Os Inocentes / The Innocents (1961)

Os anos 1960 foram palco para grandes obras do horror que usaram e abusaram da falta de recursos para trazer conteúdos mais realistas, focados em mexer com os nervos e fazer o telespectador pirar junto com os personagens principais.

Um destes clássicos é o inesquecível Os inocentes de 1961 baseado no romance Turn of the screw de Henry James que narra a estória de uma governanta da era Vitoriana que é contratada por um aristocrata britânico para tomar conta de sua mansão no Reino Unido e de seus sobrinhos órfãos pela total falta de interesse e tempo do homem.

Lá, a jovem governanta passa a ter visões e ouvir vozes oriundas do além, fora que a própria mansão esconde um grande segredo envolto em um casal de amantes que tiveram finais trágicos e mesmo após suas mortes seguem assombrando o local e provocando eventos estarrecedores acerca das crianças, os sobrinhos do dono da mansão, o que estranhamente só a jovem serviçal pode ver e ouvir e isso lhe causa uma sessão de pesadelos e torturas psicológicas constantes.

A única saída viável então, é lutar contra estes fantasmas do passado antes que não sobre mais ninguém na mansão e antes mesmo que a sanidade da governanta se acabe e ela acabe cometendo uma desgraça.

O filme começa com um cantarolar de criança junto as lágrimas e as rezas de uma jovem mulher que pede proteção divina aos inocentes. A introdução corta para a cena inicial do filme e descobrimos que a jovem é a senhorita Giddens, uma mulher bonita e recatada que está no gabinete de um homem muito rico que lhe oferece um emprego de governanta em uma de suas mansões em Londres, a mansão Bly, onde seus sobrinhos órfãos Miles e Flora vivem.

O emprego inclui cuidar da educação e da recreação integral das crianças, pois o rico aristocrata não tem tempo e nem psicológico para cuidar de duas crianças, já que ele vive trabalhando a trabalho.

O homem menciona que a antiga governanta da mansão morreu há algum tempo e que isso não deve ser mencionado á Flora, pois a menina tinha um laço profundo com a jovem de nome Mary Jessel.

Fechado o contrato, Giddens parte imediatamente para Londres na primeira carruagem chegando aos campos floridos da mansão Bly em questão de horas.

Ao chegar ao lago adjacente ao jardim, Giddens ouve a vos de uma mulher chamando por Flora e em seguida encontra a própria menina que diz não ter ouvido ninguém chamá-la.

Flora leva a nova governanta para conhecer a mansão de aparência gótica onde ela apresenta a recém chegada a criada, a senhora Grose que a instrui.

Grose acaba aguçando a curiosidade de Giddens quando esta pergunta sobre Mary Jessel e a criada diz apenas que a ex governanta era jovem e bonita como a atual e que um olhar demoníaco a perseguia.

Mais tarde, depois de banhar Flora, Giddens coloca a menina para dormir, mas quem acaba dormindo pela fadiga é a governanta enquanto a menina cantarola a canção da introdução.

Na manhã seguinte, Giddens recebe uma carta do do diretor do internato onde Miles estuda dizendo que o menino foi expulso e que portanto ele será mandado de volta para casa imediatamente. Isso assombra Giddens, pois no dia anterior, Flora ficou repetindo diversas vezes que o irmão estava voltando para a casa. Mas como ela poderia saber disso?

Chegando o dia correspondente a chegada de Miles, Giddens vai á estação de trem com Flora para buscar o menino e este é galanteador com a governanta.

Miles é poupado de um sermão até a noite quando Giddens vai até seu quarto pegando-o acordado e aproveita para dar-lhe uma dura exigindo saber o motivo de sua expulsão no colégio e o menino diz que seu tio não se importa com ele ou com Flora.

Neste momento, bate um vento forte inesperado por todo o quarto apagando a vela que ilumina o local.

Em outro momento, enquanto ouve a cantiga de Flora, Giddens vê a silhueta de um homem no alto da torre da mansão a observando e ao se aproximar, a pessoa misteriosa simplesmente desaparece. Giddens então, resolve subir até o topo da torre e só encontra Miles e alguns pombos.

Ao ser indagado sobre a presença de mais alguém na torre, Miles diz á governanta que ele foi o único que subiu até lá o dia todo.

Pouco depois, Giddens pergunta á senhora Grose se existe mais alguém na mansão que ela não conhece além dos criados a quem ela já foi apresentada e antes que a criada pudesse responder, Flora interrompe dizendo que Miles está cavalgando sozinho e muito rápido.

Mais tarde, as crianças perguntam intimidades sobre a infância humilde de Giddens e na sequencia se inicia uma brincadeira de esconde-esconde onde a governanta fica encarregada de procurar.

Giddens entra num cômodo onde encontra fotos antigas e uma caixinha de música que toca a mesma melodia da cantiga que Flora sempre cantarola. Na sequencia, a mão de um homem agarra a porta do cômodo onde a governanta está mas quem entra é Miles que surpreende Giddens a abraçando por trás inocentemente.

Enquanto Miles fala coisas vulgares á Giddens, a governanta se sente sufocada até que Flora chega e o jogo vira quando a governanta resolve se esconder para que as crianças a procurem.

Escondida em outro cômodo, Giddens vê um homem a observando do lado de fora da varanda e depois o estranho se vai silenciosamente.

