Bem-vindos!

Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Carrie, a Estranha / Carrie (1976 - 2002 - 2013)



Já ouviu aquela famosa frase que diz que nada que já é ruim não possa piorar? Então, é mais ou menos o que acontece com as adaptações do livro Carrie de Stephen King.

Não que a primeira adaptação a de 1976 seja ruim, muito pelo contrário, ela é uma obra prima. Já suas outras versões foram descendo a ladeira até se esborrachar. A versão de 2002 ainda é aceitável por que narra de forma mais fiel e detalhada o que acontece no livro, porém aquela maldita modinha dos efeitos especiais de computação gráfica que estava se espalhando na época fez algumas cenas ficarem horríveis, fora isso o filme é bacana e tem uma das Carries que mais se encaixa aos moldes de uma estranha e de longe a mais acabada.

A versão de 2013 por outro lado tentou modernizar e mais uma vez deu uma mudadinha de leve no clímax e não foi muito feliz naquela que devia ser a cena mais épica da adaptação: a chacina no baile. Simplesmente a atuação de Chloe Grace Moretz não convenceu neste momento e ela estava longe do modelo de menina estranha, muito pelo contrario, mesmo com a maquiagem judiando de sua personagem ela continua linda.

Mas vamos a história...

Carrie White sempre foi uma menina retraída e solitária, tanto no colégio, quanto fora dele. Sendo sempre menosprezada por todos a sua volta por seus costumes absurdamente conservadores, uma vez que era criada pela mãe solteira e religiosamente devota e extremista.

Certo dia, depois da aula de educação física, durante o banho, Carrie menstrua pela primeira vez e pela falta de instrução sobre a puberdade, ela entra em pânico, gritando na frente das colegas que debocham dela, por estar desesperada por algo tão comum entre elas que já passaram inclusive pela mesma experiência.

Sem escrúpulos, um grupinho de alunas liderada pela patricinha popular resolve aprontar com Carrie atirando-lhe absorventes e tampões vaginais numa cena bastante humilhante. Carrie é amparada pela professora, que se compadece da menina e explica a ela sua nova condição.

Uma das garotas do grupo da pegadinha acaba se dando conta que a galera extrapolou com Carrie e tenta se aproximar dela como amiga. Por outro lado, o resto do grupo é denunciado a diretoria e todos são punidos devidamente.

Com a chegada do baile anual do colégio, a nova amiga de Carrie para se redimir, resolve emprestar a ela seu namorado para que seja seu par no baile, tendo a aprovação do mesmo, depois de explicar a situação e pelo fato de que ela não poderá ir mesmo, já que foi suspensa junto aos outros.

Carrie se sente confiante, porém a mãe, fervorosa, vê a situação como um pecado, um ato libidinoso, porém a garota resolve ir a todo custo para tentar enfim se enturmar.

Enquanto isso, não muito longe de lá, o grupo que estava ainda em suspensão resolve se vingar de Carrie matando alguns porcos e recolhendo baldes de sangue para aprontar a maior pegadinha de todas durante o baile.

Chega o tão esperado dia do baile e Carrie está radiante e atraída ao mesmo tempo pelo namorado da amiga, que se espanta com a mudança dela que estava lindíssima.

O baile corre normalmente e no auge, Carrie e seu par são coroados rei e rainha por manipulação de votos, porém esse momento de alegria é estragado, quando aquele grupinho, do alto do palco, despeja todos os baldes de sangue em Carrie que fica completamente ensopada e começa a entrar em desespero, enquanto todos mais uma vez riem dela.

É nesta hora que Carrie entra um estado de choque emocional e um grande segredo sobre ela vem a tona: ela é portadora de poderes paranormais e telecinesia, demonstrando sua ira através de todos que estavam por perto, causando um incêndio e ferindo á todos jogando objetos cortantes e pesados sobre eles, causando uma verdadeira chacina.

A noite se torna um verdadeiro pesadelo com a destruição do salão e os incontáveis corpos que se multiplicam enquanto Carrie caminha em direção ao exterior do colégio em transe, dando fim a mentora da pegadinha e seu namorado que morrem numa colisão automobilística causada pelos poderes de Carie que evita ser atropelada.

Carrie caminha até sua casa, onde se volta a si, se acalma e confronta sua mãe que tenta assassiná-la, porém as duas perecem junto com a casa que termina em escombros após o abalo dos poderes da garota que saem de controle.

Isso é basicamente a narrativa da versão clássica de 1976 que segue o básico do que é mostrado no livro de Stephen King enquanto as outras versões tem o clímax diferenciado de acordo com a ocasião, o que não é ruim, pois sai da mesmice mas ao mesmo tempo não é tão legal pois descaracteriza o que já tinha sido visto anteriormente.

A versão de 2002 foi produzida com a proposta de ser o piloto para uma série de tevê, por isso foi produzido e exibido diretamente na televisão e o final do longa é aberto o que gerou muita crítica acredito eu, por que a proposta da série não deve ter sido previamente revelada ao público. A ideia acabou não engrenando e a série foi cancelada infelizmente.

