A noite do espantalho / A vingança do espantalho / Dark night of the scarecrow (1981)

 

Espantalhos, taí um tema pouco recorrente e muito esquecido no mundo do terror. Das obras produzidas sobre o tema, poucas se tornaram realmente memoráveis como Dark night of the scarecrow de 1981. Apesar da notoriedade dos fãs de terror, o filme não é perfeito e peca naquilo que deveria ser um dos principais chamarizes: a violência gráfica. Mas isso eu explico já já.

O filme começa numa comunidade rural, com a amizade pura e inocente entre Bubba Ritter, um homem de 36 anos, mas com idade mental de 7, 8 anos e sua amiga Marylee Willians, uma menina de pouco mais de 7, sendo alvo de desdem de Otis Razelrigg, chefe dos carteiros local que acredita e sempre acreditou que Bubba tem más intenções e que a qualquer momento pode fazer alguma besteira com a menina, mas tudo o que eles estão fazendo no momento é um inofensivo colar de flores.

Razelrigg conta com o apoio dos populares Philby, um gorduxo que sofre do coração, Harless Hocker, um fazendeiro de pavio curto e Skeeter Norris, o mecânico do lugarejo. Todos os quatro querem linchar Bubba, mas até terem um motivo real para isso, nada podem fazer.

Depois de brincarem no campo, é hora de voltar para casa, mas no caminho Marylee se encanta pelos anões do jardim de um vizinho e resolve entrar para ver de perto apesar de Bubba alertar que eles podem se meter em uma encrenca.

E a encrenca vem na forma de um cachorro, o cachorro do dono do jardim que ataca Marylee para desespero de Bubba.

Não muito depois, Bubba leva a menina desacordada para casa e por conta do desespero e pela falta de estrutura emocional devido ao seu retardo, o rapaz não consegue dizer o que aconteceu e a mãe da menina conclui que Bubba a atacou e que a menina está morta.

Não demora muito e a fofoca se espalha até chegar aos ouvidos de Razelrigg que junta seus amigos, armados como podem e ainda soltam seus cães farejadores para caçar Bubba.

Bubba por sua vez, chega em casa repetindo diversas vezes a mãe que ele não fez nenhuma maldade e como ela sabe que o filho é puro, acredita nele e diz que eles irão brincar de se esconder como já fizeram antes. Isso é um sinal para Bubba se esconder do linchamento iminente.

Razelrigg e cia. chegam a casa da senhora Ritter que óbviamente não delata o filho e ainda dá uma dura no carteiro e seus rufiões que não perdem tempo e voltam a caçada até chegar numa plantação.

Lá, os cães denunciam um espantalho que é justamente o disfarce de Bubba que não dá muito certo.

Sem pensar duas vezes, Razelrigg e os outros executam Bubba a tiros na maior frieza. Logo depois, a policia aviza pelo comunicador do carro de um dos amigos do carteiro que Marylee está viva! Ela recobrou os sentidos e declarou que Bubba a salvou de um ataque, o que faz dele inocente.

Tarde demais para voltar atrás, Razelrigg resolve colocar um rastelo de colher palha na mão do cadáver de Bubba para dar a impressão de que o rapaz os atacou primeiro e que eles só agiram em legítima defesa.

O caso rapidamente vai parar na corte da cidade, que julga Razelrigg e seus comparsas como inocentes pela falta de provas e por seus bons antecedentes, fora o rastelo falsamente implantado que levou a reputação de Bubba para o lodo.

Revoltada a senhora Ritter amaldiçoa Razelrigg e os outros que debocham e ainda vão comemorar com os populares na pensão onde o carteiro mora.

Marylee ainda não sabe sobre o destino trágico de seu melhor amigo, pois seus pais acharam melhor não contar nada.

Na calada da noite, a menina sai de casa de camisola e tudo e vai até a casa dos Ritter procurar Bubba depois de acreditar ter ouvido sua vós, mas só encontra a senhora Ritter que ao indagada sobre o pardeiro do filho, diz a menina que ele foi embora e não irá voltar mais.

Inocente, Marylee vai para a área externa da casa procurar pelo amigo cantarolando a cantiga das flores (que a dublagem abrasileirou para a cantiga "o cravo e a rosa''), acreditando que ele irá se guiar pela canção e não se perderá. Marylee diz que Bubba irá voltar.

