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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

sábado, 27 de agosto de 2022

A Hora do Pesadelo 2: A vingança de Freddy / A Nightmare on Elm Street 2: Freddy's Revenge (1985)

 


O sucesso de bilheteria e de crítica que o primeiro A hora do pesadelo fez foi incontestável e abriu uma brecha para mais uma nova franquia de filmes de terror do subgênero slasher, porém com toda empolgação pela receita gerada pelo estreante Freddy Krueger, uma sequência não ia demorar para sair, e foi aí que o trem desandou.

A obra mais notória do saudoso Wes Craven entrou na onda dos caça niqueis cinematográficos sem poder ganhar uns bons anos de descanso para que pudesse se elaborar uma continuação com um planejamento adequado e consequentemente a entrega de um produto final satisfatório. No lugar disso, a produção resolveu correr atrás de qualquer roteiro recusado jogado em alguma lata de lixo para jogar Freddy no meio e transformar aquela gambiarra em um novo gerador de dinheiro.

O negócio obviamente rendeu frutos, mas não tanto quanto o antecessor e as críticas que inicialmente eram favoráveis, começaram decair depois que o público digeriu aquela bomba que se tornaria uma das sequências mais desgraçadas de toda série, felizmente veio coisa pior no futuro, então aguardem pois vai vir uma chuva de merda pela frente.

Enquanto este dia não chega vamos analisar esta ideia de gerico que consistia simplesmente em fazer com que Freddy obtivesse o poder de se tornar um ser de matéria orgânica e portanto se manisfestar no mundo real através de um jovem que possuía sonambulismo para assim perpetuar sua onda de assassinatos tanto em sonho quanto na real. Se isso deu certo, vamos ver a seguir.

Bom, tudo segue na mesmíssima cidade de Springwood, lar do imortal serial dos sonhos Freddy Krueger, alguns anos depois de ter promovido uma onda de mortes entre adolescentes. Esta onda acaba voltando ceifando a vida de uma nova safra de adolescentes e entre as próximas possíveis vítimas está o introvertido Jesse Walsh que adivinhem só? Tem problemas para dormir.

Numa tarde comum, durante um treino de beisebol, Jesse acaba arranjando briga com Ron Grady, um adolescente boa pinta e bem relacionado, mas logo eles iniciam uma amizade. E por que não começar uma nova amizade falando sobre um rumor sobre uma onde de assassinatos em uma certa residencia da rua Elm, que curiosamente é a casa onde Jesse vive há algum tempo e que anos antes pertenceu a Nancy Thompson, a primeira e única sobrevivente entre as crianças de Freddy Krueger.

A noite, Jesse adormece e tem seu primeiro encontro com Freddy que vendo um potencial oculto no rapaz diz a ele que os dois tem trabalho a fazer e não o mata apesar do inevitável susto.

No dia seguinte, Jesse adormece durante a aula de biologia e tem um pesadelo com uma cobra que pertence ao laboratório da escola e ao acordar, se vê enrolado na mesma cobra que obviamente está morta e conservada no vinagre. Geral tira sarro de Jesse por pensar que ele acreditou que a cobra estava viva.

Mais tarde, já em casa, Jesse está arrumando seu quarto junto com sua vizinha e paquera Lisa Webber e acabam encontrando o antigo diário de Nancy que revela fragmentos de informações sobre Freddy Krueger e o rapaz confronta a recém descoberta com os rumores que Grady contara na manhã anterior.

Na hora de dormir, Jesse resolve dar uma passada pelo porão e encontra a luva de garras de Freddy que penetra em seu subconsciente pedindo sua ajuda novamente.

Na noite seguinte, a casa de Jesse está passando por um aumento incomum de temperatura deixando os passarinhos de estimação de sua irmã caçula, Ângela enlouquecidos a ponto de atacarem o pai e o irmão da menina até que um deles sofre de combustão espontânea até sobrarem apenas as penas, enquanto o outro simplesmente morre.

Com receio de dormir, Jesse sai de casa e vai até um bar barra pesada na tentativa de beber algo forte para mante-lo ativo, mas por infortúnio, acaba encontrando seu professor de educação física, o treinador Schneider que não perde tempo em castigá-lo por estar tarde da noite num local nada seguro e ingerindo álcool.

O treinador leva Jesse até a escola onde o obriga a dar dezenas de voltas pela quadra até suar feito panela de pressão no domingo da feijoada e depois ordena o garoto que vá para o chuveiro.

Subsequente a isso, o treinador é estranhamente rendido por uma corda, sua calça se arreia sozinha e uma sessão de chicotadas com toalha na bunda dadas por ninguém começa, deixando o professor vermelho de tanto apanhar. Logo depois, os equipamentos de educação física atacam o treinador até ele morrer.

Quando Jesse se dá por si mesmo, percebe estar com a luva de garras de Freddy na mão, suspeitando ter cometido aquele crime contra o treinador Schneider sob influência do assassino dos sonhos enquanto ele acabou caindo no sono durante o banho. Será?

