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domingo, 9 de janeiro de 2022

Holocausto Canibal / Cannibal Holocaust (1980)



Quando se trata de chocar o público com um conteúdo impactante ultra realista e revoltante, o italiano Ruggero Deodato tira de letra essa matéria. Uma das obras mais chocantes (e envolta de muitas polêmicas na época em que foi realizada) da sétima arte é Holocausto canibal, um filme absurdamente perturbador que foi banido em dezenas de países e motivos para isso não faltam.

O filme começa com uma música amena e dramática que abre os créditos e segue com um deslumbre da natureza, onde a maior parte do longa se passa numa tentativa de tranquilizar o público antes do impacto.

Tudo começa quando um grupo de repórteres norte americanos liderados por Alan Yates resolve cruzar o oceano em busca de catalogar imagens inéditas de uma tribo aborígene oriunda de uma ilha conhecida como Inferno verde que fica entre o Brasil e o Perú. 

Algumas semanas se passam sem nenhum sinal de vida de Alan e dos outros e para investigar, um antropólogo que atende pelo nome de Harold Monroe comanda um grupo de buscas que ao adentrar a mata já se estranham com um grupo de nativos que os atacam, mas eles se defendem.

Adentrando as entranhas da florestas o horror já começa quando eles encontram um cadáver em osso puro e como se não bastasse ainda presenciam ao longe e em silêncio uma espécie de ritual de castigo no qual um nativo tortura sua parceira por esta ter cometido adultério. Harold bem que tenta intervir mas é advertido que o melhor é não se envolver com essa gente.

Para conseguir passe direto na tribo, os homens de Harold tomam um dos nativos como refém e repolsam entre os aborígenes, que pertecem a uma de três tribos que povoam o local. Esta e uma segunda conhecida como a tribo do pântano são amistosos, mas o grupo de buscas toma conhecimento que a terceira tribo, a das árvores são hostis com forasteiros e Harold e cia. confirmam isso ao serem barrados de um ritual de mutilação.

Não muito depois, Harold descobre por intermédio dos nativos que Alan e sua equipe se comportaram de maneira muito desrespeitosa com os nativos e suas leis e que por isso foram punidos com a morte, porém não são especificado os detalhes.

Depois de um banho no riacho, a equipe de Harold encontra os restos mortais de Alan e dos outros expostos a céu aberto como se fosse um mural da vergonha.

De volta a civilização, Harold é entrevistado por um telejonal bastante influente que promete ao público exibir em horário nobre o documentário de Alan que fora recuperado do Inferno verde depois  que as buscas se encerraram.

Para valorizar a exibição do material, Harold resolve anexar uma série de depoimentos de amigos e familiares de Alan e dos outros como uma homenagem póstuma, porém a descoberta do mal caratismo do falecido repórter e seus companheiros vem a tona, mostrando o quão mal eles eram vistos por todos.

O que se segue são imagens em tempo real do material filmado por Alan desde o desbravamento da mata do Inferno verde que se inicia com um verdadeiro animalicidio (se é que essa palavra existe). A equipe começa a matar algumas espécies de animais da fáuna local para o consumo de forma bárbara e crua sem o menor sinal de remorso.

Não bastasse isso, ainda são obrigados a amputar sem nenhum preparo, higiene ou anestesia uma das pernas de seu guia após ele ter sido mordido por uma cobra cujo veneno é letal.

Logo depois, Alan e os outros encontram alguns nativos e atiram em um deles para que este os leve pacificamente a aldeia.

Chegando lá eles não perdem tempo e começam a documentar uma verdadeira barbarie: para dar maior veracidade ao material, a equipe de Alan ateia fogo as tendas dos nativos sem se importar com sua dor e suas súplicas. Aquilo era como um passseio no parque para os recém chegados que se deleitavam aos risos.

Depois de ver todo o material, Harold recorre a justiça vara vetar a exibição do documentário ao mesmo tempo que a emissora disputa para levá-lo ao ar de qualquer maneira pois o material lhe valerá a maior audiência que eles jamais tiveram.

Harold apresenta o documentário em uma exibição privada para as autoridades que assistem as atrocidades já mencionadas além de imagens agora para nós inéditas. Uma delas é uma cena icônica que se tornou a marca registrada do longa, a mulher empalada.

Depois disso, Alan e os outros ainda atiram e violentam algumas nativas o que fez a gota do balde transbordar para os nativos que os capturam, os castram, decapitam, e esquartejam a equipe de demônios que tiraram a paz do lugar, numa cena muito chocante fechando o documentário.

Horrorizado com a chacina, o representante do comitê de ética ordena que todo o documentário seja queimado para a tranquilidade de Harold.

De longe uma das produções mais chocantes da história e também das mais problemáticas. O hiper realismo das cenas e dos efeitos práticos rendeu ao criador do longa Ruggero Deodato uma série de processos dos quais ele teve que responder em juizo: foi necessário levar a público os atores do longa para que fosse comprovado que todos eles estavam vivos, incluindo a atriz que fez o papel da mulher empalada. O truque do empalamento e outros efeitos práticos tiveram que ser demonstrados ao juiz para que ele se convencesse que não aconteceu crime algum.

O único delito real que Deodato cometeu foi as mortes dos animais anteriormente mencionados. Tudo que foi visto no filme acerca dos animais é real: todos morreram barbaramente, porém ninguém acabou respondendo pelos mal tratos, pois na época ainda não existia nenhuma ONG de proteção aos animais.

Trailer:



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