A vida na comunidade volta a normalidade. A igreja realizará brevemente uma festa na qual Hocker e sua mulher, além de seus amigos foram convidados. A mulher de Hocker pergunta a ele se ele resolveu plantar fora de época e muito grosseiramente ele responde que não e pergunta o por que do comentário. Ela responde que há um espantalho na plantação.

Hocker reune Razelrigg e os outros para perguntar quem é o responsável por essa brincadeira de mal gosto e o carteiro acredita que foi Sam Willock, o advogado da senhora Ritter numa tentativa de assustá-los e conseguir alguma informação que condene o grupo.

Razelrigg diz para os amigos esfriarem e agirem normalmente para não suspeitarem e todos vão para suas casas.

Inquieto, Hocker resolve averiguar o espantalho que não mexe um dedo. Logo depois, o moedor de palha liga sozinho e o fazendeiro depois de desligar a máquina resolve subir em uma viga do celeiro para observar melhor, acreditando assim como Razelrigg que Sam está por trás de tudo.

Em seguida, o moedor se liga sozinho outra vez e Hocker perde o equilibrio com o susto e cái direto na máquina tendo sua vida tirada.

Razelrigg rapidamente fica sabendo do ocorrido e perplexo vai até a fazenda dos Hocker, onde encontra Sam acompanhando a retirada do corpo.

Mais tarde, Razelrigg e seus amigos se reunem para discutir a baixa na equipe e todos começam a desconfiar um do outro. Em seguida, eles vão ao celeiro investigar o moedor de Hocker (brilhante trocadilho ha ha ha) e percebem que a máquina está sem combustível.

Mais tarde, Razelrigg vai até a casa dos Ritter entregar uma encomenda para a mãe de Bubba e dá uma indireta sobre a morte de Hocker. Irada, a velha diz ter percebido como o carteiro olha para Marylee (com segundas intenções) e o aconselha a se afastar dela.

Enquanto isso, Philby o gorduxo, percebe que o espantalho se mudou para sua plantação.

A noite, acontece a famosa festa da igreja que nada mais era que uma festa a fantasia. Razelrigg aborda Marylee tentando faze-la confessar alguma informação sobre a senhora Ritter e a menina diz que sabe que ele fez mal ao Bubba e que o próprio disse isso a ela. 

Razelrigg diz que isso não pode ser possível por que Bubba está morto e a menina diz saber disso (0_0) e foge dele.

Logo em seguida, Philby aparece ofegante e diz ao carteiro que o espantalho está em sua plantação, mas ao irem até lá para averiguar ele não está. Razelrigg mais uma vez aconselha geral a ir para suas casas e ficarem frios para não desconfiarem.

Em pânico, Philby diz que se a coisa feder para o lado dele, ele irá se entregar e confessar tudo as autoridades.

Na mesma noite, Razelrigg invade a casa da senhora Ritter e a ameaça se continuar brincando com seus amigos, já que ela também é suspeita no caso do espantalho.

Ao soltá-la, Razelrigg percebe que a velha teve um ataque fuminante e morreu na hora. Mais uma vez coverdade, o carteiro resolve tomar a saída mais fácil e se aproveita de uma chaleira no fogão para abrir o gás e sair correndo.

Já longe da casa, Razelrigg a vê explodir em pedaços com sua vitima lá dentro.

Na manhã seguinte, depois de uma breve investigação, a polícia conclui que a explosão se deve a um acidente com o botijão de gás, mas Sam que acompanhava descofia que tem caroço nesse angú.

A noite, Philby ouve seus animais fazerem muito barulho, sai para investigar e ouve algo bater em seu cilo por dentro. Depois de constatar que não há nada fora do normal, Philby vê uma movimentação estranha em sua casa e tenta vazar de lá, mas o carro não pega.

Em pânico, Philby se tranca dentro do cilo mas começa a sufocar. Ao tentar sair percebe que a válvula enguiçou e para piorar, a rampa começa a despejar grãos moídos sozinha sobre o cilo que soterra o gorduxo que não resiste.

Já sabendo do ocorrido, Razelrigg vai até Skeeter, seu último comparsa vivo e diz que foi Bubba quem matou seus amigos e agora ele crê nisso.

Skeeter entra em desespero, mas Razelrigg o acalma e os dois vão até o cemitério com a intenção de abrir o caixão de Bubba. Chegando lá, constatam que o corpo está lá e que a única suspeita que restou é Marylee, pois no dia da festa ela disse que sabia o que eles fizeram ao Bubba.