A senhora Grose aparece atendendo ao chamado da governanta que reporta o ocorrido e a criada mais uma vez desconversa e mais uma vez as crianças interrompem a conversa.

Depois, Giddens se lembra que uma das fotos que ela encontrou junto a caixinha de música era a do invasor e nisso temos uma cena sequencial onde mescla um pesadelo sofrido pela governanta enquanto que no primeiro plano ela geme incomodada enquanto cai um toró.

No dia seguinte, Giddens que já está notoriamente perturbada, se enfurece com o comportamento de Flora durante o home schooling o que faz a menina ter uma crise de choro. Para acalma-la, a governanta propõe a menina fazer uma festa de aniversário de brincadeira com direito á fantasias, o que ela topa de pronto.

Enquanto as crianças vão a outro cômodo providenciar fantasias, Giddens volta a interrogar Grose sobre o invasor da noite passada ao dar a descrição exata do homem, a governanta menciona um tal Peter Quint que era o antigo encarregado do senhorio da mansão Bly. Segunro Grose, Quint morreu junto a escadaria daquele mesmo cômodo onde elas estão e ainda menciona que o rapaz fascinava a todos com sua beleza e que ele era muito próximo de Miles.

Grose ainda menciona que Quint mantinha relações com Marry Jessel fazendo-a mudar da água para o vinho.

Em outro momento, Flora diz a Giddens que certo dia, Miles viu uma mão submersa ao lago acenando para ele. Depois, a menina cantarola a música da caixinha e nisso, a governanta vê uma mulher vestida de preto do outro lado do lago e depois a mesma desaparece.

Giddens conta a Grose o que acabou de ver e ainda diz desconfiar que aquela é a tal Mary Jessel, ou pelo menos seu fantasma, mas a criada nega e reafirma que a ex governanta morreu há quase um ano.

Grose dá mais detalhes sobre o caso da moça com Quint, revelando que ela se tornou indecente e submissa as humilhações impostas pelo amante que sempre a agredia. Um certo dia, Quint foi encontrado morto e este foi o estopim para a jovem entrar numa profunda depressão e morrer.

Giddens aproveita e pergunta se Miles não era mal influenciado por Quint, pois o menino tem uma índole duvidosa para uma criança da idade dele e sobretudo quando ele e ela estão sozinhos e mais uma vez a governanta nega.

Neste mesma noite, Giddens tem pesadelos com as aparições da mansão Bly e com as crianças.

Na manhã seguinte, indo com Miles e Flora á igreja, Giddens diz á Grose que irá até Londres para falar com o tio das crianças para que ele busque ajuda principalmente para Miles. Depois, Giddens pergunta á Grose como Mary Jessel morreu e a governanta revela que a moça se suicidou no lago.

Mais tarde, na biblioteca, Giddens vê o fantasma de Mary Jessel sobre a escrivaninha chorando e esta desaparece com a aproximação da governanta.

Giddens então, diz á senhora Grose que resolveu ficar na mansão Bly e ainda diz ter visto o fantasma de Mary Jessel. Para fechar, a governanta ainda diz que ela desconfia que Jessel e Quint possuíram Miles e Flora, o que explicaria o comportamento nada usual das crianças.

Em outro momento, enquanto faz uma ronda noturna pela mansão, Giddens ouve vozes de uma mulher pedindo um beijo a alguém e falando coisas vulgares, até que se percebe o início de uma agressão a mulher e na sequencia ouve-se que as crianças viram o que não deviam.

Depois, a vos de um homem é ouvida e por fim as risadas das crianças que ecoam pela cabeça de Giddens que se sentindo torturada procura abrigo entrando no quarto de Flora. A menina por sua vez, vê pela janela Miles observando a torre do lado de fora.

Giddens busca por Miles e ao encontrá-lo, o menino diz que apenas queria ser sapeca pregando uma peça na governanta mancomunado com a irmãzinha. Depois, Giddens coloca o menino de volta em sua cama e depois que ele mostra uma de suas pombas mortas, ele simplesmente tasca um beijo na boca da governanta que não consegue esboçar nenhuma reação.

Na manhã seguinte, Giddens pega Miles tocando a canção da caixinha ao piano e percebe que Flora não está com o irmão. O menino diz que Flora foi até o lago á remo numa canoa.

Chegando ao jardim, Giddens vê Flora dançando no coreto do lago ao som da caixinha de música. Lá, a fantasma de Mary Jessel reaparece ao mesmo tempo que começa a chover.

Giddens pergunta á Flora se foi Jessel que deu a caixinha á menina e a obriga a olhar para o lago e que diga que ela está vendo a fantasma da ex governanta e Flora não só alega não poder vê-la como tem um acesso de choro e gritos incessantes tendo que ser amparada por Grose.

Os surtos da menina seguem pelo resto do dia fazendo com que Giddens resolva dispensar todos os criados incluindo Grose que é instruída a levar Flora para Londres com o tio para que Miles fique a sós na mansão com a governanta, pois a única coisa que ela quer é salvar as crianças.

Na mesma manhã, a carruagem parte levando Flora e a criada.

Depois da partida, Giddens serve chá para Miles deixando-o a par da partida da irmã. Ela diz que a menina não está mais feliz na mansão e pergunta se Miles está, fazendo-o se retirar sem responder a pergunta.