Depois de passar por um episódio estranho com uma torradeira em chamas e de ter entrado em contato com a aparição de uma daquelas meninas de vestido branco que pulam corda enquanto cantam a cantiga "um, dois, o Freddy vem te pegar..." e por aí vai, Jesse é levado por Lisa até a lendária sala da caldeira. local preferido de Freddy citado no diário de Nancy.

Mais tarde, Jesse tem outro ataque e desta vez quase fere Ângela enquanto a menina dormia e para evitar ser possuído por Freddy mais uma vez, o rapaz se entope de refrigerante e muito arrebite para se manter acordado.

Na noite seguinte, os pais de Lisa permitem que a filha dê um churrasco para alguns, ou melhor, muitos amigos, incluindo Jesse que resolve elevar sua relação com a garota a outro nível e bem na hora do vamos ver, Freddy tenta possuí-lo, e para evitar uma desgraça, o rapaz evade do local as pressas e procura Grady pedindo a ele que o vigie enquanto ele dorme. Jesse quer encarar Freddy cara a cara para dar um ponto final e ter sua vida normal de volta.

Freddy porém, evita que o garoto durma e começa a se manifestar sobre ele, fazendo suas garras emergirem sobre os dedos de Jesse e o assassino no maior estilo bebê alien, de Alien o oitavo passageiro, brota de dentro do garoto tomando forma física.

Grady em pânico tenta sair do quarto que está trancado por influência de Freddy e mesmo chamando aos gritos pelos pais ele não escapa de uma morte terrível. Freddy volta para o subconsciente de Jesse que evade o local imediatamente e volta para a casa dos Webber onde pede ajuda de Lisa se culpando pelo recente acontecido com seu único amigo.

Enquanto as salsichas do churrasco pegam fogo do nada e as cervejas esguicham para todo o canto sem explicação alguma, Lisa mostra a Jesse um trecho do diário de Nancy que confirma que houve sim uma onda de assassinatos de jovens durante o sono anos atrás e que foram abafados pelos adultos. Lisa tenta encorajar Jesse a lutar contra Freddy pelo controle do seu corpo, porém o rapaz está se cagando de medo e naquele momento ele surta trazendo Freddy ao mundo real mais uma vez.

Os gritos de Lisa chamam a atenção de seus convidados que mais do que rapidamente colam na janela do quarto onde vêem a garota num embate contra Freddy no qual ela não obtém sucesso algum.

Freddy estoura a porta e desaparece no ar reaparecendo no quintal onde inicia uma chacina. O senhor Webbers, pai de Lisa tenta despachar o intruso, mas Lisa tenta impedi-lo, afinal por trás de Freddy ainda existe o Jesse a quem ela definitivamente ama.

Freddy desaparece novamente e suspeitando que ele foi para a sala da caldeira na escola, Lisa se dirige para lá na esperança de recuperar seu namorado. Chegando lá, Lisa luta contra uma série de ilusões que o cansaço lhe impõe, porém ela se mantém forte até encontrar o próprio Freddy.

Jesse e Freddy começam a lutar pelo controle de seu corpo até o lugar todo ser tomado pelas chamas que só cessam depois que o vilão é consumido desaparecendo de uma vez. Jesse está finalmente a salvo sob o amparo de Lisa que se emociona.

No dia seguinte, Jesse se despede da mãe e embarca no ônibus escolar com Lisa e outros amigos que sobreviveram ao massacre. Lá, Jesse tem um breve susto e é amparado por uma amiga até que subitamente o braço com as garras de Freddy emergem de dentro do peito da garota pondo pânico em geral enquanto o ônibus é desviado de sua rota, levando Jesse e os outros para um deserto enquanto o assassino solta uma gargalhada. Ele ainda está vivo e mais forte do que nunca, pronto para fazer mais uma safra de vítimas na rua Elm.

O próprio Wes Craven se negou categoricamente a fazer parte da produção desta sequencia por alegar que sua obra não deveria ter uma sequencia e também por não ter gostado do plot principal, aquilo do vilão manipular um jovem sonâmbulo. Para mim esta ideia foi bem criativa, mas se o mestre não botou fé, respeitemos sua opinião.

Apesar de tudo, o filme tem uns efeitos especiais bacanas, o nível de gore caiu muito comparado ao primeiro filme e o número de vítimas também deu uma quedinha, mas nada que estrague a experiencia de cada um.

A conexão com o filme anterior foi inteligente, mas ainda sim fez falta uma participação surpresa de Heather Langenkamp no papel de Nancy, até para que nós pudéssemos saber na época se a mocinha estava viva ou não, coisa que só descobrimos na terceira parte, portanto aguardem, por que vem coisa muito boa por aí.

A atuação de Robert Englund como Freddy continua primorosa, mas o personagem foi muito mal conduzido, levando-o ao patamar da galhofagem, tirando-o da área do sadismo misturada com um pouco de tira sarro para uma área quase cômica, beirando o trágico, algo completamente ridículo nada a ver com a índole do personagem. Um capítulo digno de ser esquecido. 


Trailer:



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