Desta vez, seguindo o mês do ataque animal vamos de clássico muito conhecido em terras brasileiras, Anaconda de 1997, dirigido por Luis Llosa, conhecido por filmes como O especialista, O atirador e Inferno selvagem só para citar alguns exemplos de seus trabalhos mais memoráveis.
A produção orçamentada em 45 milhões foi rodada em Manaus e parte na floresta Amazônica além do Rio negro aqui mesmo no nosso Brasilzão garantindo uma cinematografia exuberante e colorida.
A trama gira em torno de um grupo de documentaristas que viajam até a floresta Amazônica atrás de uma tribo indígena isolada afim de conseguir as primeiras imagens da mesma já que esta civilização nunca foi catalogada oficialmente com imagens.
No entanto, a equipe acaba fazendo um desvio ao salvar um ex seminarista ilhado sem saber que este na verdade é um caçador de cobras raras que está atrás de sua maior algos: a anaconda. O forasteiro então toma conta do barco dos documentaristas e os torna sua tripulação arriscando suas vidas para realizar sua vontade...
Tudo começa com uma breve narração descrevendo detalhadamente os costumes da cobra anaconda tal como seu modus operandi para com suas presas, sua alimentação nada tradicional entre outros.
A tela corta e nos leva ao coração da selva amazônica, onde um caçador isolado num barco á beira de um riacho tenta insistentemente conseguir comunicação através do rádio até sentir uma aproximação vinda debaixo do assoalho.
A coisa misteriosa aparece bem diante do caçador colidindo com o piso do barco fazendo-o correr desesperado até o mastro da embarcação onde encurralado atira contra a própria cabeça.
Após a introdução, somos levados até um hotel em Manaus onde conhecemos a professora de biologia da universidade Terri Flores que recebe a visita do documentarista o doutor Steve Cale marcando a hora da partida de sua equipe de reportagem para navegarem pelo Rio negro seguindo a pista da localização de uma tribo indígena chamada Shirishama que eles pretendem catalogar em um documentário.
Com eles estão a equipe formada pelo cameraman Danny Rich, a diretora de produção Denise Kalberg, o sonoplasta Gary Dixon e o apresentador do programa de documentários e almofadinha insuportável Warren Westridge com a orientação do guia nativo Mateo assumindo o leme.
Horas depois da partida, a equipe se embrenha em uma tempestade no meio do nada até encontrarem um homem ilhado em um barco encalhado gritando por ajuda.
Resolvendo democraticamente, a equipe resgata o estranho que se identifica como Paul Sarone, um ex seminarista que abandonou tudo para entrar no ramo de caça de cobras. Este diz conhecer os Shirishama e como gratidão por ter sido salvo os guiará por um atalho onde eles poderão encontrar a tribo perdida enquanto ele abortará no vilarejo mais próximo.
A noite, o barco ancora á beira da floresta e Cale e Flores tem um remember de um rolo antigo que eles tiveram no passado inspirados nos hábitos românticos dos vaga-lumes.
Paralelo a isso, uma cobra imensa abate uma pantera negra na penumbra.
Amanhecendo, o barco segue viagem até a equipe passar por um totem em forma de cobra que Sarone diz ser uma construção Shirishama erguido em adoração ás anacondas por considerarem-nas como um Deus.
Cale no entanto, nota certas discrepâncias no relato de Sarone comparado com seus estudos e ainda tem que aturar o recém chegado pentelhando em uma gravação inicial do documentário.
Ao cair da noite, Gary e Denise que também são um casal se beijam em terra firme e passeiam pela floresta até pressentirem algo seguindo-os se pondo a correrem. Nisso se ouve um tiro: é Sarone que acerta fatalmente a criatura que perseguia o casal que era nada menos que um javali, o que garante comida por algum tempo.
Na manhã que se segue o barco enrosca a hélice entalando no meio do nada. Cale se dispõe a verificar e mergulha descobrindo que tem algas prendendo enquanto que em paralelo, Sarone seca Flores com os olhos.
