Encerrando o mês do ataque animal, ainda que atrasado por motivos de força maior, trago o último clássico desta maratona que certamente marcou a infância de muita gente na época da saudosa Sessão das 10 que trazia enlatados de até vinte anos de produção, como é o caso.
O filme é uma adaptação de um conto de H. G. Wells, autor de clássicos como A ilha do doutor Moreau e A praga dos deuses (The food of the gods). Alias estas obras e Império das formigas (nome da obra original) fazem parte da primeira leva de filmes lançados em cima das versões literárias de Wells.
O filme em questão narra as desventuras de um grupo de compradores de um loteamento no litoral para fugir de um grupo de formigas que se tornaram gigantes depois de ingerir o conteúdo de um barril de lixo atômico despejado de forma irresponsável no mar.
Antes de entrar no campo das críticas é melhor prosseguir com o resumo da obra para melhor apreciar o enredo logo depois, assim como suas curiosidades entre outros tópicos. Então lá vai.
Tudo começa em alto mar com um navio cargueiro despejando tambores de lixo atômico sobre o mar sendo que um deles vai parar na orla de uma praia dando início ao vazamento de um líquido viscoso e prateado brilhante.
Depois, somos levados a comunidade litorânea de Costa dos sonhos, mais precisamente no Relican Iate Club onde conhecemos Joe Morrison e Coreen Bradford se preparando para um cruzeiro com vários casais com o intuito de conseguir compradores para as casas recém loteadas.
Guiados pelo capitão Dan Stokely, os casais são: Harry e Velma Thompson, Thomas e Mary Lawson, Larry e Christine Graham, além de Marilyn Fryser, Charlie Parson, e Margareth Ellis.
Perto de lá, um grupo de formigas se alimenta dos resíduos do tambor de lixo atômico que ainda vaza.
Após zarpar, o grupo de possíveis compradores dos lotes se conhecem enquanto fazem um piquenique na baia. Além disso, somos levados até uma subtrama chata e arrastada no momento em que certos casais começam a demonstrar um certo desgaste o que faz com que o conjugue de uma das mulheres arraste asa para cima de uma das descompromissadas.
Sem se dar conta de que estão sendo stalkeados por algo que tem vários olhos, o grupo segue o tour pela ilha próxima ao loteamento até finalmente voltarem ao local do piquenique.
Thomas se afasta do grupo e encontra uma tubulação de água em mal estado junto a um hidrante, e nisso presenciamos o ataque de formigas gigantes sendo que uma delas encurrala Mary.
O tour pela ilha é retomada apesar da ausência do casal Lawson. As formigas seguem o grupo até que eles encontram um operário do loteamento morto.
Joe e Coreen se separam dos demais para procurar por Thomas e Mary no local do piquenique e só o que encontram são vestígios de morte e um grupo de formigas gigantes que ficou para trás.
Um outro grupo de formigas é avistada por Dan atravessando a ponte do pier numa cena antológica.
Dan entra na água e sobe a bordo do seu navio tentando acertar as formigas mas acaba causando um incêndio com a derrubada do combustível.
Se precavendo de uma explosão iminente, Dan se joga para fora do barco enquanto as formigas avançam até a embarcação que explode.
Sem ter como sair da baia pelo mar, o grupo pernoita na ilha tentando digerir o que houve e tentando descobrir uma resposta plausível para o crescimento absurdo das formigas.
Amanhece e o tempo fecha trazendo uma chuva fazendo o grupo buscar abrigo ao mesmo tempo em que Marilyn tem um arranca rabo com Charlie. Parto de lá há um abrigo, porém o local está cercado por um grupo de formigas gigantes que os perseguem.
Do outro lado, o grupo é alcançado pelas formigas fazendo geral dispersar cada um para o seu lado.
Harry e Velma chegam a uma cabana onde se escondem enquanto Mary tropeça na saída além de ser abandonada por Larry que a deixa a própria sorte envolta a um grupo de formigas gigantes que a levam à desgraça.
Charlie segue o seu caminho enquanto Christine fica presa num galho, mas o marido a salva se tornando vítima fatal das formigas.
Do outro lado, Dan e os que ainda restam encontram um barco onde onde também encontra Larry e Marilyn.
As formigas seguem vigiando e não escondem sua presença deixando o grupo em alerta.
Nesse meio tempo, Harry e Velma que acreditam que o perigo já passou saem da cabana mas acabam cercados pelas formigas.
Enquanto navegam, o grupo lava roupa suja e se lamentam pelas perdas enquanto pensam qual caminho tomar.
A viagem é interrompida por um bloqueio de troncos e as formigas aparecem de surpresa dando início a um embate frenético culminando na retirada de Dan e dos outros.
