Depois de muito tempo de espera e zero hype, a nova adaptação do clássico thriller do início dos anos noventa que trouxe como antagonista uma falsa babá em busca de vingança.
Com a promessa de uma trama totalmente nova, a versão requentada de A mão que balança o berço trás a essência do original temperado com um passado turbulento que é a nova motivação da antagonista que mais uma vez é uma babá em busca de acertar as contas com quem lhe tirou tudo e se infiltra na residência da inimiga para acaba com o laço familiar.
Então para não estragar a surpresa eu vou deixar vocês com a resenha e deixar para falar tudo só no momento da crítica e se prepara por que hoje vai ser pesado...
Tudo começa no passado com uma linda menina presencia o incêndio de sua casa com sua família dentro.
Pulando para os dias atuais, somos apresentados à jovem Polly Murphy que passa por uma entrevista em uma agência de babás depois de ter sido dispensada pela família para quem trabalhava.
Depois conhecemos a jovem gestante Caitlyn Morales prestes a entrar em trabalho de parto dentro de seu carro.
A cena corta e Caitlyn que já era mãe da pequena Emma de dez anos agora também é mãe da bebê de poucos meses Josie e é casada com Miguel.
Durante uma saída de casa, Caitlyn quase sofre um acidente com uma motorista irresponsável.
Mais tarde, os Morales vão até uma feira de produtor orgânicos onde encontram Polly que aparenta conhecer Caitlyn, e deixa com ela uma carta de referência de sua antiga patroa oferecendo seus serviços.
Tentada, Caitlyn liga para a antiga patroa de Polly para saber mais sobre a jovem e ao se convencer totalmente, leva a babá para conhecer sua casa.
Na mesma tarde, Caitlyn deixa as crianças com Polly enquanto se ausenta para testá-la.
Ao retornar para casa, Caitlyn convida Polly para o jantar atendendo aos encantos de Emma e a babá aproveita para conhecer a dinâmica entre mãe e filhas e descobre que a patroa tem uma relação difícil com a filha mais velha por super protege-la tanto que a menina se sente sufocada.
Depois de um tempo, a sós, Polly compartilha com Caitlyn sua preferência por mulheres e a patroa diz já ter tido suas experiências lésbicas no passado e um climão se instala entre as duas.
Na manhã seguinte, ao acordarem, Miguel e Caitlyn tentam iniciar uma transa, mas por conta da sobrecarga com Josie a mulher não consegue entrar no clima.
Com a agenda cheia, Caitlyn deixa as crianças com Polly que leva Emma para um treino de basquete e conta um pouco de sua infância difícil onde ela passava fome mas era feliz com seus pais.
Depois do treino, Polly volta para casa e dá uma rápida insinuada para Miguel enquanto brinca com Josie.
Mais tarde, Caitlyn prepara um jantar especial para seu médico Stewart e a namorada Bethany com quem tem uma noite agradável.
No meio da noite, Caitlyn e as filhas passam mal por conta da comida e Emma acaba precisando passar a noite no hospital com Josie recebendo alta já na manhã seguinte e a mãe se sente culpada pelo ocorrido.
À noite, Miguel discute com Caitlyn sobre um episódio de um ataque de nervos que a esposa teve quando Emma era mais nova e a mulher garante que está controlada pelos remédios que sua psiquiatra prescreveu.
No dia seguinte, Polly se muda definitivamente para a casa dos Morales para ajudar ativamente e quando o casal sai para trabalhar, a babá simplesmente larga Josie no chão chorando e a ignora.
No meio da noite, Caitlyn passa o tempo nadando para aliviar o estresse e acaba recebendo uma massagem relaxante de Polly que a deixa desconcertada.
Na manhã seguinte, Caitlyn encontra Polly dormindo no sofá e outro climão é criado entre as duas.
Depois de um tempo, Caitlyn encontra uma garrafa vazia de vitamina e questiona se Polly deu do conteúdo para Josie w além de ter uma confirmação seca ainda é excluída da brincadeira da babá com Emma.
Horas depois, Caitlyn encontra Miguel com Polly e uma amiga da babá chamada Amélia envolta de uma fogueira muito a vontade e se sente excluída deixando o grupo sozinho.
Na hora de dormir, Caitlyn encontra Polly tendo intimidades com Amélia.
Na manhã seguinte, enquanto apara a franja de Emma, Polly é questionada sobre uma tal de Olivia que ela diz que era sua irmãzinha.
Polly leva Emma para dar uma volta e diz à menina que sua mãe está brava com ela por que ela sabe que Caitlyn esconde ser outra pessoa.
Caitlyn liga para sua psiquiatra para falar sobre a possibilidade dela mudar a dosagem do remédio que ela toma para se manter controlada e acaba cortando o dedo enquanto faz o jantar ao ter um leve ataque.