Ainda existe uma continuação do clássico de 1976 que saiu nos anos 90 com o nome de A maldição de Carrie que conta a história de outra garota com poderes mentais que também é a excluída e o final se desenrola da mesma forma. É praticamente uma cópia do clássico setentista mas vale pela curiosidade.


Trailer (Versão de 1976):


Trailer (Versão de 2002):


Trailer (Versão de 2013):


quinta-feira, 15 de junho de 2017

Não adormeça / Don't go to sleep (1982)


Traumas são efeitos que te acompanham por mais que você tente fugir deles. Esta é a força motriz do filme de 1982 produzido diretamente para a tevê Não adormeça.

Nele acompanhamos a história de Mary uma menina, filha caçula de três irmãos que recentemente perdeu a irmã mais velha num terrível acidente.

O trauma parece ter abatido Mary de forma que ela não aceita bem a perda passando a ver e ouvir a irmã em todos os lugares, além de ter nutrido problemas para dormir além da ocorrência de eventos sem explicação dia após dia.

O que parece apenas uma inofensiva depressão pela perda de um ente querido se revela no ato final o resultado de um ato impensável, impulsionado por uma grande reviravolta. 

Tudo começa tempos após um trágico acidente onde morreu uma dos três filhos de uma família comum norte americana, fazendo-os refazer sua vida readaptando sua dinâmica do dia a dia.

A família agora é constituída por Phillip e Laura e seus filhos Mary e Kevin. A avó Bernice, ainda que a contragosto de Phillip e por ordens médicas vai morar com a família na casa nova devido a sua idade, seus problemas de saúde e o trauma da perda da neta Jennifer, a adoração da família.

A vida de Laura e Phillip estava longe de voltar a ser o que era, pois eventos estranhos começam a cercar a casa, como a cama de Mary, a filha do meio que pega fogo sem explicação alguma durante a noite.

Mary começa a se sentir perturbada pelo trauma da morte da irmã, com quem aparentemente ela tinha um laço forte. Inesperadamente, o fantasma de Jennifer começa a aparecer para Mary, ludibriando a menina, fazendo-a acreditar que a irmã foi rejeitada e que seus pais não se lembram mais dela. 

Jennifer ainda, começa a usar a irmã para praticar más ações, deixando a família em choque a partir do momento em que Bernice morre e pouco tempo depois, Kevin, ao tentar retirar um frisbee encalhado do telhado, cai e morre na hora.

A família entra num conflito, quando Mary afirma que a fantasma da irmã fala com ela e que ela se sente rejeitada, mas Phillip e Laura não dão credibilidade a menina.

Jennifer se torna um verdadeiro demônio deixando claro que quem cometeu todos aqueles crimes e pôs fogo na cama de Mary foi ela própria possuída pelo espírito vingativo de Jennifer.

Outro grande segredo obscuro, que vem á tona quando Mary (agora internada em um hospital psiquiátrico) passa por uma sessão de hipnose executada por seu psiquiatra: no dia do acidente, cega pelo ciume de Jennifer por ela ser o centro das atenções e adoração da avó, que a rejeitava, Mary na volta para casa, enquanto a irmã dormia no carro, aproveitou para prender os cadarços dos sapatos da jovem um dos outros, desta forma, quando o carro capotou por consequência da ingestão exagerada de álcool de Phillip (por culpa de Bernice, que durante a visita da família encorajou o genro a beber sem medida), todos menos Jennifer conseguiram sair facilmente do carro, enquanto as pernas da menina estavam amarradas, assim o carro explode na hora.

Esses eventos vieram logo depois que Jeniffer possuindo Mary, arma para o rádio do pai, que estava ligado na tomada, acabasse caindo direto na banheira, matando Phillip eletrocutado.

Após tudo isso, Laura se convence que Mary é a mentora dos crimes, mas esta revela ser Jennifer, finalmente aparecendo para a mãe (não entendi muito bem se ela fugiu da clínica ou se ela chegou a receber alta), que horrorizada faz de tudo para fugir do espírito vingativo de sua filha.

O filme é interessante e tem um plot twist explosivo, porém se torna previsível se bem explorado a subtrama, mas não é nada que estrague a experiência.

Não tem muito o que falar, as atuações estão na média, as cenas de mortes são simples porém efetivas, a trama é fluída então dificilmente você vai ficar entediado.

A forma com que o roteiro se molda e faz com que você fique perdido sem saber quem é o autor do acidente que tirou a vida de Jeniffer é simplesmente genial, já que cada suspeito tem seu ponto de vista e se sente com sua parcela de culpa. E no final é entregado o verdadeiro autor da morte da menina e suas motivações, não dando brecha alguma para suspeitarmos apesar do circo estar armado bem diante dos nossos olhos.

É um entretenimento garantido para quem gosta de mistério e filmes com crianças no protagonismo.


