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sábado, 21 de outubro de 2023

O mistério de Candyman / Candyman (1992)

 


Seguindo o mês do Halloween, vamos de clássico, por que de lançamento já de uma saturada e eu já comecei a fugir do foco do blog que é diversificar o conteúdo.

Agora nós vamos de um clássico assinado por Clive Barker e adaptado das páginas de Livros de sangue a mesma fonte de Hellraiser, outro body horror que dispensa apresentações.

Candyman segue as desventuras de uma jovem estudante cética que se vê as voltas com um estudo sobre lendas folclóricas e acaba escolhendo para sua tese uma lenda urbana da periferia da cidade que gira em torno de uma entidade fantasmagórica que dá nome ao filme e que em vida foi o filho de um escravo do século XIX que se apaixonou por uma mulher branca e poderosa, mas que acabou tendo seu romance descoberto e fadado a um fim trágico, o escravo foi linchado das formas mais absurdas até morrer.

Nos dias atuais, esta lenda é difundida entre os populares da área decadente de Cabrini Green e a entidade pode ser invocada repetindo seu nome cinco vezes de frente para um espelho. O problema é que quando a protagonista resolve testar a veracidade dessa lenda, ela passa a ser perseguida e tem sua vida fadada a uma tragédia atrás da outra por conta de um segredo oculto de sua linhagem que tem ligação direta com o Candyman original.

O filme começa com uma babá disposta a trair o namorado com outro homem enquanto trabalha.

Quando ela é descoberta pelo namorado, a garota fala sobre a lenda de Candyman, um homem negro, alto, usando sobretudo, com um gancho no lugar da mão coberto de mel dando início a invocação da entidade seguindo o modus operandi tradicional.

A garota repete o nome da entidade fantasma pela quinta vez e nisso, a cena corta para Bernadette Walsh, amiga da estudante Helen Lyle que termina o conto dizendo que o que se sabe é que a babá traidora recebeu a visita de Candyman que matou ela, o namorado e o bebê que ela tomava conta.

Helen se interessa em estudar a lenda de Candyman apesar de não acreditar e acaba descobrindo através de uma faxineira uma história sobre uma amiga chamada Ruth Dean que invocou a entidade e depois disso foi encontrada morta.

Mergulhada nas pesquisas, Helen procura nos arquivos do jornal tudo o que é possível sobre o caso de Ruth Dean que aconteceu num condomínio residencial na periferia chamado Cabrini Green.

A noite, Helen compartilha suas pesquisas com Bernadette e as duas zombam da lenda simulando uma invocação de frente para o espelho cessando antes de proferir o nome Candyman pela quinta vez.

Na manhã seguinte, as amigas se dirigem até a periferia barra pesada para procurar o apartamento onde morava Ruth Dean e que permanece abandonado desde que ela foi encontrada morta.

Ao fotografar o local todo por dentro, Helen acaba encontrando um buraco na parede que dá em um cômodo adjacente cujo outro lado da parede tem um grafite do rosto de um homem negro gritando e o buraco casa exatamente com a boca dele.

Saindo para o outro lado do buraco, Helen encontra doces aparentemente frescos jogados no chão.

Antes que pudessem sair do local, as amigas encontram Anne-Marie McCoy, uma moradora curiosa que assim como os outros condôminos pensa que Helen e Bernadette são da polícia.

Depois que a situação é esclarecida, Anne-Marie relata o pouco que sabe sobre Candyman: ele tem o poder de atravessar as paredes (claro, é um fantasma).

Mais tarde, Helen se reúne com seu professor da faculdade Phillip Purcell que conta a aluna que o homem conhecido como Candyman se chamava em vida Daniel Robitaille, filho de um escravo que se apaixonou por Caroline Sullivan (que engravidou), branca, filha de um homem poderoso.

Ao ser descoberto, Robitaille se tornou um homem perseguido pela sociedade até ser encontrado e levado á praça publica, onde uma de suas mãos foram decepadas e introduzido um gancho melado de mel no lugar além de expô-lo a diversas picadas de abelhas até por fim ele ser queimado e suas cinzas foram depositadas onde futuramente seria Cabrini Green.

No dia seguinte, Helen procura Anne-Marie, mas só encontra um menino chamado Jake que também mora no condomínio e este diz á estudante que a moradora do local não está e na sequencia, ao saber do objetivo da vinda da visitante, o garoto a leva até um banheiro comunitário vandalizado e abandonado onde há um relato de um caso de invocação do Candyman pelas mãos de um menino retardado mental que alegou ter sido agredido pela entidade.

Helen entra no tal banheiro onde encontra um homem com a descrição de Candyman acompanhado de uma gangue local e este se identifica como a verdadeira entidade a nocauteando na sequencia.

Pouco tempo depois, Helen relata a agressão a polícia e faz o reconhecimento do agressor entre outros suspeitos e o detetive Frank Valento atribui ao suspeito a morte de um garoto e que este apenas é o líder de uma gangue de vagabundos que usa a fama da lenda local para se promover.

Dias depois, Bernadette entrega á Helen slides das fotos que ela tirou em Cabrini Green e que ela havia perdido durante a agressão no banheiro.

Sozinha no estacionamento, Helen ouve a vos de um homem chamando-a dizendo ter vindo por ela.

O homem no caso é o verdadeiro Candyman que a faz alucinar após repetir que veio por ela. Helen acorda dentro do banheiro de Anne-Marie coberta de sangue e encontra um cutelo no chão. Perto de lá, a dona do apartamento chora pela perda de seu cachorro brutalmente morto.

