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terça-feira, 18 de junho de 2024

Os Observadores / The Watchers (2024)

 


Mais um lançamento chegando (e para variar eu mais uma vez estou atrasado na postagem) marca a estréia de Ishana Night Shyamalan como diretora neste filme produzido pelo pai M. Night Shyamalan e trás Dakota Fanning, ex estrela mirim queridinha de Hollywood no início dos anos 2000 como protagonista de um thriller sobrenatural muito aguardado.

A trama trás em marcha lenta uma jovem que trabalha num pet shop especializado em pássaros incumbida de levar um pássaro para o novo dono no meio de uma floresta distante onde ela acabas e perdendo e encontrando um grupo de refugiados em um bunker, onde a líder deles, uma senhora de idade diz que lá fora toda noite passeiam criaturas pavorosas conhecidas como Observadores.

O abrigo no entanto é um tanto quando pitoresco, tendo a parede de acesso ao lado de fora do compartimento espelhada por dentro e completamente visível do lado de fora para facilitar a vigia das entidades misteriosas.

Os mistérios vão se embolando como uma bola de neve e o clima de tensão e a constante sensação de se estar sendo vigiado mexe com a cabeça dos refugiados e somado a isso, ainda tem uma subtrama um tanto quanto dispensável da protagonista relacionado a um trauma de infância que a faz ter constantes ataques de culpa ainda que de forma discreta e sutil.

Tudo começa à oeste da Irlanda, numa densa floresta coberta pela neblina, onde o tempo não passa, onde um rapaz corre em pânico sendo perseguido por algo ou alguém. O mesmo tenta escalar uma árvore enorme para se esconder mas acaba caindo e se arrasta ao ouvir um ruído indistinguível se aproximando, até que algo o arrasta para dentro de um enorme buraco.

Tempos depois, conhecemos a jovem Mina que é desenhista nas horas vagas e trabalha numa loja de pássaros, onde recebe de seu chefe a missão de fazer a entrega de um passarinho amarelo para alguém que vive numa floresta à oeste da cidade.

Em um corte, temos Mina em sua casa colocando uma peruca para mudar totalmente de visual e ela vai até uma boate usando o nome de Caroline para se aproximar de um jovem bonito que se interessa por ela.

Na manhã seguinte, Mina viaja com o amarelinho para a floresta depois de passar em um posto de gasolina e nisso vemos um mural com fotos de uma família desaparecida.

A adentrar no bosque, o rádio do carro de Mina começa a enlouquecer e o veículo simplesmente morre. Mina deixa o veículo e vaga pelo bosque se perdendo depois de passar por uma placa que marca um ponto sem volta e um número.

Ao pressentir que há alguém a seguindo, Mina corre até dar de cara com uma velha que a chama dizendo para segui-la se ela quiser viver e nisso a atrai até um bunker no meio do nada onde as duas entram ofegantes.

A senhora se identifica como Madeline e diz estar presa no bunker há um bom tempo com os jovens Ciara e Daniel e que o que as estava perseguindo é uma entidade conhecida como Observador.

O interior do abrigo guarda uma parede espelhada onde os quatro refugiados ficam de frente para os seus reflexos enquanto que do lado de fora, vemos a habitação cuja parede é invisível.

Metendo um foda-se na situação, Mina deixa o bunker e corre pelo bosque chegando num penhasco onde Madeline reaparece a livrando de uma queda e esta se estende dizendo que os observadores aparecem toda noite para tentar abduzi-los e que por isso é primordial ficar lá só podendo sair a noite que é quando as criaturas se escondem em um buraco debaixo da terra.

De volta ao bunker, geral se distrai vendo um DVD de um reality show de isolamento social.

Com o dia claro, Ciara leva Mina até o tal buraco onde supostamente os observadores ficam, o que desperta a curiosidade da desenhista para saber a veracidade dos fatos contados por Madeline.

Horas depois, Mina fica sozinha no bunker e começa a tocar o espelho tentando sentir o que pode haver atrás e por não obter sucesso resolve se deitar até que alguém bate a porta e Madeline chega.

Em outro momento, Mina sai para caminhar com Daniel e a dupla vai até o buraco para finalmente a jovem fazer uma exploração com o uso de uma corda. Ao chegar ao fundo, descobre ser uma espécie de depósito de quinquilharias como um jornal de 1992, uma câmera, um coelhinho de pelúcia e uma bicicleta que são retiradas do local.

