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sábado, 6 de agosto de 2022

A Vila / The Village (2004)

 


Traumas as vezes nos leva a nos isolar do mundo. Tentar esquecer da maldade, da corrupção e das impurezas que a modernidade trouxe ao ser humano ao longo do tempo é nossa única válvula de escape.

As vezes o melhor é recomeçar do zero, viver uma vida regrada e limitada, cercada de mentiras para não ferir aqueles que amamos tanto ou mais do que nós mesmos já nos ferimos seguindo regras injustas e leis que só serve para uns e não para outros, vivendo num ambiente mundano e sujo cheio de inconsequências e irresponsabilidades, respirando o mesmo ar que pessoas que não tem propósitos e nem motivações.

Esse pensamento mais ou menos sóbrio da realidade do século XXI levou M. Night Shyamalan a propor mais uma obra densa e cheia de questionamentos a ganhar as telonas.

Desta vez tudo iria girar dentro de uma vila super conservadora e suas desventuras, no qual o foco sempre seria, afastar a nova geração do mundo lá fora por meio de crenças adaptadas à história do bicho papão só que de uma forma mais medonha e na prática.

Tudo começa dentro desta já mencionada estranha colonia rural, isolada do mundo moderno do qual os mais jovens desconhecem a existência do mesmo. O povoado vive sob rígidas regras conservadoras e adotados de certas crenças popularizadas por lá mesma, como o repúdio pela cor vermelha por ser a cor que representa o manto uma espécie de criatura desconhecida da qual se quer deve ser nomeada e que vive vagando pelos limites do vilarejo limitando o trajeto dos colonos até outras vilas desconhecidas.

A paz da vila, que vive como no século dos pioneiros é quebrada quando subitamente, animais aparecem misteriosamente mortos, levando o conselho que representa as leis a invocar uma assembléia de emergência porém não se chega a um consenso do que se deve fazer a respeito.

As figuras mais conhecidas desta vila são Ivy Walker, a jovem filha deficiente visual de Edward, um dos mais velhos e seu melhor amigo Noah Percy, um rapaz de mesma idade que possui retardo mental e que por isso não mede as consequências do que faz.

A noite chega e o vigia da torre da vila alerta a todos por meio de um sino que a criatura de manto vermelho que amedronta a todos como uma espécie de bicho papão está vagando muito próximo a entrada.

Ivy parece ser a única em toda a vila que não se intimida com a criatura e como se não bastasse, ela fica do lado de fora de casa a espera da mesma, até que Lucius Hunt, por quem a irmã de Ivy, Kitty é apaixonada e não correspondida aparece, puxa a moça para dentro de casa e se tranca com ela e o resto da família em um abrigo embaixo do assoalho.

No dia seguinte, o conselho de reúne novamente e a única medida que tomam é a de arremessar oferendas para acalmar a ira das criaturas, uma vez que o foco principal no momento, é uma festa de casamento que está ocorrendo paralelamente e que ninguém quer que termine num infortúnio.

O festejo no entanto, é interrompido com a aparição de várias carcaças de animais silvestres espalhadas por toda vila como uma espécie de mau presságio.

Para piorar, Noah, sabendo que Lucius está formalmente prometido a Ivy em matrimônio, esfaqueia o rival em sua própria casa por ciúme, já que ele também tem sentimentos por ela.

Rapidamente a vila toda incluindo Ivy, ficam sabendo do ocorrido e a garota encontra seu noivo caído gravemente ferido.

Descoberto, Percy é detido e preso num quartinho de castigo até que Ivy o encontra e desfere vários tapas aos prantos enquanto o rapaz chora junto e confuso, afinal, é um retardado. Logo depois, ela volta a trancá-lo e o deixa por lá até que o conselho decida o que fazer com ele.

Ivy fica obcecada em deixar a vila para encontrar no mundo lá fora ajuda médica para evitar que o pior aconteça com Lucius e Edward resolve contar alguns segredos sobre os dogmas da vila que não passam de invenções dos fundadores.

Edward enfrenta a fúria do conselho e permite que a filha deixe a vila momentaneamente para procurar ajuda de fora enquanto um flashback nos mostra como a vila começou: a verdade, é que os fundadores vieram do mundo moderno, obviamente. Depois de perderem familiares e sofrerem com as leis falhas do século XXI, além de terem sofrido vários outros tipos de feridas na alma, resolveram fugir de sua realidade indo viver na floresta atrás de um grande muro, seguindo suas próprias leis e crenças e delimitando limites para que ninguém descobrisse o triste mundo corrompido que ficou lá fora.

Enquanto isso, Ivy passa por alguns percalços enquanto se embrenha pela mata, como a perseguição massiva de uma das criaturas de manto vermelho.

Astuta, Ivy consegue atrair a criatura até uma armadilha fazendo-a cair num buraco profundo. Ao se aproximar para ouvir a criatura, Ivy descobre que na verdade, é Percy fantasiado que fugiu do castigo para impedir a amada de deixar a vila.

Todas as outras criaturas eram na verdade fantasias que os anciãos vez ou outra colocavam para meter medo nos mais jovens afim de impedi-los de cruzar a fronteira ou pular a muralha que delimita a vila.

Noah, agoniza ferido pela queda e acaba morrendo. Ivy volta a procurar a fronteira tateando com sua bengala até encontrar um muro camuflado com algumas folhas. É lá que está a passagem para o mundo moderno.

Enquanto os anciãos relembram seus acidentes e suas perdas no mundo moderno num momento de reflexão, Ivy chega até uma rodovia pavimentada sendo abordada por um policial.

Ivy pede ajuda com os remédios necessários para ajudar Lucius e o mais rápido possível volta para sua terra natal sendo recepcionada por todos cheia de esperanças de que tudo dê certo e a vila volte a ser um lugar puro e feliz, longe da corrupção e da maldade do mundo lá fora.

Realmente, A vila é um filme para se refletir sobre o rumo que a sociedade anda tomando, como o mundo está se desfazendo em heresias, putaria, corrupção e tudo mais daquilo que não presta, mas que atrai corações fracos.

O filme é um belo colírio, tem uma boa fotografia, é bem dirigido, é fluído, tem uma trilha sonora excelente, uma montagem impecável e um figurino muito bem feito.

O enredo é simples, sem complicações e gira em volta de poucos personagens que dividem uma mesma subtrama o que faz com que nada se perca no caminho.

Shyamalan, no maior estilo Stan Lee e Stephen King, fez uma pontinha em mais esta de suas obras no papel de um policial lá no final do longa. Não é nenhuma atuação memorável, mas é digno de nota. 

Trailer:


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