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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

sábado, 18 de novembro de 2023

A Mosca da cabeça branca / The Fly (1958)

 


No auge dos anos 1950, o ato de misturar terror com ficção científica era tão comum como respirar e basicamente tudo que fosse estranho, grotesco e perturbador fazia sucesso dando margem para cópias e inspirações cada vez mais loucas.

Em 1958, foi a vez da adaptação do conto de George Lagelaan do ano anterior virar filme trazendo um enredo improvável onde um cientista testa um dispositivo de teletransporte de matéria criado por ele mesmo trazendo consequências irreversíveis quando uma mosca entra em uma das câmaras e seu DNA se funde ao do protagonista gerando duas formas de vidas mutantes híbridas.

 A partir daí se inicia uma corrida para livrar um inocente de uma vida curta e para evitar a prisão de outro inocente por um crime não cometido.

Tudo começa durante a ronda noturna do zelador Gaston no depósito da montadora Delambre após dar de comer ao seu gato de estimação (estranhamente chamado de Satã) ouve o barulho da prensa se ligar sozinha e ao averiguar o maquinário encontra um cadáver esmagado e ao longe uma mulher que foge.

A mulher em questão é nada menos que Helene Delambre, esposa do dono da montadora e esta telefona para seu cunhado Françoise para informar que ela matou André, seu marido.

Na sequencia, é Gaston que liga para Fraçoise relatando o ocorrido na prensa e o milionário aciona o inspetor Charas que em questão de tempo reúne seus homens na montadora.

Lá, a prensa é religada para a identificação do corpo que é de André e Françoise confirma através de uma cicatriz na perna que aquele é o seu irmão.

Françoise se põe confuso pois nunca notou nenhuma alteração na relação do irmão com a cunhada que poderia levar a um crime de homicídio.

Na volta para casa, Françoise encontra o médico de Helene que também desdem da atitude de sua paciente, mas ela na presença do inspetor Charas admite ter matado André e confirma conhecer o funcionamento da prensa porém não revela a motivação para ter cometido o crime.

Durante o interrogatório, Helene se distrai com uma mosca e um tempo depois, Charas vai até o laboratório de André para que Françoise mostre em que o irmão estava trabalhando recentemente que nada mais é do que um experimento para o ministério da aeronáutica.

Charas diz á Françoise que Helene pode ser declarada em juízo como mentalmente insana e que apesar da hipótese vaga de que André poderia ter tirado a própria vida a viúva poderá ser condenada.

Helene fica em repouso por ordem médica aos cuidados da enfermeira Anderson e entra em estado de choque quando sua cuidadora se desfaz de uma mosca incômoda pondo-se a chorar.

No escritório, Françoise defende a inocência da cunhada com unhas e dentes deixando claro perante Charas sua paixão não correspondida por ela.

O inspetor anuncia que um mandato de prisão será expedido e o julgamento de Helene será em breve.

Mais tarde, Philippe filho de Helene e André faz ao tio perguntas estranhas sobre o pai e diz ter visto uma estranha mosca de cabeça branca de quem a mãe está a procura.

Françoise vai até a casa de Helene falar pessoalmente com a viúva que pergunta a ele sobre o tempo de vida de uma mosca e o homem diz saber sobre a tal mosca de cabeça e pede a ela que conte o que de fato aconteceu com André ou ele entregará a mosca ao inspetor Charas.

Helene então revela estar se passando por louca para evitar a forca e o sofrimento do filho.

Na presença de Charas, Helene começa a contar o que aconteceu desde algumas semanas atrás...

André trabalhava num novo projeto que consistia em teletransportar matéria de uma câmara para outra através da desintegração e reintegração dos átomos.

Helene desdem de imediato mas depois de uma boa explicação e de se dar conta que o carimbo de procedência de um prato raro foi reintegrado ao contrário durante um experimento de teletransporte o que significa que a máquina funciona mas necessita de ajustes.

Depois de uma nova experiência, desta vez bem sucedida com um jornal, André resolve testar Dandy, a gata de estimação de Philippe que ao ser desintegrada fica vagando pelo espaço podendo se ouvir seu miado ecoando e sua reintegração acaba não acontecendo pelo fato de que seus átomos passam dos milhões o que impossibilita que cada um deles se encontre e se reintegrem na câmara secundária.

Mais tarde, Andre leva Helene para um concerto de balé no teatro onde o cientista se concentra apenas em seus cálculos para a reintegração de matéria perfeita, mas a esposa o impede de continuar com o seu trabalho.

Na volta para a casa, André propõe um brinde com uma garrafa de champanhe que ele coloca na câmara que desintegra e volta perfeita na outra câmara.

Depois, André resolve testar as câmaras com um camundongo que passa perfeitamente pelo processo mas fica em observação para uma eventual alteração.

André revela á Helene seu fracasso com Dandy e a mulher exige ao cientista que ele não use mais animais como cobaia em seus experimentos pois está assustada com o progresso de sua invenção que caminha em ritmo cavalar.

O tempo passa e André tira uma tarde ensolarada para descansar e ao descobrir que Françoise fara uma visita á família, ele pede á Helene para convidar o irmão para conhecer o laboratório.

Mais tarde, com a chegada de Françoise, Helene descobre que Philippe encontrou uma mosca de cabeça branca, e ela pede ao filho que solte o inseto.

