e passar a sensação de isolamento e de tortura emocional depois de umas boas meia hora apresentando o protagonista e o universo onde ele vive, o que para mim é mais do que válido, já que raramente vemos uma construção de protagonista tão bem montada.

Felizmente a trama não se alongou neste quesito e passou tudo mastigadinho sem ficar enjoativo. O período do cativeiro foi arrastado mas pelo menos serviu para construir tudo aquilo que veríamos no desfecho que cá entre nós foi mais do que satisfatório.

O destaque obviamente vai para Ethan Hawke no papel do sequestrador que soube ser cauto, tranquilo e muito insano sem ficar nada forçado.

Como já mencionado lá atrás, Telefone preto vai receber uma continuação já este ano porém eu não encontrei nada sobre enredo e se vai mesmo ser uma sequencia, ficaria muito forçado que o sequestrador tivesse sobrevivido e voltado a fazer novas vítimas, mas o mais provável é que ou o filme vai ser um prólogo e vai se passar durante o encarceramento de um dos outros meninos ou se vai contar com outro antagonista inspirado no original em outra cidade. Esperemos pelo futuro.

Aliás, o pouco que eu encontrei na pesquisa mostra que personagens como Finney, Robin, seu pai e o sequestrador estarão no elenco de Telefone preto 2, mas eu não achei nada realmente conclusivo.

No mais, o filme tem um bom desenvolvimento, efeitos especiais e maquiagem até que ok e para alguns decepcionou a conclusão do vilão, pois muitos acreditavam que ele seria uma entidade sobrenatural e não que fosse apenas um louco qualquer. Aliás, a falta de desenvolvimento do personagem e até mesmo de um nome empobreceu um pouco a trama, mas veremos se a sequencia corrige este pequeno problema.   

A obra também acertou bastante na adaptação para os anos 1970 tanto visualmente quanto com as referências e homenagens ao que rolava na época e isso tudo sem precisar escrachar coisas a cada minuto.


Trailer:



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