Trailer:


quinta-feira, 8 de junho de 2017

O mestre dos Brinquedos / Bonecos da Morte / Puppet Master (1989)


Brinquedo assassino parece ter lançado uma bomba relógio que fez com que os grandes estúdios de cinema (e os pequenos também) se virassem nos trinta para produzir algo parecido com o febril longa metragem de Don Mancini afim de abocanhar sua fatia do bolo de dinheiro.

Foi ai que Charles Band produziu o roteiro de uma nova promessa para o fim dos anos 1990 com a parceria de Kenneth J. Hall e se juntou a Hope Perello na produção que recebeu a direção de David Schmoeller e com o aval da Full Moon Productions nasceu uma das franquias de filmes de terror mais duradoura e com mais capítulos já vista: Puppet Master.

O filme narra a noite de horror vivida por um grupo de paranormais que recebem a notícia da morte de um amigo em um hotel a beira mar onde um século antes um famoso marionetista tirou a própria vida para evitar que um grande segredo milenar caísse nas mãos do exército nazista.

Sem saber que ambos os fatos estão ligados, o grupo é perseguido por bonecos vivos animados graças a um elixir egípcio, o tal segredo milenar que sabe-se lá como foi redescoberto.

Tudo começa em 1939, no já mencionado hotel onde Andre Toulon, um velho marionetista termina de dar os últimos toques em seu último boneco a quem ele dá o nome de Jester que é um bobo da corte com duas fendas articuladas no rosto que giram para faze-lo mudar de fisionomia.

No mesmo quarto, outra das obras de Toulon, um boneco vivo observa pela janela a movimentação de fora. Finalizado, Jester ganha vida através de um encantamento ao mesmo tempo que uma dupla de homens de preto muito suspeitos chegam á entrada do hotel, coisa que Toulon já previa.

Subsequente, temos um vislumbre de visão em primeira pessoa de estatura minúscula que anda pelo saguão do hotel vigiando o passo dos homens de preto que tomam o elevador. Era um dos bonecos de Toulon: o Espadachim (ou Blade no original), uma espécie de mini Jack o estripador com um gancho e uma faca no lugar das mãos.

Toulon começa a colocar seus bonecos em uma arca preta junto de um pergaminho ao mesmo tempo que Blade chega ofegante deixando seu criador a par da aproximação da dupla suspeita. O boneco é colocado na arca junto aos outros e a mesma é escondida no fundo falso de uma parede.

Depois, Toulon prepara um revólver e se senta em sua poltrona e ao mesmo tempo que a dupla invade o quarto o marionetista puxa o gatilho estourando sua boca e morrendo instantaneamente.

Uma transição nos leva aos dias atuais na universidade de Yale onde o professor de antropologia Alex Whitaker tem uma visão com uma mulher sob a mira do revólver de seu amigo Neil Gallagher e na sequencia sonha com alguma sangue-sugas se arrastando pelo seu peito.

Paralelo a isso, Dana Hadley, uma cartomante excêntrica tem uma visão enquanto joga as cartas para um casal.

De volta a universidade, Allex telefona para seu amigo Frank Forrester que assim como ele tem poderes paranormais e também teve uma visão com Neil juntamente com sua mulher Clarissa Stamford. Nisso, os amigos resolvem se juntar com Dana e ir para o hotel onde Neil vive com a mulher para tirar a limpo a visão que eles tiveram.

Chegando lá, o grupo é recebido por Megan, mulher de Neil e sua criada Theresa e lá mesmo no saguão é confirmado que o amigo morreu e seu corpo está resguardado no hotel onde o morto deixou em um bilhete de suicídio seu pedido final de ser sepultado lá mesmo.

Enquanto os outros verificam a veracidade da morte de Neil, Alex e Megan conversam em particular sobre o falecido que era fascinado pela carreira acadêmica do amigo antropólogo.

Com todos instalados, geral encontra o caixão com o corpo de Neil em uma ante sala.

Depois, em seu quarto, Alex tem uma visão com Megan dançando com Neil em um salão espaçoso todo branco além de ouvir o falecido dizer ''você não pode salvá-la, Alex''

Paralelo a isso, Clarissa tem uma visão onde Neil força um estupro em uma mulher misteriosa e Theresa que está presente pede discrição aos paranormais em relação a Megan.

Enquanto isso, no quarto de Neil, Pinhead, um dos bonecos de Toulon que tem um corpo marombado e uma cabecinha minúscula sai do caixão onde está o morto.

Horas depois, o grupo se reúne na sala de jantar e Megan fala sobre os planos que Neil tinha de reformar o hotel o que o estava deixando completamente focado na maior parte do tempo.

Sem papas na língua, Dana pergunta á Megan se ela não desconfia que Neil tenha se casado com ela pelo dinheiro e ainda revela que o falecido era um caloteiro e que a extorquia.

