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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

sábado, 10 de dezembro de 2022

O Rato Humano / Ratman / Terror House / Quella villa in fondo ao parco (1988)

 


O cinema italiano esconde boas tranqueiras que acabam virando um cult por conta dos seus inúmeros defeitos, seja pelo baixo orçamento, ou o roteiro previsível e mesmo assim essas joias vira e mexe são lembradas com muito carinho.

O rato humano é o exemplo que mesmo com um orçamento bosta dá para se fazer uma tranqueira aceitável e memorável mesmo nos dias de hoje, e olha que o filme não envelheceu tão mal, você pode assistir agora mesmo e pelo menos visualmente não está tão tosco como parece, não muito.

O principal atrativo deste trash do final dos anos 80 é o suspense e a violência muito bem produzida apesar de discreta, sem falar na trilha sonora que é um dos maiores pontos fortes do longa casando com os momentos de tensão que aqui não faltam.

Tudo começa em um quartinho sujo onde o cientista de fundo de quintal, o doutor Olman e seu assistente Tonio vislumbram sua maior criação: uma aberração hibrida criada através do cruzamento de uma espécie de macaco e um rato aparentemente domesticada.

Olman ordena Tonio que sacrifique os ratos que serviram de cobaia para a experiência e o assistente se diz preocupado com o minusculo rato de aparência humana, pois o monstrinho tem adquirido uma força descomunal em pouco tempo, e Olman por sua vez rebate dizendo que Tonio deve se preocupar apenas com sua garra e que o siga alimentando-o. 

Pouco tempo depois, somos levados a praia de San Martin, mesma cidade onde vive Olman e somos apresentados as jovens modelos Marilyn e Peggy e o fotógrafo Marc que conduz uma sessão de fotos sem se dar conta que a aberração de Olman fugiu do depósito e os espreita.

O monstro inicia seu banho de sangue assassinando brutalmente uma jovem local e evade logo depois.

O trio acaba tendo sua atenção tomada e não demora muito até encontrarem o cadáver da jovem. As meninas e Marc acabam divergindo sobre avisar ou não as autoridades, visto que eles são turistas vindos de Nova York e seu tempo naquele vilarejo está contado.

Mais tarde, as meninas voltam para o hotel onde estão hospedadas para relaxar e contar as horas até eu retorno para a América.

Paralelo a isso, Marc, depois de dar uns pegas em sua assistente Monique, vai até um estúdio revelar as fotos do ensaio e encontra algo estranho escondido ao fundo de uma das imagens.

A noite, Peggy aproveita para se divertir na cidade antes da despedida, mas no meio do caminho o pneu de seu táxi estoura e a falta de um estepe a faz seguir a pé.

A poucos passos de uma esquina urbanizada, Peggy ouve um grunhido agudo e ao se debruçar para bisbilhotar o interior de uma casa, ela vê uma mulher desacordada ser arrastada por alguém que ela não consegue identificar por conta da escuridão.

Assustada, a modelo corre e no caminho acaba perdendo um dos sapatos que é encontrado por alguém munido de uma faca que a persegue até uma outra casa desta vez vazia onde ela se esconde.

Mesmo muito bem escondida, a aberração roedora a encontra e a mata com requintes de crueldade.

No dia seguinte, somos apresentados ao escritor Fred Willians e Terry que dividem o mesmo táxi e um mesmo interesse: uma série de ataques misteriosos, sendo que um destes vitimou a irmã de Terry, Marilyn (?) que está indo justamente ao necrotério fazer a identificação do possível corpo.

Acompanhado de Fred, Terry faz a identificação, porém o tal corpo não é de Marilyn e ela exige ao legista uma explicação. Fred se prontifica a colaborar investigando e junto de Terry ele segue até o suposto local onde a modelo foi vista pela última vez.

Enquanto a dupla discute hipóteses, eles ouvem um barulho vindo do guarda roupas e ao averiguar descobrem apenas um gato. Logo depois, ambos notam que alguém evadiu seu quarto depois de tê-los vigiado.

Fred e Terry voltam ao necrotério a pedido do inspetor de polícia Lopez para fazer o reconhecimento de um segundo corpo que mais uma vez não é o de Marilyn.

Do outro lado, Marc com o auxílio de Monique fotografa Marilyn que está muito viva, em um ponto turístico junto a uma gruta, onde a modelo sente gotículas de sangue pingando sobre ela e descobre um corpo brutalmente assassinado.

Marc tira as garotas rapidamente do local e as leva até um depósito aparentemente abandonado, onde Monique se separa e o fotógrafo sai para procurá-la.

Ao entrar no depósito, Marc encontra o lugar todo sujo, com uma boneca ensanguentada e logo tira fotos por curiosidade e segue investigando o local.

Pela demora de Marc, Marilyn sai do carro do grupo ao mesmo tempo que Monique que tentava usar um banheiro podre é morta brutalmente pela aberração de Olman. Marc e Marilyn se reencontram ao descobrirem o corpo da amiga sem vida.

Aos prantos, Marilyn implora a Marc que a tire daquele lugar.

Ao evadirem do local, a dupla encontra Olman que se dispõe a cuidar dos ferimentos que Marc adquiriu durante a investigação, e o cientista demonstra um certo interesse em Marilyn que a esta altura tomava banho.

Marilyn sente estar sendo vigiada por algo muito pequeno e só consegue ver sua silhueta. Na presença de Marc e Olman, Marilyn avisa o que viu e o cientista coloca Tonio em alerta.

