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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

sábado, 10 de setembro de 2022

O Homem de Palha / The Wicker Man (1973)

 


Eu confesso ter conhecido e assistido á alguns cult classics do terror a poucos anos por pura falta de conhecimento e burrice da minha parte, por não me manter informado e por não ter contato com especialistas no meio que pudessem me recomendar. Mas na medida do possível eu estou catalogando ótimos títulos para fazer parte dessas páginas e com um pouco de esforço eu vou trazer muito conteúdo cult fara satisfazer vossas sanhas.

Um destes conteúdos que me chamou a atenção e que só este ano eu vim a assistir para valer (e duas vezes ainda por cima, uma legendada e uma dublada mais recentemente) depois de seguir algumas críticas, coisa que eu não sou de fazer por conta da minha descrença nestes veículos que se dizem profissionais, mais que já cometeram inúmeras heresias com títulos lendários da sétima arte.

Mas deixando de lado esse assunto que não convém, até por que eu não tenho um advogado para me defender caso eu resolva citar nomes, vamos focar onde realmente importa, o filme. O homem de palha é um filme que me causou impressões diferentes cada vez que eu vi. Na primeira eu julguei como um filme bastante ok, mente aberta com um enredo atordoante e arrastado, mas que compensa pela atmosfera emersiva e sombria. Na segunda vez, com mais atenção, eu achei tudo isso já citado e ainda por cima agora eu senti um clima meio pesado em algumas cenas com tanta cantoria, tanta bunda de fora num filme que nem é para maiores de 18, mas enfim.

Como eu disse é tudo ok: direção, atuações, montagem e a fotografia que é muito bonita. O filme é bem curto e tem muita investigação, então para quem curte algo mais frenético é melhor nem perder tempo, por que a ação mesmo acontece no último ato com a grande reviravolta e o clímax tenso e perturbador.

A coisa toda começa na ilha Escocesa de Summer Isle, onde o sargento da polícia, Howie desembarca de seu hidroavião onde pretende encontrar uma garota que foi dada como desaparecida há algum tempo atendendo pelo nome de Rowan Morrison.

Em terra firme, Howie começa a interrogar alguns populares que divergem em suas respostas, alguns negam conhecer a garota e outros dizem que ela morreu. A resposta mais concreta que Rowie consegue é o endereço de uma doceria onde trabalha May Morrison, mãe de Rowan.

Chegando ao estabelecimento, Rowie mostra a May uma foto de sua filha desaparecida, porém ela diz que a tal Rowan não é sua filha e sim uma menina bem mais nova que está fazendo pintura em seu quarto e que atende por outro nome que eu me esqueci.

Logo depois de interrogar brevemente a filha de May, Rowie vai até uma hospedaria conseguir um quarto para o tempo que irá ficar naquele inóspito lugar.

Aproveitando que a ilha está em período de festejos, Rowie interroga mais alguns populares que assim como os primeiros, são vagos em suas respostas rejeitando qualquer tipo de comprometimento com as investigações.

Caminhando a noite, Rowie presencia uma orgia ao ar livre e como bom conservador e cristão que é, repudia o acontecimento e tem um flashback que deixa claro que ele tem um compromisso com uma mulher com a qual terá suas núpcias (sim, Rowie é um tio virjão).

Mais tarde, Rowie tenta dormir, mas é em vão, pois sua bela vizinha de quarto, Willow está cantarolando uma bela canção nua em sua cama e usando a parede para produzir uma batida que acompanha os versos da música, a mesma parede que divide seu quarto com o de Rowie que por algum motivo parece loucamente atraído pela dança sensual da louraça.

Na manhã seguinte, o povoado inicia uma festa dançando agarrados a fitas envolta de um mastro que segundo a professora local se trata da festa do mastro de maio, no qual o mastro simboliza o pênis como sendo a força reprodutora da vida.

Isso era o que a professora ensinava sem nenhuma censura as crianças do primário. Conteúdo esse que Rowie que passa por lá, repudia por ser imoral e indecente para os ouvidos dos pequenos. Aproveitando a passagem, Rowie pergunta sobre Rowan e a professora assim como as crianças encobrem saber de sua existência e sustentam o fato até o fim.

Passando pelo cemitério local, Rowie descobre que ninguém em Summer Isle se importa com o cristianismo e nem mesmo que seguem algum tipo de valor moral e bons costumes... aquilo é a maior putaria ao ar livre!

Rowie vai até o cartório para conseguir um suposto atestado de óbito para comprovar a possível morte de Rowan e a responsável pelo local diz não poder permitir o acesso as informações dos arquivos sem o consentimento da autoridade máxima da ilha que atende pelo nome de Lorde Summerisle, o líder da porra toda. Rowie contudo, usa de seu poder de persuasão para conseguir o que quer.

Enquanto pega uma charrete para conhecer pessoalmente o líder da comunidade, Rowie presencia próximo as terras do Lorde Summerisle, um grupo de belas moças dançando peladas envolta de uma fogueira sem o menor pudor.

Rowie desembarca e vai direto até o tal Lorde Summerisle onde pede permissão para exumar os supostos restos de Rowan e aproveita para demonstrar seu repúdio as crenças hereges do povoado incluindo a dança das peladonas no jardim que é escandalosamente indecente. 