Megan não aguenta a verdade e deixa a mesa fazendo Alex ir atrás e juntos trocam ideia sobre os poderes paranormais dele e dos amigos.

Longe de lá, Theresa cuida da limpeza de um cômodo quando do nada ouve o piano tocar sozinho. Ao constatar que não há nada de anormal com o instrumento, a criada é acertada por Pinhead com um espeto de espalhar brasa.

Geral acorda com os gritos de Megan que desmaia ao encontrar o corpo de Neil sentado em uma poltrona sem qualquer explicação plausível.

Quando volta a si, Megan pergunta sobre o corpo e Alex diz desconfiar de Theresa pois a criada está desaparecida e aproveita para revelar que sua presença naquele hotel é para evitar que uma de suas visões aconteça.

Mais tarde, com Neil de volta ao caixão, Megan cuida do corpo sem se dar conta de que Jester a está vigiando de uma janela.

Em seu quarto, Frank e Clarissa conversam sobre Neil e logo iniciam uma preliminar.

Alex por sua vez, encontra Dana fazendo uma mandinga na porta do quarto de Neil para afastar o mal.

De volta a Frank e Clarissa, o casal engata um coito sadomasoquista enquanto Alex que está no quarto ao lado segue sem conseguir dormir e este é vigiado na penumbra por Blade que na sequencia vai até o quarto de Dana vigia-la e por fim vai ao quarto do casal transante onde Tunneler, outro boneco de Toulon, trajando farda militar e uma broca na cabeça já estava os vigiando.

Clarissa percebe que a porta se abriu sozinha e suspende o coito deixando Frank amarrado e vendado na cama. A mulher dá de cara com Tunneler debaixo da cama e este a mata com sua broca.

Sem ver o que aconteceu, Frank chama por Clarissa até que Sangue-suga (no original Leech Woman), outra boneca de Toulon sobe no peito do foguento e começa a beijá-lo até que do nada ela expele uma sangue-suga pela boca e o inseto começa a sugar o peito do paranormal com força.

Frank consegue ver com um dos olhos fora da venda a boneca espalhar mais sangue-suga e Alex de seu quarto ouve os gritos acreditando que os amigos estão tendo uma tórrida noite de sexo.

Farto, Alex resolve caminhar e encontra Dana bebendo e dando uma volta com seu cachorrinho de estimação empalhado iniciando um breve papo.

Ao voltar para o seu quarto, Dana encontra o corpo de Neil sentado na poltrona e a louca joga alguns feitiços para cima do morto.

Repentinamente, Pinhead aparece de surpresa e quebra a perna de Dana e logo depois a esgana, mas é arremessado para longe. Dana se arrasta para fora do quarto e Pinhead a persegue desferindo dois murros. A cartomante joga o boneco que despenca da sacada, porém ela está longe da segurança pois Blade a pega de tocaia na cabine do elevador.

Assim que a cabine desce, a porta se abre e Pinhead  acerta Dana novamente mas é neutralizado. Blade entre pelos cabos da cabine e se joga degolando Dana sob o olhar de Jester.

Do outro lado, Megan bate no quarto de Alex e pede a ele para segui-la por que ela quer lhe mostrar algo. A viúva de Neil o leva até um quartinho bagunçado que dá acesso a um salão amplo cheio de pilastras brancas e lá Megan diz que era onde Neil passava a maior parte do tempo.

Megan também fala sobre um famoso marionetista que se suicidou naquele hotel e desconfia que o fato tenha alguma ligação com Neil.

Lá, a visão de Alex acontece: Megan começa a dançar com Neil que usa uma máscara branca. Depois, o morto saca sua arma e diz á Alex que ele não poderá salvar Megan.

Alex acorda se dando conta que aquele foi um sonho e na sequencia encontra as cabeças decapitadas de seus amigos sobre a cama e aquilo também era um sonho e ele finalmente acorda.

Nisso, chega Megan que diz querer mostrar algo ao paranormal e o sonho começa a se materializar, mas diferente, a viúva mostra á Alex o diário de Andre Toulon e lê uma passagem que fala sobre dar vida aos bonecos do marionetista.

Alex então, tem outra visão com Neil e tira Megan do quartinho. No caminho, Alex tem uma visão com a sala de jantar e ao chegar lá encontra os corpos de Frank, Clarissa e Dana sobre a mesa e pasmem: Neil vivo!

Neil confirma ter estourado seus miolos e que ele voltou a visa usando o segredo de Andre Toulon: um antigo elixir egípcio que dá vida a seres inanimados, como foi feito com os bonecos. O grande objetivo segundo Neil, é a imortalidade.

Ele ainda revela ter matado seus amigos paranormais para evitar que seu laço psíquico o denunciasse e ainda por cima joga na cara dos presentes que ele se casou com Megan por puro interesse para poder encontrar arca de Toulon, com o pergaminho contendo a fórmula do elixir e os bonecos para testar o segredo da reanimação e isso explica o quarto bagunçado e seu foco no trabalho, além do fato dos bonecos estarem vivos depois de tanto tempo.