A noite, Marilyn é atacada pelo rato hibrido que a espreitava e ao correr até o dormitório de Marc pedir ajuda, ela percebe que o fotógrafo está morto depois de ter sofrido também um ataque da aberração.

Olman sente a agitação e vai até o andar de cima da casa par averiguar ao mesmo tempo que o rato corta a luz do local deixando todos no breu.

Tonio recebe a ordem de ir até o depósito e lá é atacado pelo rato que arranca seus olhos matando-o.

Do lado de fora, Olman resolve revelar a verdade sobre sua criação a Marilyn dizendo a ela que o rato fugiu de seu controle e que tentar capturá-lo por métodos convencionais é inútil, fora que ele possui um veneno mortal do qual não existe antídoto.

O cientista ainda fala sobre uma lenda de uma sacerdotisa dos mares de de San Martin que em tempos antigos exigia sacrifícios de macacos para se conter como toda entidade guardiã e que seu rato hibrido tem genes de macacos, por isso ele só matava até então belas jovens, por que elas lembravam a tal da sacerdotisa.

Depois de toda a história, Olman deixa Marilyn em seu carro e volta para casa onde inevitavelmente é atacado mortalmente pela sua cria.

Como Olman não deixou as chaves na ignição do carro, Marilyn resolve voltar para casa para procurar o cientista e o encontra sem vida porém com as chaves que ela toma de imediato.

Ao voltar para o veículo, Marilyn é atacada pelo rato que a persegue até dentro da casa. Lá, ela tenta usar o telefone que não funciona e ao ser novamente atacada, ela usa a arma de Olman desferindo vários tiros na aberração mas obviamente nem o arranha.

Logo depois, a modelo foge para a cozinha onde bloqueia a porta com a geladeira, porém o rato adentra por uma toca correndo por dentro das paredes até ficar tudo em silêncio.

Paralelo a isso, Fred e Terry pegam estrada no meio da escuridão em busca de Marilyn que a essa altura caiu de sono pela exaustão acordando só na manhã seguinte.

Ao tentar tirar algo de comer de dentro da geladeira, Marilyn vê saltar de dentro dela, o rato que a ataca ferozmente ao mesmo tempo que Fred e Terry chegam a casa de Olman.

A dupla entra na casa e encontra o cadáver de Marc junto a uma toca na parede. Fred deixa Terry sozinha enquanto sobe para o próximo andar onde encontra Olman morto sem se dar conta que o rato espreita Terry.

Juntos novamente, a dupla vai até a cozinha e depois de arrombar o bloqueio, encontram Marilyn sem vida.

De volta a cidade, Fred e Terry vão até a delegacia onde o inspetor Lopez desdém do relato da dupla.

Sem ter mais o que fazer no vilarejo, a dupla vai para o aeroporto de San Martin sem desconfiar que o rato os seguiu e no mesmo momento ele mata a balconista do check in.

Preparando para embarcar, a dupla não se dá conta de que o rato se escondeu na bagagem e o filme termina com o avião decolando e gritos de horror, o que significa que a aberração iniciou uma chacina em plenos ares.

Um final meio mal pensado, diga-se de passagem. Afinal, se o ser hibrido matar até mesmo os pilotos do avião, o veículo vai cair e o baixinho vai morrer junto, a menos que ele tenha um fator de cura a la Wolverine, senão sem chances dele chegar a Nova York para espalhar o caos. Prefiro nem imaginar que esse final foi um gancho para uma continuação. Os produtores não podem ter sido tão convencidos a tal ponto, sem chance, não mesmo.

No mais, o filme cumpre um papel legal de entreter e certamente na época em que foi lançado provocava medo, enquanto hoje só provoca risos.

O grande destaque aqui fica por conta do saudoso Nelson de la Rosa que deu vida a aberração em forma de rato. De la Rosa era Dominicano, portador de um severo nanismo que o fez atingir a marca de 71 centímetros. Além do rato humano, outro papel de grande destaque em sua curta carreira foi na versão dos anos 90 de A ilha do doutor Moreau onde ele interpretou o clone defeituoso em miniatura do personagem que dá título ao filme, interpretado pelo também saudoso Marlon Brando.

Este foi o grande atrativo do filme, a interpretação quase impecável de De la Rosa que soube encarnar com maestria um ser completamente instintivo e violento. O triste disso tudo é que a figuração da aberração se limitou a dentes postiços, um pouco de pelo falso, porém nada de rabo ou orelhas de rato, nem focinho com bigodes, fora que ele usa roupas... foi tudo absurdamente simples e pouco imersivo. Baixo orçamento, fazer o que?

Por outro lado como eu disse, a trilha sonora é um ponto fortíssimo e ajudou muito nos momentos certos. Fora a ambientação que variou bastante em cenas externas desde as praias até a gruta que fez com que o filme não ficasse preso o tempo todo no depósito do doutor Olman.

Ainda sim é um filme mais ou menos, precisava de uns bons ajustes, mais orçamento e mais tempo para polir, aí sim teria sido uma produção no mínimo notável. Não espero que algum dia seja feito um remake Hollywoodiano do filme, até por que hoje não daria mais certo por falta de atores anões levando a produção apelar para o encolhimento digital, tal como fizeram com o ator que interpretou os Oompa Loompas da versão de 2005 de A fantástica fábrica de chocolate. Beleza, ficou legal na época, porém nada imersivo. Então, deixa quieto.


Trailer:




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