O lorde revela ter comprado a ilha há vários anos e que ele próprio converteu a população a putaria que ele enxerga como algo natural.

Chegando a noite, Rowie desenterra o caixão correspondente a Rowan e só encontra uma lebre morta. Rapidamente, o sargento volta a mansão do lorde exigindo respostas e logo ameaça voltar para o continente e denunciá-lo como suspeita de matar a garota Rowan em algum ritual pagão e de ocultar seu cadáver.

Depois de revelar algumas fotos, Rowie resolve ir até a biblioteca para pesquisar sobre o festival de maio que encerrará o período de festas da safra anual desconfiando ter alguma ligação com o desaparecimento de Rowan.

Rowie resolve ir ao porto até seu hidroavião para voltar ao continente mas o veículo não liga obrigando-o a ficar mais um pouco.

Ao voltar para o vilarejo, Rowie segue um homem trajando uma fantasia alegórica até um local onde o Lorde Summerisle e seus devotos festejam e saúdam uma entidade conhecida como a Rainha de maio, uma das entidades que provê a eles uma safra farta.

Sem tempo a perder, Rowie bate de casa em casa tentando encontrar Rowan ou algo que leva a ela, mas parece que todos tiraram o dia para zombar de sua cara, incluindo uma menina atrás do armário que se faz de morta e depois ri da cara do policial forasteiro.

Cansado, Rowie volta a hospedaria para tirar um cochilo e acaba ouvindo o dono do local e Willow cochichando sobre ele e logo depois, se assusta com um braço decepado.

Com uma fantasia roubada, Rowie se infiltra no festival de maio como ultima tentativa de obter algum sucesso na missão.

A festa segue com muita música, dança e um ritual que consiste em um grupo de rapazes cruzarem as pontas de suas espadas até formar uma estrela com várias pontas. Os populares passam um por vez pela estrela de lâminas com suas cabeças colocadas no buraco que liga cada espada até que um é escolhido para ser decapitado... ou não, por que tudo não passou de uma brincadeira pois a cabeça era falsa e todos riem.

Lorde Summerisle aparece e anuncia que assim como todos os anos, haverá um sacrifício para as entidades da natureza como a Rainha de maio por exemplo, para agradecer que a safra deste ano foi muito melhor que a do ano passado que foi fraquíssima. 

Os populares trazem uma jovem para tal sacrifício que é ninguém menos que Rowan Morrison! Rapidamente, Rowie a abduz até uma gruta onde segue-se uma perseguição.

Rowan conduz Rowie até uma saída que dá para o mar onde são encurralados por Lorde Summerisle e alguns populares. Logo, o líder revela que Rowie teve seus passos manipulados desde sua chegada a Summerisle até aquele que será o desfecho do festival. Cada movimento foi friamente calculado para que Rowie viesse a Summer Isle investigar o falso sumiço de Rowan e que ele viesse por livre e espontânea vontade ao festival.

Ao contrário do que Rowie pesava, Rowan não era o sacrifício mas sim ele e ela era a isca. Rowie foi escolhido por ser virgem e cristão, requisitos que nenhum dos populares poderiam atender por motivos óbvios, por que só alguém puro e crente poderia garantir uma boa colheita.

Rowie é despido e preparado para seu ato final e mesmo nas garras da morte reforça sua inabalável fé em Jesus Cristo, pregando a palavra do senhor ao vivasso. Inutilmente, Rowie tenta fazer aquele povo fanático acordar para aquele absurdo até ser carregado por alguns metros até chegar a uma enorme estátua de palha conhecido como o Gigante de palha.

No interior da grande estátua, Rowie é trancafiado e segue fiel pregando e cantando hinos de louvor, terminando por pedir a Deus que receba sua alma na morada eterna. Enquanto isso, o Gigante de palha é tomado pelas chamas e entre danças e cantoria alegres, Rowie morre ao pôr do sol. 

Um final bem triste e tenso para um thriller de conteúdo perturbador que se tornou um clássico ganhando em 2011 uma espécie de sequencia espiritual chamada A árvore de palha e anos antes, em 2006 um remake com o título de O sacrifício com Nicolas Cage que não fez nem de longe o mesmo sucesso, sendo duramente criticado. Eu mesmo não assisti a nenhuma das produções, mas quando resolver criar coragem eu dou meu veredicto.

No mais, o clássico não tem muito o que falar, é uma experiencia diferente, perturbadora e que pode ofender quem é severamente cristão e não curte nada que fuja do caminho da fé.

O terror aqui é mais psicológico, o filme tenta brincar com a mente como naquela cena no quarto de Rowie em que Willow canta pelada. Aquilo é surreal e estomacalmente dolorido para aqueles que se deixam perturbar mentalmente, mas é uma experiencia muito doida.

Para os amantes de mamilos, um prato cheio, o que o filme mais oferece é bunda, pepeca e peitos, porém não há conjunções carnais muito explícitas, então não é um pornozão se é o que você pensa, no mais... bom apetite ao bronheiros de plantão.


Trailer:



  

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