Razelrigg ordena a Skeeter que volte a enterrar o caixão e aproveitando que o mecânico não para de falar, o carteiro amassa sua cabeça com uma pá e fecha a cova com Skeeter dentro.

Logo depois, Razelrigg volta para a casa e vê Marylee de camisola perambulando por lá.

Rapidamente, o carteiro encurrala a menina até que a debulhadeira de milho começa a andar sozinha, porém Razerigg grita por Sam acreditando que o advogado está ao volante.

Ao tentar fugir do veículo, Razelrigg dá de cara com o espantalho que segurava o rastelo perfurando-o até matá-lo.

A debulhadeira desliga e ouvem-se passos: é o espantalho que estava o tempo todo possuído pelo espírito vingativo de Bubba.

Inocente, Marylee diz ao amigo que na manhã seguinte ensinará a ele um jogo novo.

O enredo é bem atrativo e a ambientação do filme está perfeita. A trama se desenrola sem enrolação o que é muito bom. Como eu disse lá na introdução, o filme sofre da falta de violência gráfica. Todas as cenas de morte foram minimizadas, pouco explicitas, o que tira a graça da coisa toda, mas o filme é ótimo e passa facilmente por um clássico. 

Quem sabe se algum dia algum grande estúdio se interesse em fazer um remake mantendo a fidelidade com o material original, é claro e não economizando nada no gore. Aí sim.

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Os filhos do medo / The Brood (1979)

 

David Cronemberg tem verdadeiras pérolas no mundo do terror a serem melhor exploradas. Algumas delas passaram desapercebidas e merecem uma horinha do nosso dia para saborear ótimos enredos, conteúdos perturbadores e criativos raramente vistos.

Uma destas obras é Os filhos do medo que elevou a tensão a outro patamar misturando terror e um pouco de ficção científica de um jeito simples e muito eficaz.

Tudo começa no instituto psicoplasmatico Somafree onde seu diretor, o doutor Hal Raglan está apresentando uma sessão aberta de seus métodos psiquiátricos com um paciente que tem um trauma famíliar.

No mesmo dia, Hal recebe a visita de Frank Carveth marido de Nola que é paciente na Somafree acusando a mulher de ter provocado ferimentos em sua filha Candice de 5 anos, carinhosamente chamada de Candy.

Hal nega as acusções e nega o pedido de Frank de afastar Nola de Candy dizendo que o contato com a filha é benéfico para o tratamento da paciente. Frank então resolve apelar para o juizado afim de que lhe cedam total custódia sobre Candy, mas o advogado é pessimista já que as circunstâncias não favorecem seu cliente.

Para a segurança de Candy, Frank deixa a menina com sua avó materna Juliana Kelly que é divorciada há dez anos e como se não bastasse ainda desconta suas atuais frustrações no alcóol.

Hal deixa Nola a par da situaçãoe a conversa deixa claro que os dois tem uma realção amorosa tóxica que tem como consequencia as agressões continuas de Nola pelas mãos de Hal já que ela se descontrola com facilidade.

De volta a casa de Juliana, enquanto avó e neta olhavam fotos antigas, as duas ouvem ruidos de objetos se quebrando. Juliana deixa a neta sozinha, vai averiguar e é atacada na cozinha por uma pessoa misteriosa que leva sua vida de forma brutal.

Candy corre para ver e encontra uma criatura estranha de baixa estatura perto do corpo da avó. A criatura corre se esconder e a menina não demonstra nenhum sinal de abalo ou medo.

Frank é avisado sobre a morte da sogra e vai rapidamente a delegacia, onde Candy também estava depois de ter prestado depoimento. A menina fica temporariamente aos cuidados do psicólogo dr. Birkin que diz que a menina é a única pessoa que estava na cena do crime e que ela disse não se lembrar do que aconteceu, fora que ela segue inexpressiva até o presente momento.

No dia seguinte, Frank tira fotos das lesões da filha para mandar para a analíse. Na mesma manhã, Frank se reencontra com o avô de Candy, Barton, que estava afastado da família desde o divórcio.

Paralelo a tudo isso, Frank conhece Jan Hartog, outro paciente do dr. Hal que o está processando. Ele alega ter contraído cancêr linfático como consequencia da psicoplasma e ainda mostra um tumor horrível no percoço.

Barton vai até Somafree para deixar a filha a par da situação de Juliana mas Hal o proibe mesmo de vê-lo alegando que a notícia pode traumatizá-la e isso comprometeria o tratamento.

