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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Strange Darling (2024)

 


Eis que chegamos a mais um lançamento que já vem colecionando muitos elogios com sua trama recheada de ação e perseguição centrado em dois personagens principais.

A trama não segue uma linearidade, porém é dividido em introdução, mais seis capítulos e um epílogo que serve para ir apresentando os personagens principais em sua intimidade e explicar aos poucos o por que da perseguição de gato e rato que se estende por pouco mais de uma hora e meia.

A proposta do filme de J. D. Mollner era inicialmente causar a dúvida entre os espectadores com uma história de um suposto serial killer real que teria feito várias vítimas entre 2018 e 2021 no interior dos Estados Unidos em diversos estados até o Oregon.

Coisa que obviamente não procede, já que não existe qualquer registro sobre o mesmo e se quer dados sobre o falso assassino em série. Aliás, esse argumento de que o filme tem a ver com um serial killer cai por terra conforme os capítulos vão sendo embaralhados e nós vamos descobrindo quem de verdade é o gato e quem é o rato.

Filmado propositalmente em 35mm, o filme nos introduz a um homem creditado como o Demônio sendo indagado por uma mulher creditada como a Dama se ele é um serial killer.

Depois, segue a parte narrada falando sobre o serial killer "real" como eu já mencionei e ai sim o filme entra num momento fragmentado do filme durante a fuga da Dama pela floresta, usando um uniforme vermelho regado a uma música triste.

Começando pelo capítulo 3, somos levados ao meio de uma rodovia onde o Demônio, visivelmente drogado persegue a Dama numa caminhonete armado com um fuzil fazendo o veículo dela capotar com um tiro.

A Dama consegue escapar ilesa e por pouco não é atropelada conseguindo fugir pela mata, obrigando o Demônio a procura-la a pé. escondida atrás de uma árvore, a Dama toma um trago e joga o líquido todo em si acendendo um cigarro em seguida voltando a fugir.

Depois de muito correr, a Dama chega até a cerca de uma propriedade onde ela invade até encontrar altos falantes ligados e uma casa de capo logo a frente por onde ela se dirige pedindo socorro.

Quem a recebe é um casal de idosos desconfiados munidos de spray de pimenta.

Somos levados agora ao capítulo 5 onde o Demônio recém chegado a residência dos velhos, procurando pela Dama do lado de dentro como se ela fosse uma gatinha perdida, até encontrar uma caixa, o que o faz desconfiar que sua presa está escondida lá dentro. Ele dá um tiro mas descobre que não há nada lá dentro.

Ao se dirigir ao andar superior, o Demônio encontra o dono da casa inerte em uma poça de sangue ao mesmo tempo que a Dama, escondida dentro de um freezer sente a aproximação do predador entrando em pânico.

O Demônio desfere um tiro no freezer fazendo a Dama gritar de medo e o homem a retira do imóvel arrastando-a pelos cabelos.

Iniciando o capítulo 1 somos levados ao estacionamento de um motel onde o Demônio tem seu primeiro encontro com a Dama que usa uma peruca ruiva dando a entender que eles estão organizando um programa.

Enquanto fumam e dão umas goladas nas garrafas de cerveja e uísque, o estranho casal trocam os números de telefone. Antes de firmar o programa, a Dama filosofa sobre as consequências da exposição de uma mulher a uma relação sexual casual com um desconhecido e apesar de acha-lo um cara legal, a Dama pergunta ao demônio se ele é um serial killer (a cena da introdução), e ele nega.

Na cena seguinte, o casal já está hospedado no motel, e a Dama está algemada na cama sendo esganada porém descobrimos que aquilo era uma espécie de fetiche da mulher para entrar no clima, coisa que não acontece e ela pede para ser solta.

Os dois tem uma D.R amistosa que segue com um ardente beijo, porém mais uma vez, a Dama se detém quando vê o Demônio sacar uma trouxinha de cocaína para apimentar as coisas, o que a faz pedir um tempo para digerir.

O Demônio a algema novamente contra a sua vontade e a força a ser sua escrava sexual ditando as regras iniciando uma tortura psicológica.

Na cena seguinte, retrocedemos um pouco voltando ao interior do carro do Demônio que fala um pouco sobre a sua pessoa á Dama e eles combinam todo o modus operandi do ato sexual como se fosse um ato teatral para dar mais fervor ao momento que só iria parar se um dos dois mencionasse uma palavra escolhida ao acaso que serviria de senha para que eles voltassem a ser eles mesmos.

É isso o que acontece quando voltamos a tortura psicológica quando a Dama a senha encerrando a encenação do estranho fetiche.

Agora chegamos ao capítulo 4 onde conhecemos o casal de hippie, dono da casa de campo que se chamam Fredrick e Genevieve que estão aos risos enquanto tomam um chá e preparam um café da manhã muito do carregado.

Depois, o casal se diverte disputando a montagem de um quebra-cabeças até ouvirem a Dama batendo a porta pedindo ajuda desesperada. os velhos a acolhem e fazem um curativo na cabeça dela. Enquanto Genevieve busca analgésico no andar de cima, Fredrick sugere chamar a polícia depois de negar ter armas em casa, como todo bom hippie paz e amor.

A Dama se nega a chamar a polícia e quando Genevieve volta para o andar de baixo, encontra o marido ensanguentado pela mulher pedindo socorro até desmoronar. A Dama rende a velha e pede ajuda para se esconder e Genevieve sugere seu abrigo montado para o fim do mundo onde há suprimentos mas no meio do caminho, a velha corre e se esconde.

No mesmo instante, o Demônio se acerca da casa sendo flagrada pela Dama que corre de volta para dentro da casa se escondendo do freezer depois de tirar a fonte da tomada.

