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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

sábado, 11 de junho de 2022

Gritos Mortais / Deadly Silence (2007)

 


Nem só de Jogos mortais e Invocação do mal vive James Wan, colecionador de grandes clássicos do terror. Wan também coleciona obras esquecidas e mal interpretadas, mas que acumulou um grupo de fãs do sobrenatural.

Gritos mortais de 2007 foi essa obra divisora de águas considerada por muitos como o patinho feio no currículo de James Wan por não ter suprido tudo aquilo que era esperado e na minha opinião o que foi apresentado já é suficiente para considerá-lo um filme bacana, que cumpriu bem seu papel sem ser pretensioso, afinal o longa não prometeu muito.

Mas vamos ao que interessa, o enredo. Tudo começa depois de um conserto mal sucedido de encanamento. Jamie Ashen que não tem nada de encanador logo depois do conserto resolve pedir comida de fora para ele e sua noiva Lisa. Pouco tempo depois, ambos são surpreendidos com a entrega de uma estranha arca contendo um boneco de ventríloquo dentro sem remetente no pacote.

Enquanto Jamie busca o jantar na rua, Lisa nota um volume estranho debaixo do lençol da cama e quando vai averiguar é lançada contra a parede e o que quer a tenha ferido a ataca na penumbra.

Jamie chega minutos depois com a comida e encontra um rastro de sangue. Ao chamar por Lisa, estranhamente ela responde em tom de deboche e quando Jamie chega no quarto encontra sua noiva morta com a mandíbula e os olhos saltados como se tivesse gritado e sem a língua. (Mas se ela estava morta, quem respondeu Jamie com a vós de Lisa?).

Os peritos forenses logo aparecem para remover o corpo e Jamie logo é interrogado como suspeito mesmo ele tendo alegado que a casa estava fechada na sua ausência e que o boneco de ventríloquo que ele recebeu não estava no lugar que ele deixou pela última vez antes de sair mas sim no local do crime.

Sem provas e sem flagrante contra Jamie, o detetive Lipton o libera temporariamente até que se investigue mais a fundo como as coisas aconteceram.

De volta em casa, Jamie resolve investigar a arca onde veio o boneco que ele descobre se chamar Billy e ao rasgar o forro do compartimento onde veio o boneco, ele descobre o nome Mary Shaw e o nome da cidade Raven's Fair onde coincidentemente ele nasceu e onde vive hoje seu debilitado pai Edward e sua jovem madrasta Ella.

Jamie então resolve voltar as origens e vai direto visitar seu pai e pergunta a ele sobre a identidade da tal Mary Shaw e uma cantiga envolvendo ela que ele descobriu a pouco e isso reaviva uma antiga rusga entre pai e filho.

Logo depois, Jamie vai até a funerária encomendar um caixão e acaba se hospedando em um hotel onde no meio da noite tem um encontro com o fantasma de uma velha afrente do boneco Billy que aparenta ser a tal Mary Shaw.

Na mesma noite, Henry Walker, o dono da funerária quase tem um encontro com o sobrenatural se não fosse pela intervenção de sua mulher Marion que tem problemas mentais e estava fora de seu quarto, no qual Henry a leva de volta.

No dia seguinte, durante o sepultamento de Lisa, Jamie vê Marion de longe chamando sua atenção. Marion pergunta a Jamie se ele viu o momento em que Lisa foi morta e se ela manteve contato visual com Mary Shaw, porém Henry a interrompe e a leva de volta para seu quarto pedindo desculpas ao rapaz pois sua mulher está doente e não sabe o que fala. Será?

Na calada da noite, Jamie vai ao cemitério junto de Billy e o enterra junto ao túmulo de Mary Shaw, sua dona. No entanto, ao voltar para casa, Jamie encontra Billy todo sujo nas mãos do detetive Lipton que suspeita que aquilo foi uma ocultação de prova do crime.

Jamie fala ao detetive sobre uma cantiga infantil atribuída a Mary Shaw que diz que aqueles que a encontrarem em sonho não deve gritar ou ela arranca sua língua. Ele liga a cantiga a forma com que Lisa foi encontrada, mas é claro que o detetive não engole.

Jamie então, resolve levar Billy até Marion e pergunta a ela sobre Mary Shaw, mas Henry que aparenta saber algo a detém e aconselha o jovem a ir embora de Raven's Fair, porém antes fala sobre Shaw que era uma ventríloqua há várias décadas quando Henry era criança e que Billy era seu principal número.

Certo dia, durante uma apresentação com a casa cheia, um menino chamado Michael disse a todos ter visto Shaw mexer a boca enquanto executava o número de ventriloquismo o que deixou a senhorinha profundamente envergonhada. Depois disso, o menino desapareceu misteriosamente e nunca mais foi visto.

Henry segue dizendo que o último desejo de Mary Shaw era de ser enterrada com todos seus bonecos a quem ela considerava como filhos e que seu cadáver fosse transformado em boneca no processo de embalsamamento. Depois disso, Raven's Fair foi amaldiçoada e Lisa foi vítima da maldição de Shaw.