No maior mau caratismo, Neil diz que agora que ele provou que a fórmula funciona ele já não precisa mais dos bonecos o que os deixa emputecidos pela traição.

Farto, Alex tenta agredir Neil, mas é acertado diversas vezes enquanto Jester e os outros bonecos os observam.

Megan ataca Neil e aproveita para tentar evadir do hotel com Alex, mas o marido morto-vivo aparece e se reinicia a pancadaria entre os rapazes.

Pinhead toma as rédeas prendendo Neil na cabine do elevador e tenta agredi-lo mas é decapitado e sobra para Tunneler salvar o amigo, mas ele também é tirado de ação.

O decapitado Pinhead pega e recoloca sua cabeça e junto de Tunneler tenta pegar Neil que escala os cabos do elevador. Lá, Blade aparece e decepa os dedos de seu antigo mestre que faz jorrar um líquido verde que é a fórmula.

Os bonecos se unem para segurar Neil e nisso chega Sangue-suga que expele um sangue-suga direto na boca do crápula morto-vivo. Alex tenta impedi-los mas é tarde, Neil virou um corpo sem vida aos olhos de Megan que chora.

No dia seguinte, Alex se despede de Megan cuja única companhia é o cachorro empalhado de Dana que estranhamente ganha vida. Terá ele sido submetido á fórmula? 

A empreitada deu certo, o longa metragem alcançou um nicho bacana e conseguiu se salvar de ser comparado com o Chucky devido a sua criatividade de roteiro e a qualidade da produção que caprichou no quesito efeitos práticos, movimentação e estética dos bonecos além de suas personalidades únicas.

Filme obrigatório para quem viveu a época do eterno Cine trash da Band, pois marcou uma geração como sendo um dos filmes mais memoráveis quando o assunto trash é abordado.

O sucesso do filme de 1989 foi tanto que a franquia perdura até hoje com um número absurdo de filmes que não param de sair incluindo um inusitado crossover com os Brinquedos diabólicos, uma versão mais pobre dos bonecos de Andre Toulon, mas que também tem muita personalidade, vale a pena rir um pouco dessa obra.

Para fechar temos a excelente ambientação na primeira parte do longa e a trilha sonora inconfundível que caiu como uma luva, sobretudo o tema principal que é engraçado e ao mesmo tempo assustador.


Trailer:

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Os Outros / The Others (2001)



Uma das grandes surpresas do início do até então novo milênio foi um baita suspense sobrenatural protagonizado pela Nicole Kidman que me surpreendeu com seu clímax atordoante em meio a um enredo cheio de mistérios em um ambiente claustrofóbico e imprevisível.

Muitos se recordam desta obra apenas pela bombástica reviravolta, mas Os outros é mais que isso. O filme apresenta ótimas atuações, uma fotografia satisfatória e igualmente assustadora e um roteiro envolvente e intrigante que te instiga a descobrir qual o segredo por trás.

O filme é ambientado em Jersey durante a segunda guerra mundial, mais precisamente em 1945 em uma enorme e luxuosa mansão no meio do campo onde vive Grace Stewart e sua família.

Na cena cena inicial somos introduzidos à Grace gritando ao acordar repentinamente em sua cama notoriamente confusa como se tivesse estado num pesadelo e já não se lembra-se mais do que se passou anteriormente. 

Ao mesmo tempo, chegam um casal de idosos e uma jovem formados pela senhora Bertha Mills, o senhor Edmund Tuttle e a jovem e Lydia que não fala. O trio veio buscando empregos após verem um anúncio de jornal.

Ao atendê-los, Grace menciona que seus antigos empregados sumiram há algum tempo e que o seu marido no presente momento está fora servindo na guerra.

Contratados de pronto, os empregados recebem instruções rigorosas como por exemplo, o de manterem o mais absoluto silêncio por conta das enxaquecas de Grace e também de sempre fecharem uma porta assim que outra for aberta e por último manter todos os cômodos com as cortinas sempre fechadas para que não bata um mísero foco de luz na casa pelo simples motivo de que os filhos da patroa, Anne e Nicholas sofrem de uma espécie de foto sensibilidade.

Durante o café da manhã, as crianças discutem sobre a ida do pai á guerra e o abandono dos antigos empregados que eles argumentam a senhora Mills ter ocorrido depois de um suposto enlouquecimento de Grace, o que é divergido pelas crianças.

Depois de uma confusão com o anúncio do jornal, a senhora Mills diz a Grace que sua chegada a sua mansão foi proposital por que a patroa precisa de alguém que conheça bem a casa, o que é o caso da babá, a criada e o jardineiro que já trabalharam lá anos atrás.

Durante o home schooling, Grace e as crianças falam sobre a perseguição dos romanos aos cristãos (uma vez que a família Stewart é fervorosamente conservadora) e sobre o limbo para onde vão as  crianças que se comportam mal depois que morrem.