Do nada, Cale começa a sufocar e a se debater chamando a atenção de geral fazendo Danny e Gary pularem na água para resgatá-lo trazendo-o desacordado á bordo.
Uma vespa é encontrada dentro da boca de Cale e Sarone sabendo que o veneno do inseto é fatal improvisa uma extração rápida usando a bebida de Westridge para esterilizar sua faca e faz uma pequena incisão no pescoço do ferido conseguindo fazer todo o veneno escorar por um tubo.
Sarone toma conta da situação e sugere pegar um atalho na próxima afluente para chegar mais rápido ao vilarejo mais próximo onde há um hospital e sem saída a maioria acata.
No meio do caminho, a equipe encontra um bloqueio no meio do rio que Sarone resolve romper com explosivos e mais uma vez a maioria concorda.
Gary entra na água para ajudar com a dinamite e Sarone o salva de algo que o espreitava.
O bloqueio vai para os ares e com o impacto da explosão, alguns galões de gasolina caem na água e parte da carga resgatada do barco de Sarone guardada em tambores se abrem revelando cobras de todos os tamanhos e uma delas bem pequena morde o dedo de Westridge que é salvo por Sarone na maior tranquilidade que ainda debocha da bichinha.
Um depois depois que tudo se normaliza, Terri confidencia com Danny sua desconfiança acerca de Sarone e o cameraman concorda que há algo muito errado com o forasteiro.
Horas depois, a equipe encontra um barco encalhado no meio do nada e Sarone recruta Mateo e Danny para irem até a embarcação para procurar por combustível.
Enquanto Mateo e Sarone examinam o barco por dentro, Danny aproveita para gravar tudo e sente uma presença o seguindo. Sarone encontra um recorte de jornal pendurado com sua foto estampada revelando que ele é um caçador ilegal procurado pela polícia e este se desfaz da evidência.
Na sequencia, Sarone transfere algumas caixas de metal enquanto Mateo acidentalmente cai na água praguejando um sonoro ''Putcha que Pawriu'' (pelo menos no original que foi mantido na dublagem para a tevê aberta, já que na redublagem adaptaram para um sem graça ''só me faltava essa'') e repentinamente, o guia é abocanhado por uma anaconda gigante que se enrola nele e o sufoca.
Danny dá por falta de Mateo e volta para a água para procurá-lo. Terri chama pelo rapaz mas nenhuma resposta de volta e Danny retorna para o barco.
Sarone ostenta uma velha pele de anaconda gigante e diz aos demais como as cobras em questão matam suas presas alegando que Mateo pode ter se tornado sua presa.
Depois de um dia inteiro sem o retorno de Mateo geral se estressa pela falta de um plano para contornar a diminuição da equipe até anoitecer.
Sarone persuadis Gary a se tornar seu parceiro na caça à anaconda garantindo que ela vale muita grana.
De manhã o barco zarpa e Sarone prepara uma seringa com tranquilizante pesado e logo depois abate um pequeno mico para usa-lo como isca.
Flores e Gary divergem sobre o documentário e o sonoplasta garante que documentar uma anaconda gigante vai causar mais impacto e gerar mais reconhecimento e dinheiro que a tribo perdida, fora que a prioridade é chegar ao vilarejo mais próximo para cuidar de Cale e isso decepciona Denise.
Sarone rende geral que se opõe a ele e torna Gary seu cupincha. Não bastando, Sarone obriga Westridge a assumir o leme e seguir a trilha que ele determinar.
Um tempo depois, Sarone encontra a anaconda e a fisga. Danny tenta aproveitar a guarda baixa do caçador para esfaqueá-lo, mas a cobra passa uma rasteira em geral que cai na água. A mesma mergulha e emerge dando um bote.