Giddens segue Miles e diz á ele que ela só quer ajudá-lo e pergunta qual foi o motivo pelo qual ele foi expulso do internato. O meninos faz altas revelações: para começar, ele roubou uma carta da governanta endereçada ao tio, ele também maltratava animais pequenos e por fim foi pego falando coisas vulgares no colégio e que por isso foi mandado embora de lá.

Depois, Miles surta e começa a jogar merda no ventilador e nisso, o fantasma de Quint aparece atrás do menino rindo sincronizadamente com ele, ou seja, era Quint usando Miles o tempo todo.

Miles corre gargalhando e Giddens o persegue até que o menino cai e bate a cabeça.

Giddens o ampara o menino pedindo perdão pela dura que ela deu nele e diz que ele não tem culpa por ter falado tudo o que disse á pouco, pois ele estava sendo possuído por um homem mau. A governanta o obriga a olhar o fantasma do homem e dizer seu nome.

Miles finalmente profere o nome de Peter Quint porém o menino não consegue vê-lo e entra em surto perdendo os sentidos.

Aos prantos, Giddens diz que Miles está livre, pois Quint se foi para sempre. A governanta se dá conta de que o menino morreu e se lamenta beijando-o na boca inesperadamente e deixando o mistério no ar...

Este final só me diz uma coisa: assim como Miles foi possuído por Quint, mas não podia vê-lo por que era inocente apesar de tudo, Giddens foi possuída por Mary Jessel, mas esta sim podia ver os fantasmas por um bom motivo... ela possui um dom mediúnico, o que impediu o casal de ficar junto na pós vida, fora que como ela era uma recém chegada á mansão, não tinha laços profundos com os mortos e com o lugar ao contrário das crianças. 

Ao meu ver, Flora estava sim sendo possuída por Jessel inicialmente, mas ela era apenas uma ponte para o espírito da ex governanta poder transitar entre os dois mundos. Quando Flora foi embora, Jessel tomou posse de Giddens, por isso o beijo no final. Enfim, opinião minha.

No mais, falando dos aspectos técnicos do filme, para mim foi um grande acerto a opção da produção optar por filmar o longa em preto e branco pois causa uma imersão melhor que somada ao também proposital uso de uma iluminação limitada nas cenas noturnas acabou se criando o clima perfeito para momentos de medo naquele ambiente inóspito.

Os efeitos especiais usados nos pesadelos de Giddens, as cenas de chuva em momentos pontuais e a constante cantarolada de Flora e da caixinha de música foram espetaculares, dando uma densidade e uma identidade inimitável ao filme o que o torna memorável e insuperável.

Eu gostei muito de como o filme foi muito bem ambientado e de como foi bem aproveitada a temática de mansão mal assombrada. Todos os artifícios usados para provocar uma imersão são válidos e torna a experiência de se assistir a este clássico sempre algo recompensador.

Na área artística, o único talento conhecido por mim que é digno de nota (apesar de que o elenco num todo se saiu bem com suas interpretações dignas de uma peça teatral) é a do jovem Martin Stephens que deu vida á Miles um ano antes nos surpreendeu como David Zellaby, uma das crianças do clássico A aldeia dos amaldiçoados. O mesmo já havia acumulado pequenos trabalhos nos anos 1950 mas foi nos anos 1960 que sua carreira se tornou verdadeiramente relevante, no entanto em 1966 o jovem resolveu abandonar a carreira de ator para viver de forma anônima, longe dos holofotes, uma pena.

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A Maldição / Stephen King's Thinner (1996)

A maldição é mais uma adaptação de uma obra de sucesso de Stephen King que trás a tona um protagonista um tanto quanto diferenciado, pelo menos para a época: um advogado obeso. Ok, no mesmo ano nós tivemos o Professor aloprado com Eddie Murphy que tratou do assunto da obesidade de forma irreverente e bem humorada, mas este tipo de personagem não era comum na época.

Aqui não tivemos uma comédia pastelão típica dos anos 1990, mas uma espécie de crítica social aos abusos das brechas da lei cometidas por entidades judiciarias para benefício próprio e de como uma punição vinda de fora poderia fazer (ou não) um "caga regra" rever seus conceitos a medida que sua vida entra em risco por conta de seus atos.

Esse é o plano de fundo que faz girar o enredo que nos apresenta a um advogado de 148 quilos que usa e abusa de seus poderes para absolver criminosos mediante a uma boa molhada em sua conta bancária, se é que vocês me entendem e que certo dia usa destes poderes para se safar de uma condenação pelo homicídio não proposital da filha de um cigano.

Com o respaldo da lei, o protagonista sai ileso, porém a lei dos ciganos é implacável e o patriarca do clã e pai da vítima conjura uma maldição que faz com que o protagonista perca peso gradualmente o que de início ele vê como um milagre de uma dieta, mas que conforme o tempo passa o faz chegar a alcançar um peso muito baixo e que além disso, seus amigos envolvidos na falcatrua do julgamento também são acometidos pelas suas próprias maldições e estes vão morrendo com o passar do tempo.

Tudo começa em mais um dia rotineiro na vida do rico e obeso advogado Billy Halleck no café da manhã com sua mulher Heidi e sua filha Linda depois de encarar a balança do banheiro.

