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Aqui no nosso point você encontra resenhas, curiosidades, trailers e críticas dos mais variados subgêneros de filmes de terror de todos os tempos. Tudo muito bem explicado para poder atender á vocês da melhor forma possível. Antes de mais nada, estejam cientes que todas as nossas resenhas CONTÉM SPOILER! Por isso, desfrute do nosso conteúdo em sua totalidade por conta e risco. Minhas críticas não são especializadas, eu sou apenas um cinéfilo entusiasta e tudo que eu relato nos parágrafos referentes as resenhas é puramente minha opinião pessoal, por isso sintam-se a vontade para concordar ou discordar mas mantendo a compostura no campo dos comentários ao final da postagem da semana. O cronograma deste blog segue as postagens de sábado sem hora definida e este ciclo só é quebrado tendo mais de uma postagem na semana em caso muito especial como por exemplo lançamentos. Preparados? então, apaguem as luzes, preparem um balde enorme de pipoca, garanta seu refrigerante e bom divertimento!

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Ninguém vai te salvar / No one will save you (2023)

 


Seguindo a todo vapor o mês do Halloween, temos mais um longa fresquinho que já está conquistando a crítica e o público com uma forma de narrativa diferente que se destaca pela ausência de diálogos e que a obra tem uma forte pegada de ficção científica como não se via desde Sinais.

Assim como o filme resenhado na postagem anterior, O monstro que vive em mim, aqui nós também temos uma protagonista que sofre de um trauma do passado que só vem a tona na reta final e que gerou problemas psicológicos além de um isolamento iminente.

Mas o primeiro plano fica com uma estranha invasão alienígena que se estende pela cidade onde a protagonista vive. Em meio a um inevitável ataque, Brynn, a mocinha do longa tem que se virar sozinha para se salvar enquanto nós vamos conhecendo-a melhor e desbravamos seu subconsciente perturbado.

A coisa começa na cidade de Mill River em Ohio através de uma visão aérea do bairro onde vive a nossa protagonista Brynn Adams que está saindo do banho e decidindo que roupa usar.

Brynn vive sozinha em sua casa onde também faz alguns bicos num armarinho improvisado em seu porão que também serve de ateliê onde ela se divide entre reparar roupas e colecionar maquetes para um cenário que ela está montando.

Saindo para mais um dia comum, Brynn cumprimenta seu vizinho como costumeiramente faz mas é ignorada e vista com um certo desprezo assim como o resto da cidade o faz.

Um tempo depois, Brynn dirige até o cemitério onde visita o túmulo da mãe.

Na sequencia, Bryn escreve uma carta para sua melhor amiga Maude Collins mencionando ter visto seus pais mais cedo (aliás, estes também a veem com desprezo).

Na volta para a casa, recebe uma encomenda que é uma nova maquete de casinha que ela adiciona em seu ateliê.

Depois de mais um dia melancólico e solitário, Brynn vai para a cama num clima de silêncio que permeia pela casa até que as latas de lixo do lado de fora misteriosamente caem sozinhas o que faz a jovem acordar assustada.

Brynn se levanta para resolver o problema e ao cruzar pelo hall da casa vê um vulto e um grunhido passar por perto.

Assustada, Brynn volta para os eu quarto se escondendo atrás da cama. Ao pressentir uma presença se aproximando, Brynn se esconde embaixo da cama até que uma criatura alienígena é vista pelas pernas.

Depois que a criatura se vai pela janela, Brynn corre e tranca todas as portas até que repentinamente a eletricidade começa a ficar maluca com a tevê sintonizada em uma tela abstrata, as lâmpadas oscilam e o aparelho de som começa a tocar numa frequência robótica insuportável.

Brynn tenta usar o telefone para pedir socorro, mas a linha também está zoada restando correr e ao cruzar o hall, ela vê o alienígena descer as escadas fazendo-a recuar até que a porta da geladeira se abre sozinha e a acerta nocauteando-a.

Ao voltar a si, Brynn se esconde num vão entre a geladeira e o armário onde ela observa o alienígena fuçar sua geladeira.