Praguejando e ameaçando Hal, Barton vai embora prometendo recorrer.

A noite, Barton telefona para Frank bêbado e diz ter sido proibido de ver Nola o que o deixou com os animos abalados. Para evitar que o sogro faça alguma besteira, Frank deixa Candy em casa com Ruth Mayer, professora de Candy e seu atual interesse amoroso e vai vê-lo.

Barton, que estava na casa da ex-mulher, encontra a criatura que a matou: é uma criatura do tamanho de uma criança de aproximadamente 5 anos com o rosto deformado. A criatura ataca o avô de Candy que morre na hora..

Frank chega tarde demais, mas acaba encontrando a criatura que corre até o banheiro. Depois de muito procurar, Frank é atacado de surpresa e inesperadamente a criatura começa a sufocar, agoniza e morre.

Na casa de Frank, Ruth recebe um telefonema muito mal educado de Nola que a acusa de ser amante de Frank.

Voltando para casa, Frank tem um flashback da autópsia da criatura deformada que segundo o forense não tem dentes e não enxerga cores além de parecer humano, porém é diferente de um ao mesmo tempo.

Em Somafree, Hal oferece casamento a Nola que o rejeita alegando que quer apenas que o terapeuta deixe Frank em paz.

Chegando em casa, Frank é rejeitado por Ruth que diz que a vida dele está muito bagunçada no momento.

Depois disso, Frank tenta fazer a filha dizer algo sobre o ocorrido com a avó, mas ela continua sustentando que não se lembra de nada.

Hal pede a seu ajudante Chris para despejar todos seus pacientes internados na Somafree menos Nola, é claro e é o que ele faz.

Jan Hartog apresenta a Frank seu amigo Mike Trellan que também é paciente de Hal (e que apareceu no início do filme durante a apresentação dos métodos terapeuticos da psicoplasma), que depois de muito rodeio deixa claro a Frank que Hal quer ficar a sós com Nola.

Na manhã seguinte, Frank deixa Candy na escola e a menina fica cara a cara com duas das criaturas que a levam para fora da sala de aula. Depois disso, as criaturas voltam e espancam Ruth até a morte aos olhos das crianças.

Assustado, um dos alunos corre pedir ajuda chamando a atenção de Frank que ainda estava por perto (e não viu a filha ser abduzida?). Ao entrar na sala de aula Frank encontra Ruth morta e as criaturas já tinham sumido com Candy.

Frank corre pelos arredores gritando pela filha porém a menina já está longe sendo escoltada pelas criaturas.

Tarde da noite, Mike vai até a casa de Frank. Vizivelmente perturbado ele diz estar sendo seguido e mais uma vez depois de muita enrolação, Mike fala sobre umas crianças estranhas que estão escondidas no porão de Somafree aos cuidados de Nola e que Hal tenta esconder.

Passado, Frank vai escondido até Somafree e pega hal saindo do porão.

Frank interroga Hal que incialmente se faz de desentendido, mas logo revela toda a verdade: as criaturas deformadas são na verdade crianças, aquelas que Nola cuida no porão. Eles são seus filhos, nascidos do ódio toda vez que ela tem um acesso.

Hal diz a Frank que a situação fugiu do controle e eles precisam trabalhar juntos. O plano de Hal é que Frank vá até o porão e mantenha Nola tranquila enquanto ele resgata Candy. O caso é que Candy está guardada pelas crianças e estas estão conectadas sentimentalmente a Nola, ou seja, seja, se ela ficar calma as crianças ficam neutralizadas, mas se ela se enfurecer as crianças matam.

No porão, Frank e Nola finalmente se reencontram. Frank tenta ganhá-la emocionalmente como se tivesse tentando reconquistá-la e ela resolve testá-lo levantando sua camisola revelando um feto deformado crescendo fora do útero.

Nola estoura a placenta com os dentes e lambe sua nova cria. Paralelo a isso, Hal consegue carregar Candy para a liberdade enquanto as crianças dormem, porém Nola que já desconfiava conclui que Frank está mentindo, pondo-se em fúria.

As crianças acordam e Hal põe Candy no chão ordenando a ela que fuja sendo atacado em seguida.

Depois de matarem Hal, as crianças tentam arrombar o armário onde Candy se esconde deixando-a em pânico.

