David Cronemberg tem verdadeiras pérolas no mundo do terror a serem melhor exploradas. Algumas delas passaram desapercebidas e merecem uma horinha do nosso dia para saborear ótimos enredos, conteúdos perturbadores e criativos raramente vistos.
Uma destas obras é Os filhos do medo que elevou a tensão a outro patamar misturando terror e um pouco de ficção científica de um jeito simples e muito eficaz.
Tudo começa no instituto psicoplasmatico Somafree onde seu diretor, o doutor Hal Raglan está apresentando uma sessão aberta de seus métodos psiquiátricos com um paciente que tem um trauma famíliar.
No mesmo dia, Hal recebe a visita de Frank Carveth marido de Nola que é paciente na Somafree acusando a mulher de ter provocado ferimentos em sua filha Candice de 5 anos, carinhosamente chamada de Candy.
Hal nega as acusções e nega o pedido de Frank de afastar Nola de Candy dizendo que o contato com a filha é benéfico para o tratamento da paciente. Frank então resolve apelar para o juizado afim de que lhe cedam total custódia sobre Candy, mas o advogado é pessimista já que as circunstâncias não favorecem seu cliente.
Para a segurança de Candy, Frank deixa a menina com sua avó materna Juliana Kelly que é divorciada há dez anos e como se não bastasse ainda desconta suas atuais frustrações no alcóol.
Hal deixa Nola a par da situaçãoe a conversa deixa claro que os dois tem uma realção amorosa tóxica que tem como consequencia as agressões continuas de Nola pelas mãos de Hal já que ela se descontrola com facilidade.
De volta a casa de Juliana, enquanto avó e neta olhavam fotos antigas, as duas ouvem ruidos de objetos se quebrando. Juliana deixa a neta sozinha, vai averiguar e é atacada na cozinha por uma pessoa misteriosa que leva sua vida de forma brutal.
Candy corre para ver e encontra uma criatura estranha de baixa estatura perto do corpo da avó. A criatura corre se esconder e a menina não demonstra nenhum sinal de abalo ou medo.
Frank é avisado sobre a morte da sogra e vai rapidamente a delegacia, onde Candy também estava depois de ter prestado depoimento. A menina fica temporariamente aos cuidados do psicólogo dr. Birkin que diz que a menina é a única pessoa que estava na cena do crime e que ela disse não se lembrar do que aconteceu, fora que ela segue inexpressiva até o presente momento.
No dia seguinte, Frank tira fotos das lesões da filha para mandar para a analíse. Na mesma manhã, Frank se reencontra com o avô de Candy, Barton, que estava afastado da família desde o divórcio.
Paralelo a tudo isso, Frank conhece Jan Hartog, outro paciente do dr. Hal que o está processando. Ele alega ter contraído cancêr linfático como consequencia da psicoplasma e ainda mostra um tumor horrível no percoço.
Barton vai até Somafree para deixar a filha a par da situação de Juliana mas Hal o proibe mesmo de vê-lo alegando que a notícia pode traumatizá-la e isso comprometeria o tratamento.
Praguejando e ameaçando Hal, Barton vai embora prometendo recorrer.
A noite, Barton telefona para Frank bêbado e diz ter sido proibido de ver Nola o que o deixou com os animos abalados. Para evitar que o sogro faça alguma besteira, Frank deixa Candy em casa com Ruth Mayer, professora de Candy e seu atual interesse amoroso e vai vê-lo.
Barton, que estava na casa da ex-mulher, encontra a criatura que a matou: é uma criatura do tamanho de uma criança de aproximadamente 5 anos com o rosto deformado. A criatura ataca o avô de Candy que morre na hora..
Frank chega tarde demais, mas acaba encontrando a criatura que corre até o banheiro. Depois de muito procurar, Frank é atacado de surpresa e inesperadamente a criatura começa a sufocar, agoniza e morre.
Na casa de Frank, Ruth recebe um telefonema muito mal educado de Nola que a acusa de ser amante de Frank.
Voltando para casa, Frank tem um flashback da autópsia da criatura deformada que segundo o forense não tem dentes e não enxerga cores além de parecer humano, porém é diferente de um ao mesmo tempo.
