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sábado, 2 de abril de 2022

Comunhão / Alice, querida Alice / Alice, Sweet Alice (1976)

 


Os anos 70 estão repletos de pérolas esquecidas que merecem ser revisitadas nos dias de hoje devido ao seus conteúdos mais crus e menos escrupulosos que hoje sem dúvidas se quer sairiam do papel, pela certeza do cancelamento.

Uma dessas obras é Comunhão, ou Alice querida Alice como também é conhecida, famosa por ser um longa antí-religioso e descarado disfasçado de slasher com uma pitada de mistério dos bons. Uma trama um tanto quanto arrastada (porém linear) e as vezes confusa mas que cumpre bem seu papel de assustar e surpriender o telespectador com seu enredo claro e direto e seu desfecho insperado.

Tudo começa quando Catherine Spages mãe divorciada de Karen e Alice leva as meninas à igreja do padre Tom, para a caçula Karen poder receber uma lembrancinha antecipada pela sua primeira comunhão que está por vir.

De volta a casa, Catherine trata de apasiguar mais uma das muitas brigas de suas filhas. Desta vez, Alice tomou da irmã a boneca que ela ganhara do pai e Karen teme aos prantos que a irmã quebre seu brinquedo.

Depois disso, Karen encontra Alice brincando num quarto abandonado de um dos apartamentos onde elas vivem e a mais velha tranca  a caçula num armário velho ameaçando-a se ela a dedurar para a mãe. Logo em seguida Alice a solta de lá e arranja outra briga com a irmã e a mãe ao ficar amassando o véu da primeira comunhão de Karen.

Alice resolve esfriar a cabeça dando uma volta, mas antes arranja briga com Alphonso, o senhorio obeso e sujo do condominio que cria vários gatos num ambiente insalubre e é notoriamente um tarado por crianças.

Chega o tão esperado dia da primeira comunhão, e antes que pudesse se unir as outras crianças no altar com o padre Tom, Karen é atacada na sacristia por alguém misterioso de baixa estátura, fransino, usando uma capa de chuva amarela e de máscara.

Desmaiada, Karen é arrastada até um baú e lá é despejada com uma vela acesa.

Logo depois, chega Alice subindo ao altar para receber a hóstia, até que uma freira sente cheiro de algo pegando fogo. Rapidamente todos seguem a fumaça que leva ao baú onde está o corpo queimado de Karen.

Enquanto todos se chocam com a morte prematura e violenta de Karen, Alice via tudo de longe segurando uma capa de chuva amarela entre os braços.

No dia seguinte, durante o cortejo, Alice é ríspida com Dom, seu pai que veio de longe se despedir de sua caçula.

Annie DeLorenzo, irmã de Catherine juntamente com seu marido Jim e sua filha, a fofinha Angela, resolve ficar por uns tempos com a família para apoiar as meninas neste momento difícil.

Catherine pede que Alice e Angela levem um bolo para Alphonso que mais uma vez implica com a agora filha única de sua inquilina.

Dom vai até uma agência falar com o detetive Spina que está tomando conta do caso da morte de Karen e se recusa totalmente a deixar Alice dar seu depoimento, uma vez que ela pode saber de algo ou ter visto algo já que ela foi a última a chegar ao altar. 

Logo depois, Dom tenta falar com o padre Tom ao telefone, mas a senhora Tredoni, encarregada da casa paroquial e praticamente babá do Monsenhor, um sacerdote de idade que já está caduco, não repassa a ligação. Isso porém é descoberto pelo padre que lhe dá uma bronca e recebe diretamente a ligação do amigo.

Prá variar, Alice arranja outra briga, desta vez com sua tia Annie que insiste que a menina volte a estudar para não ficar vadiando mas a menina não quer e é grossa com a tia.

Praticamente passando o pano, Catherine ordena a filha que leve o pagamento do aluguel para Alphonso e chegando lá, o gorducho diz a Alice que sabe o que ela fez no dia da comunhão e que sabe o que ela esconde no porão.

Fula, Alice mata um dos gatos e foge de lá correndo.

Enquanto Dom e o padre Tom conversam sobre a conduta de Alice, a menina pega sua capa de chuva e uma máscara semelhante a do assassino da comunhão e começa a observar uma barata que ela mantém numa lata.

No mesmo instante, Annie é esfaqueada nas pernas pelo assassino da comunhão quando descia as escadas. O mascarado foge e Annie se arrasta até a saída do apartamento dando de cara com Catherine debaixo de um baita toró amparando-a. Logo depois, chega Dom que a coloca em seu carro e a leva para o hospital.