Sarone cerca o bicho que invade a enfermaria e joga Denise e Gary na água. Denise consegue subir de volta á bordo, mas Gary é enrolado pela anaconda que o leva para debaixo da água fazendo a namorada entrar em desespero.
Denise responsabiliza Sarone e Westridge tenta confronta-lo mas arrega diante de sua desvantagem de força bruta e de sua falta de uma arma efetiva.
Depois da confusão, Flores tenta usar de seus encantos femininos para seduzir Sarone e o beija dando brecha para Danny entrar na cabine, mas o caçador é mais esperto e rede os dois ciente de seu plano de tirá-lo de ação, mas a dupla reage com um plano B com Westridge entrando em ação nocauteando o mau caráter.
Enquanto Danny opta por jogar Sarone no rio Flores prefere mante-lo prisioneiro para entrega-lo ás autoridades e nisso o caçador é amarrado no mastro.
Quando Sarone acorda, Flores esfrega o recorte de jornal com a real identidade do vilão em sua cara e diz ter sacado que ele armou o acidente de Cale para assumir o barco e obrigar geral a caçar. Sínico, Sarone assume ter armado a vespa e todo o resto.
A equipe concorda em maioria de seguir para o vilarejo mais próximo e ao cruzar uma cachoeira o barco encalha e na falta de opção, a equipe com exceção de Denise planeja usar cordas e troncos como apoio para puxar a embarcação.
Denise aproveita para ameaçar degolar Sarone que consegue vence-la emocionalmente e aproveita um deslize para tomar impulso e assim se erguer e enrolar suas pernas no pescoço da produtora e assim a mata com uma chave quebrando seu pescoço.
Sem tempo a perder, Sarone arrasta o corpo da jovem que cai na água e ao ouvir um ruído, Danny dá meia volta. A água começa a ficar revolta com o avanço da anaconda e Flores juntamente com Danny voltam para o barco enquanto Westridge que ficou bloqueado tenta pegar caminho escalando uma encosta de pedras junto a cachoeira.
Sarona finalmente se solta e luta com Danny e Flores até que o cameraman é esfaqueado no braço.
Westridge é encurralado e salta da encosta numa tentativa de voltar para a água, mas a anaconda o abocanha no ar fazendo o barco virar.
Enquanto Cale acorda, Danny e Flores se esforçam para voltar ao barco até que o corpo de Denise emerge da água junto da anaconda que abocanha o ombro de Danny. Flores atira várias vezes na cabeça do animal que cai.
Sarone emerge da água logo em seguida tentando matar a dupla, mas Cale aparece por trás e acerta um dardo com tranquilizante nas costas do crápula que cai e some na água.
O esforço faz Cale desmaiar e Danny assume o leme aproveitando que o barco se soltou do bloqueio.
Não muito longe de lá, Danny e Flores encontram um grande depósito e abortam a procura de combustível. Lá dentro do local, Flores e Danny encontram pele de cobra e do nada, Sarone reaparece e nocauteia a ambos.
Depois de amarrar os dois, Sarone acorda seus prisioneiros jogando sangue de macaco neles para atrair a anaconda. Dito e feito, a cobra aparece e enrola a dupla em sua cauda dando brecha para o caçador cercar os três com uma rede.
Sarone tenta adormecer o bicho com um dardo, mas a cobra se solta fazendo-o tentar fugir por uma escada, mas ele é pego e jogado no chão onde tenta correr, mas Danny aciona outra rede neutralizando o caçador que é pego pela anaconda que se enrola nele estourando seus ossos e por fim o engole inteiro.
A cobra ainda derruba Danny que ordena á Flores que fuja e ela acaba encontrando um ninho. Lá, a anaconda encurrala a professora e regurgita Sarone todo babado e este ainda esboça uma piscada (que até hoje eu acho desnecessário apesar de engraçado).
Flores corre para o outro lado e escala um duto enquanto Danny espalha gasolina por todo o lugar e depois ateia fogo. Chegando ao topo, Flores percebe que a escotilha está trancada, mas abre com o auxílio de Danny se agarrando em uma corda.