Ao mesmo tempo, Frank esgana Nola até a morte e rapidamente sobe até o porão onde encontra Hal e as crianças mortas. Logo alí perto, ele encontra Candy no armário em choque e a tira de lá aliviado.

Sem perder tempo, ele leva a menina para o carro e vai com ela embora daquele inferno sem perceber que duas marcas em forma de pequenas bolhas se formaram no braço de Candy. Será que é um sinal de que a menina vai se tornar uma criança deformada um dia?

E com essa grande interrogação termina esse suspense maluco. As considerações que eu tenho é que tudo no filme me agrada, menos a maquiagem das crianças deformadas que para os dias de hoje está muito qualquer coisa, contúdo a violência gráfica está de parabens, as sequencias das mortes bem construidas e o sangue convincente, isso eu garanto.

No mais, o filme é bem corrido, tudo muito bem explicadinho e tudo muito bem concluído apesar desta cena final que nos deixa pensativos e abertos a teorias, e a minha vocês já sabem.

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Almas Reencarnadas / Renni (2005)

 

Takashi Shimizu provou em 2005 que ele podia ir além de sua obra mais conhecida Ju-On (que no ocidente foi adaptado para a franquia Hollywoodiana O Grito) ao se envolver em outro conto de horror ao encabeçar a direção de Almas reencarnadas (no original Renni), mais uma vez focado naquilo que ele sabe fazer de melhor: filme de terror paranormal.

Aqui o sobrenatural está presente mais uma vez mergulhado numa trama interessante e envolvente onde o ''real'' e a ''ficção'' se confundem. O caso é que a história principal é focada num caso "real" de um brutal massacre em um hotel turistico que décadas depois acaba sendo adaptado para as telonas e o resultado não poderia ser outro senão muita merda.

O filme começa nos apresentando a aspirante a atriz Nagisa Sugiura que está fazendo casting para um filme de terror baseado naquele massacre que eu já mencionei.

A coisa já começa a ficar estranha logo no início do longa quando Nagisa começa a ter visões com uma menininha linda aparentando ter entre 5 e 6 anos que ao que tudo indica está tentando se comunicar.

No dia da seleção, o diretor dá a Nagisa o papel de uma linda menina com uma boneca nos braços, tendo sido essa na ''vida real'' uma das vítimas do massacre e coinscidentemente a verdadeira menina se parece com a fofura da visão.

Durante o ensaio, Nagisa se depara com um homem que não faz parte da produção e que aparentemente só ela pode ver. Em um ataque de pânico, ela grita e acaba desmaiando.

Depois dos ensaios preliminares, a equipe começa a gravar numa réplica exata do hotel onde o crime aconteceu e Nagisa tem estranhas sensações de dejavu.

Nagisa se separa dos outros e tem outro contato com o sobrenatural: ela encontra um menino ferido na perna se arrastando tentando fugir de um homem com uma filmadora de cinema. O homem o alcança e o mata brutalmente (seria uma visão passada?).

Durante o intervalo, Nagisa conhece uma de suas colegas Yuka Morita que diz acreditar conhece-la de outra vida. Essa mesma mulher, lá no início do filme disputou a vaga de uma personagem que no massacre morreu estrangulada alegando que em outra vida ela morreu igualmente, por isso o interrsse nesta personagem em específico.

Yuka ainda diz a Nagisa que tem algumas memórias de outra vida e um sinal de nascença em forma de esganadura, coinscidencia?

A permanência de Nagisa na locação começa a pesar em seu psicológico quando a menina da visão e que agora já não há mais dúvidas de que se trata da fantasma de uma das vítimas do massacre. Ela continua tentando se comunicar agora nos pesadelos de Nagisa.

Perturbada, Nagisa resolve pesquisar profundamente sobre a história do massacre contando com o auxílio de uma senhorinha que possuí um acrevo com materiais sobre o caso.

Um estojo de lata contendo um filme caseiro cai nas mãos da direção. Na filmagem, um casal de irmãos bem pequenos são brutalmente mortos (conto quem seriam esses irmãos?).

De volta ao set, Nagisa encontra Yuka e o resto do elenco vagando feito zumbis.

A medida em que o filme encontrado pela direção se desenrola, uma sessão de assassinatos vão acontecendo sequencialmente. É a filmagem real do massacre do hotel!

Nagisa continua andando pelo set tendo visões do massacre real que se conectam com a ficção: cada um dos atores tem mortes identicas as dos personagens que eles representam e Nagisa sabe que ela será uma das próximase tudo assistido pela produção.

