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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A casa do Cemitério / The House by the Cemetery / Quella Villa accanto al Cimiterio (1981)


Lucio Fulci nunca mediu esforços para produzir grandes longa metragens com um terror extremo sem nenhum filtro e muito mistério.

Na minha mais humilde opinião, uma das melhores obras do currículo do mestre do terror italiano é sem dúvida A casa do cemitério de 1981 que soube juntar o melhor do sobrenatural com uma pitada bem medida de slasher ainda que o enredo tenha sido um tanto quanto simples e previsível, mas nada que estrague a experiência.

Esta é a terceira parte da trilogia Os sete portões do inferno iniciada em 1980 com Pavor na cidade dos zumbis e sucedido por Terror nas trevas (The beyond) que trazem o melhor de Fuci em sua glória máxima: enredos calafriantes, efeitos práticos e maquiagens de tirar o fôlego além de trilha sonoras muito bem executadas.

Tudo começa algum tempo após um casal ser brutalmente assassinado por uma figura misteriosa num casarão do século XIX, quando o historiador novaiorquino Petersons e sua amante investigam a mesma casa, onde passam por uma experiência fatal: por algum motivo, Petersons acaba ficando louco e mata sua amante se suicidando enforcado em seguida.

Tempos depois, Norman Boyle, também historiador é convocado pelo seu chefe para continuar as investigações de Petersons e aproveitar a ocasião para descobrir o que ocasionou ambas as mortes ocorridas nas dependências do tal casarão.

Bob, o filho de Norman e Lucy enxerga uma linda e misteriosa menina na janela de um casarão antigo gravado num retrato. Segundo ele, a menina está pedindo que ele não entre no tal casarão, porém Lucy não vê a imagem da tal menina no retrato, pedindo ao filho que pare de brincadeira e a ajude a empacotar seus pertences para a mudança que eles vão fazer.

Por um atraso de Lucy na decisão da mudança, a casa que os Boyle inicialmente iriam se mudar acabou sendo alugada e a única residência que a corretora Laura conseguiu para a família é justamente o casarão antigo onde Petersons investigava sobre os experimentos ilegais do doutor Jacob Freudstein, um cirurgião do século 19 que atuava sem licença na época.

Chegando lá, Bob conhece uma linda menina chamada May, curiosamente a mesma menina do retrato que diz que sabia que ele viria e torna a pedir que ele se afaste da casa, após ter uma premonição resultado do contato visual com uma manequim de uma loja que estranhamente é decepada e sangra.

Na mesma semana chega Ann, uma babá jovem e bonita contratada para cuidar de Bob durante a estadia da família.

Os Boyle mal chegam na casa e Lucy já sofre um contato com supostas forças sobrenaturais ouvindo gritos e ruídos de objetos se mexendo. Não bastasse isso, ela ainda encontra no sótão, uma base de concreto com o sobrenome Freudstein cravado, ou seja, uma lápide, a lápide do doutor.

Visivelmente abalada, Lucy é amparada por Norman e os dois resolvem desemperrar a apodrecida porta do porão com uma certa dificuldade. Ao adentrarem finalmente em seu interior, são atacados por um morcego enorme que crava suas presas na mão de Norman, numa cena agoniante.

Norman desesperado corre até a cozinha atrás de um objeto pontiagudo para matar e descolar as presas do asqueroso sugador de sangue, encontrado de improviso uma tesoura, porém o animal é insistente e só larga de Norman depois de explodir em sangue ao ser perfurado.

Farta, Lucy insiste para se mudarem, incumbindo Laura de encontrar outra moradia o quanto antes.
Laura então vai até a casa dos Boyle discutir a situação da nova moradia, mas tem o azar de cruzar com a misteriosa figura que no início do filme assassinou o casal, fazendo com que Laura tenha o mesmo destino ai ser degolada brutalmente.

Lucy chega horas depois, enquanto Ann termina de limpar todo sangue do chão assustada. As duas não trocam nenhuma palavra, deixando Lucy cheia de dúvidas pois não tem nenhum antecedente da babá.

No exterior da casa, Bob e May se reencontram e brincam de pique esconde até encontrarem uma lápide com o nome de Freudstein: era a sepultura da mulher do misterioso doutor Jacob. May diz a Bob que o túmulo está vazio e torna a confirmá-lo, como toda figura misteriosa desses tipos de filmes.