Depois disso, ele volta ao apartamento para ficar com Alice e a encontra escondida assustada e chorando.

Catherine está completamente confusa com o ocorrido e junto do padre Tom, tenta tirar alguma informação de Annie que mesmo em estado de choque culpa Alice pelo atentado.

Formalmente denunciada, Alice é submetida ao teste do polígrafo e quando perguntado sobre o ocorrido ela joga a culpa em Karen. Um dos investigadores diz ao colega que Alice tem o temperamento de uma vadia e que ela o observa como se quisesse uma transada. A menina aproveita um discuido dos profissionais que a interrogavam e derruba o polígrafo quebrando o aparelho.

Dom e Catherine vão até a clínica psiquiátrica onde Alice teve que ser internada aos cuidados da doutora Whitman que se nega a dar alta a menina, pois ela alega que Alice vive num ambiente familiar tóxico que está prejudicando seu crescimento e ainda diz que a menina começou a menstruar apesar da pouca idade e faz isso regularmente.

A sós com a mãe, Alice volta a culpar Karen por tudo e a despreza.

Em casa, Catherine recebe uma ligação misteriosa de alguém que não responde e desliga. A ligação retorna e quando Dom atende, o anônimo desliga novamente.

A aproximação faz Dom e Catherine terem uma breve reconciliação, até o pai de Alice receber um telefonema de sua atual mulher Judy que diz estar com saudade dele.

De volta ao hotel onde está hospedado, Dom recebe um telefonema de Angela, filha de Annie que está muito assustada e os dois marcam um encontro.

Perto de uma cachoeira, Dom espera por Angela e dá de cara com o assassino da comunhão que ele pensa ser Angela. Gritando por ela, Dom a segue até chegar num depósito onde é atacado.

Amarrado e arrastado até o andar superior do depósito, Dom acaba acordando e tenta uma luta corporal com o mascarado que se revela ser... a senhora Tridone, a afável faz tudo da casa paroquial que o mata.

Depois de jogar o corpo de Dom pelo último andar, Tridone foge até a igreja e se esconde no confessionário onde insiste ao padre que precisa desabafar deixando-o perplexo.

Mais tarde, Catherine vai até a casa paroquial falar com a senhora Tridone que disfarça seu abalo convidando a amiga para um café.

Durante uma conversa, a senhora Tridone diz a Catherine ter tido uma filha da idade de Karen que morreu no dia de sua primeira comunhão. O papo é interrompido quando Catherine é notificada sobre o ocorrido com Dom.

Catherine vai até a clínica, mas não conta nada a Alice sobre a morte do pai e justamente foi isso que ocasionou sua inocência e o fim de sua internação.

Não muito mais tarde, a senhora Tridone sai da casa paroquial na ponta dos pés com sua capa de chuva amarela.

No apartamento, Alphonso que dormia, recebe a visita da assassina mascarada que lhe deixa de presente um frasco recheado de baratas.

Do outro lado, Catherine dá de cara com Alice que diz ter ido ver o senhorio.

Alphonso acorda e desmascara a senhora Tridone que o esfaqueia até a morte.

Chega o domingo, dia da missa e o padre Tom conversa com o inspetor sobre a senhora Tridone e suas suspeitas. Logo depois, o sacerdote convida a assassina a acompanhar a polícia que lá estava e ela o esfaqueia no pescoço perante a todos.

Alice deixa a aglomeração que se formou e caminha para fora da igreja com um olhar frio, vago e segurando a faca do crime enquanto o circo pega fogo atrás dela.

Alice, querida Alice é um clássico notório, apesar de entregar a surpresa antes da hora depois de muito ter confundido a mente do telespectador.

Este filme meio que foi o início para a carreira de Brooke Shields, a eterna estrela de A lagoa azul em sua breve atuação como a menina Karen, irmã da protagonista, o que ela fez muitissimo bem apesar do pouco tempo de tela.

No mais, o filme entrega uma atmosfera de mistério muito boa, digno dos romances policiais dos anos 30 com muita violênca gráfica apelando generosamente para o sangue, tudo na medida certinha, algo bem inesperado para uma obra de terror setentista visto que os filmes anteriores do gênero sempre se viram na necessidade de suavizar o gore para não receber muita censura ou o banimento.

O final é arrebatador, mas ao mesmo tempo seco, sem brilho, apesar da cena final ser antologica com o caminhar de Alice. No fim, Alice não era uma assassina, mas sim apenas uma menina ciumenta e anti social que se ferrou durante um bom tempo por ter sido vítima de uma série de coinscidencias (ou será que não?). 

Trailer:



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