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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

segunda-feira, 6 de março de 2017

Nosferatu / Nosferatu, Eine Shymphonie des Grauens (1922)


Um grande clássico do expressionismo alemão, Nosferatu chegou na época áurea do cinema mudo adaptando de forma não oficial o conto de Bram Stoker Drácula. Isso por que a viúva de Stoker não cedeu os direitos da obra original, obrigando o diretor, autor e roteirista F. W. Murnau a readaptar a história e lança-la mesmo sem o respaldo da família Stoker.

É claro que a obra acabou sendo confiscada e foi ordenado a destruição de todos os rolos de filme, mas para a nossa sorte alguns destes rolos sobreviveram e décadas após o falecimento da viúva de Bram Stoker, a obra centenária de Murnau voltou a ver a luz do dia passando por uma série de restaurações até se tornar um conteúdo de domínio público e um verdadeiro cult dentre os simpatizantes do terror.

Uma versão oficial de Drácula só veio a ganhar as telonas em 1931 imortalizado pelo lendário Béla Lugose no papel do chupador de sangue e é notável o conflito entre os roteiros que mantém os mesmos personagens obviamente alguns com nomes trocados, mas que a história se desenrola da mesma forma alterando uma ou outra coisa.

Mas voltando ao longa de 1922, ele se passa em 1838 quando um agente imobiliário vende um castelo gótico nos confins dos judas para um conde milionário vindo da Transilvânia e o homem manda seu único funcionário para efetuar a venda hipnotizado pelas forças demoníacas do conde que na verdade é um legítimo vampiro.

A coisa toda começa no vilarejo de Wisborg no já mencionado ano de 1838 e somos apresentados ao jovem casal Hutter formado por Thomas e sua mulher Ellen que vivem felizes e apaixonados tanto quanto qualquer casal da mesma faixa etária poderia viver.

O jovem Hutter é corretor imobiliário e trabalha para o velho esquisito Knock que recebe um telegrama vindo dos Montes Cárpatos por um conde chamado Orlok que deseja adquirir um castelo distante perto do porto cuja fama é de ser a terra dos fantasmas sendo o único que atende aos requisitos do nobre.

Para isso, Hutter precisa deixar Ellen com sua família e partir do primeiro navio para efetuar em pessoa o pagamento do castelo. Pouco tempo depois de desembarcar, Hutter chega a um vilarejo hospitaleiro cujos aldeões veem com maus olhos o castelo do conde Orlok.

Hospedado em uma pensão, Hutter encontra e começa a ler um livro que fala sobre a existência de um demônio vampiro chamado Nosferatu que vive em cavernas, dorme num caixão durante o dia e se alimenta de sangue humano a noite.

Na manhã seguinte, depois de um bom sono, Hutter desperta ansioso para seguir viagem de carruagem se embrenhando nas entranhas do bosque até que a dupla de cocheiros se negam a seguir mais adiante por medo com a aproximação à propriedade de Orlok.

Hutter é obrigado a seguir a pé, mas a caminhada não dura muito, já que a carruagem do conde aparece para transportar o jovem corretor e sua bagagem e o cocheiro é um homem estranho, magro, alto, pálido e careca de olhar penetrante e dentição protuberante.

Alojado no castelo, Hutter é recebido pelo próprio conde Orlok que era o mesmo cocheiro que o trouxe e este oferece um banquete de boas vindas. Hutter acaba cortando o dedo com uma faca de carne e seu sangue atiça o conde que toma o sangue do jovem diretamente do dedo causando estranheza.

Mais estranho ainda é o hábito de dormir de dia que o conde tem que é descoberto por Hutter.

Hutter descansa por algumas horas e ao acordar encontra duas feridas minusculas em forma de buracos em seu pescoço que ele pensa ser uma picada de mosquitos.

Na sequencia, Hutter resolve andar pela área externa do castelo para se inspirar a escrever uma carta para Ellen.

Ao anoitecer, enquanto prepara os papéis da venda do castelo, Hutter deixa cair uma foto de Ellen que deslumbra Orlok pela beleza de seu pescoço.

Mais tarde, Hutter sai de seu quarto e encontra Orlok estático como se estivesse dormindo, porém de olhos fechados com uma aparência demoníaca.

Enquanto isso em Wisborg, Ellen se levanta de seu leito e caminha feito sonambula até a marquise onde por por um tris não cai para a desgraça se não fosse a intervenção de um familiar.

Ellen desperta um tempo depois prevendo que seu marido está em apuros e sua influência evita que Hutter seja atacado por Orlok que volta para seus aposentos.