Agora tudo parece se encaixar: Nagisa e seus colegas são asreencarnações das vítimas do massacre e eles estão cumprindo sua sina de morrer do mesmo jeito num local parecido.

Temendo por sua vida, Nagisa tenta deixar a locação, mas as almas penadas que lá estão fazem de tudo para obstruir a saída. Ela é cercada, mas consegue escapar quebrando uma janela. Mesmo fora do hotel ela ainda é perseguida sem trégua.

Tentando se isolar, Nagisa tem mais um encontro com o fantasma da menina e depois de um flashback revelador ela se vê no espelho e enxerga em seu reflexo o execultor das crianças, descobrindo então que ela não é a reencarnação da menina, mas sim de seu assassino.

Ao tentar se matar com um pedaço de vidro, Nagisa recebe a visita da boneca da menina que estava possuida.

Nagisa é encontrada em choque e tem sua imagem exposta a diração e a crítica.

No final, Nagisa se encontra amarrada a uma camisa de força na cela de um hospício acompanhada pelos fantasmas das crianças. Esta é a punição pelos crimes do passado: revivê-lo e pagar por ele de novo e de novo, por toda a eternidade como almas reencarnadas.

Realmente, o cinema japones não cansa de surpriender e desta vez trouxe mais uma obra cheia de mistérios, apesar da previsibilidade. Os efeitos especiais são bacanas para a época mas já estão ficando levemente datados, porém nada que estrague a experiência. No mais o filme é divertido e consome uma boa hora e meia num piscar de olhos.

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Brinquedo Assassino 3 / Child's Play 3 (1991)

 

Pode se chamar de último suspiro a terceira parte da franquia que catapultou o boneco possuído mais famoso dos filmes de terror ao estrelato já que suas sequencias acabaram rolando ladeira abaixo em todos os aspéctos. Mas vamos ao que realmente importa.

Oito anos depois dos acontecimentos do filme anterior, os fabricantes de brinquedos da linha Good Guys resolvem trazer uma nova linha de bonecos ao mercado depois de conseguirem acabar com a má publicidade gerada pelo caso Andy Barclay e os assassinatos não esclarecidos envolvendo um de seus bonecos.

Por algum motivo que vai lá se saber, a montadora retoma a produção a partir dos restos de Chucky que ainda estavam lá pela fábrica. Aquele pedaço de plástico deformado ainda continha o sangue de Chucky que é unido ao tonéu de plástico derretido fazendo com que o brinquedo possuido voltasse a vida.

Justamente Chucky é o primeiro boneco a sair do forno e este é entregue ao CEO da companhia de brinquedos, o senhor Sullivan que tem uma amostra de cada uma de suas obras num quarto enorme, um verdadeiro sonho de criança.

Chucky não perde tempo e já manda o velho para a vala numa cena memorável. Logo depois, ele usa o computador de Sullivan para encontrar seu eterno amigo Andy Barclay que agora tem 16 anos e está de mudança para a academia militar Kent onde faz amizade com os cadetes Whitehurst, seu companheiro de quarto e De Silva (crush) e a inimizade praticamente mortal do jovem tenente coronel Shelton que trata os fracassados como lixo.

Depois de encontrar o paradeiro de Andy, Chucky se envia para a Kent, porém quem o recebe e o vê pela primeira vez é Tyler, um cadete da ala infantil e novo amigo de Andy que foi incubido de entregar o pacote. Como Chucky voltou com um corpo novo o feitiço de Dambala resetou e como ele e revelou a Tyler sua identidade secreta, é o corpo de Tyler que ele é obrigado a possuir para evitar ficar preso ao boneco para sempre.

A brincadeira não dura muito, já que o coronel linha dura Cochrane, pega Tyler brincando com seu novo amigo e o toma a força. Andy que participava de uma marcha, vê o coronel com Chucky em sua mão e se desespera.

Não muito depois, Chucky escapole e se esconde no dormitório de Andy onde os dois tem um reecontro rápido, já que Shelton aparece e resolve levar o boneco consigo para presentear sua irmãzinha.

Tentando evitar mais mortes, Andy invade o alojamento de seu superior e é pego numa cena comprometedora tentando acabar com Chucky. Depois da bronca e de um bom castigo, Andy tenta avisar Tyler quem Chucky é na verdade, mas o garoto está completamente cego e acredita que seu novo amigo é um Good guy bonzinho.