Durante a refeição, Emma fala sobre ter despertado interesse homoafetivo revelando que quando crescer pretende se casar com uma garota e Caitlyn culpa Polly por estar influenciando a menina e a expulsa mesmo a filha dizendo que a decisão de ser o que ela quer partiu dela própria.
Caitlyn discute a sós com Miguel que a taxa de estar se sentindo invadida por Polly e ela diz que só quer proteger sua filha pois ainda a considera uma bebê frágil que precisa ficar dentro de um potinho.
O casal acaba se reconciliando e inicia as preliminares.
A cena corta para a queima de fogos da noite de ano novo e os Morales estão na rua participando ativamente dos festejos.
Depois que tudo acaba, os Morales voltam para casa quando de repente, Emma sofre um susto com um Buscapé que ela acendeu em seu quarto e que saiu de controle provocando a maior fumaceira.
Caitlyn interroga Polly que confirma ter dado o fogo de artifício para a menina e é expulsa de casa.
Na hora de dormir, Miguel discute com Caitlyn ao ser taxado por não dar suporte à mulher quando Polly é o centro de suas brigas. Miguel insinua que ela está saindo do controle e a aconselha a procurar Polly para acertarem as coisas.
A babá por sua vez, está em um hotel de beira de estrada tendo um leve ataque, até que horas depois, Caitlyn chega ao local e pede desculpas para a babá dizendo ter tido problemas no passado e sem dizer nada a jovem a abraça.
Na manhã seguinte, Caitlyn fala com Stewart sobre suas desconfianças sobre Polly e ele se mostra disposto a ajuda-la a conseguir informações.
Para tanto, Stewart vasculha o lixo de Polly e leva algumas amostras para casa para colher DNA.
À noite, Caitlyn busca contato com uma tal de Rosanna que é a tal ex-patroa de Polly para saber mais da intimidade da babá e descobre que a jovem está em tratamento para largar as drogas e que ela saiu de um namoro abusivo, o que é refutado por Caitlyn que acusa a mulher por ter colocado suas filhas em risco por não contar antes quem ela estava colocando em sua casa.
Stewart deixa uma mensagem na secretária eletrônica para Caitlyn ao mesmo tempo que ele segura um recorte de jornal antigo onde se reporta um incêndio que matou três pessoas da mesma família.
Caitlyn volta para casa e conta para Miguel o que ela acabou de descobrir e ele acusa a mulher de ter negligenciado Emma e Josie.
Stewart recebe Polly em sua casa e revela ter descoberto que ela na verdade se chama Rebecca e que cresceu na mesma cidade de Caitlyn que na verdade se chamava Jennifer e que a babá perdeu tudo que tinha num incêndio quando era criança e que este foi provocado pela própria Caitlyn. Como a incendiária era menor de idade, a polícia não pode prende-la e a colocou sobre cuidados psiquiátricos a fazendo depois de um tempo deixar a cidade com outro nome.
O médico diz que irá guardar segredo para que Polly possa resolver tudo diretamente com a amiga e a babá pede para usar o banheiro dizendo se sentir mal, mas isso foi apenas uma desculpa para ela se armar com um bastão de beisebol e surpreender Stewart por trás com um golpe na cabeça.
Polly recolhe as provas de sua verdadeira identidade enquanto Stewart tenta chamar a polícia pelo celular. Com a falta de colaboração do médico, Polly o acerta diversas vezes na cabeça com o bastão.
Horas depois, Caitlyn recebe uma ligação de Bethany dizendo que Stewart está em estado crítico no hospital. Ao chegar ao local, Caitlyn encontra Bethany e um policial para quem denuncia Polly, porém ela é ignorada.
De volta a casa, Caitlyn volta a expulsar Polly, porém desta vez a jovem só a ignora com o suporte de Miguel e farta faz as malas. Quando vê Polly de deboche abraçada com Emma, Caitlyn ataca a babá e na confusão acaba acertando um tapa no nariz de Emma.
Denunciada, Caitlyn acaba ficando afastada da família e sua psiquiatra diz que se as autoridades confirmarem que ela apresenta uma ameaça para a família, Miguel poderá mover uma medida protetiva contra ela mas enquanto este momento não chega o marido permite que ela veja as filhas esporadicamente.
Caitlyn visita Emma em um treino de basquete e tenta se reaproximar dela dizendo que quando ela era criança não tinha quem cuidasse dela.
Emma mostra para a mãe um screenshot da página do jornal que noticia o incêndio que matou três pessoas da mesma família e que ela deduziu depois de ler a matéria que a tal Rebecca era Polly e justifica as tentativas da babá de se sentir inclusa na família com base em sua solidão.
Sem perda de tempo, Caitlyn procura por Polly a chamando de Rebecca e é convidada para tomar uma água.
Miguel tenta ligar para Caitlyn e a falta de resposta o faz tirar Emma do treino para voltar correndo para casa.