Grace separa os filhos um em cada cômodo para repassarem o dever  e depois se dirige á senhora Mills perguntando se Lydia é muda de nascença, mas a babá não diz coisa com coisa e volta aos seus afazeres.

Na sequencia, Grace ouve sucessivos choros de criança que ela atribui ser primeiramente de Nicholas que nega e logo depois vai até Anne que também nega e ainda atribui o pranto a um menino chamado Victor que segundo ela, é um menino mimado filho de um pianista que quer que ela vá embora de sua casa.

Incrédula, Grace tira satisfações com os empregados acreditando que eles foram negligentes deixando estranhos entrarem em sua casa.

Na hora do jantar, Nicholas pergunta á Anne se o tal Victor é um fantasma e ela abusa da fragilidade do irmão assustando-o.

Mais tarde, Nicholas acorda com a cortina aberta e Anne diz ter sido obra de Victor e para provar que ela não está mentindo pede ao intruso que se revele e o irmão se caga de medo.

Anne desce da cama e vai atras de Victor ate que podemos ouvir sua vós e ambos discutem piorando o ânimo de Nicholas que acha que a irmã está fazendo uma imitação. A menina então pede ao intruso que toque o rosto do irmão e ao faze-lo, Nicholas grita de medo chamando a atenção de Grace que está por perto.

Grace castiga Anne com uma longa leitura da bíblia e tenta obrigar a menina a pedir desculpas ao irmão mas ela se nega alegando não ter culpa de nada que ocorreu e o castigo é estendido.

Dias depois, enquanto Anne lê a bíblia, Grace pede á senhora Mills que exija de Lydia que não faça tanto barulho quando estiver limpando a casa pois isso afeta sua enxaqueca.

Na sequencia, o lustre começa a tremer por conta de um barulho feito no piso de cima e desta vez não tem dedo de Lydia nisto, pois a jovem está do lado de fora da casa.

Grace pergunta á Anne se ela sabe quem fez todo aquele barulho e a menina diz á mãe para ir checar a sala do depósito pois o barulho vem de lá.

Ao verificar o cômodo, Grace ouve a vós de Victor seguido da vós de uma velha que diz ''ela está aqui''. Em pânico, Grace corre seguindo as orientações de Anne que aponta para os lados onde ela viu pessoas correrem.

Logo depois, Grace discute com a senhora Mills e Anne interrompe mostrando um desenho que ela fez de Victor, seus pais e a tal velha que segundo ela é uma bruxa com mau hálito e ainda marcou as vezes que ela viu cada um deles, sendo a velha que aparenta ser cega a pessoa que ela mais viu.

Grace se arma e abre as cortinas procurando pelos invasores e ao revirar o porão encontra fotos antigas das quais ela tenta encontrar alguma ligação com as pessoas do desenho que Anne fez porém nada condiz com nada.

Investigando mais a fundo, Grace encontra um álbum de fotografias onde as pessoas aparentam estar dormindo e a senhora Mills revela que aquilo são fotografias Post-mortem, ou seja aquelas pessoas das fotos estão mortas. Segundo a babá, aquilo era um hábito muito comum no século passado por conta de uma superstição dos antigos que acreditavam na preservação da alma e a vida após a morte.

Depois, a senhora Mills revela um pouco de sua história naquela casa, contando que na época o país vinha sofrendo um surto de tuberculose o que fez seus antigos patrões irem embora para outro pais tentar um tratamento e nisso a maioria dos empregados também deixaram a casa sobrando somente ela, o senhor Tuttle e Lydia que perdeu a fala por conta de um forte choque relacionado ao fato.

A noite, depois de chegar o sono dos filhos, Grace chora de saudade de seu marido Charles que não deu notícia alguma até o momento o que a faz acreditar que as palavras dos filhos sobre sua morte em guerra sejam uma triste verdade.

Na sequencia, Grace ouve música vinda do piano e se arma para averiguar. Quando chega á sala do piano, encontra a tampa do teclado aberta porém o instrumento está abandonado.

Grace tranca a tampa do teclado e ao sair da sala é empurrada por alguém que tranca a sala por dentro. Ao voltar para dentro, Grace percebe que a tampa do teclado foi destrancada mas mais uma vez não encontra ninguém no recinto.

Tentando acalmar Grace com uma boa xícara de chá, a senhora Mills diz acreditar que o mundo dos mortos tem um forte elo com o dos vivos e que eles podem estar se misturando.

Farta, Grace resolve sair de casa para procurar um padre mas antes pede ao senhor Tuttle que encontre um cemitério adjacente á mansão e veja se há alguma lápide com o nome de Victor cravado.

Depois que Grace se vai, Mills e Tuttle tem uma conversa misteriosa sobre uma verdade que em breve será revelada e nisso, a babá aponta para um monte de folhas secas que o jardineiro estava juntando para esconder um túmulo cuja ponta da lápide ainda é visível.