Depois do café, Billy comparece ao tribunal onde representa a defesa do mafioso linha dura Richie Ginelli acusado de tentativa de homicídio que termina em sucesso graças as brechas da lei, e quando eu digo lei eu quero dizer dinheiro e influências.

Depois do julgamento exitoso, Billy comemora com Richie e um farto banquete como parte da recompensa por mais um servicinho sujo bem sucedido.

Um festival cigano se instala na cidade no dia seguinte enquanto Billy recebe as congratulações dos amigos pela resolução do caso Ginelli conseguindo abocanhar uma festinha cheia de quitutes para mais tarde.

Logo depois, uma confusão se instala no festival que é encerrado graças a uma ação policial.

A noite, Billy e Heidi aproveitam a festa marcada mais cedo numa mansão chique e depois de algumas horas, o casal pega estrada de volta para casa e no caminho Heidi se empolga e começa a fazer uma horal na jeba obesa do marido ao volante.

Enquanto isso, Tadzu Lempke, o chefe ancião dos ciganos e sua filha Suzanne estão na farmácia mais próxima comprando um remédio para o nariz do patriarca que tem uma espécie de tumor e neste instante, a filha do cigano resolve voltar para o carro quando miseravelmente o veículo de Billy aparece e ele se descontrola atropelando fatalmente a cigana.

Em poucos dias, o julgamento de Billy pela morte da filha de Tadzu acontece e mais uma vez ele dá o famoso jeitinho de advogado para sair ileso do processo contando com a omissão do juiz Cary Rossington que encerra o caso qualificando-o como um acidente.

Na saída do tribunal, Billy encontra Tadzu que toca rapidamente seu rosto proferindo a palavra thinner (que na versão dublada saiu como "magrinho") desaparecendo com um sorriso suspeito.

Tempos após este encontro, Billy começa a perder peso enquanto segue sua vida luxuosa.

Por coincidência, o juiz Cary revela á Billy ter tido contato com o patriarca dos ciganos depois do julgamento e que este também tocou seu rosto e proferiu alguma palavra que ele não se lembra e desde então, uma espécie de escama começou a crescer pelo seu corpo.

A perda contínua de peso de Billy preocupa Heidi que exige que o marido pare de fazer dieta e que procure um bom médico para fazer um check up. Feito os exames, nada fora do normal é encontrado no corpo de Billy que deixa de se preocupar com seu estado e começa a reformular totalmente seu guarda roupa passando pelo alfaiate.

Acreditando que sua dieta recente está fazendo milagre, Billy ataca a comida feito a Thais Carla na ceia de natal, certo de que continuará emagrecendo mesmo comendo muito.

Na mesma tarde, Billy descobre que o juiz Cary foi as pressas para Minnesota para tratar de um câncer e então ele resolve visitar sua mulher, Leda que diz ao advogado que o câncer foi só uma fachada e que o que o marido tem de verdade é uma maldição aplicada por Tadzu. Ela ainda diz ter ouvido escondida ele dizer a palavra "lagarto" ao tocar o rosto de Cary e que por isso ele começou a criar escamas indo buscar tratamento.

Leda culpa Billy pelo ocorrido por conta do assassinato da filha do cigano mór e que ele também está sendo vítima da maldição e não uma dieta milagrosa e ele só acreditará em suas palavras quando sua perda de peso sair do controle podendo se tornar fatal.

Depois, Billy liga para Richie Ginelli para perguntar sobre sua crença em maldições e na sequencia ele revela a possibilidade a Heidi que é cética e o aconselha a procurar uma clínica especializada em dieta para que o seu quadro seja estudado.

Em outro momento, Billy procura o chefe de polícia Duncan Hopley que depôs ao seu favor no julgamento do caso Lempke e descobre que ele também teve contato com Tadzu que também o tocou e após isso, seu rosto e seu corpo começou a inchar como se tivesse recebido várias picadas de abelha.

Duncan oferece sua arma ao advogado pedindo para ele matar Tadzu em seu nome já que ele não tem mais tempo de vida. Billy sai da casa do amigo policial escorraçado e este logo em seguida atira contra si mesmo em off screen.

De volta a casa, Billy discute com Heidi por ela insistir no ceticismo quanto a maldição.

Depois do sepultamento de Duncan, Billy procura pelo detetive Deevers que o está assessorando na busca pelo paradeiro de Tadzu já que ele e seu clã saíram da cidade. 

Outra vez em casa, Billy encontra Heidi em um momento comprometedor com o doutor Mike Houston da clínica de emagrecimento e na sequencia deixa a cidade se tornando foragido tendo sua cabeça valendo 5000 dólares.

Logo depois, Billy encontra uma feira cigana no Maine onde encontra Tadzu e sua neta Gina. O velho sem ser perguntado diz o advogado que ele irá emagrecer até a morte validando a maldição.

Na sequencia, Billy é perseguido por Gina, mas por sorte, o juiz Cary aparece de carro agora totalmente transformado num lagarto oferecendo fuga ao amigo advogado.

Tadzu persegue os dois em seu carro e fecha a dupla entre outro veículo provocando uma colisão, mas tudo acaba se revelando um pesadelo.

Confuso, Billy telefona para Leda que revela que o marido bateu o carro na noite passada, morreu e será cremado em breve.

