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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

terça-feira, 7 de novembro de 2023

The Bad Seed (1985)

 


Dias atrás eu fiz uma resenha da versão mais recente da obra de William March e acabei mencionando o obscuro remake de 1985 produzido diretamente para a televisão indo ao ar no canal ABC. A intenção era deixar para trazer uma dissecação deste telefilme bem futuramente, mas acabei ficando curioso para ver pela primeira vez e me empenhei na procura pelo bom e velho Google e o encontrei numa espécie de nuvem de algum usuário latino, já que as legendas estavam em espanhol.

Pois bem, lá fui eu assistir com toda calma do mundo e me surpreendi com uma montagem impecável mantendo o enredo de 1956 o mais próximo possível mudando coisas triviais como por exemplo: o pai da protagonista mirim que aqui se chama Rachel tirou a própria vida a pouco mais de um ano e que por conta disso ela se mudou com a mãe de Chicago para o litoral e com a ajuda do pai ela conseguiu uma casa em um condomínio residencial onde fez amizade com o casal Breedlove.

O resto é o mesmo, claro que enxugando aproximadamente vinte minutos pela falta do pai no enredo e que por isso, o final teve que ser readaptado e antecipado sem estragar a surpresa, é claro.

A história todo mundo já sabe mas vai lá: tudo gira em volta de uma menina de apenas oito anos que esconde uma personalidade sociopata e manipuladora debaixo de um rosto angelical e um sorriso fofo, mas não é só isso que ela esconde, mas um assassinato no cais por conta de uma medalha de caligrafia dada pela escola em um piquenique comemorativo da qual ela desejava mais que tudo.

Daí para frente temos uma sessão de diálogos regados a histórias criminais e muita psicologia e um conflito de crenças entre a ficção e a realidade sobre como pode ser possível que uma criança possa herdar os genes assassinos de um antepassado.

Tudo começa no exterior da residência da bondosa senhora Post, uma velhinha criadora de gatos no momento em que ela chama seus bichanos para comer do alto da escadaria, até que alguém que não conseguimos ver a fecha por trás e a empurra para a morte certa.

Passado a introdução, somos levados tempos depois a outra cidade onde Mônica Breedlove faz uma visita a sua amiga e inquilina Christine Penmarck e a filha dela, a pequena e adorável Rachel. Quem também as visita é Richard Bravo, pai de Christine que está de partida a trabalho.

É mencionado por Christine, que Rachel está chateada por não ter ganho a medalha de caligrafia da escola da senhorita Fern que ela tanto se esforçou para ganhar.

Depois de acompanhar o avô até o táxi, Rachel tem outra de suas continuas rixas com o zelador Leroy Jessup que a vive importunando com comentários maldosos.

Na volta para dentro de casa, Rachel encontra Mônica e ganha dela um colar de ouro com um pingente fino como forma de consolação pela perda da medalha da escola.

De saída com a mãe para o piquenique da escola, Rachel tem outra desavença com Leroy que molha seus sapatos causando a quebra de um vaso. A menina astuta ameaça dedurar o servente para Mônica certa de que vai levar a melhor.

Logo depois, Rachel toma o ônibus da escola chegando em pouco tempo a praia onde ela fita o menino Mark Daigler, ganhador da medalha. Afastado de todos, Rachel leva Mark até a orla e ordena que ele dê a medalha para ela e ele se nega pondo-se a corre até o cais ultrapassando um bloqueio de perigo de desabamento onde sua algos o segue calmamente.

No corte seguinte, Mark é dado por desaparecido dando início a uma busca em massa que termina cedo quando o corpo sem vida do menino é encontrado na beira do mar com indícios de afogamento. Rachel observa satisfeita uma tentativa infrutífera de ressuscitação cardiopulmonar.

De volta a casa, Christine conversa com Mônica e seu marido Emory sobre o ocorrido com Mark e menciona o ocorrido em Chicago com a velha senhora Post que assim como a senhora Breedlove era uma adoradora de Rachel.

Brevemente, Christine fala com Rachel sobre seus sentimentos quanto a morte de Mark e ela leva tudo na maior frieza e naturalidade indo patinar logo em seguida.

Na saída, Rachel é aborrecida por Leroy que estranha que a menina esteja se divertindo enquanto o cadáver do filho dos Daigler ainda está frio no caixão.

Emory que é romancista policial fala sobre casos de grandes psicopatas históricos que serviram de inspiração para suas obras e ao mencionar o nome de Bessie Denker acaba chamando a atenção de Chrsitine que o acha familiar. O escritor revela que Richard que trabalhou para a policia no passado conheceu Denker e acobertou seu caso.