Norman por sua vez encontra uma caixa contendo uma fita k-7 e um toca fitas pertencente a Petersons. Ao ouvir o documentário em áudio, ele descobre que Petersons estava ficando enlouquecido com a investigação sobre o doutor Freudstein entre outras declarações chocantes. Logo depois, resolve rodar alguns quilômetros até o cemitério, procurar o túmulo onde supostamente o cirurgião que tirou o sono de Petersons está enterrado, porém o coveiro responde que ele não é o único que foi até lá a procura deste túmulo e que o médico não está sepultado lá, dizendo ainda que essa informação dada a ele é mero boato.

Não muito depois, Ann a trabalho acaba adentrando o porão e se torna a nova vítima do misterioso assassino tendo sua cabeça arrancada por ele. Bob por sua vez, vê a cabeça da babá rolar as escadas e grita em pânico subindo em seguida.

Lucy chega em casa e encontra o menino encolhido no canto de seu quarto e ao questioná-lo, descobre o terrível destino de Ann, porém não acredita no menino e desce até o porão com ele, onde os degraus e todo o assoalho antes encharcados de sangue agora estão limpos e tanto o corpo quanto a cabeça de Ann não estão mais lá. Lucy tenta convencer o menino que foi tudo fruto da imaginação dele.

Naquela mesma noite, Bob ainda com dúvidas vai até o porão tentar se certificar se Ann realmente está viva, porém acaba cruzando com a figura misteriosa, não dando tempo para entrar para a sua lista. Na fuga porém, Bob fica com sua mão presa na porta, mas dá um jeito de escapar ileso por um tempo. Infelizmente, aquela mesma porta enferrujada emperra e Bob fica preso a mercê do assassino misterioso e começa a gritar pela mãe que pega a chave e o pedaço de metal fino usado antes por Norman como alavanca para desemperrar a porta.

Depois de todo terror passado ali, Norman chega de viagem e revela que Petersons se suicidou ao descobrir que o doutor Freudstein inacreditavelmente ainda vive após quase dois séculos graças a um de seus experimentos ilegais que consiste em se alimentar das células vivas de suas vítimas e que o cirurgião é o assassino por trás das mortes de Ann e Laura, pois aquele casarão é a residência original dele.

Decidido, Norman desce até o porão atrás do deformado e apodrecido doutor Freudstein para por fim aos seus atos, porém, acaba sendo estrangulado e morto com a extração imediata de seu pomo de Adão frente aos olhos de sua mulher e filho.

O cirurgião zumbificado agora caminha em direção a Lucy e Bob que sobem até um jogo de escadas que dá no comodo onde fica a lápide que sela o porão. Lucy tenta abrir ainda mais uma fenda que se fez com o concreto apodrecido com as décadas porém não consegue sucesso, sendo pega pelo médico e amarrada por ele frente aos cadáveres de todas as vítimas feitas desde o início do filme.

Bob por sua vez, força a fenda até conseguir sair com a ajuda de uma senhora misteriosa que ao que tudo indica é a avó de May, que leva as duas crianças de lá em meio a um som agoniante de choro de uma criança, dando a entender que o reinado de terror do doutor Freudstein permanecerá até o fim dos tempos impune. O que deu a entender também é que Bob pereceu e se tornou mais uma alma assim como May e a senhorinha que possivelmente fora vítimas de Freudstein em épocas remotas e que por isso a menina tentou afastar a família de Bob da mansão, para não ter o mesmo destino.

A casa do cemitério é um filme muito bem produzido para a época cheia de suspense e muito sangue, marca registrada dos clássicos de Lucio Fulci que dirigiu o longa, além é claro dos famosos closes nos olhos, um fetiche do próprio Fulci presente em suas maiores e melhores obras. 

Muito mistério, envolto a uma trilha sonora assustadora e um enredo cheio de possibilidades e furos, nos forçando a assistir até o fim para entender quem matou, por que, qual envolvimento com as vítimas, fora o mistério envolta da personagem May que permanece incógnito, não se sabendo se ela é uma entidade, uma assombração, uma menina de verdade ou seja lá o que for ainda que o final deixe a entender sua procedência.

Catriona MacColl que aqui desempenhou o papel de Lucy também protagonizou os capítulos anteriores da trilogia mostrando-se uma verdadeira multi faces sempre conseguindo adaptar-se em diferentes personalidades, ainda que as mocinhas não tenham tanta diferença entre si.

Em poucas palavras, recomendado com toda certeza para quem gosta de um bom terror sobrenatural com alguns elementos de slasher e espera muito sangue jorrando por todos os lados e para quem tenha a curiosidade de conhecer a filmografia de Fulci que é sensacional.

Trailer:

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