Chegamos ao capítulo dois, seguido do coito que não ocorreu entre o problemático até então casal, onde a Dama pergunta ao Demônio se ele gosta de festa e sugere a ele usar cocaína para ver se dessa vez ela se anima e ainda diz que aquele é o dia do seu aniversário.

Os dois dividem a roga e começam as preliminares que mais uma vez são interrompidas pela falta de satisfação da Dama. Enfadado, o Demônio ameaça ir embora e a mulher vai até o banheiro onde depois de muito pensar tira uma faca e um taser de sua bolsa.

Ao voltar para a suíte, a Dama percebe que o Demônio não está e ao procura-lo, o encontra dopado jogado na varanda. A Dama o arrasta de volta para dentro e o faz seu capacho revelando que ele cheirou anfetamina o que explica o por que dele estar dopado.

A Dama diz querer apenas se divertir e põe uma música alta para tocar enquanto amordaça seu escravo. Na sequencia, ela passa vários minutos riscando o corpo do Demônio com uma faca até se saciar.

Depois, ela vai até o banheiro onde tira sua peruca e checa a carteira do Demônio encontrado nela um distintivo de xerife. De volta ao quarto, a Dama diz ao seu escravo nunca ter feito aquilo que ia fazer e diz que é hora dele morrer, porém o Demônio que já estava novamente consciente saca um revólver e desfere um tiro que pega de raspão do lado da cabeça da Dama.

Desesperada, a Dama foge pela varanda e corre até a recepção do motel onde pede ajuda á recepcionista e á gerente que trancam as portas. Paralelo a isso, o Demônio se droga com a cocaína real depois de se soltar da cama.

A gerente do motel se recusa a chamar a polícia para ajudar a suposta vítima e é degolada sobrando a recepcionista que fica na mira da Dama que pede suas roupas e as chaves do seu carro, dando início a fuga estrada a fora.

Agora no capítulo 6, o Demônio mira um fuzil para a Dama recém capturada e depois de acender um cigarro algema a presa á maçaneta do freezer. Seguindo, ele telefona para um amigo chamado Pete dizendo estar com problemas e que precisa que ele o ajude.

A Dama acorda e pergunta o por que dela ainda estar viva. Ela se compara a uma pessoa chamada Gary Gilmore que segundo ela, ele pediu para levar um tiro e depois filosofa sobre o amor dizendo te-lo sentido no momento em que o Demônio estava com suas mãos em seu pescoço.

De surpresa, a Dama borrifa spray de pimenta nos olhos do demônio que a agarra e ataca e depois ela desfere um golpe de faca na jugular dele fazendo-o cambalear até cair sobre uma mesinha desacordado. A Dama cospe uma gosma de sangue e depois surta exausta desabando dentro do freezer.

Depois que o amor bandido da Dama morre, ela se arrasta para fora do freezer e arrasta o corpo do demônio até pegar sua pistola e enfim se livrar das algemas.

No mesmo instante, chegam dois policiais: Pete, o amigo do Demônio e a oficial Libby. A Dama se vitimiza dizendo que o morto tem drogas com ele e que tentou matá-la o que faz os policiais divergirem removendo a suspeita até a viatura.

No caminho para a delegacia, Genevieve aparece desesperada na frente da viatura pedindo socorro, mas ao reconhecer a Dama, ela é executada com um tiro na cabeça.

A Dama rende os policiais; ela obriga Libby a deixar o veículo e ir embora por ela ter sido legal com ela enquanto Pete é obrigado a dirigir.

Entramos no epílogo e nisso, a Dama para para pensar em como proceder a partir de agora e revela ver demônios nas pessoas. Ouve-se então do lado de fora um tiro desferido de dentro da viatura: a Dama matou Pete.

Ela salta do veículo e acende um cigarro caminhando calmamente até parar uma caminhonete logo a frente pedindo carona na base do drama: se jogando no chão. A motorista em pânico acolhe a Dama sem saber de nada.

A Dama se vê no retrovisor em prantos e depois esboça um sorriso leve. Ela saca uma arma e aponta para a motorista que também está armada e é mais rápida dando um tiro na louca. Depois, a motorista aciona a polícia pelo celular dizendo ter atirado em uma mulher em legítima defesa e que irá leva-la para o hospital.

Conforme a Dama agoniza a tela vai perdendo suas cores fortes ficando totalmente em preto e branco e a ferida vai morrendo aos poucos ao som de uma música triste de fundo.

De fato, o filme é uma das maiores surpresas do ano, um dos melhores filmes já lançados em 2024.

O trabalho da direção de câmera é primoroso valorizando as cores primárias que compõem o cenários de certas cenas dando uma imersão e um capricho estético a obra.

A forma com que a trama engana o telespectador até que a verdade sobre os protagonistas é finalmente estabelecida é simplesmente genial, a gente não sabe em quem confiar e se arrisca a torcer para a futura vítima sem saber que não há vítimas nesta história, mas sim duas pessoas com sérios desvios de caráter.

É incrível como um simples programa sai dos eixos e vira uma perseguição mortal se estendendo e envolvendo pessoas completamente aleatória ao balaio sem tirar o foco dos personagens principais.

A violência gráfica apesar de medida é muito bem executada e sangue é o que não falta. As cenas de mortes são rápidas e diretas porém bastante eficazes agregado ao trabalho excelente da equipe de efeitos práticos.

No mais, o filme tem uma atmosfera de suspense absurda e prende o espectador do início ao fim e mesmo desfragmentado, o filme consegue construir a narrativa sem deixar furos e se você costurar os retalhos e ver o filme na ordem a coisa fica mais clara, porém menos intrigante, então ponto para J.T Mollner pelo roteiro brilhante.


Trailer:


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