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sábado, 12 de agosto de 2023

Frankenstein (1931)

 


Já faz um bom tempo que eu ando devendo de trazer a resenha de algum clássico filme de monstros da Universal e eu resolvi começar pelo meu preferido, a obra máxima de Mary Shelley.

O monstro artificial feito através de pedaços de homens mortos e revivido através de um raio já ganhou uma cacetada de adaptações e paródias desde a criação do cinema, mas a que marcou foi justamente a versão de 1931, que ao contrário do que muitos pensam é a segunda adaptação do livro, a primeira foi um curta metragem mudo de menos de 14 minutos produzido em 1910.

Não é só pelo fato da versão dos anos 1930 ter adaptado a risca o conto original, mas por tudo que ele representa historicamente, sua ambientação, suas atuações e sua direção certeira, mas pela cereja do bolo que dá uma identidade ímpar ao filme: Boris Karloff, o homem que deu vida á criatura do doutor Frankenstein com graça.

O caminhar, os trejeitos, a entrega do ator que passa para o público a sensação de estar frente a frente com uma criatura morta em vida de verdade e o fato dele conseguir fazer gelar a espinha, diferente do que os intérpretes posteriores fizeram. Eu não estou dizendo que não houve qualquer outra adaptação memorável, longe disso... aliás, eu sou muito entusiasta de Frankenstein de Mary Shelley de 1994 onde  o monstro artificial foi interpretado por Robert de Niro com uma maquiagem excelente, a ambientação é primorosa e tem um enredo amarrador. 

A premissa do longa dispensa apresentações já que o monstro é de longe uma das figuras mais famosas do Universalverso, mas vamos lá: a coisa se passa nos anos 1700 onde um cientista herdeiro de um rico e importante barão resolve brincar de ser Deus criando vida através de pedaços de corpos humanos que ele roupa do cemitério.

O intento funciona dando origem a um monstro de aspecto esverdeado pela podridão de pele, parafusos no pescoço e uma série de remendos pelos corpo, além da cabeça achatada e seu tamanho colossal. O sucesso da empreitada dura pouco já que a criatura perde o controle e foge do castelo causando muita confusão pela aldeia ás vésperas do casamento de seu criador.

O filme nos introduz á um side show que nos dá uma prévia da história que nós veremos a seguir sobre o monstro e seu criador, o doutor Henry Frankenstein.

Depois da introdução, o filme corta para o final de uma cerimônia de sepultamento. Após o coveiro cobrir a cova e ir embora, temos a aproximação do já mencionado doutor Frankenstein e seu criado, o corcunda Fritz que não perdem tempo e abrem o túmulo e levam o caixão recém enterrado.

No caminho para o castelo, a dupla encontram um homem executado na forca do qual Henry ordena que Fritz retire e leve a cabeça junto.

Horas depois, temos um vislumbre de uma aula prática sobre o cérebro humano conduzido pelo doutor Waldman na universidade de medicina, onde Fritz observa as escondidas e ao final da aula, o criado de Frankenstein surrupia o recipiente com o cérebro dentro.

Do outro lado, conhecemos Elizabeth Lavenza, noiva de Henry Frankenstein e seu amigo de longa data Victor Moritz e a moça demonstra uma notória preocupação ao receber uma carta do noivo.

Depois, a dupla vai até o doutor Waldman para lhe falar e este conta sobre o mais recente experimento de Frankenstein que até então já se sabe que ele quer dar vida a um corpo inanimado.

No castelo de Frankenstein, o cientista começava a conduzir seu experimento debaixo de uma tempestade cujos raios serão o fio condutor que irão reanimar um corpo sobre uma plataforma.

O corpo no entanto é um remendo de partes de outros corpos incluindo o cérebro que Fritz roubou da universidade do doutor Waldman.

Neste instante, o doutor Waldman e os jovens chegam ao castelo e são impedidos por Henry de entrar dizendo este que ele quer ficar em paz. O trio exige ver a experiência com seus próprios olhos e ao ser consentido, todos se reúnem e se acomodam no laboratório.

Henry explica a todos os presentes o funcionamento de seu aparato tecnológico e inicia o experimento elevando o corpo inanimado e que está conectado a uma séries de eletrodos até a claraboia onde os raios serão atraídos e sua carga elétrica servirá como combustível para acionar as ondas cerebrais que se espalharão por todo o corpo.

Ao final, a plataforma é emergida de volta para dentro do laboratório e o corpo de fato começa a se mover estasiando Henry de imediato.

Horas depois, Elizabeth e Victor visitam o barão Frankestein, pai de Henry para avisá-lo sobre a loucura que o filho acabou de cometer, enquanto Waldman tenta apelar para o bom senso com seu ex-aluno, Henry e este insiste em continuar brincando de ser Deus.

