Bem-vindos!

Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

domingo, 13 de novembro de 2016

O Exorcista / Exorcist (1973)



Sem dúvida nenhuma um dos maiores clássicos do terror de todos os tempos que consegue até os dias de hoje gelar a espinha de muito marmanjo.

Uma despretensiosa produção que não economizou em maquiagem ou efeitos práticos para tirar o folego e (os dólares) dos espectadores e que conseguiu um feito notável, o de se tornar um filme amplamente elogiado por décadas, um dos mais referenciados e adorados pelos fãs do nicho.

Inicialmente, a história gira em torno de 3 narrativas: primeiro, o veterano padre Lankester Merrin que está de residência no Iraque, visita um sítio arqueológico, onde está sendo feito escavações de uma ruína desconhecida e de onde o sacerdote encontra a cabeça de uma entidade conhecida como Pazuzu e logo depois uma estátua grande e intacta do mesmo.

Do outro lado, de passagem em Georgetown, temos a atriz Chris MacNiel promovendo as gravações de uma nova produção. Ela é divorciada e mãe de Regan de 12 anos, uma menina completamente sadia e normal como qualquer outra.

E por fim, temos o jovem padre e psiquiatra Damien Karras, que anda enfrentando sérios problemas com a mãe que é de idade e doente terminal, tendo por conta disso, sua fé abalada e sua vocação posta em dúvida.

Conforme o filme se desenrola (a passos lentos, afinal são quase duas horas e quinze minutos de duração), a menina Regan, depois de revelar a mãe que anda brincando escondido com um tabuleiro Ouija (aquele que serve para se comunicar com os mortos), vem perdendo gradativamente sua saúde física e mental, passando a agredir e praguejar com insultos e blasfêmias, passando assim por uma bateria de exames desconfortáveis de tudo quanto é especialista, e todos dizem o mesmo: que o problema da menina é uma lesão cerebral.

Os profissionais então, redirecionam Chris para um psiquiatra, que só o que consegue é ser agredido por Regan, que a essa altura demonstra claramente que está sob influência de uma possessão, fato este que é contestado pela medicina praticamente o filme inteiro, até que os médicos dizem que existe uma chance muito pequena de que Regan esteja de fato possuída, e para auxiliar Chris e a menina, é convocado o abatido padre Karras, que tenta seguir em frente depois da perda da mãe, e que ainda que cético, resolve investigar o caso de Regan, enquanto consegue permissão da igreja para conduzir um exorcismo, uma prática muito exclusiva e dificilmente autorizada pelo Vaticano.

Regan já está completamente inconsciente, dando lugar a uma entidade que se denomina o próprio diabo, que a essa altura deformou o corpo e o rosto da menina assustadoramente, tendo que ser contido por amarras nos pulsos. A entidade era quem estava provocando as estranhas atividades paranormais no quarto de Regan, como levitar a cama, mover objetos e jogá-los para todos os lados.

Depois de uma minuciosa investigação, Karras reúne provas que indicam a possessão de Regan, e a igreja resolve autorizar o exorcismo, porém, o jovem sacerdote terá que contar com a ajuda de nada menos que padre Merrin, que recebe o chamado para ir aos Estados Unidos conduzir a expulsão do coisa ruim, já que ele tem um histórico de anos com uma prática bem sucedida de exorcismo.

Chegando em uma cena antológica, Merrin pede a Karras que prepare tudo para o ato final, pois eles não tem tempo a perder. É a partir daí que se iniciam as melhores sequencias do filme, onde a entidade tenta manipular ambos os padres com suas mentiras e provocações, levando-os a exaustão.

Depois de lavar a estola de Merrin suja de vômito de Regan na cena icônica da sopa de ervilha, Karras volta ao quarto da menina e encontra o velho sacerdote desfalecido, tentando reanima-lo, sem sucesso.

Farto, Karras agride o tranca rua e ordena que ele o possua. Feito isso, Regan volta a si, exausta porém a salvo enquanto Karras com seu último pingo de consciência se atira da janela, chamando a atenção de algumas pessoas, entre elas, seu grande amigo, o padre Dyer, que aos prantos tem a dolorosa missão de dar-lhe a extrema unção.

Pouco tempo depois, Chris e Regan preparam suas malas para voltar para casa, enquanto a até então sua casa é preparada para ser trancada. No lado de fora, Chris recebe a visita do padre Dyer, que deseja saber sobre Regan. Chris diz a ele que sua filha não se lembra de nada do episódio da possessão, o que é melhor para ela e para todos.

O exorcista foi sem dúvida um dos maiores marcos do cinema ela sua ousadia em abordar um tema que se hoje já é um tabu indiscutível, na época então foi uma verdadeira afronta, principalmente contra a igreja católica que obviamente não viu com bons olhos a produção de 1973.

O filme passou por alguns relançamentos durante os anos com novas cenas e novos materiais que até então ficaram engavetados além de estar envolto a um mar de mistérios nos bastidores. Este é um dos filmes que entrou no hall dos considerados amaldiçoados já que há registro de eventos inexplicáveis e relatos de mortes na produção que logo foram atribuídos ao longa metragem.

Em 1977 saiu a sequencia do filme, novamente com Linda Blair (Regan) no elenco, porém não foi nem sombra de seu antecessor considerada a pior sequencia de um filme de terror já produzida. Já em 1990, uma nova tentativa de reviver a série com a terceira parte da história também não emplacou, mesmo com a participação de Jason Miller (como o padre Karras que misteriosamente sobreviveu ao suicídio). 

Ainda foram produzidas duas pré sequencias narrando o passado do jovem padre Merrin, também sem o mesmo apelo do clássico de 1973, que além de ter conquistado um Oscar inédito, ainda tem seu tema principal como um dos temas de filme de terror mais memoráveis de todos os tempos.

Isso sem falar na cópia descarada turca que chegou logo no ano seguinte, em 1974 chamado Seytan que é um show de horrores com incontáveis defeitos estéticos, direção, atuação etc que provavelmente só foi produzido seguindo uma politica nacionalista do pais tal qual a Coréia do Norte, onde produtos do cinema estrangeiro são proibidos por lei, tendo que se adequar a apenas produtos produzidos em solo nacional (assim, eu não pesquisei a fundo sobre isso, mas como Seytan vem de uma produtora com uma vesta gama de produções / cópias hollywoodianas, acredito que na época deve ter sido essa a realidade da política turca, não sei se hoje é assim, enfim, é só achismo meu).

Voltando ao longa original, ele conseguiu acumular uma séries de cenas memoráveis uma mais assustadora e perturbadora que a outra, como: o caminhar da aranha, cena esta originalmente deletada da edição final, os tiros de sopa de ervilha, o giro de 360 graus da cabeça da menina Regan possuída, a entrada triunfal do padre Merrin á residência das MacNeil, a heresia com o crucifixo, entre outras que só conheceram a luz do dia na edição do diretor lançado no início do século XXI.
 

Trailer:

Nenhum comentário:

Postar um comentário