Billy vai a um bar do Maine coletar informações sobre Tadzu até encontrar um bêbado local chamado Flash Enders que diz ter tido uma pendência com o patriarca dos ciganos que custou a vida de sua esposa (adivinha por culpa de quem?).

A noite, Billy vai até o acampamento cigano onde Gina o confronta e o advogado mostra suas costelas aparentes tamanho o nível que seu emagrecimento alcançou e implora pela quebra da maldição, que Tadzu nega dizendo que o que ele fez morrerá com ele.

Com a negativa, Billy amaldiçoa todo o clã e é humilhado tendo a palma de sua mão transpassada por uma pedrada executada por Gina.

Escondido em um hotel, Billy recebe tratamento médico para seu ferimento.

Na manhã seguinte, Billy recebe a visita de Richie Ginelli que diz ao amigo que esteve investigando sua família e descobriu que Heidi e o amante pretendem alegar a insanidade mental do advogado para poder interná-lo num hospício e depois interditá-lo financeiramente.

Richie resolve ajudar seu bem feitor pelos serviços prestados a ele contratando os serviços de Frank Spurton para investigar o clã de Tadzu, mas na primeira investida, o rufião é pego por Gina e eu marido Gabe que o matam e vandalizam seu carro como represália.

Fulo, Richie prepara um arsenal de grande porte e invade o acampamento cigano a noite abduzindo Gabe e abrindo fogo contra vários veículos que explodem iniciando uma troca de tiros. Richie joga Gabe amordaçado no meio do fogo cruzado e este é confundido pela família que o alveja até a morte deixando a resposta à represália dada.

Na manhã seguinte, Richie se faz passar por delegado e leva Gina para uma armadilha a nocauteando num depósito momentaneamente até que Billy chega e pede ao cliente para não matar a cigana.

Dado o recado, a dupla foge para o litoral onde Richie deixa o amigo exausto pelo emagrecimento que já alcançou níveis preocupantes e o aconselha a matar Tadzu, indo embora logo depois.

Billy é acordado do desmaio em que se encontra por Tadzu que faz um discurso sobre justiça deixando claro que o advogado usou de suas malícias para burlar a justiça e sair impune e que para evitar mais derramamento de sangue cigano ele conjura uma anti-maldição despejando o sangue do rombo da mão do ex obeso em uma torta de morango e diz que para a maldição ser quebrada alguém terá que comer a torta e esse alguém morrerá, pois este é o custo da quebra: uma vida!

Outra saída que o ancião dá é que o próprio Billy coma a torta para abreviar sua morte iminente, mas este se nega já tendo em mente sua vítima. O velho suplica ao advogado para que ele tenha uma morte limpa e se vai para sempre.

Billy liga para casa dizendo á Heidi que irá voltar naquele mesmo dia e horas depois já em casa, ele é recebido pela esposa que jura de pé junto não ter tido nada com o doutor Houston e o marido que não é trouxa oferece a ela uma torta de morango fresquinha.

Na manhã seguinte, Billy acorda com Heide morta asfixiada de recheio de morango que vazou por um de seus olhos e que além disso provocou-lhe uma decapitação, o que não deixa Billy nada afetado.

Depois, ao chegar na cozinha, Billy percebe que tem dois pratos sujos de torta e Linda revela ter comido junto com a mãe indo para a escola em seguida.

Desconsolado, Billy tenta o suicídio, mas antes que pudesse abocanhar um pedaço de torta, o doutor Houston aparece e o advogado resolve levar o fura-olho junto para o inferno oferecendo a ele uma fatia de torta e este aceita se deliciar com um café da manhã caseiro...

Cá entre nós, eu achei este final meio bosta apesar de propício. Parece mais a cena final de um episódio de uma série sitcom, o que quebrou um pouco a imersão.

O que me incomodou mais na verdade no filme é a desnecessidade de soltar tanto personagem aleatório aqui e ali que mal tem uma cena apenas para reforçar a reputação do patriarca dos ciganos e depois dane-se. Parece que o roteirista simplesmente estava sem ideia do que fazer para preencher uma hora e meia de longa metragem e nós estamos falando de Tom Holand, o cabeça por trás do primeiro filme da franquia Brinquedo assassino. Aliás, Holand também dirigiu A maldição.

Fora isso, a obra segue a essência de toda criação de Stephen King tendo ótimas cenas de ação e de perseguição, além de um ótimo trabalho da maquiagem que caracterizou primorosamente o ator Robert John Burke com uma prótese de gordo, além de trabalhar igualmente bem em seu aspecto esquelético quando o protagonista alcança uma magreza extrema.

Os efeitos práticos seguem no mesmo patamar de capricho para compensar o desleixo das outras áreas.

O rosto mais conhecido, pelo menos para mim até agora foi o de Joe Mantegna que aqui vive o mafioso vida louca Richie Ginelli e é conhecido por atuar nas áreas da atuação, produção, direção e roteirismo de grandes obras como: O poderoso chefão 3, Criminal minds e Os Simpsons.

Aliás, como é comum em adaptações de suas obras, Stephen King também faz uma rápida aparição no filme como o farmacêutico que atende Tadzu na noite do acidente e ele também aparece no julgamento como testemunha tendo poucas falas. 