Em seguida, Henry apresenta formalmente ao seu professor, sua criatura: um homem de estatura assustadora, pele esverdeada pela putrefação, parafusos no pescoço, uma série de remendos pelo corpo todo e a cabeça achatada que segue a risca os comandos de vos de seu criador.

Fritz assusta o monstro com uma tocha acesa e este se descontrola tendo que ser contido por correntes em um calabouço. Lá, o monstro ataca o serviçal corcunda que revida com chicotadas. Ambos os cientistas tentam intervir mas é inútil.

Henry resolve então atrair seu monstro com uma tocha enquanto Waldman aplica de surpresa, uma injeção de inanição nocauteando o grandalhão.

Na sequencia, a dupla é alertada da chegada do barão e de Elizabeth ao castelo. As visitas são recebidas e Henry cai exausto nos braços da noiva.

Tempos depois, o doutor Waldman, interessado em controlar o monstro, segue horas a fio fazendo ajustes, mas este desperta e depois esgana o cientista dando no pé sem perda de tempo.

Paralelo a isso, Henry e Elizabeth resolvem esquecer o monstro para poder focar na cerimônia de seu casamento que ocorre tranquilamente regado a muito vinho trazendo alegria e celebração até entre os aldeões.

Do outro lado, na parte pobre do vilarejo, o monstro caminha pelo campo até encontrar a pequena Maria, uma menina linda e inocente, filha de um homem humilde que brinca junto ao lago com as flores que colhera lá perto.

Numa demonstração total de pureza, a menina que desconhece a maldade, oferece flores e sua amizade ao grandalhão que joga pétalas no lago e empolgado sem saber o que faz, joga a pequena Maria na água e esta por obviamente não saber nadar e pelo impacto causado pelo arremesso fica imóvel.

O monstro simplesmente vai embora confuso.

De volta a festa, Elizabeth tem um mau pressentimento com a demora do doutor Waldman e nisso chega a notícia de que o cientista foi encontrado morto no laboratório.

Henry tranca sua esposa no quarto e se une á Victor e outros homens para vasculhar os arredores em busca do monstro sem suspeitar de que o mesmo já chegou ao castelo e que está justamente no quarto de Elizabeth que grita chamando a atenção de todos.

Henry e os demais dão meia volta e encontram a jovem em estado de choque.

Na entrada do vilarejo, o pai da pequena Maria carrega o corpo sem vida da menina e inicia uma aglomeração na frente da prefeitura. O destroçado pai da menina denuncia o monstro de Frankenstein como assassino de sua filha e a autoridade máxima local ordena aos populares que procurem por todos os cantos o suspeito.

No maior estilo inquisição, todos se munem de tochas e rastelo de feno e se dividem pelo bosque ao cair da noite.

O monstro é encontrado no alto de uma montanha onde Henry o encontra primeiro e entra em embate sendo nocauteado facilmente.

Seguindo gritos de socorro, a multidão solta os cachorros farejadores que seguem o monstro até um moinho onde ele faz seu criador como refém.

Henry desperta e tenta fugir, mas o monstro se enfurece e joga seu criador do alto da construção onde ele é aparado pela multidão e aproveitando que o assassino está encurralado, geral ateia fogo impedindo de vez uma fuga.

O monstro se debate sem conseguir encontrar uma saída desesperadamente.

Horas depois, Henry repousa em seu castelo ao lado de Elizabeth enquanto o barão se gaba do vinho de sua avó as empregadas.

O clássico termina ai, mas o sucesso foi tanto que em 1935, a Universal deu seus pulos para produzir uma sequencia, trazendo outro clássico: A noiva de Frankenstein novamente com Karloff onde desta vez uma nova tentativa de trazer um corpo em retalhos á vida acontece e desta vez com uma mulher que servirá de par ao monstro.

No mesmo ano de 1931 também ganhava as telas, o arqui rival do monstro verde, Drácula, imortalizado por Béla Lugosi, adaptação esta do contro de Bram Stoker que também é um clássico absoluto e um grande campeão de adaptações que dividiu ambos os nichos. Eu mesmo curto ambas as obras mas sou Team Frankestein assumido.

Apesar de curto, o longa de 1931 é muito bom, é direto e cirúrgico no quesito roteiro. Seu antagonista conseguiu refletir o que Mary Shelley ilustrou em sua obra absoluta trazendo medo só de olhar para aquele rosto nada amigável.

O monstro de Karloff acabou fazendo tanto sucesso que foi referenciado em várias séries e desenhos animados por conta do ator ter estabelecido de forma extraordinária todos os clichês e modus operandi de seu personagem mais famoso como a forma de caminhar, seus grunhidos e seu estilo visual.

Mas se engana quem acha que só de Frankestein viveu Karloff. No ano seguinte ele estrelou outro clássico da Universal em A múmia, outro personagem imortal na cultura pop e igualmente referenciado nas mais diversas áreas.


Trailer:


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