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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

sábado, 21 de janeiro de 2023

Cujo (1983)

 


O melhor amigo do homem já foi retratado nas telas do cinema e da tevê desde os primórdios como sendo herói em diversas aventuras e sempre cativando o público infantil com suas peripécias. Porém, o cinema de horror não ia deixar de transformar criaturas dóceis em máquinas de matar com a vertente dominação animal.

São várias as produções em que os totós foram vilanizados sobre os mais diferentes pretextos: experimentos genéticos, possessões demoníacas, ou como neste caso, o filme de 1983 Cujo, baseado numa obra de Stephen King (de novo ele), temos um cachorro da raça São Bernardo que se tornou um fazedor de sangue depois de ser mordido por um morcego e ser contaminado pelo seu veneno.

Completamente sem controle, Cujo, o cão que dá nome ao filme e ao livro, começa a perseguir uma família levando-os ao desespero e a claustrofobia imposta pelo animal que durante muitas horas encurrala mãe e filho dentro de um carro.

Tudo começa em mais uma noite mal dormida do pequeno Tad Trenton filho de Vic e Donna que como qualquer criança de sua idade, vê muita tevê e possui uma imaginação fértil que o engana na forma de monstros do armário e bichos papões entre outros, somado ao seu medo patológico do escuro.

A relação entre Vic e Donna não vai muito bem obrigando a mãe de Tad a procurar carinho nos braços de Steve Kemp que ironicamente é amigo da família.

Certo dia, Vic vai com a família até a cidade na oficina de Joe Camber para fazer uma revisão no carro e lá conhecem Cujo, um cão da raça São Bernardo pertencente aos Camber e que apesar de seu tamanho colossal, é dócil como um filhote.

Não bastasse o fracasso em casa, Vic ainda tem um baita revés nos negócios quando sua nova marca de cereal é acusada de causar sérios danos a saúde de seus consumidores.

Paralelo a isso, Cujo começa a se tornar evasivo com as pessoas e a exalar um muco purulento pelo focinho e isso é resultado de um acidente que aconteceu há pouco tempo depois que o animal perseguiu uma lebre até sua toca sem saber que lá se escondia um morcego que o mordeu e a toxina de suas presas acabaram mexendo com sua cabeça.

Visando reverter seu prejuízo profissional, Vic viaja para fora da cidade a trabalho o que deixa Tad profundamente chateado. 

Perto de lá, Brett, filho do mecânico Joe sob uma névoa espessa, encontra Cujo com o aspecto piorado pela toxina e apresentando pela primeira vez em sua vida um comportamento agressivo. Por ainda possuir um resquício de suas lembranças, Cujo poupa seu dono e velho amigo desaparecendo no breu.

No dia seguinte, Cujo ataca fatalmente Gary Pervier, dono do lixão local e amigo de Joe e da família Camber. Não demora muito para o dono da oficina encontrar o corpo do amigo, mas antes que pudesse chamar a polícia ele também é atacado sem piedade por Cujo.

Chegando a oficina, Donna encontra tudo solitário e silencioso e ao tentar tirar o cinto de segurança de Tad para juntos procurarem por um sinal de vida, Cujo os intimida forçando-os a voltar para o veículo onde ficam fechados a sete chaves.

Depois de esperarem um tempo, mãe e filho resolvem evadir do local o mais depressa possível, porém o carro morre antes mesmo do arranque.

Sem alternativa, Donna e Tad acabam dormindo até que ao amanhecer percebem que Cujo ainda está lá mais vigilante do que nunca.

O telefone da residência dos Camber começa a tocar fazendo Cujo ter um acesso fazendo-o atacar o carro dos Trenton e o bicho só para quando o telefone silencia.

Donna resolve depois de um tempo sair do carro enquanto Tad dorme e Cujo a ataca deixando-a em farrapos. Com muito custo, Donna consegue se soltar das presas de Cujo e volta mais uma vez para dentro do carro para manter a segurança do filho.

Enquanto isso com Vic, depois de não obter nenhuma notícia da mulher e do filho por muito tempo, ele resolve abandonar a nova campanha de seu cereal para voltar para casa o quanto antes.

De volta com Tad e Danna, o menino tem uma crise de falta de ar após tantas horas fechado no carro, além de estar debilitado pela fome e exausto pela desidratação. Com toda a paciência que só uma mãe pode ter, Danna contém a crise de Tad.

Já de volta a casa. Vic encontra o local todo destruído e suspeita de Steve, o amante fura-olho.

Bannerman, o xerife da cidade, chega a oficina e estranhando o silencio do local resolve investigar os arredores até dar de cara com Cujo que o persegue até o seleiro onde mata a autoridade.

Tad tem outro ataque ao presenciar o fim de Bannerman, mas Donna o acalma novamente.

Depois de ser desacreditado pelo investigador sobre suas suspeitas de Donna ter ido embora de casa com Tad e Steve, Vic resolve investigar outra linha por conta própria.

Mesmo ferida na perna, Donna resolve arriscar tudo para conseguir alguma ajuda agora que Tad está inconsciente no carro. Cujo a ataca, mas ela usa um taco de beisebol e nocauteia momentaneamente o animal abrindo um tempo de vantagem.

Sem perda de tempo, Donna tira Tad do carro e o leva para dentro da casa dos Camber e depois de muito tentar fazer o filho voltar a si ele finalmente reage, mas a alegria dura pouco pois Cujo invade a casa através da janela.

Sem pestanejar, Donna usa a arma que havia pego do xerife e dispara certeiramente matando Cujo.

Vic chega do nada e encontra a família, dando um abraço forte e iniciando sua possível reconciliação com Donna, afinal nunca é tarde para uma segunda chance.

Um enrendo bem simples e bem fluído com uma emersão bacana é o que você pode esperar deste clássico. Não é a melhor e nem uma das melhores adaptações de uma obra de King, mas trás com bastante eficiência a essência das obras impressas, não deixando dúvidas de que este é um derivado do mestre King.

Tem lá seus momentos de violência, mas o filme o faz de maneira sutil sem exageros. A maquiagem de Cujo é impecável, ilustrando de forma convincente cada um de seus estágios de decadência desde os primeiros focos de pus até seu estágio final em que o cachorro está completamente sujo e lambuzado.

As cenas de ataque, obviamente foram feitas por um ator vestindo fantasia de cachorro, o que não seria difícil de se convencer afinal o São Bernardo é uma das maiores raças de cachorro que existe, chegando ao tamanho de uma pessoa adulta, simplesmente bem pensado.

O enredo no entanto, apesar de fluído, tenta encher com linguiça uma lacuna totalmente dispensável que no caso é a briga do casal principal e a existência de um amante que se quer tem uma participação decisiva na trama, fora que o final fica meio sem sal com o aparecimento repentino de Vic deixando o público acreditar que há uma chance do casal reatar para que tudo termine numa boa. Era melhor que essa subtrama nem existisse e a única coisa que realmente funciona (para mim) é a motivação de Vic para deixar a família sozinha armando a situação perfeita para o desenvolvimento do arco principal que é o da incessante vigia de Cujo á Tad e Donna e o que valoriza muito a falta de gente para auxilia-los é o fato de que os Trent vivem numa comunidade rural. Sem mais.


Trailer:



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