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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

sábado, 24 de dezembro de 2016

A Tara Maldita / A Semente Maldita / The Bad Seed (1956)


O subgênero de filmes de terror com temática de crianças psicopatas começou na era de ouro dos cinemas com A Tara Maldita produzido em 1956 e prometeu gerar crias ao longo do tempo tamanho o sucesso que fez na época.

Tudo começa quando somos apresentados a família Penmarck formada pela mãe Christine, seu marido Kenneth e sua filha de oito anos, Rhoda, uma menina meiga, educada, obediente; um verdadeiro modelo e orgulho para seus pais e vizinhos... ou será que ela não é o que aparenta?

Certo dia, o pai de Rhoda, que serve as forças armadas precisa partir para servir fora do país, sob a patente de general, deixando mulher e filha sozinhas por algumas semanas em um condomínio residencial onde elas vivem.

A partir daí, começam a acontecer coisas estranhas a volta de Rhoda, como o afogamento (e morte) de um colega de classe, que a polícia não consegue esclarecer e que agita a cidade.

Diante de todos Rhoda demonstra frieza, total naturalidade com o ocorrido o que é estranho para uma menina e ainda mais de tão pouca idade. Para todos a sua volta, Rhoda é uma menina invejável, recatada e que consegue o carinho de todos com facilidade, principalmente quando ela tem algum tipo de interesse na pessoa em questão. Porém, isso tudo é faixada, Rhoda é uma menina hipócrita, bajuladora e manipuladora que esconde um delito grave: foi ela quem matou o filho dos Daigle a sapatadas, auxiliada por um solado especial de metal em formato de meia lua, logo depois afogando-o, tudo para tirar dele uma medalha que ele ganhou na escola por sua boa caligrafia e que Rhoda era obcecada.

Ninguém até então desconfia da pequena, além do zelador Leroy, que aparenta ser um homem que conhece bem a cadeia, se diz mau e esperto e por isso conhece bem o perfil sínico de Rhoda.

O que se segue é uma cadeia de diálogos longos entre Christine, Hortence, a mãe do colega morto de Rhoda, que traumatizada pela perda desbanca como alcoólatra inconformada sem conhecer a verdade que ela desconfia que a professora das crianças esconde e de Rhoda que segundo ela soube da polícia, foi a última pessoa que viu a vítima viva. 

Logo depois, uma tórrida discussão entre Christine e seu pai Richard Bravo, um aposentado escritor de romances policiais, sobre o passado de Christine e a teoria de que uma criança pode herdar os genes maus de algum antepassado se tornando criminosos frios e hábeis na arte da manipulação emocional, o que Richard rebate categoricamente, porém no ápice da conversa uma grande revelação vem a tona: Christine é filha de uma notória e manipuladora psicopata e que fora encontrada com poucos anos por Richard que a adotou. 

Christine, que até então desconfiava da filha, agora não tem dúvidas de que ela tem relações diretas com o assassinato no pier, somado ao flagra que ela dá em Rhoda quando a menina tenta se desfazer de seus sapatos, usados no assassinato do menino dos Daigle jogando-os no incinerador, depois que Leroy disse que ele sabe como a polícia poderia descobrir sangue oculto em uma prova em potencial, no caso os sapatos, porém ele tenta enganá-la com uma suposição de que o sangue do pequeno Daigle ainda teria deixado vestígios em um suposto pedaço de pau que Rhoda teria usado para espancar o menino e depois escondido, mesmo depois dela ter limpado a cena do crime.

Depois de um memorável bate boca entre Rhoda e Leroy, que diz que encontrou os sapatos quase intactos no incinerador e que ia levá-los a polícia como prova, logo volta atrás dizendo que só a estava provocando, porém Rhoda acredita cegamente que ele está com os calçados, fazendo com que ele não tenha mais dúvida alguma de que ela é uma assassina.

Ainda na mesma tarde, enquanto Christine conversa com a senhoria de seu casarão na cozinha, ambas e toda rua ouvem um grito e sinais de um incêndio vindo do porão, onde Leroy vive. Neste instante, Rhoda voltava da rua depois de comprar um picolé, enquanto que todos veem Leroy, sair correndo desesperado prá fora do porão e cair morto, depois que os vizinhos conseguiram arrombar o lugar tardiamente. Foi Rhoda quem incendiou o porão onde Leroy costumava dormir em um amontoado de palha para escapar do trabalho.

Depois que a poeira baixa, Christine já abalada com as confissões de Rhoda (e que ela acaba sendo conivente), ainda recebe de sopetão a bomba de que Rhoda trancou o porão e ateou fogo no local, matando Leroy queimado para que ele não a denunciasse.

A beira de uma loucura, Christine dá uma dose letal de calmantes para Rhoda e logo depois dispara contra si mesma.

Kenneth logo é notificado e pede dispensa para acompanhar sua mulher e Rhoda, que recebeu socorro a tempo impedindo que ela morresse por overdose de remédios. Christine milagrosamente fica fora de perigo, dizendo a Kenneth que cometeu um pecado grave.

Rhoda, que ainda estava encucada sobre o tal pedaço de pau que poderia incriminá-la, foge de casa no meio de uma noite chuvosa para recuperá-lo, porém ao lago, um raio acerta a ponta do cais, e a pequena assassina encontra seu fim.

Para finalizar, o filme apresenta o elenco num final cômico (onde Christine desfere uma série de palmadas em Rhoda) e logo depois um breve recado de agradecimentos e um pedido ao público que nunca divulguem o conteúdo do clímax da trama (tarde demais) para não estragar a experiência dos demais.

A tara maldita (que teve seu título readaptado para A semente maldita quando lançado em DVD), inovou na época ao trazer como protagonista e vilã uma criança na pele de uma assassina insana, brilhantemente interpretada pela pequena Patty McCormack o que acabou virando tendência para filmes futuros como O anjo malvado, A órfã, Caso 39, etc..

Como já dito, alguns diálogos são longos e cansativos, porém vale pelo show de interpretação teatral de alguns membros do elenco e a coisa desenrola muito bem, muita coisa que até podia passar batida é bem explorado, apesar de ter poucos personagens realmente importantes, eles seguem ativos até o fim da trama.

O misterioso clímax que é citado no trailer é bem simples e decepcionante, mas devemos nos lembrar que se trata de uma trama da segunda metade dos anos de 1950 e que também por isso, nenhuma cena violenta e de horror são explícitas, mas a gente percebe muito bem como aconteceu e é isso que valoriza o formato, como a cena em que Leroy é morto, nós não vemos o personagem e nem sabemos claramente os detalhes, mas os figurantes olhando tudo acontecer, os gritos e depois uma breve explicação do que houve e isso basta.

A obra original saiu das páginas do livro The Bad Seed que por aqui foi adaptado como Menina Má de Maxwell Anderson e Willian March em 1953, fora que também houveram adaptações teatrais ao longo dos anos tentando trazer um pouco da imersão cinematográfica, claro que com as limitações de um único cenário.

Em 1985 um remake da obra foi realizado fidelizando com o original e ainda expandindo certas cenas que ficaram subjetivas por conta da época, com um final um tanto quanto diferenciado.

Um outro remake direto para a tevê foi produzido no final de 2018 (esta crítica / review foi atualizada em abril de 2019) contando com a participação especial de Patty MacCormack, a clássica Rhoda e tendo como a pequena psicopata da vez a jovem atriz Mckenna Grace, que já tem uma pequena experiência com o gênero como: Amityville: O despertar, Maligno e Annabelle 3: De volta para casa.

Trailer:


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