Depois de despertar, afinal havia desmaiado com o susto, Hutter procura pelos aposentos do conde Orlok e encontra no subsolo do castelo, uma catacumba com um caixão e dentro deste caixão o conde em pessoa adormecido.

Depois de retornar atordoado aos seus aposentos, Hutter alucina com Orlok empilhando alguns caixões em uma carroça de carga e depois entra num deles enquanto o veículo parte em seguida.

Assustado, Hutter faz uma teresa com os lençóis e foge pela janela.

Enquanto isso, uma dupla de jangadeiros transporta os caixões rio acima sem se dar conta de que há uma carga viva dentro de um deles: o conde Orlok.

Depois de muito caminhar, Hutter sofre um desmaio e acorda no casebre de um aldeão próximo com muita febre e delirando.

Os caixões são levados até um navio cargueiro com destino a Wisborg, onde rapidamente se estende um surto de peste negra oriundo de uma infestação de ratos transportados nos outros caixões que inicia a maior confusão pela embarcação.

Na cidade natal de Hutter, Knock fora preso por dar sinais de loucura e fica claro que desde o início ele foi hipnotizado por Orlok que definitivamente é um vampiro, e não qualquer vampiro, mas Nosferatu, para conseguir incontestavelmente adquirir o castelo.

Perto dali, estudiosos vivenciam uma experiência com uma planta carnívora cujo modus operandi para conseguir predar uma mosca é parecido com o de um vampiro.

Um tempo depois, Ellen recebe a carta que Hutter escreveu no mesmo dia em que ele acreditou ter sido picado por mosquitos, mas que agora fica claro que foram mordidas do conde Orlok.

Neste tempo, já recuperado, Hutter parte para casa no primeiro navio de volta.

Na prisão, Knock descobre telepaticamente sobre a epidemia da peste no navio que transporta Orlok e prevê que seu amo se aproxima de Wisborg.

Enquanto isso no navio, a tripulação se esvai fatalmente restando apenas o capitão e seu imediato que jogam ao mar o último dos corpos.

O imediato resolve checar o compartimento de carga e descobre a infestação dos ratos e nisso, Orlok desperta de seu sono. Enlouquecido, o imediato pula do barco para o mar.

Em Wisborg, Ellen age estranhamente entrando em transe ouvindo alguém a chamar.

Neste tempo, o navio de Orlok aborta no porto e sua chegada é sentida com entusiasmo por Knock que ataca o carcereiro e foge da prisão.

Hutter também chega a Wisborg e encontra Ellen ainda hipnotizada, porém ele quebra o feitiço de Orlok com um beijo apaixonado.

Orlok chega logo em seguida cruzando um canal carregando seu caixão nas costas.

As autoridades de Wisburg encontram o capitão do navio agonizando até perder a vida e constatam que não há nenhum sobrevivente a bordo. Depois, o diário de bordo é encontrado e a peste vem a tona.

Com isso, o vilarejo é posto em isolamento e em questão de dias vidas são dizimadas.

Ellen, apesar da proibição de Hutter lê o livro de Nosferatu e descobre uma passagem de uma profecia que diz que uma jovem imaculada trará ao cantar do galo o fim do vampiro sacrificando sua pureza. Depois disso, Ellen tem uma visão com o vampiro.

Neste meio tempo, os populares iniciam uma caçada a Knock por considerarem ele como o provedor da peste e também por acreditarem que ele é um vampiro. Knock por sua vez, foge pela relva atraindo a multidão em fúria.

Ellen tem outra visão com Orlok mas reage e pede a Hutter que traga o padre.

Tão logo o corretor sai, Orlok aparece e com sua sombra toca o corpo de Ellen e ao mesmo tempo suga sem sangue, sem se dar conta de que o dia está nascendo com o cantar do galo como consta na profecia.

Knock que havia sido recapturado e preso surta prevendo que seu mestre encontrou seu fim o que de fato acontece uma vez que o vampiro se desintegra com a luz do sol.

Hutter chega logo em seguida mas é tarde, pois Ellen não sobreviveu, porém seu sacrifício trouxe o fim da mortandade e o nascer de um dia cheio de esperança...

Apesar das limitações da época, a obra é repleta de efeitos visuais e especiais interessantes além de ter uma excelente cenografia com as construções do vilarejo e uma figuração bastante competente.

A trilha sonora também é bastante valorizada (claro, é um filme mudo) e trás uma imersão bacana a cada cena somada a direção competente de F. W. Murnau.

Em 1979 foi produzido um remake em colaboração entre a Alemanha e a França agora sim com os direitos da obra original adquiridos e com o nome de Nosferatu - O vampiro da noite seguindo a mesma essência mudando pouca coisa.




Trailer:


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