A obra em si é um bom divertimento, não é extrema então dá para curtir com um público mais jovem sem medo de ser feliz e não é por isso que o filme peca, muito pelo contrário, o terror é sim presente e bem construído, porém de forma mais sutil dando uma preferência especial para a narrativa.

Trailer:

A aldeia dos Amaldiçoados / A cidade dos Amaldiçoados / Village of the Damned (1960-1995)

A aldeia dos amaldiçoados é um filme de terror e ficção científica do início da década de 1960 que me chamou muita atenção pela forma pela qual eu conheci a obra.

Eu não tinha um conhecimento 100% claro de nenhuma das versões, e foi graças a uma paródia dos Simpsons em um episódio que eu cansei de ver que foi onde tudo começou. Mas eu não tinha conhecimento que aquilo era uma paródia, eu apenas chutei que a premissa era muito criativa e que os clichês vistos na breve paródia intitulada "O sanguinolento" não poderiam ter vindo do nada e com o advento da internet eu resolvi me jogar nas pesquisas e descobri que não só uma obra, mas um remake já existiam há muito tempo e então lá me coloquei eu a pesquisar onde ver o filme.

A experiência foi grata e tal como eu imaginava. O original foi mais direto, mais curto e mais puxado para o terror paranormal enquanto o remake puxou mais para o lado da ficção científica. Mas bora lá dissertar que é o que interessa.

A história que se passa anos depois de um fenômeno sobrenatural muito estranho que deixou a população da cidade rural de Midwich desacordados por várias horas chamando a atenção das forças armadas. Quando voltam a si, estranhamente as mulheres do local ficam todas grávidas ao mesmo tempo e dão a luz todas juntas.

As crianças, nascem e crescem com personalidades completamente fria, indiferentes a qualquer sentimento humano; com uma inteligência fora do comum, sem contar que todos tem cabelos prateados, um olhar penetrante e desde o berço desenvolveram poderes telepáticos, causando muita confusão e medo a pequena Midwich com o uso deles.

O professor Gordon Zellaby, instrutor das crianças e pai de David, uma delas, parece ser o único capaz de impedir a onda de assassinatos e acidentes que as crianças andam causando sem parar, já que ele demonstra uma grande resistência mental as torturas psicológicas das crianças.

Isto é o trunfo para o grande desfecho, depois que as crianças deixam claras suas intenções de fugirem de Midwich para poder procriar depois de descobrirem que as forças armadas pretendem exterminá-las.

Gordon resolve levar uma bomba relógio escondida em uma bolsa até a sala de aula onde tenta ganhar tempo concentrando-se numa imagem mental de uma parede de pedra enquanto as crianças usam seu poder mental ao máximo para descobrir o que ele esconde uma vez que suspeitam de seu nervosismo.

Bem em cima da hora as crianças descobrem a bomba, porém ela detona mandando todos pelos ares, incluindo Gordon que se sacrifica para salvar a comunidade.

A refilmagem produzida em 1995, dirigido nada menos que por John Carpenter conta com um elenco de peso com Kirstie Alley interpretando a doutora Susan Verner, uma personagem que não existe na versão original e serve como uma vilã, e Christopher Reeve (o eterno Superman) em seu último papel antes do acidente que interrompeu sua carreira. 

Nesta versão, Reeve foi quem deu vida ao doutor Alan Chaffee (papel correspondente ao professor Zellaby) pai da menina Mara, líder da trupe ao invés de David que nesta versão é filho de Frank e Jill MacGowan, além do que o garoto tem um desenvolvimento bem diferente nesta versão.

Aqui, as crianças nasceram para formar pares definidos para a procriação porém a menina que deveria ser o par de David foi raptada ainda recém nascida pela doutora Verner para que fosse feita uma dissecação já que ela tinha muito interesse em estudar a estrutura das crianças telepáticas. Por conta deste laço rompido, David ainda possuía bons sentimentos o que fez com que sua mãe no final, o separasse do grupo antes do clímax com a bomba que permanece.

O remake não foi muito bem recebido mas também não é tão ruim e até preenche bem o tempo que a versão de 1960 não preencheu visto que esta só tinha 77 minutos e nenhuma subtrama.

Sobre a versão de 1960 ainda tem algo curioso que me escapou das primeiras que eu vi. O interprete de David, o até então jovem Martin Stephens co-protagonizou no ano seguinte o clássico gótico Os inocentes onde interpretou Miles, um garoto muito estranho que esconde um grande segredo envolvendo fantasmas de uma mansão antiga. Tem resenha deste filme aqui e eu super recomendo.

No mais, a versão de 1960 ainda conta com uma sequencia chamada A estirpe dos malditos que tentou em vão repetir o sucesso de sua antecessora, porém a produção se agarrou no mesmo formato sem agregar nada de novo.

Trailer (Versão de 1960):

Trailer (Versão de 1995):

A Profecia / The Omen (1976-2006)

Uma franquia bem curta, porém memorável, trouxe de maneira nada sutil e desconsertante para quem é fervorosamente cristão um enredo pleno em passagens bíblicas, a exploração a ascensão do anti-Cristo como tema principal.

Eu vou ser mais direto e ir mais rápido ao roteiro por que esta obra merece ser explorada ponto a ponto com gosto, afinal este é apenas o pontapé da coisa toda e cada detalhe vale para não perder qualquer referencia nas sequencias a seguir.