Enquanto isso, Caitlyn pede desculpas pelo que ela faz à Polly e revela que o pai da amiga a abusava sexualmente e quando ela o denunciou ninguém acreditou nela.
Um flashback do incêndio ocorre e nele vemos a pequena Polly / Rebecca do lado de fora da casa vendo o pai tomado pelas chamas se debatendo entre a vida e a morte.
De volta ao presente, Caitlyn confronta Polly dizendo que ela sabia dos abusos e não disse nada por que a amiga também era abusada e justifica ter matado o abusador para compensa-la da dor.
Polly quebra uma garrafa e perfura o peito de Caitlyn a amaldiçoando. Depois, a babá esmaga a mão de Caitlyn com uma frigideira, se atraca com ela, aperta seu ferimento com a ponta dos dedos e acaba sendo nocauteada com um golpe na cabeça.
Caitlyn pega Josie do berço e corre até o carro enquanto Polly recobra os sentidos. Sem perda de tempo, Caitlyn coloca a bebê no banco de trás e ao dar a partida, a babá aparece na frente do veículo quebrando o vidro frontal com um martelo de carne.
Quando finalmente Caitlyn consegue dar a partida, Polly se agarra ao carro que se choca com outro veículo parado lá perto prensando a babá.
Miguel e Emma chegam bem no momento do ocorrido e o marido corre até o carro para resgatar a mulher. Depois de tirar Josie do bebê conforto, Caitlyn deixa a bebê com Miguel e vai até Polly junto com Emma que assiste à babá agonisar embebecida de sangue e com um dos braços decepados debaixo de sua cabeça até que ela finalmente morre sob muita comoção de mãe e filha.
Depois que tudo se normaliza, Miguel e Caitlyn se reconciliam e se tranquilizam sobre o impacto que a morte de Polly causou em Emma acreditando que ela vai ficar bem pois é madura para a pouca idade que tem.
Enquanto isso, no quarto de Josie, Emma conta a história da infância difícil de Polly usando cada uma das mesmas palavras que a babá usou para que a bebê nunca se esqueça da amiga...
Eu não vou mentir, a espera por esse remake que chegou do nada não me deixou hypado e não foi pela velha desculpa de não gostar de readaptações mas sim por que desde as primeiras informações sobre o filme já foram desanimadoras, o que foi deixado nas entrelinhas acabarem se cumprindo e o resultado a gente já vai ver agora.
A trama tem um rito irritante de lento, a construção da atmosfera contínua de tensão foi um fracasso pois o roteiro é sem sal, confuso e como se não bastasse ainda tenta jogar uma militância desnecessária na surdina numa tentativa vã de ligar a mocinha à vilã e até mesmo de jogar pistas falsas durante o decorrer da trama fazendo o espectador achar que os papeis desta adaptação se inverteram e que a vilã acabaria sendo romantizada.
O pouco que se salva do filme é o último ato que lembra muito o embate final entre Claire e Peyton da versão original, o maior acerto foi deixar o passado no passado e dado o devido castigo para quem merecia ser castigada. Aliás, o final da antagonista foi super bem produzido e impactante apesar daquele braço falso ser deveras mal feito.
Uma das coisas que eu não gostei desta versão foi a Emma que se tornou uma pré adolescente madura porém burra o suficiente para se deixar ser manipulada pela Polly enquanto a Emma original tinha a pouca idade, a inocência e a doçura para justificar a facilidade com que ela foi ludibriada. Fora que ela não agrega muito á trama sendo sempre escanteada.
Por certo, não foi inserido um personagem referente à Solomon do original para evitar cancelamento de movimentos defensores de portadores de deficientes intelectuais, mas que fez falta isso fez, pois o personagem passava muito bem o fator inocência para as telas.
Em suma, a história por trás de Polly e Caitlyn não convenceu, a trama apesar de trollar o espectador é previsível e isso é uma das coisas que mais irrita, pois o mínimo que se esperava era uma revelação surpreendente no final para diferir do original que a gente já sabe quem é a algoz e por que, faltou uma montagem decente do background do fio condutor da história: a dupla principal que deixa claro até demais que elas sempre foram enrustidas e que o incêndio apagou tudo o que elas criaram lá trás transformando uma linda relação em ódio e ressentimento.
No mais, o elenco não tem um pingo de carisma, Raul Castillo no papel de Miguel é um marido muito banana e sem sal que está sempre sendo escanteado e não agrega nada. Ele sempre deixa nas entrelinhas que conhece os problemas emocionais da mulher mas isso nunca fica totalmente bem desenvolvido e é outra coisa que me deixa puto, por que tudo que ocorreu em off screem a gente tem que pegar no chutômetro, então se eu errei em algo que eu deduzi sobre a maternidade problemática de Caitlyn acerca de Emma, perdoai mas o roteiro simplesmente cagou em ligar os pontos e deixar tudo às claras.
Trailer:
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