A noite, enquanto conta uma história para Rachel dormir, Chrstine pergunta a filha se ela não andou tendo nenhum pesadelo a respeito da morte de Mark e tranquilamente a menina diz que não e dorme como um anjinho.

Enquanto dorme, Christine tem um de seus constantes sonhos enigmáticos com uma mulher a perseguindo fazendo-a acordar.

Na manhã seguinte, Christine recebe um telefonema da escola de Rachel onde a direção requisita a sua presença e logo depois ela pergunta a filha se ela fez algo de errado que não tenha contado, mas Rachel nega e com a saída da mãe ela martela o piano apreensivamente.

Na escola, Chrstine ouve da diretora que Rachel não poderá se matricular no ano que vem por sua fria conduta quanto ao caso Mark Daigler e ainda diz que duas meninas que estavam na orla contaram ter visto Rachel junto com Mark brigando momentos antes do acidente.

Rachel que lá está, dá uma versão distorcida dos fatos para não se denunciar e na sequencia, a diretora menciona uma onda de furtos de dinheiro atribuída a menina dos Penmarck e que só não a denunciará ás autoridades para manter a reputação da escola e que por conta disso, a pequena não será mais bem vinda no ano letivo que vem.

Chegando em casa, mãe e filha são recebidos pelo casal Daigler, Rita e seu marido cujo nome não é mencionado, os pais de Mark. Rita menciona que a medalha do filho desapareceu e como Rachel estava com ele antes do acidente ela tem que ter visto algo ou alguém que saiba do paradeiro da condecoração que ela queria que o filho levasse para o túmulo.

Rita insiste que a medalha foi arrancada de Mark pois ela mesmo a prendeu na lapela do menino o que descarta a hipótese de Christine de que o mar a teria tragado.

O senhor Daigler leva sua mulher abalada e pede desculpas ás Penmarck alegando que Rita andou tomando uns tragos para se acalmar.

Rachel vê escondida os Daigler irem embora e Leroy a incomoda dizendo que sabe que a menina andou aprontando e que ela tem muito a ver com o afogamento de Mark.

Pouco depois, Christine revista o porta-jóias de Rachel e encontra muito dinheiro escondido além da medalha de caligrafia de Mark e a esconde.

Depois de se despedir de Mônica que veio fazer uma rápida visita, Christine interroga Rachel sobre a medalha e ela diz te-la negociado com Mark por alguns centavos e depois se vitimiza dizendo sentir falta do pai e ter medo de todos e também diz ter medo que a mãe morra como Mark.

No dia seguinte, Christine menciona aos Breedlove que ela pretende escrever um romance policial e Emory empresta a ela um livro de crônicas policiais onde o caso Bessie Denker está ilustrado.

No jardim, Leroy atormenta Rachel dizendo saber que a menina matou Mark e que usou um pedaço de pau para acerta-lo antecedendo o afogamento. Depois diz que o pedaço de pau esconde as digitais da menina além do sangue do menino dos Daigler e que mesmo que o objeto contundente seja lavado a polícia pode encontrar os indícios que a denunciariam.

Ambos trocam acusações de pequenos delitos e Rachel se gaba com a certeza de que suas palavras irão valer mais do que as do zelador já que ela tem todos no bico.

De volta a Christine, ela debate com Emory a possibilidade da sociopatia ser hereditária o que o marido de Mônica contesta, indo embora logo depois.

Pouco depois, Christine pede a Rachel para dizer como realmente morreu a senhora Post e a menina se isenta dizendo que a velha sofreu um acidente.

Na hora de dormir, Christine tem o mesmo sonho de sempre e desta vez a vemos com poucos anos de idade correndo pelas fileiras de um milharal fugindo de uma mulher com uma faca na mão que a chama de Christine... Denker!

Acordada, Christine liga para o pai e fala sobre Bessie Denker que assassinou toda a família com exceção da filha menor décadas atrás.

Os dois combinam de se verem pela manhã e chegado o momento, Christine busca o pai e volta a falar em seu sonho que definitivamente é uma lembrança reprimida, levantando a hipótese de que a mulher que a persegue é Bessie Denker e que ela é sua verdadeira mãe.

Richard confirma a relação de Bessie e Christine e confessa que ele a adotou depois que Denker num momento breve de remorso a entregou e que a motivação para ela matar toda a família era o título de sua propriedade que estava avaliada em alguns milhares de dólares que ela queria apenas para si.

Na volta da escola, Rachel é incomodada por Leroy que diz que cães farejadores podem encontrar o pau usado para matar Mark e que através de um pó luminoso a polícia pode encontrar as manchas de sangue do menino e as digitais da menina. Rachel diz não ter usado um pedaço de pau caindo na armadilha do zelador que menciona um par de sapatos com solado de metal que a menina usava no dia do crime e que seriam os verdadeiros objetos contundentes.