Ao chamar por Daniel para ajuda-la a subir, Mina não recebe resposta em retorno e ainda por cima, sente uma mão deformada toca-la no ombro e balbuciar em seu ouvido. Ao se virar, a coisa desaparece e em seu lugar aparece uma corda jogada por Ciara que está com Madeline e Daniel.

De volta ao bunker, depois de avaliar os achados, Mina instrui Daniel a ligar a câmera encontrada à televisão para captar os observadores do lado de fora da casa. De repente, alguém bate a porta da casa e Viara pensa ser seu marido John, que é o rapaz do início do filme que foi abduzido pelos observadores. Madeline a proíbe de atender a porta alegando que os observadores podem assumir qualquer forma para confundir as pessoas.

Madeline instrui Ciara a falar com o suposto John como se fosse o próprio para não deixar suspeitas e ela dispensa o falso marido.

Geral olha para as imagens da câmera que capta as pernas de um homem que corta a gravação.

O grupo observa seus reflexos na parede espelhada e nisso o espelho racha ao mesmo tempo que a cabana passa por uma breve turbulência.

Logo depois, Madeline leva a bicicleta recolhida do buraco de volta ao seu lugar sendo tragada pelas mãos de um observador.

A cena corta e somos levados a um flashback mostrando a infância de Mina com sua mãe e sua irmã que inicialmente brincam no quintal e logo depois, a cena segue num passeio de carro entre as três que termina de forma trágica. Mina que está num dia impossível de lidar tira a paciência da mãe que perde o controle do carro e colide acertando a irmãzinha em cheio.

Só vemos a menina com o rosto ferido sangrando e a pequena Mina saindo ilesa do carro dando alguns passos.

De volta ao presente, Mina desenha uma das placas do bosque que indica um caminho sem volta e um número que a difere das outras. Logo depois, a jovem marca as árvores para se orientar.

Um tempo depois na cabana, Mina sente falta de Ciara e a encontra junto ao buraco dos observadores. Ciara tem uma briga com Daniel e a aproximação da noite os faz correr até o bunker onde se trancam e impedem Mina e Madeline de entrarem. As duas se escondem no bosque se escondendo de um observador que passa rente a elas mas não as veem.

Outros observadores se juntam e cercam o bunker, mas dispersam fazendo Mina e Madeline deixarem o esconderijo e voltarem a porta do bunker implorando para entrar.

A salvos, o grupo ouve de Madeline que os observadores são seres místicos que em uma era distante queriam ser humanos e conviver com os mesmos e por isso conseguem assumir a forma dos mesmos.

Repentinamente, a porta começa a bater e o grupo abre a tampa de um abrigo subterrâneo onde geral se tranca. O lugar é enorme e todo equipado com vários televisores e até mesmo um computador onde Mina encontra vários videos gravados que são parte de um diário.

O grupo começa a ver o diário em vídeo que é narrado por um cientista que diz ter vindo ao confins dos Judas para estudar os observadores sendo que um deles aparecia sempre no abrigo e assim os estudos se estenderam por trezentos dias sem nenhum progresso. No último vídeo, o professor diz ter desistido de prosseguir com os estudos pelo cansaço mental e revela que irá matar o observador e que depois irá tirar sua própria vida, e antes disso ele diz ter uma canoa amarrado junto ao lago. 

Um tempo depois que tudo se acalma, o grupo volta a superfície resolvendo aproveitar para fugir na canoa e geral segue as marcações nas árvores para não se perder. Um pouco depois de caminhar, o grupo chega a uma placa ornamentada com um esqueleto pequeno e franzino com asas de borboleta segurando uma placa de identificação.

Em seguida, geral encontra o buraco dos observadores lacrado com uma enorme tampa com as figuras de pessoas desesperadas gritando.

Começa a chover e o grupo corre no sentido contrário de uma revoada enorme de pássaros que passa por eles anunciando que os observadores estão por perto.

Finalmente chegando ao lago, o grupo se prepara para subir na canoa, mas Daniel ouve a vos de John e fica para trás. Aquele é na verdade um observador que quebra seu pescoço e assume a sua forma se juntando a outros observadores que tem a forma de humanos pálidos e pelados.

As garotas finalmente conseguem fugir deixando a correnteza as levarem para terra firme em uma estrada urbanizada, onde conseguem carona num ônibus silencioso.