Neste instante, o detetive Lipton cava o túmulo de Mary Shaw em busca de pistas. Paralelo a isso, Jamie investiga o antigo teatro onde Shaw se apresentava. Lá, ele encontra o diário de Mary Shaw que continha várias gravuras feitas a mão com detalhes da confecção de bonecos e recorte de jornais com matérias policiais sobre crianças desaparecidas há meio século e entre eles o menino Michael que ironicamente tem o sobrenome Ashen, seu mesmo sobrenome.

Na casa de Henry, o velho flagra Marion conversando com o boneco Billy muito assustada. Henry afasta Billy da mulher e ao voltar percebe que ela se escondeu como de costume. Ao procurá-la, dá de cara com o fantasma de Mary Shaw que leva sua língua e sua vida assim que ele grita de medo.

De volta a casa do pai, Jamie pergunta a ele o que eles tem a ver com o menino Michael e Mary Shaw, e Edward revela que aquele era seu tio, e portanto tio avô de Jamie. Edward revela que assim que as autoridades descobriram que Shaw era a principal suspeita do desaparecimento do pequeno Michael, sua família a linchou, arrancou sua língua e depois a matou. Shaw então está em busca de vingança contra os Ashen.

Neste momento, o detetive Lipton chega e interroga Jamie dizendo que os bonecos de Shaw sumiram e que ninguém na cidade a conhece. Nesta mesma hora, Jamie recebe uma ligação de... Henry? que diz ter visto Mary Shaw e que ele está no teatro esperando-o. Dando um olé no detetive, Jamie se dirige ao teatro, porém Lipton segue em seu encalço. 

Chegando no teatro, Lipton intimida Jamie e juntos, seguem a vós de Henry até encontrarem a enorme coleção de bonecos de Mary Shaw e um desses bonecos era uma criança: o menino Michael!

Os outros bonecos começam a mexer suas cabeças para o lado visualizando um boneco vestido de palhaço em uma cadeira de balanço que é assumido pela alma de Mary Shaw que admite a autoria dos raptos e que matou Michael para fazer dele seu boneco perfeito e que além disso está silenciando todos que silenciaram sua vós.

Jamie pergunta o porque de Lisa fazer parte de sua vingança se ela não é uma Ashen e Shaw responde que ela estava grávida e por estar carregando um Ashen em seu ventre, sua morte era válida, afinal matando-a o bebê que seria um Ashen morreria automaticamente.

Lipton começa então a atirar nos bonecos até começar um incêndio. Tentando fugir, o detetive é pego por Shaw que o faz gritar e levar então sua vida consigo.

Sozinho, Jamie foge através de um lago que cerca a entrada do teatro e sem perda de tempo volta para a casa de Henry para destruir Billy, mas o que encontra é Marion com o cadáver do marido. Ela diz que Billy foi levado por Edward e Jamie vai até a casa de seu pai.

Chegando lá, ele encontra Billy e o fantasma de Shaw que tenta pegá-lo, mas ela é detida de uma vez quando seu último boneco é atirado na lareira em chamas.

Ao mesmo tempo, Jamie encontra o corpo de seu pai com um profundo buraco em suas costas com um pedaço de madeira no lugar da coluna sustentando-o. Neste instante, ele surta ao seu lembrar das gravuras de Shaw contidas no diário que mostravam uma espécie de mecanismo de controle que nada mais era que um pedaço de pau ligado entre a cabeça e a bacia, tal qual aconteceu com Edward que o tempo todo estava morto e era controlado como a um boneco por sua mulher, Ella que de alguma forma emulava sua vós e seus movimentos com perfeição, tal como foi com Lisa e Henry depois de suas mortes, tudo explicado em um flashback com mais detalhes. E Ella estava sendo controlada por Mary Shaw o que explica melhor ainda a emulação das vozes.

Esgotado e apavorado, Jamie grita perante Shaw que arranca sua língua.

No final, uma coleção de fotografias mostra as vítimas recentes de Mary Shaw transformadas em bonecos de ventríloquo se tornando assim sua nova coleção.

E é nesta atmosfera aterrorizante que se encerra este clássico subestimado de James Wan que sofreu e sofre até hoje nas mãos da crítica. Eu mesmo gosto muito, para mim o andamento da trama não foi nada previsível e por isso o desfecho foi inesperado.

O filme não é nada massante, é facilmente digerido, tem ótimas sequencias de sustos e uma boa ambientação nas cenas referentes aos flashback do passado de Mary Shaw que montou perfeitamente bem um típico cenário norte americano do início do século passado. Tem que se dar crédito por isso.

No mais é um filme cheio de suspense, com boas cenas de mortes e o final deixa tudo muito bem explicadinho sem deixar nenhuma ponta solta. Mais um ponto a favor.

A maquiagem da Mary Shaw como fantasma também é digno de nota, ficou muito bem feita.


Trailer:



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