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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

sábado, 21 de maio de 2022

Christine, O Carro Assassino / Christine (1983)

 


Carros, o grande sonho de consumo entre os jovens que estão fazendo a passagem para a vida adulta. Uma experiência que mescla liberdade com ilimitação e que pode acabar mal, principalmente se a obsessão pelo veículo tomar conta do proprietário. Pior ainda se o veículo em questão estiver... possuído pelo demônio (?). 

Foi essa grande ideia que Stephen King teve para escrever um dos seus maiores romances e que não demoraria muito para ganhar uma adaptação para as telinhas e telonas, ocorrendo mais exatamente em 1983 aproveitando a alta que o mercado de filmes de terror estava sofrendo na época com seus trash mequetrefes, seus primeiros slasher clássicos e a ascensão dos filmes paranormais com temática de casas assombradas, entidades possessivas e fantasmas vingativos.

Mas deixando a exploração da época de prata do terror de lado, vamos para o que interessa que é o enredo do filme que se passa em Detroit de 1957. Uma montadora de carros acaba de lançar um modelo novo da marca Plymouth Fury. Um dos veículos, de cor vermelha é um tanto quanto peculiar: ele parece ter vontade própria ligando seu rádio sempre na mesma estação onde toca a música Bad to the bone do cantor George Thorogood, canção esta que é o tema principal do longa e que modéstia a parte caiu como uma luva.

Anos depois, em 1978, somos apresentados a Arnie Cunningan, um nerd com tudo o que se tem direito: tímido, cafona e que vive sofrendo bullying, e seu amigo Dennis Guilder, sua contra-parte, um cara de boa aparência, esportista e popular.

É mais um dia comum no caminho da escola, o mesmo papo sobre sexo que Arnie por ser retraído sempre faz questão de desconversar. Como é de costume, Arnie sofre a humilhação do dia nas mãos do valentão Buddy Repperton e seus capangas e sobra até mesmo para Dennis que tenta intervir, até o inspetor de corredores aparecer para apaziguar a situação.

No caminho para casa, acabam encontrando um Plymouth Fury 57 vermelho sucateado, pelo qual nosso querido nerd se atrai no primeiro olhar.

O dono atual do veículo é o velho George LeBay que diz que o veículo pertenceu inicialmente ao seu irmão em 1957 e que ele quer vendê-lo a qualquer preço para sumir da cidade. O motivo segundo ele é a morte do irmão que tem alguma ligação com o carro que o finado batizou como Christine.

Arnie paga praticamente o preço de uma coxinha pelo carro o que causa desavença com seus pais  que não querem permitir aquele veículo em sua garagem, pois aquilo é uma sucata sem futuro.

Investindo suas únicas economias, Arnie consegue um bom negócio com um sujeito mal encarado chamado Will Darnel que é dono de uma oficina mecânica que também serve de galpão. O velho oferece uma vaga para guardar Christine e um emprego de meio expediente para que Arnie possa conseguir o dinheiro que precisa para restaurar Christine.

Semana entra, semana sai e Christine vai ficando com um aspecto bom graças a dedicação diara de Arnie, mas ao mesmo tempo, o rapaz antes tímido e frágil vai se tornando ríspido e distante com Dennis e seus pais.

Por intermédio da mãe de Arnie, Dennis descobre que o irmão de LeBay morreu sufocado com a fumaça do escapamento de Christine e vai tirar satisfações com o velho que diz que diz que o ocorrido não foi um acidente, mas sim que há algo de errado com Christine.

Com a pulga atrás da orelha, Dennis resolve invadir a oficina de Darnel para analisar Christine de perto, porém o veículo liga sozinho e sintoniza o rádio na estação de sempre em alto em bom som afastando o invasor.

Depois de um tempo, Christine está totalmente restaurada e Arnie trocou os óculos e seu visual cafona por roupas da moda e muito gel no cabelo, se tornando mais um adolescente insuportável de ego inflado. Não bastasse isso ele ainda consegue descolar a garota mais bonita do colégio, Leigh Cabot como namorada. 