Embrenhando-se no bosque envolta a uma densa neblina, Grace se dá conta que está andando em círculos até que ela ouve passos lentos e uma silhueta aparecendo em sua frente revelando seu marido Charles que finalmente retornou da guerra.

Grace volta com o marido para casa onde ele se reencontra com os filhos que o abraçam calorosamente.

Enquanto Charles descansa, as crianças fazem várias perguntas sobre a guerra enquanto jantam e Anne volta a mencionar os intrusos sendo castigada.

Anne é mandada para o seu quarto aos prantos e no caminho encontra-se com a senhora Mills que revela a menina que também viu os intrusos e que em breve Grace também os verá e a partir deste dia as coisas irão mudar.

Pelas costas dos patrões, a senhora Mills e o senhor Tuttle se atualizam da chegada de Charles e a relação da família Stewart com os intrusos e a babá diz que Grace entrou em estágio de negação enquanto Anne é mais esperta e conclui dizendo que o patrão está desorientado.

No dia seguinte, Grace deixa sua filha experimentar o vestido que ela vai usar na primeira comunhão e a deixa brincando por um tempo com sua marionete de arame enquanto ela vai até o quarto tentar fazer Charles que parece catatônico reagir, porém sem sucesso.

Logo depois, Grace se aproxima do cômodo onde a filha está ordenando que ela tire o vestido e quando fica de frente com a menina, enxerga o rosto de uma velha.

Acreditando que aquela não é Anne, Grace surta e a ataca e ao retirar o véu percebe que aquela é sim sua filha, que em pânico corre da mãe até os braços da senhora Mills a qual ela acusa Grace de te-la tentado matar.

A sós, Grace diz á babá ter visto o rosto da velha em Anne e Mills a aconselha a descansar alegando que ela e os outros empregados sabem o que deve ser feito.

Mais tarde, Grace e Charles discutem sobre o dia que os antigos empregados foram embora na mesma época que Anne alega que a mãe enlouqueceu.

Charles veste sua farda e diz que precisa voltar para a guerra e Grace retruca dizendo que a mesma já se acabou e pergunta o real motivo do abandono jogando toda merda no ventilador.

Os dois acabam se beijando no calor da discussão e acabam fazendo amor até pegar no sono.

Ouvimos Charles pedir perdão á Grace e quando esta se acorda, se encontra sozinha e desolada na cama pois Charles foi embora.

Anne acorda dando de cara com seu quarto totalmente sem cortinas e em pânico grita chamando a atenção de Grace que corre até chegar. Em pânico, ela cobre as crianças com seu casaco e as levam para um cômodo adjacente que é uma espécie de sala de aula, porém este também está sem as cortinas.

Grace usa a lousa para bloquear a luz do sol e quando os ânimos esfriam, as crianças perguntam pelo pai e a mãe acaba dizendo a verdade.

Na sequencia, Grace encontra Lydia e tenta obriga-la a escrever num papel o que houve com as cortinas e nisso, Mills aparece pedindo para a patroa se acalmar e alega que seu intento é inútil, pois a criada é analfabeta.

Grace interroga os empregados e Mills diz que talvez a doença das crianças já tenha desaparecido e que ela nunca vai saber se não arriscar os filhos.

Farta, Grace demite o trio de debochados depois que Mills pergunta pelo patrão ordenando a babá que ela enregue suas chaves. Grace a expulsa acreditando que ela e seus capangas estão tramando assustar sua família para que eles deixem a casa.

Na saída, Mills diz aos amigos ter chegado ao fundo do poço e que agora é a hora de revelar os túmulos que antes estavam ocultos.

Em outro surto, Anne se arma e revista cada cômodo da casa enquanto as crianças brincam.

Anne resolve procurar o pai fugindo pela janela e Nicholas vai junto demonstrando alguma coragem pela primeira vez na vida.

Seguindo pelo jardim, as crianças encontram o cemitério e ao mesmo tempo que Anne tenta ler o nome de uma lápide, Grace encontra uma foto post-mortem datada de 1881 que retrata... a senhora Mills, o senhor Tuttle e Lydia... e Anne também constata a verdade quando descobre o nome da senhora Mills na lápide. Os empregados são fantasmas!

Os empregados surgem na sequencia tentando se explicar, porém as crianças correm para os braços da mãe que já está por perto.

Grace dispara sem conseguir afetar nenhum dos empregados e nisso a senhora Mills diz que os três já foram levados pela tuberculose há mais de cinquenta anos.

Em pânico, Grace se tranca dentro de casa com as crianças e a babá pede para deixa-los entrar. Grace pede as crianças para que subam e se escondam e Mills diz que os vivos e os mortos precisam aprender a conviver juntos.

Mills diz á Grace que foram os intrusos que tiraram as costinas de toda a casa e mesmo que ela e seus amigos deixem a família Stewart em paz, o que eles farão com os outros?

Escondidos, Anne e Nicholas ouvem a vós da velha intrusa. Grace ouve os gritos dos filhos e Mills diz á patroa que os filhos estão com os intrusos e que ela precisa falar com eles.