Trade da noite, Helene encontra um bilhete de André no laboratório dizendo que ele sofreu um acidente e que cada segundo é crucial.

Além disso, André através outro bilhete pede leite e rum e que depois a mulher encontre uma mosca de cabeça branca, o que a faz lembrar do que Philippe disse mais cedo.

Ao entrar no centro de operações do laboratório, Helene encontra André com seu rosto oculto por um pano e a mulher não desconfia de nada até ver uma pata peluda de inseto no lugar de uma das mãos do marido o que a deixa momentaneamente em choque.

André escreve um bilhete dizendo que explicará tudo pela manhã por que naquele momento ele prefere descansar.

Ao amanhecer, Helene leva o café da manhã para André no laboratório e este deixa-lhe um bilhete explicando que ele se usou como cobaia em seu experimento e que durante a desintegração uma mosca entrou na câmara e quando seus átomos se reintegraram eles se fundiram aos do inseto. Andre segue explicando através do bilhete que ele precisa reaver a mosca da cabeça branca para que ele volte ao normal ou ele terá que ser destruído.

Helene ordena á Philippe procure pela mosca no jardim enquanto ela procura dentro de casa com a ajuda de sua criada Emma.

A mosca entra na casa e Helene tenta atrai-la com açúcar, mas o inseto foge pelo buraco de uma janela.

Desconsolada, Helene leva comida para o marido que deixa um bilhete dizendo que agora já não há mais esperança de voltar ao normal e que seu próximo passo é destruir as câmaras de teletransporte e depois tirar a própria vida.

Helene pede ao marido que reconsidere e em outro bilhete ele explica que aos poucos a mutação está fazendo com que ele vá perdendo o raciocínio e que cedo ou tarde se tornará uma mosca mutante sem controle algum.

A pedido de Helene, André tenta passar novamente pelo teletransportador para tentar reintegrar seus átomos e separar os da mosca mas o resultado é o mesmo e nisso a moça tira o pano que cobre o rosto do marido revelando uma cabeça de mosca fazendo-a gritar de pânico até desmaiar.

André a deita e tenta acalentá-la mas seu instinto de mosca quase o faz atacá-la e nisso ele surta e começa a depredar seu laboratório. Depois, ele junta suas anotações e as queima e volta a esconder seu rosto.

Por fim, André deixa com muito custo uma mensagem no quadro negro exigindo á Helene que mate a mosca.

Depois de um tempo, o casal chega a montadora Delambre onde André deixa claro que quer morrer se colocando na prensa ligada para ser esmagado como um inseto. Helene tenta impedi-lo, mas a máquina esmaga a cabeça do marido e consternada, a mulher suspende a prensa e a faz cair novamente para dar fim aos trabalhos.

Voltamos ao presente e depois da confissão de Helene, Françoise acompanha Charas até a porta e o inspetor se mostra cético com toda aquela história e confirma ao irmão de André que o mandato de prisão está saindo e que Helene será declarada insanamente incapaz a menos que ele veja a tal mosca com seus próprios olhos.

Horas depois da partida de Charas, Françoise pergunta á Emma como era a mosca foragida e depois ele vai ao jardim para procura-la sozinho. Ao sentar sobre um banco, Françoise ouve um pedido de socorro bem baixo mas não vê nada suspeito.

Nisso, Charas chega com os agentes de uma instituição psiquiátrica e o mandato de prisão e Françoise tenta impedir até que Philippe aparece dizendo ter encontrado a mosca da cabeça branca em uma teia de aranha no jardim.

Rapidamente, Françoise pede á Charas para acompanhá-lo e ao encontrar a teia se deparam com uma mutação meio mosca meio humana: a contraparte de André que aterrorizada pede por socorro prestes a se tornar comida de aranha, o dono do pedido de socorro anteriormente.

Charas acaba com o sofrimento da mutação com uma pedrada e Françoise o acusa de assassinato e barganha a liberdade de Helene e a suspensão de sua internação compulsória em troca de não contar a ninguém que o inspetor matou um homem, o que poderia faze-lo perder o cargo e ainda ser preso.

O caso acaba sendo encerrado dando como suicídio a morte de André e a família Delambre vive feliz depois de ter revelado á Philippe seu último segredo: a morte do pai cuja ausência até então fora justificada com uma viagem, agora explicado que André seu foi por conta de seu trabalho exaustivo.

Os Delambre saem para um passeio ao ar livre e fim. Será?

O sucesso do filme gerou em 1986 um reboot pelas mãos de David Cronenberg que incrivelmente superou o original com seus efeitos práticos e um enredo ainda mais agressivo e perturbador.

Já o original ainda gerou mais duas sequências que não tiveram o mesmo apelo, assim como a versão oitentista que recebeu uma continuação direta que sofreu com as críticas por ser imensamente inferior.

O clássico de 1958 contou com a participação super especial da lenda Vincent Price no auge de sua carreira como peça obrigatória nos filmes de terror da época dando vida á Françoise Delambre de forma impecável como sempre.

Os efeitos visuais e a maquiagem desta versão espetaculares gerando momentos épicos como o da revelação da face de mosca de André e a reação de Christine e ainda a cena da aberração meio mosca e meio humana do mesmo pedindo socorro preso a uma teia de aranha.


Trailer:


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