Dennis sofre um acidente durante um jogo de futebol americano e Arnie vai visitá-lo no hospital.

Depois de uma D.R com Leigh, Arnie vê Buddy e seus capangas aprontando. Enquanto isso, Leigh está dentro de Christine destilando seu ódio pelo veículo já que Arnie dedica mais do seu tempo ao automóvel do que a ela. Como represália, Christine trava as portas e janelas e tenta sufocar Leigh que por sorte consegue escapar ilesa. 

Leigh acusa Christine de tentar assassiná-la, mas obviamente Arnie não acredita e ainda defende seu possante. 

Na mesma noite, Buddy e seus capangas invadem a oficina de Darnel e vandalizam Christine para intimidar Arnie.

Na manhã seguinte, Arnie surta e desconta em Leigh e logo depois despreza os pais por terem negligenciado ajuda com a garagem de casa.

Enquanto isso na oficina, Christine, incentivada pela paixão obsessiva de Arnie se auto restaura ficando outra vez como nova.

Na calada da noite, Moochie, o capanga roliço de Buddy é perseguido por Christine até um beco sem saída onde é morto esmagado e partido ao meio.

O caso acaba nas mãos do detetive Ruddy Junkins que interroga Arnie. O rapaz responde com ironias, deixando o detetive em alerta.

Dias depois, Christine persegue Buddy até um posto de gasolina e dá uma prova de seu ódio incontrolável ao explodir uma bomba de combustível vitimando fatalmente os capangas Richie e Don, os últimos que restavam. Logo em seguida, o possante despacha Buddy e volta para a garagem.

Lá, Christine é flagrada por Darnel que acredita que Arnie andou aprontando algo sério. O velho resolve pegar seu ajudante de surpresa mas o surpreendido é ele ao descobrir que o veículo está vazio. Christine fecha a noite prendendo e assassinando Darnel também. 

No dia seguinte, o detetive Junkins interroga Arnie novamente reportando a ele sobre as mortes de Buddy e os outros e como sempre, o rapaz mete um foda-se na situação.

Leigh se encontra com Dennis já de alta médica para falar sobre Arnie e Christine e diz temer pela vida do namorado.

Depois de constatar que Arnie está completamente obcecado por Christine, Dennis resolve riscar o capô do carro e ainda o desafia a encontrá-lo junto a Leigh na oficina de Darnel que agora está fechada por ordem da polícia.

Do lado de fora, Dennis e Leigh preparam uma armadilha a bordo de uma escavadeira. Dennis pede a Leigh que vá ao escritório pegar as chaves do portão, mas Christine a persegue no processo. 

Desta vez, Arnie está ao volante e disposto a eliminar seus até então amigos. O rapaz porém acaba batendo Christine que solta pedaços de vidro. Um deles o empala e ele agoniza tentando abraçar Christine e ignorando seus amigos por completo. Depois disso, Arnie morre.

Em fúria, Christine investe contra a dupla que acaba suspendendo o veículo e esmagando-o até virar um pedaço de sucata compactada. Logo em seguida, os restos de Christine são jogados em um aterro sanitário onde não pode mais fazer mal a ninguém.

Christine é um clássico inegável, conseguiu envelhecer relativamente bem apesar da moda oitentista muito presente no longa com seus black power, costeletas a la Elvis, roupas coloridamente psicodélicas e sua tecnologia arcaica. 

As atuações foram aceitáveis, a trilha sonora regada a muito rock pauleira clássico da época contribuiu muito e o enredo ficou bem fluído e mastigadinho sem dever nem pecar em absolutamente nada.

Dá pra perder uma boa noite com este clássico e ainda dá para confrontar com sua versão impressa... que eu ainda não adquiri, então não posso debater sobre a fidelidade dos roteiros, mas enfim.

Christine vai futuramente receber um remake que foi confirmado há quase um ano. Agora é só esperar para que se saia tão bem quanto o clássico e que o novo possante escarlate faça tantas vítimas quanto a antecessora.


Trailer:



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