Em oração, Grace vai até o piso de cima e tem uma grande surpresa: ela dá de cara com a velha e os que parecem ser os pais de Victor envolta de uma mesa. A velha é uma médium e esta psicografa tudo aquilo que Anne cochicha em seu ouvido. A velha grita que ''a mulher e as crianças estão mortos'' se referindo a Grace e os filhos que se negam a aceitar.

Grace em um novo surto balança a mesa e joga as mensagens psicografadas para o alto e tudo o que a família de Victor consegue enxergar é a mesa vibrando sozinha e os papeis flutuando.

A sessão espírita se encerra quando a velha sai do transe em que estava e recebe o memorando da situação enquanto a mãe de Victor exige do marido que eles vão embora da casa o quanto antes, pois ''a mulher'' matou os filhos asfixiados em um ato de loucura e depois tirou a própria vida com um tiro. Outro argumento para sua saída imediata do local foi o capítulo de alguns dias atrás onde médium recebeu o espírito ''da menina'' (Anne no dia que ela estreava seu vestido da primeira comunhão).

A sós, Grace confirma aos filhos o ocorrido agora que ela recuperou totalmente sua memória: Grace teve um surto com a partida de Charles e a falta de notícias fez com que ela enlouquecesse de uma vez. Nisso, ela matou Anne e Nicholas asfixiados com um travesseiro e depois se matou e por isso na cena inicial, ela acorda aos gritos em sua cama, pois foi lá que ela morreu, porém quando despertou já morta, perdeu sua memória anterior ao surto e seus filhos igualmente.

Os Stewart é que na verdade são os intrusos, pois Victor e sua família são pessoas vivas que moram na casa em tempos atuais. Mills e seus amigos apenas estavam ajudando Grace a despertar sua memória obscurecida e prepará-la para que aceitasse sua nova condição.

Nisto, a babá aparece e diz que Lydia teve um choque muito forte ao constatar sua morte e a de seus amigos e sua indagação sobre o que havia acontecido antes de descobrir a verdade foram suas últimas palavras proferidas.

Mills finge que nada aconteceu e se oferece para fazer um chá para os nervos se auto recontratando e nisso, Nicholas conclui que o pai morreu na guerra o que é confirmado.

Quando Anne aceita sua nova situação, ela percebe que a luz do sol não a machuca mais e nem a Nicholas. Grace abraça os filhos e diz que ninguém os irá tirar de casa, desparecendo na janela e em paralelo no mundo dos vivos, vemos finalmente Victor deixando a casa com sua família e o imóvel é posto a venda.

Sem dúvida um dos melhores suspenses de todos os tempos. Muito desvalorizado por ser lembrado apenas pelo seu plot twist e uma ou duas cenas, como por exemplo aquela em que a vidente possuí o corpo de Anne momentaneamente proporcionando um momento de gelar a espinha.

O enredo consegue trazer uma ótima experiência quando o filme é visto pela primeira vez e sem saber da reviravolta da trama, pois sem a menor informação acerca do longa torna-se imprevisível o que vai acontecer e como tudo vai terminar. Comigo foi assim quando eu ainda era adolescente na nostálgica época do Corujão, eu não desconfiei de nada e tive um final realmente recompensador.

Apesar do roteiro implantar pequenas evidências pelo filme todo, fica difícil enxergar e ligar uma coisa a outra quando você tem zero experiência com o filme. Claro que quando você vai assisti-lo por uma segunda vez, você consegue pescar todas as informações jogadas a esmo na sua cara e tudo fica mais claro e palpável e a experiência não se deixa estragar por isso, já que o filme consegue surpreender e assustar mais uma e outra vez.

Muita coisa que não foi claramente explicada no enredo é auto explicativa depois que a verdade vem a tona como por exemplo o motivo de Grace não conseguir sair das dependências de sua casa e ficar andando em círculos envolta a uma neblina densa. O caso é que como ela atentou contra a vida dos filhos e contra a sua própria, ela estaria fadada a passar a toda eternidade como uma alma penada presa a sua residência, com as crianças que por terem partido deste mundo precocemente, agora precisam penar também para punir a mãe. 

Já a alma de Charles ter retornado temporariamente, talvez tenha sido por que ele precisava concluir sua última missão naquele plano que era se despedir da mulher e filhos para que ele pudesse ir para o céu em paz e trazer alguma paz á família, até por que nada mais o prendia ao mundo dos vivos e ele morreu como devia ter morrido, portanto não tinha que pagar nenhuma penitência. Eu pelo menos entendi desta forma, e vocês?

E por fim, o motivo pelo qual os antigos empregados de Grace terem deixado a casa se eu entendi bem há duas hipóteses: ou eles fugiram ao encontrar os patrões mortos, ou eles deixaram a casa por medo ao detectar a presença dos espíritos dos mesmos. A interpretação fica ao critério de vocês.




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