Em casa com o passarinho amarelo agora em seus cuidados, Mina volta ao dia a dia tomando um banho e relembrando o acidente que marcou a irmã.

Mais tarde, Mina vai até uma biblioteca onde pesquisa tudo o que pode sobre o bosque e encontra vários documentos que datam de vários séculos atrás.

Na sequencia, Mina vai até a casa de Ciara para vê-la e revela que o que ela descobriu na biblioteca é que Madeline era mulher do professor que estudava os observadores no bosque e que ela na realidade já havia morrido em 2001, ou seja, aquelas com quem elas fugiram do bosque era um observador.

Ciara agride Mina e começa a mudar de forma se revelando como o observador que tomou a aparência de Madeline. A verdadeira Ciara chega logo em seguida e a falsa Madeline revela que ela só queria sair do bosque para viver livre entre os humanos.

Mina revela que a pesquisa mostrou que os observadores na verdade estavam fadados ao aprisionamento no bosque e que eles tinham ligação com as fadas, das quais a falsa Madeline é descendente, sendo um híbrido e que por isso, ela poderia ser livre, tanto que ela já está livre e que pode viver entre os humanos sem medo de ser desprezada como seus ancestrais.

A falsa Madeline se transmuta em uma figura alada e diz á Mina que é melhor ela estar certa. Então ela vai embora rumo a uma nova vida.

Mais tarde naquele mesmo dia, Mina visita sua irmã que é gêmea e que ficou com uma cicatriz perpétua no rosto, e que é por isso, somada a morte da mãe no acidente que a jovem artista tem vivido tão reclusa, triste e com ataques de remorso. As irmãs deixam as mágoas para trás e fazem as pazes trazendo um pouco de felicidade na vida de Mina que agora não só tem de volta o amor de sua gêmea como também poderá conviver com seus sobrinhos.

Do lado de fora, uma criança ruiva com o rosto mal formado observa tudo, ela é um observador...

Agora vamos as considerações que é a parte mais difícil e ingrata para mim.

Eu tenho que dizer que o filme inicialmente foi deveras arrastado e que quase me fez desistir com menos de meia hora. Fora isso, o roteiro além de lento e pouco intuitivo ainda é cheio de conveniências sempre resolvendo certos entraves de uma forma preguiçosa e pouco coerente.

A direção de Ishana ainda não está legal, o filme se desenvolve em um ritmo chato, os personagens são mais sem vida que uma batata e a protagonista da Dakota Fanning me dá sono e me passa uma sensação de desnecessidade com relação a subtrama do trauma do passado que em nada agrega para o aprofundamento da personagem.

A personagem de Owen Fouéré, que deu vida á Madeline é rasa e quase tão forçada quanto a Sally Hardesty de O massacre da serra elétrica - O retorno de Leatherface (aquela bomba da Netflix). Ela não tem apelo, não tem profundidade e nem personalidade, é simplesmente uma casca seca da qual o espectador não consegue sentir empatia em momento algum ("ain, mas aquela era uma criatura e não a verdadeira Madeline, faz sentido ela ser desprovida de emoções"... uma pinóia, se ela tinha o desejo de fugir do bosque para viver uma vida normal entre os humanos, algum sentimento ela tem que ter, alguma personalidade ela tem que ter absorvido ao longo desses anos que ficou cercada de outros humanos em segredo).

A única coisa assertiva nesta salada de fruta foi a atmosfera do bosque e a sua montagem que não peca em nada no quesito imersão. Os efeitos em CGI dos observadores é bem ok e quem sabe se rolar uma sequencia no futuro ou um prólogo explicando melhor a origem das criaturas do bosque as coisas melhorem, lembrando que desta vez foram injetados 20 milhões de orçamento então não tinha como a qualidade gráfica do produto ser um lixo.

Enfim, eu tentei mesmo gostar do filme, estava empolgado (não hypado) com a proposta de um longa metragem com o dedo de um outro Shyamalan, visto que eu adoro as obras de M. Night, mas há que se concordar, não foi desta vez; mas eu espero que Ishana não desanime e continue tentando até conseguir encontrar o seu lugar ao sol. Tendo o pai como modelo não vai ser difícil, eu tenho certeza. Então só nos resta esperar e desejar boa sorte na próxima acreditando que este fracasso servirá de experiência para o futuro.


Trailer:


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