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sábado, 18 de fevereiro de 2023

A Bruxa de Blair / The Blair witch Projetc (1999)

 



Tem obras cinematográficas que souberam trabalhar absurdamente bem demais com o marketing e transformaram umas poucas moedas numa verdadeira caixa forte do tio Patinhas. Muito disso, se deve a falta de informações que o público tinha na época que acarretou num dos filmes mais troll da história cinema.

Para começar usaram de um suposto desaparecimento real de um trio de estudantes de cinema nos arredores de uma cidade rural cheia de mistérios. Depois ainda emplacaram uma lenda supostamente baseada em uma história real de uma bruxa que possuiu uma pessoa séculos atrás e que o fez cometer diversos crimes.

É claro que todo o enredo é fictício, não existe bruxa, não existe desaparecimento e todos aqueles depoimentos no decorrer do longa são falsos. Hoje em dia obviamente essa história toda seria facilmente desmascarada dando um Google. Em poucos segundos, centenas de milhares de matérias e postagens em blogs especializados já escrachariam a mentirada toda, mas em 1999 a coisa não era tão fácil e cair na pegadinha da produção de A bruxa de Blair foi mais fácil do que empurrar uma puta bêbada no meio fio e limpar sua bolsa.

O enredo é bem breve, e além de pregar a maior peça do século ainda ajudou a popularizar o subgênero found footage, que praticamente não existia na época e já chegou introduzindo o formato no cinema com tudo, o que obviamente acarretou uma leva de outras produções tentando abocanhar sua fatia da pizza do sucesso seguindo a mesma receita.

Deixemos os detalhes de lado por um tempo, e vamos focar no enredo que como eu já disse será breve então, lá vai...

Tudo começa quando um trio de estudantes de cinema formado por: Heather Donahue, Michael C. Willians e Joshua Leonard se preparam para produzir seu primeiro documentário que será sobre a lenda rural da Bruxa de Blair datada do século XVIII e que guarda mistérios até os dias atuais.

Inicialmente, a equipe vai para a cidade de Mariland de onde a lenda se originou e lá entrevistam os populares que tem opiniões divergentes sobre o assunto.

Os menos céticos mencionam a história de Rustin Parr, um andarilho que viveu na década de 1940 e que raptou sete crianças fazendo-os reféns em uma cabana onde os torturou e depois os matou. Parr posteriormente se entregou a polícia e alegou insanidade, pois segundo seu depoimento, ele estava na ocasião possuído pelo espírito de Elly Kedward que nada mais era que a famigerada Bruxa de Blair que tempos atrás foi enforcada em praça pública junto de outros semelhantes que assim como ela foram acusados de cometer bruxismo.

Parr ainda complementou dizendo que Elly o atormentava e barganhou a paz de sua alma em troca da vida das crianças. Assim mesmo, Parr foi condenado a pena máxima sendo enforcado logo após receber sua condenação.

Seguindo no dia posterior, a equipe de Heather adentra a floresta ao norte de Burkitisville em busca de indícios da existência da bruxa mesmo depois de serem alertados por um grupo de pescadores que o local é assombrado. Um dos pescadores ainda fala sobre um boato de 1888 sobre uma jovem chamada Robin Weaver que desapareceu na floresta por três dias e quando foi vista novamente falava sobre uma velha cujos pés não tocavam o chão (a bruxa?).

Logo mais, Heather e os rapazes se dirigem para Coffin Rock onde existe um relato de cinco homens que foram encontrados misteriosamente mortos, como se tivessem servido de oferenda em um ritual do século XIX depois de desaparecerem de seu acampamento naquelas bandas á noite.

Daí para os próximos dias, a sorte da equipe vai se esvaindo gradativamente pois tudo de errado acontece: Heather e os rapazes profanam um cemitério, seu equipamento começa a desaparecer e geral começa a ouvir gritos sem nunca encontrar ninguém em lugar nenhum.

Numa tentativa de evadir do local onde eles estão acampados, a equipe se perde por falta de um mapa (que também sumiu) o que os fazem andar em círculos.

Não demora muito e começam as alucinações: a equipe vê figuras humanas suspensas sobre as árvores.

Por volta do sexto dia, Heather e Michael acordam e se dão conta de que Josh desapareceu do acampamento. A dupla procura pelo amigo e por não obter sucesso na busca, eles resolvem seguir sozinhos até a noite quando ouvem os gritos de Josh, porém nenhum sinal dele.

No dia seguinte, Heather encontra um pedaço da camisa de Josh pelo caminho, além de dentes, fios de cabelo e um pedaço de língua.

A noite temos a cena mais memorável do filme que é quando Heather resolve gastar um pouco do rolo de filme da câmera para filmar a si mesma aos prantos, desesperada e completamente sem esperanças de voltar viva para a casa. Heather segue dizendo aos familiares e amigos que ela sente muito por possivelmente não voltar a vê-los, pois ela a esta altura já está ciente de que algo sobrenatural está perseguindo a ela e Michael.

Naquela mesma noite, a dupla volta a ouvir os gritos de Josh e desta vez eles são atraídos até uma casa em ruínas com símbolos rúnicos e marcas de mãos ensanguentadas de crianças por toda a parte. Seria a tal casa onde Rustin Parr cometeu os assassinatos?

Ao explorar superficialmente o porão, Michael que havia se separado momentaneamente diz a Heather ter ouvido Josh. Indo para o local, a dupla corre de forma descoordenada atrás do amigo.

Ao chegar no porão, Michael é afetado por uma força sobrenatural que o nocauteia e derruba sua câmera no chão.

Heather entra logo na sequencia e aos gritos encontra Michael de pé virado de frente para uma parede. A mesma força sobrenatural ataca Heather que derruba sua câmera que segue filmando por alguns segundos um silêncio que se instala no local finalizando assim o filme.

A coisa toda deu muito certo e o orçamento de meros 60 mil dólares voltou em forma de nada menos que 248 milhões de receita, um marco difícil de ser batido e que fez outras grandes produtoras crescerem o olho para a nova fórmula de se fazer terror: uma filmagem feita com uma câmera amadora, momentos pontuais de susto, um enredo envolvendo o sobrenatural e o realismo; isso era a cereja de qualquer bolo hollywoodiano e foi justamente o que faz a Bruxa de Blair ser o sucesso que é.

A franquia conta com uma única sequencia que foi um fracasso por motivos óbvios e um reboot que apesar de tentar trazer algo novo não conseguiu fazer sucesso, o que me faz pensar que a franquia já era, ainda mais por que a modinha do found footage já passou e a fórmula saturou faz tempo.

Eu não sou o maior fã de found footage e nem do filme. Na verdade, eu achei o enredo muito linguicento e só o que conta mesmo é o último arco que é quando as cenas mais memoráveis vem á tona junto com os sustos. Mas eu reconheço o valor da obra e como ela mudou o mercado dos filmes de terror trazendo um novo fôlego para o gênero que já estava começando a se abater com tantas franquias enfraquecidas e a falta de inovação nos roteiros.

A bruxa de Blair foi um grande acerto mas não entra no meu top 10 apesar dos pesares. O filme ainda funciona muito bem hoje, continua conseguindo passar a mesma sensação de décadas atrás e continua sendo um verdadeiro diferencial, sendo super referenciado desde a época de seu lançamento se tornando um cult absoluto.


Trailer:


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