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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O elevador assassino / O elevador sem destino / The Lift (1983)



Os anos 1980 chegaram surpreendendo com histórias inimagináveis tendo como antagonistas as mais improváveis entidades como: geladeiras, camisinhas, microondas, biscoitos de gengibre possuídos por um criminoso condenado a pena de morte e pasmem... um elevador cujo chip do processador do painel de controle se auto reprogramou e passou a matar pessoas em um edifício.

Básica e bem lenta, porém instigante, esta é a premissa do longa holandês produzido em 1983 e que por aqui recebeu dois títulos conforme foi distribuído na tevê e em mídia física, que nos leva ao embate entre a tecnologia e um mecânico de elevadores descrente que fica obcecado em descobrir o segredo por trás das mortes ocorridas no edifício em questão dentro das cabines de um elevador dotado do mais avançado chip de processamento.

Para isso, nosso protagonista vai contar com a ajuda de uma repórter barata de reputação questionável para conseguir chegar ao fundo do mistério do elevador assassino.

Tudo começa depois de uma noitada no restaurante de um edifício comercial em Amsterdam. Após encherem a cara, dois casais de vizinhos tomam o elevador para seu merecido descanso de fim de semana, porém são surpreendidos quando a cabine se tranca sozinha e o ar condicionado começa a ficar descontrolado fazendo o grupo passar mal sendo encontrados desmaiados e levados imediatamente ao hospital em estado grave.

No dia seguinte, Felix Adelaar, mecânico de elevadores da companhia Deta Liften, casado com a ciumenta Saskia e pai de duas crianças: o full elétrico Berth e a precoce Karen é convocado para uma vistoria substituindo um colega. Contudo, o perito não encontra nada fora do normal e deduz que o elevador deve ter sofrido um curto circuíto.

Pouco tempo depois, um senhor deficiente visual, vai ao mesmo edifício fechar negócio com o gerente imobiliário na intenção de adquirir a melhor moradia para sua mãe cadeirante. Logo depois, se vai rumo ao elevador que estranhamente não leva a cabine até seu destino, fazendo com que o pobre homem caia direto no poço morrendo na hora sem que ninguém perceba.

Na mesma noite, os seguranças do local ouvem o elevador em movimento e saem de sua guarita para averiguar uma possível invasão. De repente, um dos dois descobre o corpo do tiozinho no poço, porém ao averiguar a cabine por dentro, a porta desta prende seu pescoço e o decapita com a cabine em queda rápida.

Na manhã seguinte, o gerente do edifício solicita a vinda de um inspetor da polícia para investigar as causas das mortes pelo elevador e este descarta falha mecânica deixando claro seu pavor por lugares fechados como o próprio elevador e sua preferencia por subir pelas escadas.

Mais uma vez, Felix é chamado para uma nova vistoria, desta vez acompanhado por Mieke de Beer, uma jornalista de um tabloide barato que acredita que o elevador está descontrolado agindo por vontade própria. Felix fica então obcecado com o problema do elevador passando a dar pouca atenção para a família e amigos focando no manual complexo de funcionamento do elevador.

A obsessão é tanta que Felix vai até o sanatório tentar obter alguma informação com um ex funcionário da companhia de manutenção elétrica de elevadores que enlouqueceu misteriosamente após fazer uma vistoria no painel central. Este infelizmente não consegue proferir uma única só palavra e tudo o que faz é ter um principio de um ataque após uma agitação com seus colegas loucos.

Paralelo a isso, o gerente do edifício inicia um amasso suas amante enquanto a filha pequena da mulher brinca com as cabines de elevador que ficam abrindo as portas sequencialmente numa clara tentativa de atrair a menina para as garras da morte.

Assim que a pequena se aproxima de uma das cabines que não se fecha, ouve-se ao longe seus gritos e sua mãe que já estava iniciando um coito o interrompe para socorrer sua filha, mas ao chegar até ela e perceber que a menina arrebentou a cara de sua boneca e como punição por ter interrompido seu coito, ela desfere um tapa na filha e a leva embora, até que percebemos que um dos bracinhos da boneca se prendeu na porta da cabine.