Brynn consegue ver parte do rosto do alienígena e em pânico tenta fugir mas é nocauteada novamente desta vez por uma porta. Quando acorda, Brynn se arrasta até o ateliê onde o cenário com as maquetes é arremessado pelo poder telecinético da criatura contra a parede.

Ainda usando telecinesia, o alienígena puxa Brynn que o ataca com a torre de uma casinha fazendo-o cair aparentemente sem vida.

Ofegante, Brynn se solta das garras do inimigo e o observa por um tempo completamente fora do ar.

Quando se recompõe, Brynn trata de uma ferida no pé e volta a observar o cadáver extraterrestre e como ele definitivamente está morto, ela o cobre.

Brynn tenta usar o telefone novamente mas tanto a linha quanto a eletricidade estão inoperantes.

Sem se quer trocar de roupa, Brynn tenta usar seu carro que também não funciona e só o que resta é tomar um banho e tentar esquecer este pesadelo.

Um tempo depois, Brynn arrasta seu sofá até a entrada da casa cuja porta foi arrancada e na sequencia, ela pega sua bicicleta e sai em busca de ajuda até encontrar uma van tombada no meio da estrada perto de uma casa que aparenta estar abandonada.

O próximo passo é ir até a delegacia pedir ajuda ao comissário Collins, pai de Maude mas só o que consegue é um tapa na cara desferido pela mulher do oficial.

 Desconsolada, Brynn caminha até um mural e se senta para pensar até resolver pegar um ônibus debaixo de um silêncio perturbador somado a uma edição de câmera que foca uma visão aérea do local tal como a cena de entrada do filme.

Dentro do coletivo, Brynn percebe que os passageiros estão de alguma forma possuídos pelos alienígenas e estes a atacam até que o veículo para dando a chance para a garota escapar até chegar a uma propriedade privada que também está abandonada.

Um tempo caminhando, Brynn chega até o cemitério onde descobrimos o túmulo de Maude. Depois, Brynn vê uma enorme nuvem negra se aproximando fazendo-a correr até chegar numa casa onde mais pessoas se revelam possuídas e estas esticam um de seus braços para o céu.

Ao ser vista, Brynn corre até chegar em casa onde percebe que o corpo do alienígena exalou um tipo de secreção que se espalhou até o lado de fora.

Brynn sai para fora para respirar e decidida vai até a cozinha onde coloca várias panelas para ferver água e se arma com um estilete. Depois, ela bloqueia todas as janelas e portas e quando tudo parece tranquilo, uma luz azulada vinda de fora se espalha pelo batente e chuta o sofá.

A luz faz o corpo do alienígena levitar e este é tragado para fora.

Uma luz amarela tenta rastrear Brynn que se esconde no atelier até perceber a aparição de outro alienígena que a espreita.

Em pânico, Brynn se arma com uma tesoura mas é descoberta pelo alienígena que a desarma usando seu poder telecinético.

Brynn foge para seu quarto mas é encontrada e atacada. No entanto, ela revida mordendo o alienígena. O visitante tenta outra investida, mas Brynn o ataca com as panelas de água quente.

A força da luz tenta arrombar uma janela, mas Brynn consegue sobrepuja-la, porém o alienígena bloqueia sua saída e a observa parado. Brynn aproveita e chuta o inimigo e entra num embate acaba amassando a cabeça do alienígena com a porta de um armário.

Brynn tenta fugir pela janela, porém outro alienígena desce pelo telhado e um humano possuído aparece evitando sua fuga e este a leva até outro alienígena que tenta passar uma espécie de código para o disco voador.

Antes que fosse abduzida, Brynn se livra do possuído que levita com a luz, mas acaba caindo desacordado. Aproveitando a brecha, Brynn corre e é perseguida pelo alienígena que a cerca do outro lado do telhado.

O alienígena solta um grunhido, desce do telhado e corre atrás de Brynn todo contorcido no maior estilo Pazuzu até o carro da garota que toca fogo no veículo fazendo-o explodir com seu Nêmesis que não resiste.

A luz do disco voador tenta abduzir o carro enquanto Brynn corre para dentro de casa dando de cara com outro alienígena no atelier a procurando.