Em Somafree, Hal oferece casamento a Nola que o rejeita alegando que quer apenas que o terapeuta deixe Frank em paz.
Chegando em casa, Frank é rejeitado por Ruth que diz que a vida dele está muito bagunçada no momento.
Depois disso, Frank tenta fazer a filha dizer algo sobre o ocorrido com a avó, mas ela continua sustentando que não se lembra de nada.
Hal pede a seu ajudante Chris para despejar todos seus pacientes internados na Somafree menos Nola, é claro e é o que ele faz.
Jan Hartog apresenta a Frank seu amigo Mike Trellan que também é paciente de Hal (e que apareceu no início do filme durante a apresentação dos métodos terapeuticos da psicoplasma), que depois de muito rodeio deixa claro a Frank que Hal quer ficar a sós com Nola.
Na manhã seguinte, Frank deixa Candy na escola e a menina fica cara a cara com duas das criaturas que a levam para fora da sala de aula. Depois disso, as criaturas voltam e espancam Ruth até a morte aos olhos das crianças.
Assustado, um dos alunos corre pedir ajuda chamando a atenção de Frank que ainda estava por perto (e não viu a filha ser abduzida?). Ao entrar na sala de aula Frank encontra Ruth morta e as criaturas já tinham sumido com Candy.
Frank corre pelos arredores gritando pela filha porém a menina já está longe sendo escoltada pelas criaturas.
Tarde da noite, Mike vai até a casa de Frank. Vizivelmente perturbado ele diz estar sendo seguido e mais uma vez depois de muita enrolação, Mike fala sobre umas crianças estranhas que estão escondidas no porão de Somafree aos cuidados de Nola e que Hal tenta esconder.
Passado, Frank vai escondido até Somafree e pega hal saindo do porão.
Frank interroga Hal que incialmente se faz de desentendido, mas logo revela toda a verdade: as criaturas deformadas são na verdade crianças, aquelas que Nola cuida no porão. Eles são seus filhos, nascidos do ódio toda vez que ela tem um acesso.
Hal diz a Frank que a situação fugiu do controle e eles precisam trabalhar juntos. O plano de Hal é que Frank vá até o porão e mantenha Nola tranquila enquanto ele resgata Candy. O caso é que Candy está guardada pelas crianças e estas estão conectadas sentimentalmente a Nola, ou seja, seja, se ela ficar calma as crianças ficam neutralizadas, mas se ela se enfurecer as crianças matam.
No porão, Frank e Nola finalmente se reencontram. Frank tenta ganhá-la emocionalmente como se tivesse tentando reconquistá-la e ela resolve testá-lo levantando sua camisola revelando um feto deformado crescendo fora do útero.
Nola estoura a placenta com os dentes e lambe sua nova cria. Paralelo a isso, Hal consegue carregar Candy para a liberdade enquanto as crianças dormem, porém Nola que já desconfiava conclui que Frank está mentindo, pondo-se em fúria.
As crianças acordam e Hal põe Candy no chão ordenando a ela que fuja sendo atacado em seguida.
Depois de matarem Hal, as crianças tentam arrombar o armário onde Candy se esconde deixando-a em pânico.
Ao mesmo tempo, Frank esgana Nola até a morte e rapidamente sobe até o porão onde encontra Hal e as crianças mortas. Logo alí perto, ele encontra Candy no armário em choque e a tira de lá aliviado.
Sem perder tempo, ele leva a menina para o carro e vai com ela embora daquele inferno sem perceber que duas marcas em forma de pequenas bolhas se formaram no braço de Candy. Será que é um sinal de que a menina vai se tornar uma criança deformada um dia?
E com essa grande interrogação termina esse suspense maluco. As considerações que eu tenho é que tudo no filme me agrada, menos a maquiagem das crianças deformadas que para os dias de hoje está muito qualquer coisa, contúdo a violência gráfica está de parabens, as sequencias das mortes bem construidas e o sangue convincente, isso eu garanto.
No mais, o filme é bem corrido, tudo muito bem explicadinho e tudo muito bem concluído apesar desta cena final que nos deixa pensativos e abertos a teorias, e a minha vocês já sabem.
Trailer:
Nenhum comentário:
Postar um comentário