O coronel mais uma vez tenta acabar com o furduncio jogando Chucky na caçamba de lixo. Chucky por sua vez, ao perceber que o compactador estava ligado grita por socorro chamando a atenção do lixeiro que desliga a máquina e vai averiguar. Ao entrar na caçamba, Chucky já não estava mais, pois havia dado um jeito de entrar na cabine onde religa o compactador matando o lixeiro.

Os cadetes ouvem os gritos mas é tarde.

Andy aproveita o momento e dá a Tyler seu canivete para que ele se defenda caso dê muita merda.

Na mesma noite, Chucky ressurge na mesa do coronel que o joga no lixo. Nada disposto a aceitar desgosto, Chucky se prepara para aumentar sua pilha de cadáveres, porém ao se revelar para o coronel, o velho militar tem um infarto fulminante desabando em sua vitrine de maquete de estratpegias militares.

No dia seguinte, Whitehurst que havia acabado de raspar a cabeça com o sargento Botnick, o barbeiro do acampamento, volta ao salão para pegar seu casaco e testemunha Chucky vivo e o corpo de Botnick que acabara de cair depois de ser degolado com uma navalha. Assustado e abalado, Whitehurst foge, mas não diz nada a Andy que estava em formação no campo se preparando com a turma para uma tradicional guerra de paint ball.

Tomando conhecimento do evento, Chucky vai até o depósito de armas e substitui as capsulas de tinta por balas de verdade.

Suspeitando do comportamento evazivo de Whitehurst, Andy tenta adentrar o acampamento inimigo onde Tyler está para tentar protegê-lo, porém Shelton acredita que ele está tentando trair sua equipe e o detém.

Pelo comunicador Chucky contata o time de Andy para atacar o de Shelton. Já no campo inimigo, Chucky se revela para o jovem tenente coronel que cai na cilada do boneco sendo alvejado e morto junto com outros cadetes.

O segundo superior pede explicações a Andy e Chucky aproveita a deixa para jogar uma granada no meio do campo de batalha. Tomando coragem pela primeira vez na vida, Whitehurst que é o único a perceber o explosivo se joga e morre com a explosão.

Tyler que estava sob o poder de Chucky percebe finalmente que o boneco é perigoso e foge para um parque de diversões próximo.

Andy junto de De Silva, vai atrás de Chucky que já estava perseguindo Tyler. Ao chegarem na guarita, percebem o segurança morto, o que significa que Chucky passou por lá.

Andy encontra Tyler no trem fantasma, mas Chucky o pega novamente e tenta realizar o ritual de Dambala, mas já é muito tarde, o assassino está preso de vez no Good Guy.

De Silva é ferida com um tiro e cabe a Andy dar o tiro fatal em Chucky. Depois de decepar uma das mãos de Chucky, que já havia perdido um pedaço do rosto, Andy consegue atingi-lo no coração fazendo cair no dulto terrestre de ventilação sendo feito em pedaços pelas lâminas do ventilador.

A salvo, Andy não tem tempo para comemorar, pois a polícia chega e o leva sob custódia, De Silva é levada pelos paramédicos enquanto o destino de Tyler é ocultado no filme.

Sem dúvida, a franquia poderia ter se encerrado neste momento apesar das muitas perguntas sem resposta na conclusão do longa, mas preferiram lucrar mais um pouquinho sete anos depois.

Apesar do enredo mais fraco comparado aos anteriores o filme se salva pelas ótimas cenas de mortes, a máquiagem e os efeitos práticos continuam na média. A passagem de tempo divide opiniões já que o público já havia se acostumado com o protagonista infantil de Andy Barclay e esperavamos ver seu crescimento nas telas gradualmente.

A atomsfera de suspense continua presente e muito bem conduzida com uma ótima e arrepiante trilha sonora que fecha este filme com chave de ouro. Um exemplo do casamento perfeito entre a trilha sonora e o segmento do enredo é já na introdução durante a ressurreição de Chucky até seu ápice quanto vislumbramos sua cabeça ainda sem os olhos e um close em sua boca que se abre desferindo um grito num misto de dor, ódio e sentimento de vingança. Eu simplesmente me cagava muito neste momento em minha infância nos bons e velhos tempos do saudoso Cinema em casa quando podiamos ver clássicos do terror sem um pingo de censura a tarde! Algo inimaginável para os dias de hoje.

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