O fogo chega ao duto subindo até o topo gerando uma explosão que toma conta da Anaconda que já estava ao encalço da jovem que pula na água sã e salva. Em chamas, a cobra persegue a todos enquanto Flores nada até uma ponte sendo salva por Danny.
A anaconda cai e some na água e emerge pegando a dupla de surpresa, porém Danny é mais rápido e planta um machado em sua cabeça matando-a.
De volta ao barco, Flores pega Cale finalmente desperto e recuperado e os dois se abraçam.
Um tempo depois de navegar, o trio encontra-se face a face com os Shirishama que surgem em canoas e Flores pede á Danny que prepare a câmera para inciar o tão sonhado documentário enquanto o sol se põe no horizonte...
O filme dispensa maiores comentários tendo sido uma grande surpresa no ano em que foi produzido se tornando a maior representante dos filmes de cobras assassinas se tornando referência para uma série de traqueiras de baixo orçamento que viriam a seguir.
O longa de 1997 fez um sucesso tão avassalador que já em 2004 conseguiu seguir com uma sequencia intitulada Anaconda 2 - Acaçada pela orquídea vermelha com menos orçamento, mas com uma qualidade bacana. O mesmo não se pode dizer com as outras sequencias que vieram a seguir deixando de usar animatronics para abraçar totalmente a computação gráfica na concepção e movimentação das cobras gigantes.
Esse ano foi produzido um remake oriental que eu ainda não assisti mas já ouvi comentários de que o longa é fraco mas ainda sim pretendo ver por mim mesmo para fazer minha própria avaliação.
Voltando a versão que interessa, a de 1997, tivemos vários rostos que na época eram desconhecidos e que hoje são mundialmente reconhecidos como por exemplo a atriz e cantora Jennifer Lopez no papel de Terry Flores, o rapper Ice Cube de Os donos da rua, Sexta-feira em apuros e Querem acabar comigo no papel de Danny, Jon Voight de Pearl Harbor, A arca de Noé e Expresso para o inferno no papel de Sarone, Owen Wilson de Bater ou correr em Londres, Uma noite no museu e Marley & eu no papel de Gary, Jonathan Hyde de Riquinho, Jumanji, Titanic e A Múmia (de 1999) no papel de Westridge, Eric Stoltz famoso por ter sido o Marty Mcfly original de De volta para o futuro tendo sido substituído por Michael J. Fox depois de ter gravado algumas cenas, além de ter atuado em filmes como: Pulp fiction: tempo de violência, A Mosca 2, Lembranças de outra vida e Efeito borboleta no papel do doutor Cale e por fim tivemos uma participação do bad ass Danny Trejo no início do filme no papel do caçador que tira a própria vida famoso por filmes como Pequenos espiões (os três primeiros), Machete e sua sequencia Machete mata, Um drink no inferno entre vários outros.
Aliás, o destaque do elenco é sem dúvida Jon Voight que conseguiu ganhar a antipatia do público com a sua atuação impecável e a entrega do personagem que é por si só desconfiável desde o primeiro momento dando como certo que ele seria o vilão de verdade do filme. Uma grande aquisição no longa.
Não tem mais muito o que falar, o filme é bem dirigido e consegue brincar com a expectativa do público toda vez que a anaconda se aproxima na surdina conseguindo criar um clima de medo e de incerteza e a trama que começa devagar vai pegando impulso até mostrar tudo do que é capaz ainda na primeira metade nos brindando com ótimas cenas de morte cortesia da equipe de feitos práticos e especiais e o excelente desempenho dos engenheiros de animatronics que criaram uma cobra muito bem feita e convincente, além de suas versões em CGI que também agradam visualmente.
Um clássico obrigatório que ainda funciona e não envelheceu nada mal na minha humilde opinião.
Trailer:
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