Felix e Mieke tentam se infiltram na área tecnológica da companhia de manutenção de elevadores para poder descobrir como funciona o chip do processador e também para conseguir alguma informação com o cientista que desenvolveu o tal chip.

Ainda na mesma noite, Felix recebe uma ligação de Mieke falando sobre um ex-professor de eletrônica que conta sobre sua teoria de que um chip de programação de computador se exposto a condições como radiação, magnetismo e outros fatores ele pode se multiplicar e ainda se autoprogramar, saindo total do controle de seus programadores originais, dando a entender que talvez tenha ocorrido o mesmo com o processador do elevador.

Seu afastamento da família e seu histórico de mulherengo faz com que Felix perca o controle de sua relação fazendo com que Saskia vá embora para casa de seus pais levando as crianças com ela.

No dia seguinte, Felix volta ao edifício paras seguir sua rotina até que seu colega fala sobre o antigo funcionário da manutenção ter sido encontrado esmagado no poço do elevador e ao confrontar seu chefe sobre o ocorrido, este dá férias forçadas á Felix para que pare de investigar.

Enquanto isso no edifício, o faxineiro compra uma desavença com o gerente apenas por ele ser adepto do sapateado e quando todos menos esperam o rapaz simplesmente desaparece e só dá as caras um tempo depois quando o psicólogo que trabalha em uma das subdivisões do local pega um dos três elevadores e dá de cara com o funcionário morto pendurado de cabeça para baixo pelos cabos.

Sem ter nada a perder, Felix invade o edifício munido de suas ferramentas e adentra em uma das cabines tentando encontrar o painel central para neutralizar o processador, porém a caixa que deveria conter os chips que movem os três elevadores do local está vazio. O elevador começa então a entrar num embate contra o mecânico que escala o poço para se salvar das investidas da cabine que tentam esmaga-lo.

Felix finalmente consegue atingir o topo da cabine mas escorrega enquanto esta toma impulso e inicia uma queda na clara tentativa de matar o mecânico esmagado, porém Mieke aparece na hora o puxando para fora.

No mesmo instante, chega o inspetor contratado pelo edifício que sem cerimônia dispara várias vezes no painel do elevador, afirmando mais uma vez sua fobia de lugares fechados, porém antes de ser completamente destruído, o elevador enlaça o inspetor com um de seus cabos, matando-o esganado.

Horrorizados, Felix e Mieke deixam o local em silencio com a certeza de que o elevador assassino não mais fará vítimas por lá e a cena dos créditos finais é justamente a dupla descendo as escadas de cada andar envoltos a uma luz verde.

O elevador assassino é um filme pouco dinâmico porém isso não estraga a experiência já que temos ótimas cenas de morte com uma maquiagem razoavelmente aceitável, personagens modestamente carismáticos e o fator imprevisibilidade.

A trilha sonora é indecisa e fraca, sendo que em um momento temos uma BGM que combina com os momentos de medo, e em outro temos arranjos que parecem ter saído de algum desenho animado, aliás, música nesse filme é uma raridade não passando de duas ou três faixas.

Para nós aqui do Brasil um fator que valoriza muito a experiência de se assistir ao filme é a dublagem do início dos anos 1990 que trouxe grandes e saudosas vozes como: Darci Pedrosa, Isaac Bardavid, Orlando Drummond entre outros.

Em 2001 foi produzido um remake hollywoodiano com o nome de Elevador da morte tendo como um dos principais nomes Naomi Watts do qual eu já assisti e achei bacana, interessante apesar de não ser fielmente adaptado do roteiro clássico. Para uns isso é um alivio e para outros nem tanto, eu fico no meio termo. Infelizmente o longa não alcançou o reconhecimento esperado mas a versão de 1983 por outro lado adquiriu o status de cult com sua simplicidade e criatividade.


Trailer:

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