Tudo começa quando o filho do embaixador da Inglaterra, Robert Thorn morre durante o parto e na ocasião, o Padre Brennan, que lá estava, diz ao diplomata que um outro bebê que lá acabara de nascer, perdeu a mãe no parto e como bom cristão que o homem deve ser, poderia adotar o pequeno órfão, sem claro revelar nada a sua mulher, Kate. Robert, que estava abalado com a perda concorda com a troca sem contestar.

Cinco anos depois, o sexto aniversário do pequeno Damien Thorn, filho de Robert acontece como um grande evento nacional com direito a muitos repórteres de plantão cobrindo o acontecimento do ano.

Molly, a jovem babá de Damien avista de longe, um cachorro negro aterrorizante que parece hipnotizá-la, fazendo com que ela suba até o telhado da mansão dos Thorn, chamando a atenção de todos que lá estavam com uma corda atada ao pescoço, dizendo amar Damien, se suicidando em seguida, mas dizendo antes que o estava fazendo pelo menino.

Sem perder tempo, os repórteres agarram o furo e Robert se esquiva de todos, porém é abordado por um padre que tenta convencer Robert a aceitar Cristo e comungar antes que ''Ele'' os destrua, mas é inútil. Na saída, Keith Jennings, um fotógrafo, tira uma rápida foto do sacerdote depois de um rápido incidente com Robert.

Uma nova babá, chamada senhora Baylock, diz ter sido mandada pela agência depois que descobriram pelo jornal o trágico fim da babá anterior do menino Thorn. Depois de enrolar Kate e Robert, ela fica com o emprego e conhece Damien, dizendo a ele que ela estava lá para protegê-lo e ele sorri, como se a conhecesse antes.

Dias depois, o casal Thorn passeia com Damien de carro e ao passarem perto de uma igreja, o menino adoece e surta, gritando e agredindo os pais violentamente. Robert então, decide dar meia volta, e ao chegar em casa, discute com Kate a respeito da saúde perfeita de Damien pois ele nunca teve um resfriado se quer em toda sua curta vida.

Já em casa, Robert é surpreendido pela babá com um cachorro ao lado, o mesmo que apareceu na festa e fez algum tipo de contato com a antiga babá. Baylock diz que o animal pode ser uma ótima companhia e um bom cão de guarda para Damien, porém Robert se recusa, mas acaba perdendo o embate.

No outro dia, Kate leva Damien até um zoológico safári e o que parecia ser um passeio divertido, acaba se transformando num pesadelo quando os babuínos ficam inquietos com a aproximação de Damien, atacando o carro do safári violentamente.

Em casa, abalada, Kate diz a Robert que está apavorada, com toda razão já que os últimos dias foram bem atribulados com tantos acontecimentos estranhos.

Depois de assistir uma partida de futebol, Robert é agraciado com outra aparição do padre Brennan que implora para que os dois possam se encontrar para que ele possa explicar o que ele realmente quer. Na despedida, Keith, que estava por lá, fotografa o religioso novamente.

Durante o encontro, o padre cita uma passagem da bíblia, dizendo que os dois morrerão pelas mãos do filho do mal e que o embaixador deve ir a Israel se encontrar com um homem chamado Bugenhagen que sabe como deter esse enviado das profundezas antes que seja tarde. Robert retruca com ceticismo e o religioso diz que foi ele que entregou o recém nascido Damien a ele e ainda completa alegando que Kate está grávida e que ''Ele'' não aceitará o ocorrido e que matará o bebê, Kate e Robert.

Farto, Robert manda um dane-se para o padre e o deixa a ver navios. Do nada, uma ventania começa e vai se fortalecendo com a chegada de raios que atacam o sacerdote, que corre até a igreja, pulando o portão que estranhamente está trancado.

Ao tentar abrir a porta de entrada, o velho padre é surpreendido com um vergalhão que despenca do telhado, matando-o empalado pela boca.

Após uma crise de nervos de Kate por conta do comportamento abusivo de Damien, Robert descobre pelos jornais a terrível morte do padre e recebe uma chamada de Keith com urgência para que os dois se vejam em seu estúdio.

Enquanto isso, Kate, que estava perto da sacada arrumando seus vasos suspensos de planta, leva um esbarrão de Damien em seu triciclo, caindo de uma enorme altura com a ajuda de Damien, que arrasta as mãos da mãe, que estava pendurada.

Já no estúdio, Keith mostra a Robert as fotos que ele tirou do padre Brennan antes de morrer, revelando uma imagem sobreposta em ambas as fotos de um objeto comprido transpassando o corpo do sacerdote, acreditando que aquilo foi uma profecia do que aconteceria a ele e que de fato se consumou.

Keith, tem bons motivos para acreditar que ele será a próxima vítima, já que ele fotografou a si mesmo recentemente e a imagem revelou um objeto sobreposto lá também.

Ainda com as investigações, os dois adentram aquele que era o quarto do finado padre e encontram anotações que apontam Damien ligado aos acontecimentos e como sendo ele a entidade que o religioso se referia como filho do mal, o anti-Cristo renascido, já que ele veio ao mundo no sexto dia, no sexto mês e na sexta hora como diz a bíblia.