Leroy ainda tortura a menina dizendo que ela irá para a cadeira elétrica pelo assassinato.

Do lado de dentro da casa, Richard descarta a hipótese da sociopatia hereditária e a conduta dócil e o sorriso doce o fazem ter certeza de que uma criança jamais poderia cometer um crime mediante a sua linhagem sanguínea.

Depois que Richard vai embora, Christine pega Rachel saindo escondida com os sapatos arrebentados nas mãos e a menina confessa te-los usado para bater em Mark no dia do piquenique e que o solado de metal provocou os hematomas e sua morte. Rachel se vitimiza dizendo que ia se livrar dos sapatos para que a polícia não a prenda e a mãe cai em seu teatro.

Christine deduz que Rachel matou a senhora Post e a menina confirma te-lo feito por interesse a uma joia que a senhorinha tinha prometido dar a ela depois que ela morresse.

Mais tarde, depois de refletir, Christine vai até o cais e joga a medalha de Mark no mar.

Na manhã seguinte, Leroy estranha que Rachel não esteja mais usando o sapato de solado de metal e a menina diz te-los jogado fora. O zelador diz estar com os calçados pois os encontrou em um armário graças a sua chave mestra e ameaça entregar as provas do crime á polícia.

Rachel o ameaça a devolver os sapatos e ele diz ter mentido sobre te-los pego, porém o fato dela ter levado muito a sério a brincadeira faz o serviçal acreditar que a coisa agora é séria enquanto a menina pega o ônibus da escola.

Na sequencia, os Breedlove fazem uma rápida visita e pegam Christine abatida fumando.

Fazendo a limpeza do incinerador, Leroy encontra os sapatos de Rachel. Horas mais tarde, chegando da escola Rachel observa Leroy enterrando algo no canteiro.

Dentro de casa, Rachel pega alguns palitos de fósforo escondido enquanto Christine descansa e vai até o depósito de ferramentas que também é o barraco onde Leroy dorme e se embebeda enquanto foleia suas revistas adultas.

Enquanto isso, Mônica retorna a casa dos Penmarck e dá á Christine alguns nomes de psiquiatras para a auxiliarem com o problema dos pesadelos.

Neste mesmo momento, a dupla ouve os gritos de socorro de Leroy que está preso no depósito em chamas. As duas correm até o lado de fora da casa mas o barraco já está totalmente tomado e Christine em choque prevê que Rachel é a autora do crime.

Depois que o corpo sem vida do zelador é levado, Christine interroga Rachel que se vitimiza novamente falando que Leroy a assustou com a história da cadeira elétrica.

Christine ampara a menina e horas mais tarde, na hora de dormir, troca os comprimidos de dormir de Rachel e depois de contar uma história para a filha dormir, ela faz a menina tomar o remédio com água o que a faz apagar rapidamente.

Aos prantos, Christine pede perdão a filha pelo que fez pois não podia deixar que a machucassem e em seguida vai ao escritório onde saca uma arma e conforme a câmera troca de plano, ouvimos um tiro.

Dias depois, Richard e os Breedlove debatem sobre o estranho suicídio de Christine mencionando que ela não deixou nenhuma carta de despedida revelando o motivo.

Depois que o casal explica como eles encontraram Rachel e Christine, a menina aparece viva e abraça Mônica fitando um colar fino em seu pescoço e ao mesmo tempo pergunta ao avô se eles podem vir visitar os Breedlove qualquer dia tendo uma afirmativa como resposta.

Depois de ir ao quarto buscar algo que ficou para trás, Rachel diz ao avô que está pronta para ir viver com ele...

O filme não mudou muita coisa comparado ao original de 1956, mantendo a violência subjetiva mas ao mesmo tempo dá detalhes novinhos sobre alguns acontecimentos como por exemplo como começou toda confusão com Mark Daigler e clareia também a história da relação entre Christine e Bessie Denker desta vez com imagens.

Aliás, as coisas aqui são esclarecidas em cena e não com extensos diálogos como foi o caso da versão original. No entanto a atuação aqui é mais contida e sem todo aquele dramalhão Shakespeariano, afinal são outros tempos (mas fizeram falta).

Constantemente, Rachel toca Bagatelle in A minor de Beethoven ao piano em momentos pontuais, fora que esta é a única trilha sonora o filme todo, dando um ar europeu a obra, o que de certa forma é um atrativo diferenciado a obra e uma bela referência ao original, já que Rhoda também tocava piano.

No mais, o filme é leve e desembaraçado e bem mais fácil de se digerir do que o original, mas é claro que não chega aos pés, mas pelo menos ao contrário da versão de 2018, esta pelo menos manteve toda a essência intacta e ainda melhorou o final da pequena assassina.


Trailer:


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