A fuga não surte muito efeito já que do outro lado mais formigas aparecem virando o barco e Larry acaba morrendo no processo.
Marilyn desdenha do caminho que o rio leva e se separa dos outros dando de cara com uma formiga, o que a faz dar meia volta direto para os braços de Dan.
Caminhando alguns metros, o grupo de Dan encontra um grupo de formigas pretas brigando com um outro grupo de formigas vermelhas dando brecha para geral fugir sem serem vistos.
Um pouco mais a frente, o grupo encontra a casa de um casal de meia idade formado por Sam e Phoebe Ruswell que chamam o xerife Art Kincade que leva o grupo de Dan até uma pousada perto de uma refinaria de açúcar. Lá, Joe tenta se comunicar com a cidade mas as linhas telefônicas estão todas interrompidas.
Joe então resolve ir para a cidade pessoalmente com Dan para tentar alugar um carro e ao chegar a agência descobrem que só haverá veículos disponíveis na manhã seguinte.
Assim mesmo, os rapazes descolam um carro emprestado e voltam á pousada para pegar as garotas e enfim iniciar uma fuga. A fuga não dura muito e o veículo é seguido pela polícia que recebe os forasteiros à bala, fazendo geral capotar num lago.
O grupo consegue escapar ileso porém são detidos pela polícia. Nisso, Dan inicia um embate com as autoridades dando tempo para Coreen e Joe fugirem por um milharal.
Dan, Margareth e Marilyn são levados até a usina próximo a refinaria de açúcar onde em questão de segundos, as formigas gigantes invadem.
O xerife Kincade vê tudo sem esboçar a menor reação de surpresa enquanto os insetos se banqueteiam com o açúcar.
Joe e Coreen são interceptados por algumas formigas enquanto os prisioneiros são levados a uma área industrial onde há uma formiga gigante presa em uma cabine e uma fila de pessoas aparece entrando em outra cabine de forma espontânea recebendo um jato de gás da formiga que os mantem dominados.
Aquela formiga em questão é a rainha e o xerife é uma marionete dela, tendo sido exposto ao gás anteriormente e de conluio com o inseto, ele trás vários populares para que se tornem operárias do formigueiro gigante.
Joe e Coreen são interceptados por policiais e levados juntos com os outros.
Marilyn é coberta pelo gás e se torna um fantoche da formiga rainha.
Na vez de Dan ser levado até a cabine, ele ativa uma pistola sinalizadora atirando contra a rainha que se desespera dando tempo para o capitão fugir.
Todo mundo evade o local e Joe tem um plano ao encontrar uma carga de produto infamável num caminhão e pede a Dan que pegue Coreen e Margareth e fuja. Joe monta no caminhão depois de abrir o tanque e dá a partida.
O xerife, livre do comando da rainha atira nela, mas o inseto agarra Marilyn e a mata sufocada com gás.
Joe guia o caminhão até a refinaria, se joga da boleia e foge enquanto as formigas morrem queimadas.
Dan e as garotas chegam ao pier e pegam um barco arrancando assim que Joe os alcança são e salvo iniciando uma fuga pelo rio.
O filme como se pode ver é bem simples, bebe dos clássicos sci fi da época e por isso não é tão terror assim, mas tem elementos clássicos como perseguição, ataques selvagens e o clima de medo que se estende o tempo todo.
Os personagens principais não são muito diferidos uns dos outros, sendo apenas volume para ter vítimas durante a trama, ainda que um ou outro tenha desenvolvido no início certos interesses que logo são esquecidos assim que os ataques começam.
As formigas são produzidas de duas formas diferentes para dar a impressão de tamanho descomunal: primeiramente temos formigas reais ampliadas no chroma key como é visto na cena época da travessia na ponte e que cá entre nós envelheceu mal para os dias de hoje, e também temos bonecos grandes com movimentação via animatronic para as cenas de ataque direto, o que também não ficou lá aquelas coisas porém, a gente releva lembrando o ano de produção, o orçamento de dois milhões e meio que apesar de ser relevante para 1977 ainda sim era baixo e a obvia falta de prática com efeitos especiais.
Ainda sim a obra é um ótimo entretenimento e trás poucos rostos conhecidos como Robert Pine da série ChiPs no papel de Larry Graham; Joan Collins veterana quase centenária conhecida pelas séries Dinasty, Star Trek: A cidade a beira da eternidade, American Horror Story, além de ter feito parte do clássico Conto de fadas em 1977, no filme fazendo o papel de Marilyn; e Jacqueline Scott outra veterana da tevê e do cinema tendo atuado na série clássica O fugitivo por pouco mais de cinco episódios numa época em que a série estava no auge de sua audiência. No filme, Jacqueline atuou como Margareth Ellis.
Trailer:
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