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sábado, 8 de janeiro de 2022

Campo 731 - Bactérias, A maldade humana / Men behind the sun (1988)

 


A segunda guerra mundial, foi sem dúvida alguma o período mais negro, o mais terrível e o mais triste da história. Se engana quem pensa que apenas os nazistas alemães foram os carrascos de toda uma geração de judeus, ciganos, negros e outras minorias; o Japão teve sua própria mancha eternizada nos livros e acervos históricos. Essa mancha se chamava Campo 731 (ou Unidade 731), que foi um grande conglomerado de prisões secretas, campos de concentrações e de extermínio e também laboratórios, onde os civís chinenes abatidos pelo exército japonês passaram por exeriências que para muitos custou a vida.

Um dos grandes monstros da terra do sol nascente atendia pelo nome de Dr. Shiro Ishii, um médico militar cuja ambição era desenvolver uma arma bactereológica forte o suficiente para derrubar a China e seus aliados e para isso era necessário submeter os prisioneiros chineses a uma bateria quase infindável de textes de resistência: ao calor escaldante, frio intenso e a pressão delirante. Também eram contaminados com vírus de todo tipo de doenças para analizar até onde eles podiam resistir.

No início do filme já somos brindados com a execução de um desertor que farto das condições em que se encontrava tentou escalar um cercado elétrico. A execução era um castigo para servir de exemplo para os outros seguirem, pois Ishiro não permitia que ninguém saisse do campo 731 vivo para contar a história, seja um prisioneiro ou um soldado.

Aos que ainda sobraram, Shiro ordena um duro treinamento de resistência debaixo da neve dirigido pelo seu braço direito.

Ao mesmo tempo, um dos subordinados de alta patente leva novos prisioneiros ao campo, porém no caminho se aborrece com o choro de um bebê de poucos meses assustado no cólo de sua jovem mãe. Sem o menor escrupulo, o militar toma a criança dos braços da mãe e o enterra numa cova rasa de gelo até que o menor morre instantaneamente de hipotermia pondo sua mãe em choque (e quem não ficaria?).

Mais testes são realizados nos prisioneiros a quem os militares de Shiro consideram como "troncos". Estes por sua vez são dissecados vivos para examinar possíveis alterações em seus órgãos após serem expostos as expêriencias já citadas.

A seguir, uma prisioneira que fora exposta amarrada pelos braços a uma nevasca densa, é levada para dentro do laboratório. Com seus membros completamentes congelados, a mulher é levada para um pequeno chuveiro onde tem seus braços banhados em água quente. O que se segue é uma das cenas mais antológicas e fortes do filme: Shiro puxa sem remorso as peles dos braços da pobre, deixando-os ao osso puro exposto para todos verem a sangue frio sem a menor reação de arrependimento a dor alucinante que a jovem sofria aos olhos de seus algoses.

Em outro setor, outro prisioneiro também com os braços congelados, tem seus dedos arrancados a golpes de um bastão causando uma dor agonizante ao inocente rapaz. 

Os meses se passam, as torturas continuam e o calor do verão que chega, faz com que o Japão passe por um período de escacez de suprimentos e a falta de soldados faz com que homens ainda mais jovens sejam recrutados para o exército nopônico se suprir.

As atrocidades não param. De um lado, um grupo de prisioneios são amarrados a explosivos por não servirem mais aos propósitos do ditador, enquanto do outro, mais um infeliz é subjulgado, preso a uma câmara de baixa pressão, onde o sofrimento é tão duro, que junto com um suor intenso, vem a inconsciencia da vítima que defeca seu próprio intestino.

Sem a menor intenção de parar, um grupo de militares atrai um menino mudo até o laboratório. Lá ele é adormecido a força com clorofórmio e passa por uma autópsia assistida ainda vivo, tendo seus órgãos arrancados e jogados em frascos imersos.

O que resta deste anjinho é levado ao crematório onde junto a uma pilha inimaginável de cadáveres é incinerado como se fosse carvão fresco pronto para um bom churrasco.

Fartos destas condições desumanas, a própria tropa jovem tenta linchar o braço direito de Shiro jogando-o numa câmara de água gelada e o espancando sem dó.

Shiro conduz pessoalmente uma experiência grotesca com um gato, onde ele é salpicado com uma substância que atrái muitos ratos. Os roedores o devoram vivo levando os prisioneiros a revolta e a uma tentativa de rebelião que termina com muitos deles mortos.

Com o bombardeio de Nagasaki e aliança da China com a Rússia, o Japão se vê na obrigatoriedade de abortar as missões estratégicamente.

Em campo aberto, os prisioneiros iniciam uma tentativa de fuga dando prioridade a um companheiro que tem consigo as provas necessárias para revelar ao mundo a existência do campo 731 e suas insanidades.

Com o cerco se fechando, Shiro dá ordens expressas para que os prisioneiros que restam sejam todos mortos e incinerados; também manda que o laboratório e toda sua pesquisa seja destruída para que não haja nenhum indício no caso de uma invasão inimiga. Shiro ainda ordena que seus subordinados tirem suas próprias vidas para que ninguém possa delatá-lo no caso de serem pegos.

O ato que se segue é um grande extermínio onde nenhum preso consegue escapar com vida, tudo é destruído, o complexo é implodido e os corpos incinerados.

Debaixo de uma chuva, de mala e cuia, Shiro dá as últimas ordens antes de partir de trem para um esconderijo em outro país.

Um último prisioneiro que conseguiu se esconder com a ajuda dos jovens soldados, tenta um último ato desesperado de retaliação ao ditador, porém é abatido nesta que é a última cena do longa.

Sem dúvida, esse é um dos filmes mais fortes e mais perturbadores da história. Ótimas atuações, efeitos práticos tão realistas que conseguiram colocar o telespectador em dúvida. Agoniante, o conteúdo chocou diversos países onde o filme foi banido e para vê-lo em sua integra, só por debaixo dos panos. É difícil uma recomendação deste filme, pois ele pode trazer danos psicológicos para quem não tem um bom preparo, mas fica a cargo de cada um.


Trailer:



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