Anne-Marie acusa Helen de ter matado seu cachorro e de ter raptado seu bebê Anthony iniciando uma agressão que só é contida com a chegada da polícia que prende a estudante.

Helen é interrogada sobre o paradeiro desconhecido do bebê Anthony e a estudante tenta fazer uma ligação para seu marido Trevor mas é em vão.

Em sua cela, Helen alucina com o bebê de Anne-Marie sendo feito de refém por Candyman.

Na manhã seguinte, Helen é liberada condicionalmente mas o caso acaba repercutindo na imprensa.

Sozinha, Helen revisa os slides de Cabrini Green e num deles aparece Candyman. Depois, Helen vai ao banheiro onde a mão de gancho do fantasma a ataca e o próprio diz que está com o bebê em seu poder e ainda diz que a descrença da estudante em sua lenda enfraqueceu a fé de sua congregação.

Bernadette chega logo depois e Helen tenta convencer a amiga a ir embora, mas Candyman tira a vida dela enquanto a estudante alucina paralisada em uma poça de sangue com uma faca na mão.

Trevor a encontra e interpretando a cena de forma errada aciona a polícia que prende Helen que só volta a si depois que o efeito de um sedativo aplicado nela passa.

No caminho para um hospital psiquiátrico, Helen alucina com a imagem do bebê Anthony chorando.

Chegando ao hospital, Helen é imobilizada em uma maca e Candyman volta a atormentá-la chamando a atenção da equipe médica que cuida dela que acaba optando por seda-la novamente.

Na manhã seguinte, Helen é levada até o doutor Burke que diz a ela que sua permanência no hospital já dura um mês na base de muito calmante e que seu processo pelo assassinato de Bernadette e o sumiço do bebê ainda correm na justiça paralisados até que ela possa ser dada como mentalmente estável e assim passe por um julgamento.

O médico mostra á Helen imagens das câmeras de segurança onde ela supostamente vê Candyman e então ela resolve invocá-lo ao vivo e a cores com sucesso, porém Burke é assassinado pelas costas.

Candyman diz á Helen que ela o pertence e esta foge pela janela depois de se soltar de suas amarras. Ela rouba o uniforme de uma enfermeira e as chaves da mesma dando início a uma fuga tranquila até chegar em sua casa que está sendo redecorada por Trevor e sua nova amante.

Trevor tenta contactar o hospital, mas Helen o impede e depois de mandar o traíra e a fura olho para a merda, ela vai embora sem destino e resolve ir até as últimas consequências voltando até o apartamento de Ruth Dean onde usa um gancho como arma.

Investigando um banheiro, Helen vai até o andar superior onde encontra uma parede grafitada com a imagem do linchamento de Daniel Robitaille. Ao se aproximar, Helen encontra Candyman deitado e o ataca, mas ele acorda e pede a estudante que se entregue á ele.

Candyman a carrega e tenta faze-la sua mostrando seu peito em carne viva. Na sequencia, o fantasma expele abelhas de sua boca que ele transfere para a boca de Helen que está desacordada.

Ao voltar a si, Helen encontra uma mensagem endereçada a ela numa parede grafitada com a imagem de uma jovem do século XIX muito parecido com a estudante e que não é outra senão Caroline Sullivan a amante de Candyman, ou seja, Helen é a reencarnação de Caroline!

Helen vai até um monte de entulho empilhado do lado de fora do apartamento onde Jake a observa. O menino e mais um grupo de moradores do local saem da penumbra e aos poucos espalham gasolina envolta do entulho, onde Helen tenta tirar o bebê Anthony que estava lá o tempo todo.

Os populares ateiam fogo enquanto Candyman tenta impedir Helen de gritar por socorro, porém ela o ataca com uma tora de madeira em chamas e ao neutralizar o fantasma, ela rasteja com o pequeno para a saída. Ao se darem conta que Helen estava ajudando, os populares tentam apagar o fogo ao mesmo tempo que Candyman é consumido.

O bebê se salva por um milagre, mas Hellen acaba morrendo com queimaduras sérias e na manhã seguinte ela é enterrada com a presença de poucos amigos além dos populares de Cabrini Green como Anne-Marie e Jake que deposita um gancho ao caixão.

Tempos depois, Trevor ainda abalado pela perda da ex-mulher tenta levar uma vida normal com sua amante e resolve perpetuar uma nova lenda urbana invocando o nome de Helen cinco vezes de frente para o espelho do banheiro. Como sendo a nova Candyman, com direito a uma mão de gancho e tudo, Helen aparece do jeito que morreu matando Trevor que é encontrado aos berros pela amante...

O pontapé para uma nova franquia de body horror do mestre Barker já estava dado deixando claro que seu sucesso ia gerar sequencias futuras, mas estas declinaram no quesito qualidade fazendo Candyman cair no esquecimento até 2021 aproveitando a onda de revitalizações de velhas franquias clássicas de filmes de terror advindas no início do período da pandemia.

Além do body horror caprichado característico de Clive Barker, ainda fomos brindados com o talento de Tony Todd que já caminhava no mundo do terror ao co-protagonizar o remake noventista do clássico A noite dos mortos-vivos e deu um show de interpretação e imersão com seu Candyman repetindo o papel nas sequencias a seguir, incluindo 2021 onde ele fez uma breve ponta.

A fotografia de Cabrini Green é muito bem feita e a ambientação profundamente imersiva, isso sem contar a montagem da pré história do local que também foi muito bem produzida e é digna de elogios.

O enredo é bem fluído e bem dirigido sem deixar o filme massante, então dá para matar as quase uma hora e quarenta de duração tranquilamente.


Trailer:


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