Sem medo, Brynn se arma com um martelo e tenta surpreender o inimigo, porém ela é jogada em uma parede que se quebra. Depois de se recompor, Brynn corre até seu quarto até que uma luz vermelha a paralisa e a joga para cima e para baixo várias vezes.

O alienígena caminha lentamente até Brynn e expele uma gosma viva com tentáculos que entra na boca da garota.

Num corte, Brynn aparece deitada em sua cama acordando como de um pesadelo com tudo a sua volta normal e tranquilo como sempre foi.

Depois de se recompor, Brynn vai para o hall da casa curtir a luz do sol e vê a imagem desfocada de Maude a qual ela pede perdão. Depois disso, Brynn mete a mão dentro de sua boca e retira a gosma parasita voltando á realidade.

Antes que pudesse fugir, Brynn é interceptada por uma frequência sonora ensurdecedora. na sequencia, uma entidade sai da luz do disco voador e engole a gosma parasita.

Brynn aproveita para fugir e corre pela floresta onde vários discos voadores sobrevoam.

A entidade alienígena toma a forma de Maude e numa tentativa de persuadir Brynn, esta é perfurada no pescoço agonizando nos braços da garota que chora.

Sem perda de tempo, Brynn corre pelo breu até ser bloqueada por um alienígena enorme enquanto o disco voador a abduz.

Paralisada pela luz, Brynn é observada por um grupo de alienígenas e um deles toca sua cabeça fazendo tudo ficar escuro. Brynn caminha por uma lembrança do passado onde ela e a mãe trabalham juntas no ateliê.

Depois, Brynn caminha pela lembrança do dia em que o comissário Collins descobriu a morte de sua filha, morte essa que descobrimos na lembrança seguinte que ocorreu por que Brynn ainda criança acertou a amiga mortalmente com uma pedrada na cabeça.

Na sequencia, vemos a jovem Brynn escrevendo uma carta para sua amiga morta como forma de se consolar e manter a memória de Maude viva.

As duas Brynn se tocam e se entreolham enquanto o alienígena a observa junto dos outros que parecem julga-la.

A luz do disco voador devolve Brynn a salvo para a Terra e a invasão cessa com a retirada de toda a frota interestelar. Brynn olha para o céu aliviada caindo no choro.

Na manhã seguinte, Brynn retoma sua vida normal, sendo desta vez bem vista e acolhida pelos cidadãos de Mill River. Na cena seguinte, a cidade está em festa e Brynn dança com seu vizinho que antes a desprezava e agora a acolhe enquanto que no céu vários discos voadores sobrevoam.

Segundo Brian Duffield que dirigiu, escreveu e co-produziu o longa, o final pode ser visto de forma ambígua, aberto a interpretações, mas ideia mais aceita dentro do público é que ao sondar o subconsciente de Brynn, os alienígenas constataram que ela não é diferente deles, pois ela é solitária, retraída, além de sofrer de transtorno de ansiedade por conta de seu segredo mais íntimo que fez com que ela fosse mal vista e desprezada por toda a cidade.

A conclusão, é que os alienígenas sentiram uma certa empatia pela terráquea e além de devolve-la ao seu habitat ainda possuíram os cidadãos de Mill River fazendo-os coexistir com Brynn de forma cortês e receptiva como uma espécie de recompensa por tudo que ela passou desde sua infância traumática marcada não só pela perda da melhor amiga, mas também pela perda da mãe que era a única que a amava apesar de tudo.

Há também quem acredita que ou Brynn morreu durante a sondagem ou que ela também terminou possuída pelos alienígenas que iniciaram uma espécie de colônia harmônica.

No mais, a narrativa silenciosa do filme e a falta de uma trilha sonora ajudaram muito para moldar a atmosfera de constante stalk e perseguição. A atuação de Kaitlyn Dever como a protagonista Brynn é simplesmente perfeita, ela consegue convencer muito bem com seus trejeitos e suas expressões faciais passando ao telespectador muita empatia.

Os míseros 22,8 milhões de dólares de orçamento não foram empecilho para uma produção muito bem dirigida, ambientada e ainda deu uma caprichada legal no CGI dos alienígenas o que com certeza deve ter garantido muito medo em quem tem aversão a seres vindos do espaço. 


Trailer:


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