Robert e Keith vão até Roma, no local onde Damien veio ao mundo, para tentar resgatar registros de seu nascimento, porém a madre superiora que dirige o local, diz que a sessão de arquivos foi incendiada há algum tempo, portanto tudo se perdeu e que ainda, um monge quase morreu na ocasião, religioso esse que aparentemente é o único que sabe algo sobre os registros, porém ele foi transferido para um monastério para se tratar.

Robert e Keith vão imediatamente ao monastério ter uma conversa com o tal monge, mas descobre que ele se encontra em estado catatônico, porém ele pode se comunicar pela escrita. Robert então, pede que ele diga onde está enterrada a mãe biológica de Damien e os restos mortais de seu filho biológico. Com muito custo, o monge escreve em poucas letras o nome do cemitério abandonado, onde a dupla rapidamente rumam.

Chegando lá, eles encontram facilmente o túmulo da genitora de Damien e para a surpresa de ambos, lá repousa os restos de um chacal, que é o receptáculo do anti-Cristo, fruto de sua cruza com o demônio. No túmulo ao lado, que também é profanado, descansava os restos do verdadeiro bebê Thorn.
Inesperadamente, uma pequena matilha de cães, da mesma raça do mascote de Damien, encurrala e ataca Robert e Keith que escapam por um triz com algumas cicatrizes.

De volta ao hotel, Robert telefona para Kate dizendo para ela ter cuidado e que ele está preparando sua transferência para um hospital de Roma.

Infelizmente, a senhora Baylock não dá tempo para Kate, arremessando-a do alto da janela de seu quarto, fazendo-a despencar sobre o teto de uma ambulância, morrendo na hora.

Robert rapidamente descobre o falecimento de Kate, porém não tem tempo a perder e junto de Keith, vão a Israel conhecer Bugenhagen que revela claramente que Damien é sim a personificação do anti-Cristo e que a única coisa que pode detê-lo é um conjunto de sete punhais que devem ser fincados nele em solo sagrado, isto é, sobre um altar de igreja, antes que ele ascenda seu poder sobre o mundo. Robert ainda incrédulo é rebatido por Bugenhagen que revela que a maior prova da real identidade de Damien é a marca com o número da besta (666), escondida em seu couro cabeludo.

Robert leva os punhais, porém tomado pela compaixão (afinal ele criou e amou Damien desde que ele veio ao mundo), os descarta junto a uma pilha de areia, dizendo a Keith que não pode matar seu filho.
Keith então diz que ele irá agir por conta própria e recolhe os artefatos. Perto de lá, um vidraceiro, sem querer destrava o freio de mão da caminhonete da empresa, que caminha de ré até ser barrada por um obstáculo, fazendo com que uma vidraça seja catapultada da caçamba em direção de Keith que é violentamente decapitado aos olhos de Robert.

Robert, atordoado, recolhe os punhais e volta ao seu lar na ponta dos pés, sendo recebido pelo cachorro (que é um enviado do inferno para servir Damien, assim como a senhora Baylock), porém astuto, o embaixador atrai o animal satânico até o porão, trancando-o lá mesmo.

Logo depois, sobe até o quarto de Damien que dorme e com uma tesoura, recorta uma mecha de cabelo do menino, revelando a marca da besta e fazendo com que Robert acredite de uma vez em toda a verdade.

Baylock o ataca do nada, porém é nocauteada. Na fuga, com Damien nos braços, Robert cai da escada e tem outro embate com a babá, porém, Thorn a manda  de uma vez por todas para a vala perfurando o pescoço da enviada do satã com algumas ferramentas.

Robert recupera Damien, jogando-o no banco de trás do carro e dispara, chamando a atenção da polícia que o persegue, até que ele desce com o menino na igreja mais próxima. Lá, ele deita o menino no altar e ao tentar apunhalá-lo, a polícia chega na hora, e ao interpretar aquela cena erroneamente, dispara contra Robert.

No final, dois caixões são submergidos as suas respectivas valas numa cerimônia bem reservada, e de perto, o motorista do presidente diz que eles partirão para casa imediatamente. De mãos dadas e de costas com a autoridade máxima do país, está Damien, que se vira para câmera com um olhar sereno e em segundos dá um sorriso ameaçador seguido da trilha sonora calafriante que fecha o filme de forma magistral. Porém, Damien, o filho do demônio cumprirá a profecia que o levará ao poder supremo?

A profecia ainda tem duas sequencias diretas e uma quarta parte produzida exclusivamente para a teve e ainda conta com um ótimo e fiel remake produzido em 2006, trinta anos depois do original e ambos foram lançados no cinema estrategicamente no sexto dia do sexto mês num ano terminado pelo dígito seis, uma óbvia referência ao número da besta (simplesmente genial).

Outro grande ponto forte do primeiro filme é a trilha sonora, em sua maioria, interpretada pelo coral de uma orquestra de forma aterrorizante e com um arranjo de arrepiar, casando perfeitamente com a atmosférica sombria do longa, com destaque especial ao tema principal ''Ave Satani'' composto brilhantemente por Jerry Goldsmith (que aliás colaborou nas trilhas do segundo e terceiro filme também), um grande clássico de deixar a espinha congelada que além de causar furor em cena ainda coleciona o título de um dos filmes mais amaldiçoados de todos os tempos, já que parte do elenco e da produção sofreram coincidentes (ou talvez não) acidentes e até mesmo mortes.

Trailer (Versão de 1976):

Trailer (Versão de 2006):